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Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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34Esse é um quadro <strong>de</strong> crise das/nas relações sociais que <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> umaorientação (neo)liberal, com múltiplos <strong>de</strong>sdobramentos nos campos da economia, dapolítica, da cultura, do ambientalismo, <strong>de</strong>ntre muitos outros, e que t<strong>em</strong> seu marcocentral <strong>de</strong>terminado pela lógica instrumentalizante do mercado.Diante do exposto, fica claro que as palavras precarização – como condiçãodo trabalho, e informalida<strong>de</strong> – como parte complexa <strong>de</strong>ssa condição atual, passam afazer parte dos discursos cont<strong>em</strong>porâneos, ainda que s<strong>em</strong> uma clareza maior sobrea efetivida<strong>de</strong> dos termos. Cabe ressaltar que distante <strong>de</strong> ser tomada como condiçãosine qua non das relações sociais da socieda<strong>de</strong> do salário, a reflexão sobre ainformalida<strong>de</strong> no mercado <strong>de</strong> trabalho serve <strong>de</strong> alerta para orientar o pensamento ea ação daqueles que buscam romper com a lógica heg<strong>em</strong>ônica que naturaliza talcondição perversa e inviabiliza o processo real <strong>de</strong> integração social.De certa forma é possível dizer que o trabalho informal s<strong>em</strong>pre estevepresente <strong>de</strong>ntre o mundo do trabalho. Reconhecida como fenômeno comum, ainformalida<strong>de</strong> t<strong>em</strong> na formalida<strong>de</strong> seu parceiro dialético. Dito <strong>de</strong> outra forma, o parformal/informal po<strong>de</strong> ser tratado como categoria histórica que se constitui, no Brasil,<strong>em</strong> campo complexo e diversificado, mas perfeitamente “integrado” a dinâmica socialdo mercado nacional. Como resposta aos ajustes estruturais impostos à nossaeconomia, o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego “abre passag<strong>em</strong>” ao trabalho informal, que se sedimentacomo tendência a ser consi<strong>de</strong>rada:pelo caráter que cont<strong>em</strong>poraneamente lhe é atribuído por organizações financeirasinternacionais da estatura do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), asquais <strong>em</strong>bora <strong>de</strong>clar<strong>em</strong> que os probl<strong>em</strong>as sociais <strong>de</strong>correntes do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego são ‘efeitoscolaterais in<strong>de</strong>sejáveis’, têm <strong>de</strong>monstrado por eles um surpreen<strong>de</strong>nte interesse; pela suaindiscutível tendência à expansão; pelo modo como v<strong>em</strong> se relacionando com o capital.(TAVARES, 2002, p. 49).Ao contrário do que se po<strong>de</strong>ria imaginar, instituições multilaterais como oFMI, o BM e a Organização <strong>de</strong> Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),voltadas para o <strong>de</strong>senvolvimento daqueles “menos <strong>de</strong>senvolvidos” mantêm seuapoio, especialmente financeiro, mediante a adoção <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> reestruturação eajuste que privilegiam a eficiência, a produtivida<strong>de</strong>, o mercado internacional, <strong>de</strong>ntreoutros princípios que culminam <strong>em</strong> diminuição do <strong>em</strong>prego formal, restrição <strong>de</strong>políticas sociais e redução do po<strong>de</strong>r do Estado. Na prática, o discurso pelo

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