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Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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30i<strong>de</strong>ário produtivista flexibilizante exige uma atuação mais “colaborativa”, maisversátil, mais a<strong>de</strong>quada às novas exigências do mercado e impõe aos próprios“fracassados”, a culpa pelo seu não sucesso, dada a sua falta <strong>de</strong> interesse,<strong>em</strong>penho ou disposição. Isto implica a “formação” <strong>de</strong> um “novo hom<strong>em</strong>”, polivalente,qualificado, que saiba trabalhar <strong>em</strong> equipe e perfeitamente pautado pelo perfil da<strong>em</strong>presa. Contudo, a face oculta da flexibilização escancara um mundo com reduçãosignificativa do <strong>em</strong>prego formal, com conseqüente expansão da informalida<strong>de</strong>,diminuição gradativa da ação sindical, dada sua organização cada vez mais frágil, eperda <strong>de</strong> proteções sociais levando a um quadro <strong>de</strong> ampliação consi<strong>de</strong>rável daexclusão social.A<strong>de</strong>ntra-se aos anos 90 com a certeza <strong>de</strong> inúmeras e imensas mutações nomundo do trabalho. É possível se reconhecer um quadro sombrio, com altas taxas<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, expansão consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> formas atípicas eprecárias <strong>de</strong> trabalho. Mas ao contrário do que se po<strong>de</strong> imaginar, a diminuição <strong>de</strong>postos <strong>de</strong> trabalho, ou melhor, <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos assalariados, marca típica dassocieda<strong>de</strong>s cont<strong>em</strong>porâneas, não implica na extinção do trabalho <strong>em</strong> si, enquantocategoria central organizadora das relações sociais mo<strong>de</strong>rnas, mas certamenteexige sua reinterpretação.Enten<strong>de</strong>ndo que nossas socieda<strong>de</strong>s se estruturam <strong>em</strong> torno do trabalho assalariado – formatípica assumida pelo trabalho no capitalismo – argumentam que o trabalho ainda se constitui<strong>em</strong> um dos vetores essenciais na estruturação das socieda<strong>de</strong>s, o que os leva a refletir sobreaspectos e processos relacionados à precarização do trabalho, individualização dasrelações <strong>de</strong> trabalho, insegurança e vulnerabilida<strong>de</strong>s, fragmentação da socieda<strong>de</strong> eintegração social. (TONI, 2003, p. 262-263).Neste encaminhamento, a reestruturação das relações <strong>de</strong> trabalho nãopermite supor o fim da centralida<strong>de</strong> da categoria trabalho, mas sim evi<strong>de</strong>nciar umanova forma <strong>de</strong> subordinação do trabalho ao capital. Nesse mo<strong>de</strong>lo atual, aorientação da produção passa a ser pensada no contexto da “globalização” e daflexibilização como meta para a ampliação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s das <strong>em</strong>presas e <strong>de</strong>seus integrantes. Guiados pelo princípio da competição mundial, os agentes doprocesso produtivo encarnam a individualização no processo <strong>de</strong> trabalho e o<strong>de</strong>smantelamento da estrutura social, cada vez mais polarizada. Como tendênciados t<strong>em</strong>pos cont<strong>em</strong>porâneos, revert<strong>em</strong>-se as condições históricas do trabalho

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