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Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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37massa <strong>de</strong> sub<strong>em</strong>pregados, <strong>de</strong>sajustados ao mercado <strong>de</strong> trabalho. Tal situação seagrava consi<strong>de</strong>ravelmente a partir da década <strong>de</strong> 1990, quando os níveis <strong>de</strong> trabalho“informal” passam a crescer gradativamente, enquanto o trabalho com carteiraassinada <strong>de</strong>cresce. A reestruturação produtiva <strong>de</strong>termina novas formas <strong>de</strong> trabalho,mais flexíveis. O avanço da tecnologia implica na <strong>de</strong>missão <strong>em</strong> massa e <strong>em</strong> “novasformas <strong>de</strong> contrato” que, segundo NORONHA (2003, p. 115), <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser pensadasda seguinte maneira:No Brasil ‘velhas’ e ‘novas’ formas <strong>de</strong> trabalhos atípicos misturam-se, tornandoparticularmente difícil a i<strong>de</strong>ntificação das causas <strong>de</strong> seu recente crescimento. Aincorporação <strong>de</strong> diversos segmentos ao mercado formal ainda estava <strong>em</strong> processo quando‘novas informalida<strong>de</strong>s’ surgiram.Além disso, a coincidência do crescimento dos contratos atípicos <strong>em</strong> muitos países reforçaos argumentos dos que consi<strong>de</strong>ram que esses contratos resultam do aumento dacompetição internacional por mercados.Assim, a noção <strong>de</strong> sub<strong>em</strong>prego/informalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve-se como conceitopolissêmico, tomado como ativida<strong>de</strong> econômica periférica, menos rentável, ou comonoção oposta à idéia do trabalho com carteira assinada, com registro autônomo oucomo <strong>em</strong>pregador, ou ainda como termo non sensu diante do ato jurídico queobserva apenas contratos “legais” ou “ilegais”.Aprofundando sua análise, NORONHA (2003, p.117) esclarece:Ao consi<strong>de</strong>rarmos apenas a ‘informalida<strong>de</strong>’ do trabalho evitamos a complexida<strong>de</strong> daeconomia ‘informal’ <strong>em</strong> geral. As inter<strong>de</strong>pendências entre economia e trabalho ‘informal’ nãojustificam tratá-las como um fenômeno. A economia ‘informal’ (não legal, isto é, nãoregistrada como ativida<strong>de</strong> econômica) só po<strong>de</strong> criar <strong>em</strong>pregos ‘informais’, mas a economiaformal freqüent<strong>em</strong>ente abre postos <strong>de</strong> trabalho ‘informais’ – <strong>em</strong>presas formais (registradas epagadoras <strong>de</strong> impostos) freqüent<strong>em</strong>ente contratam todos ou parcela <strong>de</strong> seus trabalhadoress<strong>em</strong> registrá-los <strong>em</strong> carteira.Em quaisquer das situações, o significado do termo “informal” não <strong>de</strong>ve serconsi<strong>de</strong>rado isoladamente, mas com a <strong>de</strong>vida clareza do que compreen<strong>de</strong> acategoria trabalho, no seu sentido histórico-social, particularizado para a dimensão<strong>em</strong> questão, do local <strong>em</strong> que se aplica.Transpõe-se o século XX, avança-se pelo novo milênio com a inauguraçãoda era da informalida<strong>de</strong>. Reduz-se o trabalho formal, estável e amplia-se o trabalhoflexível, nas suas múltiplas formas <strong>de</strong> trabalho parcial, terceirizado, rotativo, etc.Agrava-se a precarieda<strong>de</strong> dos vínculos e dos baixos salários, fragmenta-se o

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