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Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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133(E32) As maior dificulda<strong>de</strong> é na separação do lixo, né. A separação do lixo que é difícil, né.É difícil porque t<strong>em</strong> muita separação. Muito tipo <strong>de</strong> material e a gente t<strong>em</strong> que separarporque se você não separar, separar só papelão e o misto, que é mais fácil, [do] branco, oresto não vale nada porque fica tudo misturado, né.Ao mesmo t<strong>em</strong>po, a falta <strong>de</strong> uma sensibilização maior na separação maiscuidadosa do lixo reciclável, por parte da população <strong>em</strong> geral, também trazprobl<strong>em</strong>as aos catadores, expondo o grupo às situações <strong>de</strong> risco (cortes eperfurações).(E25) Ah, t<strong>em</strong> uns lixo que é complicado. T<strong>em</strong> uns negócio <strong>de</strong> hospital, essas coisa aí, daícomplica. De vez <strong>em</strong> quando chega. A maioria v<strong>em</strong> meio que pelo certo, né, mas osplástico, as coisa assim, mas s<strong>em</strong>pre v<strong>em</strong> alguma coisinha ou outra e isso daí é perigosopra gente, né. Se a gente visse que fosse tudo reciclado mesmo. Olha, não sei te falar qu<strong>em</strong>que manda, mas chega.Em relação à <strong>de</strong>finição do melhor formato jurídico para a estruturação dosgrupos, os <strong>de</strong>bates com base na experiência dos catadores e nas informaçõesadquiridas nos cursos <strong>de</strong> capacitação (associativismo/cooperativismo) aconteceram,mas <strong>de</strong> forma incipiente. As associações/cooperativas formadas foram organizadascom grupos <strong>de</strong> indivíduos que, <strong>em</strong> sua maioria (58%), não haviam trabalhado nacatação <strong>de</strong> recicláveis antes <strong>de</strong> seu ingresso como associado/cooperado, mas queexerciam trabalhos t<strong>em</strong>porários 92 , parciais ou que estavam <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregados. Assim,80% <strong>de</strong>sses trabalhadores estão organizados a menos <strong>de</strong> um ano, ainda que nogrupo seja possível encontrar alguns que trabalham com a catação <strong>de</strong> resíduos hámais <strong>de</strong> 30 anos. Tal dinâmica <strong>de</strong> formação propicia uma troca importante <strong>de</strong>conhecimentos entre os envolvidos, mas muitas vezes acaba por gerar situaçõesque compromet<strong>em</strong> o reconhecimento da necessida<strong>de</strong> do envolvimento político porparte <strong>de</strong>sses profissionais. De acordo com a TABELA 11, a maior parte doscatadores afirma saber que sua associação/cooperativa t<strong>em</strong> registro, possui estatutoe conhece o seu conteúdo, ainda que 63,3% não tenham participado <strong>de</strong> suaelaboração.92Nesse caso, a condição <strong>de</strong> trabalho t<strong>em</strong>porário inclui ativida<strong>de</strong>s como a <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregada doméstica,<strong>de</strong> serviços gerais, <strong>de</strong> responsável por chácara/agricultor, <strong>de</strong> babá, <strong>de</strong>ntre muitas outras, já que60,6% <strong>de</strong>sses trabalhadores exerciam suas funções s<strong>em</strong> carteira assinada e 87,8% <strong>de</strong>lesrecebendo até dois salários mínimos, mas com uma alta taxa <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong> entre as tarefasexecutadas, <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>vida a baixa escolarida<strong>de</strong>/qualificação.

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