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Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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105po<strong>de</strong> levar a pensar, como aponta FRIEDMANN 74 apud RORÍGUEZ (2005, p. 332)que “o capitalismo cont<strong>em</strong>porâneo po<strong>de</strong> viver [s<strong>em</strong> essas pessoas]”, <strong>de</strong> tal formaque “a mensag<strong>em</strong> enviada a esses setores é b<strong>em</strong> explícita: para todos os efeitospráticos, passaram a ser redundantes na acumulação global <strong>de</strong> capital” (...).Dialeticamente, os processos <strong>de</strong> exclusão social não acontec<strong>em</strong> s<strong>em</strong> que seevi<strong>de</strong>nci<strong>em</strong>, também, núcleos <strong>de</strong> resistência entre os excluídos. De forma individualou coletiva, com apoio <strong>de</strong> organizações não-governamentais, da Igreja (através <strong>de</strong>suas Pastorais) e até mesmo <strong>de</strong> entes públicos, os catadores enfrentam a dinâmicaimposta pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> produção que necessita <strong>de</strong>les, mas parece que não querenxergá-los. Com projetos locais, regionais ou nacionais, com experiências <strong>de</strong>referência <strong>em</strong> diversas cida<strong>de</strong>s e países do mundo, esse grupo <strong>de</strong> trabalhadoresintegra indivíduos <strong>de</strong> classes populares que participam ativamente <strong>de</strong> uma economiaurbana <strong>de</strong> baixo custo, mas que lhes permite condições <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> bens eserviços essenciais à sua condição <strong>de</strong> sobrevivência. Nas palavras <strong>de</strong> BURBACH etal. 75 (1997) citado por RODRÍGUEZ (2005, p.334):(...) estas “economias populares” constitu<strong>em</strong> uma forma, ainda que precária, <strong>de</strong> resistência,porque são mecanismos mediante os quais as classes populares criam e exploram umnicho econômico para sobreviver<strong>em</strong>. Porém, quando consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong>ntro do conjunto daeconomia urbana, torna-se evi<strong>de</strong>nte que as economias populares estão longe <strong>de</strong> serautônomas e, por si mesmas, <strong>em</strong>ancipadoras.74FRIEDMANN, J. Empowerment. The politics of alternative <strong>de</strong>velopment. Cambridge: Blackwell,1992.75 BURBACH, R. Socialism is <strong>de</strong>ad, long live socialism. NACLA, XXXI (3), 15-20. 1997.

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