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Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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1486 - CONCLUSÕESAo longo <strong>de</strong>ste trabalho, procurou-se enfatizar as dinâmicas econômicas esocioambientais relativas à gestão <strong>de</strong> resíduos sólidos <strong>em</strong> Curitiba, particularmenterelacionadas ao Projeto ECOCIDADÃO. Nesse sentido, procurou-se focar osprocessos educativos através dos quais ocorre a construção da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> dostrabalhadores da catação no interior das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> triag<strong>em</strong>, beneficiamento ecomercialização das associações/cooperativas propostas pela prefeitura.Determinando-se como base para discussão teórica as mudanças que v<strong>em</strong>ocorrendo na cont<strong>em</strong>poraneida<strong>de</strong> no mundo do trabalho e as formas atuais <strong>de</strong>gestão <strong>de</strong> resíduos sólidos no interior das socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo, as propostas <strong>de</strong>criação <strong>de</strong> associações ou cooperativas <strong>de</strong> trabalho, para um número cada vezmaior <strong>de</strong> catadores “excluídos” do mercado “formal”, po<strong>de</strong>m ser encaradas comoproposições vantajosas para a inclusão <strong>de</strong> um contingente marginalizado <strong>de</strong> mão<strong>de</strong>-obra<strong>de</strong>squalificada e <strong>de</strong>spreparada para mo<strong>de</strong>los formais <strong>de</strong> trabalho. Aomesmo t<strong>em</strong>po, o processo <strong>de</strong> inclusão subordinada <strong>de</strong>sses trabalhadores revelamecanismos i<strong>de</strong>ológicos <strong>de</strong> envolvimento e disciplinamento <strong>de</strong>ssa força <strong>de</strong> trabalho,<strong>de</strong> acordo com os i<strong>de</strong>ais do mo<strong>de</strong>lo heg<strong>em</strong>ônico <strong>de</strong> produção. É como dizFERNANDES (2004, p.9):Essa socieda<strong>de</strong> imprime a todo esse processo <strong>de</strong> exclusão uma certa naturalida<strong>de</strong> que, aoser introjetada, <strong>de</strong>senvolve uma aceitação passiva, que torna o sujeito capaz <strong>de</strong> aceitar s<strong>em</strong>questionar a sua condição, seu não acesso às riquezas socialmente produzidas e, pior, amuitas vezes responsabilizar-se por sua condição como se fosse o único responsável porsua condição.No Brasil, como foi apresentado, a questão da disposição correta ea<strong>de</strong>quada do lixo revela sua dimensão histórica e, com ela, o aumento significativoda importância do setor <strong>de</strong> reciclag<strong>em</strong> <strong>de</strong> resíduos, com a participação ativa <strong>de</strong>parcela <strong>de</strong> trabalhadores que não consegu<strong>em</strong> mais se manter nos <strong>em</strong>pregos formaisou que nunca tiveram formação e/ou qualificação suficiente para buscar tais formas<strong>de</strong> <strong>em</strong>pregabilida<strong>de</strong>. Diante <strong>de</strong>ssa dura realida<strong>de</strong>, acrescenta-se a probl<strong>em</strong>áticaimposta, um consumo exacerbado que se coloca como el<strong>em</strong>ento discricionário dasdinâmicas social, ambiental e econômica que estruturam a ca<strong>de</strong>ia produtiva dareciclag<strong>em</strong>.

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