13.07.2015 Views

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

9OPÇÃO METODOLÓGICAAs consi<strong>de</strong>rações apresentadas até aqui, b<strong>em</strong> como as questões <strong>de</strong> estudoenumeradas, indicam que a opção metodológica <strong>de</strong> trabalho mais a<strong>de</strong>quadarelaciona a t<strong>em</strong>ática abordada com os pressupostos da pesquisa qualitativa. Adinâmica social da atual fase do capitalismo cont<strong>em</strong>porâneo mostra-se bastantecomplexa, <strong>de</strong>terminando um processo <strong>de</strong> formação/organização/educação docatador <strong>de</strong> rua repleto <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>s. Sendo assim, não é fácil distinguir entrecausas e motivações exclusivas, tão pouco se po<strong>de</strong> submeter o sujeito principal doestudo a experimentos <strong>em</strong> laboratório ou <strong>de</strong> controle rigoroso. Portanto, a“construção” do objeto <strong>de</strong> pesquisa se fez <strong>de</strong> maneira parcial e, ao mesmo t<strong>em</strong>po,também esteve sujeito as incompreensões e subjetivida<strong>de</strong>s do próprio pesquisador.O que se procurou <strong>de</strong>ixar claro a priori é que não existe neutralida<strong>de</strong> na pesquisasociológica e as interpretações dos fenômenos estudados são s<strong>em</strong>pre relativas.Nesse sentido, a opção metodológica pela pesquisa qualitativa se baseia noreconhecimento <strong>de</strong> que sujeito e objeto estabelec<strong>em</strong> intensas relações na pesquisa,pois ambos os pólos, que são distintos, estão <strong>em</strong> um mesmo contexto <strong>de</strong>terminado,interligados, e on<strong>de</strong> o investigador é parte da própria observação. Além disso,consi<strong>de</strong>rou-se significativo também incorporar duas outras consi<strong>de</strong>rações já feitaspor LOUREIRO (2000, p.11) e explicitadas na introdução <strong>de</strong> sua tese:1. Existe consciência histórica no objeto <strong>de</strong> estudo, logo, o sentido da pesquisa não é dadoapenas pelo investigador, mas pelo conjunto <strong>de</strong> relações sociais <strong>em</strong> que este está inserido,b<strong>em</strong> como pelo coletivo <strong>de</strong> atores individuais e coletivos trabalhados.2.É i<strong>de</strong>ológica, <strong>em</strong>bora não se resuma a esta dimensão, pois expressa uma construçãoresultante <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada concepção <strong>de</strong> mundo, que perpassa todo o processo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>a <strong>de</strong>finição do t<strong>em</strong>a, do probl<strong>em</strong>a, até os resultados e conclusões.Contudo, como cientistas sociais estudando grupos sociais, foi importanteficar atento ao alerta <strong>de</strong> MARTINS (2004, p.296) para o fato <strong>de</strong> que, por maisaproximação política que se tenha ao objeto <strong>de</strong> pesquisa:não nos transform<strong>em</strong>os <strong>em</strong> militantes <strong>de</strong> uma causa ou <strong>de</strong> um movimento, que olham eprocuram enten<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong> não como ela é, mas como gostaríamos que ela fosse. (...)Seja como cientistas (...), a nossa relação com o outro, que também é sujeito portador <strong>de</strong>conhecimento, não <strong>de</strong>ve ser marcada pela intenção <strong>de</strong> fornecer uma direção, segundo umprojeto político que é nosso. Ou <strong>de</strong> olhar para o ‘nosso objeto’ a partir <strong>de</strong> uma concepção

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!