13.07.2015 Views

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

21com a alteração da base material <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> eletromecânica para amicroeletrônica, concretamente conviv<strong>em</strong> com processos <strong>de</strong> automação erobotização que reduz<strong>em</strong> enorm<strong>em</strong>ente muitos postos <strong>de</strong> trabalho. Além disso,muitos exerc<strong>em</strong> suas funções sobre condições <strong>de</strong> estresse constante por maiorprodutivida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> meios altamente competitivos e individualizados, por vezesinsalubre, e com pouco ou nenhuma marg<strong>em</strong> para erros, <strong>de</strong>terminando condições<strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a precarização no <strong>em</strong>prego. Por fim, tomada como referencial, afragmentação do processo produtivo culmina na flexibilização das condições <strong>de</strong>trabalho, dado pela <strong>de</strong>sregulamentação dos contratos <strong>de</strong> trabalho, <strong>em</strong>prego s<strong>em</strong>carteira assinada, subcontratação, terceirização, trabalho informal, <strong>de</strong>ntre inúmerasoutras formas. Assim se generaliza o modo <strong>de</strong> produção capitalista, com regras edireitos bastante flexíveis para o trabalhador e po<strong>de</strong>res intransigentes para o capital,que acaba por transformar o mundo <strong>em</strong> uma “gran<strong>de</strong> fábrica”.Entretanto, ainda que tal dinâmica <strong>de</strong> produção se imponha como ummo<strong>de</strong>lo a<strong>de</strong>quado e “perfeito” a todos os indivíduos, <strong>de</strong> todas as socieda<strong>de</strong>s, talcomo afirma PORTO-GONÇALVES (2004, p. 14), tal naturalização corre o risco <strong>de</strong>banalização, já que:Todos os dias receb<strong>em</strong>os, via satélite, pelos meios <strong>de</strong> comunicação, o mundo editado aospedaços, o que contribui para construamos uma visão do mundo que nos faz sentir, cadavez mais, que nosso <strong>de</strong>stino está ligado ao que acontece no mundo, no planeta.Globalização, mundialização, planetarida<strong>de</strong> são palavras que, cada vez mais, começam aconstruir uma nova comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, <strong>em</strong> que a vida <strong>de</strong> cada um já não se achariamais ligada ao lugar ou ao país on<strong>de</strong> se nasce, pelo menos, não do mesmo modo queantes.Mais do que simples vulgarização terminológica, o risco ainda maior é o daalienação das pessoas quanto à neutralida<strong>de</strong> do processo, já que, <strong>em</strong> escala global,são as gran<strong>de</strong>s corporações transnacionais, os organismos multilaterais – como oBanco Mundial (BM), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a OrganizaçãoMundial <strong>de</strong> Comércio (OMC) – e poucas Organizações Não-Governamentais(ONGs) que se colocam como instituições (sujeitos e grupos) capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocar opapel dos Estados Nacionais. Assim, o processo <strong>de</strong> globalização impõe-se nointerior das socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas, da mesma forma, que no final do século XIX, aexpansão capitalista se imbuia <strong>de</strong> sua missão civilizatória para levar o progresso aospovos “atrasados” e “primitivos” da África, Ásia e da América Latina.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!