13.07.2015 Views

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

4<strong>de</strong>senvolvimento da socieda<strong>de</strong> capitalista organiza uma massa populacional <strong>de</strong>excluídos que agravam as crises sociais e <strong>de</strong>generam a vida da imensa maioria. Énesse contexto que a exclusão social coloca-se como categorial central para análise,exigindo sua incorporação como el<strong>em</strong>ento estrutural do modo <strong>de</strong> produçãocapitalista e não mero “<strong>de</strong>feito” ou “inconsistência” <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> ajuste do/aosist<strong>em</strong>a. Ou nas palavras <strong>de</strong> OLIVEIRA (2004, p.23): “(...) a exclusão está incluídana lógica do capital, ou ainda, dizendo <strong>de</strong> outra maneira, que o círculo entreexclusão e inclusão subordinada é condição <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> dos processos <strong>de</strong>produção e reprodução do capital” 3 .Ao mesmo t<strong>em</strong>po, mas por outra via <strong>de</strong> análise, é possível reconhecer que ahistória das civilizações humanas reforça a idéia <strong>de</strong> que o hom<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre manteveestreitas ligações com a Natureza <strong>em</strong> função da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer oambiente e seus diversos componentes. Contudo, a análise dos processostransformadores das socieda<strong>de</strong>s humanas revela uma contradição el<strong>em</strong>entar. Àmedida que os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> produção impulsionaram os homens ao encontro daNatureza, propiciaram, ao mesmo t<strong>em</strong>po, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias que nosafastavam progressivamente <strong>de</strong>la. Ainda que se possa dizer que <strong>de</strong>pendamos –direta ou indiretamente – da Natureza, o hom<strong>em</strong> instintivamente adotou uma posturadominadora, que o colocou praticamente como um el<strong>em</strong>ento distinto daquela. Assim,o processo <strong>de</strong> trabalho (<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>radas as formas sociais e as i<strong>de</strong>ologias a eleassociadas) foi encarado como el<strong>em</strong>ento fundamental para alterar a Natureza e,neste sentido, MARX (1988, p. 142) esclarece que:O trabalho é um processo entre o hom<strong>em</strong> e a Natureza, um processo <strong>em</strong> que o hom<strong>em</strong>, porsua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a Natureza. (...) Ele põe<strong>em</strong> movimento as forças naturais pertencentes à sua corporalida<strong>de</strong>, braços e pernas,cabeça e mão, a fim <strong>de</strong> apropriar-se da matéria natural numa forma útil para a sua própriavida. Ao atuar, (...) sobre a Natureza (...) e ao modificá-la, ele modifica, ao mesmo t<strong>em</strong>po,sua própria natureza.Ainda a ser ressaltado, é importante observar que todas as socieda<strong>de</strong>shumanas necessitam gerar suas próprias condições materiais <strong>de</strong> existência e, nessesentido, a mercadoria torna-se o el<strong>em</strong>ento fundamental nos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> produçãoorganizado por meio <strong>de</strong> trocas. Evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente que os agentes produtores <strong>de</strong>3Grifos no original.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!