Ronaldo Gazal Rocha - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

102FIGURA 4 – AGENTES QUE INTERAGEM COM OS GRUPOS DECATADORESAgentesgovernamentaisEmpresasprivadasEntidadesreligiosasAssociações/Cooperativasde catadoresOutrasONGsUniversidadesAssessoresvoluntáriosFONTE: MARTINS (2006, p.97)Portanto, ainda que a auto-organização seja um pressuposto para lutar pormelhores condições de vida e como forma de aperfeiçoamento das condições detrabalho, nem sempre esse processo está acompanhado por maiores rendimentos.Concorda-se com ABREU (2001, p.35) quando esta afirma que:(...) promover a auto-organização dos catadores supõe uma intervenção social de fôlegoque passa pela sensibilização para a organização coletiva, capacitação profissional,alfabetização, formação associativista e cooperativista e apoio às iniciativas. Com aformação para a cidadania, os catadores devem deixar de se considerar e ser consideradoscomo alvos passivos da Assistência Pública e passar a se reconhecer como agenteseconômicos e ambientais, com direitos a serem reivindicados e viabilizados, valorizando aeducação e a saúde dos seus filhos.Ainda que, nos últimos anos, se possa constatar que a quantidade decatadores que trabalham de forma associada ou cooperativada esteja aumentando,a maioria ainda não se apresenta integrada a essa formas particulares de trabalho.Além disso, a forma como desempenham sua função, os instrumentos queutilizam e o nível de articulação que possuem são bastante distintos entre oscatadores de materiais recicláveis.Assim, enquanto alguns trabalham no local destinado ao despejo dosresíduos, ou seja, lixões e aterros controlados, outros deslocam carrinhos oucarroças para facilitar a coleta desses materiais descartados pela maioria das