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Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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45divisão técnica, mais ou menos fragmentadas, tal como ocorre na manufatura, na fábricataylorizada ou, mais recent<strong>em</strong>ente, na fábrica reestruturada aos mol<strong>de</strong>s do toyotismo.(ibi<strong>de</strong>m)Sob a ótica das <strong>em</strong>presas, <strong>em</strong> um mercado concorrencial globalizado cadavez mais intensificado, se a estratégia é aumentar a produtivida<strong>de</strong>, a palavra <strong>de</strong>or<strong>de</strong>m é cortar custos, portanto, reduzir o mais possível a compra <strong>de</strong> força <strong>de</strong>trabalho. Como qualquer outra mercadoria exce<strong>de</strong>nte que evita que os preçossubam, a massa <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregados cada vez maior não chega a ser propriamenteum “probl<strong>em</strong>a”, mas uma “simples” conseqüência <strong>de</strong> ajustes nos planos econômicos<strong>de</strong> sucesso ou na organicida<strong>de</strong> estrutural do modo <strong>de</strong> produção <strong>em</strong> questão. Ou naspalavras <strong>de</strong> TASSIGNY (2002, p. 110):O processo <strong>de</strong> mundialização do capital se dá sob a tutela da acumulação financeira e éeste regime <strong>de</strong> acumulação que <strong>de</strong>termina a lógica das políticas (públicas) econômicasadotadas <strong>em</strong> quase todo o mundo <strong>de</strong> controle da inflação que gera não só retração noconsumo, mas também uma incapacida<strong>de</strong> real <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos.Essa é a perspectiva avassaladora que se estabelece nacont<strong>em</strong>poraneida<strong>de</strong>. De maneira heg<strong>em</strong>ônica, constitui-se historicamente umprocesso <strong>de</strong>sigual <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Na socieda<strong>de</strong> salarial, a crise do <strong>em</strong>pregoformal avança para além do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego e se transmuta <strong>em</strong> propostas <strong>de</strong>“<strong>em</strong>pregabilida<strong>de</strong>” para trabalhadores “flexíveis”, que escon<strong>de</strong>m a precarização dacondição humana cont<strong>em</strong>porânea.Na perspectiva <strong>de</strong> análise crítica, a compreensão fundamental do processo<strong>de</strong> precarização se faz, prioritariamente, <strong>em</strong> dois sentidos: nas formas <strong>de</strong><strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego ou <strong>de</strong>sassalariamento, que inviabilizarão um número elevado (ecrescente) <strong>de</strong> trabalhadores da possibilida<strong>de</strong> real <strong>de</strong> exercer seu papel social,restringindo-lhes, <strong>de</strong>sta forma, direitos e garantias historicamente conquistados; oupelo aumento do exército <strong>de</strong> reserva e do agravamento <strong>de</strong> sua condição <strong>de</strong>existência. Longe <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> ser reconhecidas como formas antagônicas, nocapitalismo, a exclusão e a exploração são faces opostas da mesma moeda. Assimé que a exclusão <strong>de</strong> uma parte agrava a exploração da outra, ou dito <strong>em</strong> outraspalavras, o elevado número <strong>de</strong> excluídos é fator <strong>de</strong>terminante para garantir aconservação <strong>de</strong> uma baixa r<strong>em</strong>uneração e, com isso, a precarieda<strong>de</strong> no/do trabalhointensifica ainda mais o quadro <strong>de</strong> exclusão social.

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