Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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113(continuação da TABELA 9)2006(3)1.788.556 1,74 535.051,80 3,78 299,15 24,93 0,832007(2)1.797.408 0,49 552.000,58 3,17 307,11 25,59 0,852008(1)1.828.092 1,71 - - - - -FONTE: IBGE - Censo demográfico até 2000 e Contagem Populacional 1996 e 2007;Estimativas IBGE e IPPUC. Dados sobre Resíduos Sólidos Urbanos -SMMA/Departamento de Limpeza Pública.Elaboração: O autor - banco de dados do IBGE e do IPPUC.NOTA: (1) IBGE - Censo Demográfico(2) IBGE - Contagem populacional(3) IBGE - Estimativa Populacional(4) Considerado apenas os valores recolhidos pela coleta domiciliar.Em termos percentuais, é possível perceber uma oscilação muito grande naprimeira metade do período considerado tendendo, posteriormente, a uma queda eestabilização. (GRÁFICO 9).GRÁFICO 9 – RELAÇÃO ENTRE O CRESCIMENTO POPULACIONAL E APRODUÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, EM CURITIBA, DE1991 A 2007.252015Percentual1050-5-101991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Ano(%) Crescimento populacional (%) Produção de RSUFONTE: IBGE - Censo demográfico até 2000 e Contagem Populacional 1996 e2007; Estimativas IBGE e IPPUC. Dados sobre Resíduos SólidosUrbanos - SMMA/Departamento de Limpeza Pública.

114O importante de se registrar é que, desde a implantação do ASC, aprodução de lixo reciclável sempre esteve em alta e, atrelada a ela, a presença doscatadores passou a ser uma dinâmica marcante e em movimento crescente pornossa cidade.Em 2007, diante de um quadro que estimava em aproximadamente 5.000catadores de materiais recicláveis trabalhando, em sua maioria, de forma precáriaem Curitiba, a prefeitura decidiu propor medidas que incrementassem a reciclagem,ao mesmo tempo em que viabilizassem o fortalecimento da coleta informal.Orientada pelo princípio de “reconhecimento e valorização do catador como umimportante elo na cadeia da reciclagem”, a prefeitura implementou o projetoReciclagem Inclusão Total, cuja “diretriz de ação, (...), referenda o papel domunicípio como propulsor para um processo de mudança que busca melhoria nãosó para a condição sócio-ambiental do catador como também se traduz embenefícios para toda a sociedade”. (PMC, 2007)Como todo grande centro urbano, a administração municipal da cidade deCuritiba tem uma preocupação constante com a gestão dos resíduos sólidosproduzidos por sua população. Com uma quantidade diária gerada deaproximadamente 2.300 toneladas, menos de 25% do total ingressa na cadeiaprodutiva da reciclagem. Contudo, o mais impressionante relacionado a essadinâmica está no fato de que praticamente 95% da coleta de recicláveis estão acargo dos catadores, trabalhadores informais que contribuem, desta forma, demaneira significativa com o meio ambiente e a sociedade como um todo, semquaisquer contrapartidas sociais encontradas dentre aqueles que gozam dapossibilidade de trabalho formal. (QUADRO 4).Com papel fundamental na cadeia produtiva da reciclagem, é no nível doscatadores que se pode observar as maiores diferenças em relação aos agentesenvolvidos nesse processo. Sem uma organização mínima, esses trabalhadoresinformais acabam subjugados às condições impostas pelos elos superiores dacadeia que determinam as condições de compra/venda de material e, indiretamente,as próprias condições de vida de muitos desses profissionais.

114O importante <strong>de</strong> se registrar é que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a implantação do ASC, aprodução <strong>de</strong> lixo reciclável s<strong>em</strong>pre esteve <strong>em</strong> alta e, atrelada a ela, a presença doscatadores passou a ser uma dinâmica marcante e <strong>em</strong> movimento crescente pornossa cida<strong>de</strong>.Em 2007, diante <strong>de</strong> um quadro que estimava <strong>em</strong> aproximadamente 5.000catadores <strong>de</strong> materiais recicláveis trabalhando, <strong>em</strong> sua maioria, <strong>de</strong> forma precária<strong>em</strong> Curitiba, a prefeitura <strong>de</strong>cidiu propor medidas que incr<strong>em</strong>entass<strong>em</strong> a reciclag<strong>em</strong>,ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que viabilizass<strong>em</strong> o fortalecimento da coleta informal.Orientada pelo princípio <strong>de</strong> “reconhecimento e valorização do catador como umimportante elo na ca<strong>de</strong>ia da reciclag<strong>em</strong>”, a prefeitura impl<strong>em</strong>entou o projetoReciclag<strong>em</strong> Inclusão Total, cuja “diretriz <strong>de</strong> ação, (...), referenda o papel domunicípio como propulsor para um processo <strong>de</strong> mudança que busca melhoria nãosó para a condição sócio-ambiental do catador como também se traduz <strong>em</strong>benefícios para toda a socieda<strong>de</strong>”. (PMC, 2007)Como todo gran<strong>de</strong> centro urbano, a administração municipal da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Curitiba t<strong>em</strong> uma preocupação constante com a gestão dos resíduos sólidosproduzidos por sua população. Com uma quantida<strong>de</strong> diária gerada <strong>de</strong>aproximadamente 2.300 toneladas, menos <strong>de</strong> 25% do total ingressa na ca<strong>de</strong>iaprodutiva da reciclag<strong>em</strong>. Contudo, o mais impressionante relacionado a essadinâmica está no fato <strong>de</strong> que praticamente 95% da coleta <strong>de</strong> recicláveis estão acargo dos catadores, trabalhadores informais que contribu<strong>em</strong>, <strong>de</strong>sta forma, <strong>de</strong>maneira significativa com o meio ambiente e a socieda<strong>de</strong> como um todo, s<strong>em</strong>quaisquer contrapartidas sociais encontradas <strong>de</strong>ntre aqueles que gozam dapossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho formal. (QUADRO 4).Com papel fundamental na ca<strong>de</strong>ia produtiva da reciclag<strong>em</strong>, é no nível doscatadores que se po<strong>de</strong> observar as maiores diferenças <strong>em</strong> relação aos agentesenvolvidos nesse processo. S<strong>em</strong> uma organização mínima, esses trabalhadoresinformais acabam subjugados às condições impostas pelos elos superiores daca<strong>de</strong>ia que <strong>de</strong>terminam as condições <strong>de</strong> compra/venda <strong>de</strong> material e, indiretamente,as próprias condições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> muitos <strong>de</strong>sses profissionais.

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