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Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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42mais importantes ocorridas nas relações <strong>de</strong> trabalho nessa fase parec<strong>em</strong> <strong>de</strong>ver-s<strong>em</strong>enos ao <strong>em</strong>prego das novas tecnologias do que às lutas operárias e às mudançaspolítico-institucionais <strong>de</strong>correntes da <strong>de</strong>mocratização do país”. (LEITE, op.cit., p. 79).Mas foi com o <strong>de</strong>senrolar da década <strong>de</strong> 1990 que o <strong>de</strong>senvolvimento dareestruturação produtiva (e do capital) se fez pleno <strong>em</strong> nosso país. Este períodoficou especialmente marcado pelas “orientações” advindas do Consenso <strong>de</strong>Washington, que tomadas como verda<strong>de</strong>iro receituário <strong>de</strong> <strong>de</strong>sregulamentações,provocou modificações bastante significativas nos diferentes campos do mundo dotrabalho. De maneira associada, houve alterações consi<strong>de</strong>ráveis na forma <strong>de</strong>produção, que tomou por base o toyotismo e as formas flexíveis <strong>de</strong> acumulação, oque, por sua vez, implicou mudanças na própria organização social. Desta forma, ocapitalismo brasileiro <strong>de</strong>ssa época foi assim <strong>de</strong>scrito por ANTUNES (op.cit., p.19):enormes enxugamentos da força <strong>de</strong> trabalho combinam-se com mutações sociotécnicas noprocesso produtivo e na organização do controle social do trabalho. A flexibilização e a<strong>de</strong>sregulamentação dos direitos sociais, b<strong>em</strong> como a terceirização e as novas formas <strong>de</strong>gestão da força <strong>de</strong> trabalho implantadas no espaço produtivo, estão <strong>em</strong> curso acentuado epresentes <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>, coexistindo com o fordismo, que parece ainda preservado<strong>em</strong> vários ramos produtivos e <strong>de</strong> serviços (...).É diante <strong>de</strong>sta dinâmica multivariada do processo produtivo que se constataa impl<strong>em</strong>entação dos mo<strong>de</strong>los aplicados nos países <strong>de</strong> capitalismo central, aomesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que se agravam e intensificam princípios fordistas <strong>de</strong> organizaçãoe dominação da força trabalhadora. É assim que, no Brasil, a adoção <strong>de</strong> um padrãotecnológico mais <strong>de</strong>senvolvido vai aparecer associado aos chamados programas <strong>de</strong>“qualificação” (<strong>de</strong> uma força <strong>de</strong> trabalho mal r<strong>em</strong>unerada) como “receita” capitalistanacional <strong>de</strong> expropriação do trabalhador. Como resultado, ANTUNES (op.cit., p.25)explica que:Essas mutações, portanto, inseridas na lógica da racionalida<strong>de</strong> instrumental do mundo<strong>em</strong>presarial, estão intimamente relacionadas ao processo <strong>de</strong> reestruturação produtiva docapital, no qual as gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas, por meio da flexibilização dos regimes <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>subcontratação e da terceirização, procuram aumentar sua competitivida<strong>de</strong> fraturando efragmentando ainda mais a classe que vive do trabalho.Diante <strong>de</strong> tais condições dadas, concorda-se com ANTUNES e ALVES(2004, p.336) quando estes afirmam que, “se a classe trabalhadora não é idênticaàquela existente <strong>em</strong> meados do século passado, ela também não está <strong>em</strong> vias <strong>de</strong>

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