Emir Guimarães Andrich - Programa de Pós-Graduação em ...
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94Nº de Cursos - Paraná1008060402001999 2000 2001 2002 2003 2004O crescimento do número de matrículas nos cursos de tecnologia e nos centrosuniversitários, demonstrado nas tabelas anteriores, deixa claro que a instituição universitáriatradicional não é o modelo preferido dos empresários educacionais paranaenses. A opção porcursos mais curtos e por formas mais flexíveis de organização acadêmica são coerentes com alógica mercantil que passou a nortear a conduta de muitas instituições de ensino do Estado doParaná.4.2.6 O Paraná no Cenário NacionalUma análise da evolução do sistema estadual em termos globais (rede pública eprivada) revela que a expansão do ensino superior em nosso estado foi inferior à registradaem boa parte das unidades da federação. Entre os 26 estados brasileiros (mais o DistritoFederal), o Paraná ocupa a modesta 19º posição em termos de crescimento do número deinstituições, ficando um pouco melhor classificado na categoria “matrículas”, em 17º lugar.Apesar de estar mal posicionado no cômputo geral, isto é, na soma das matrículas darede pública e particular, o Paraná apresentou índices de privatização superior a quase todasas regiões do país (vide tabela abaixo).
95Tabela 16 - Crescimento da Educação Superior Privada porRegião Brasil – 1994 – 2004Região Crescimento em Percentual - %Norte 668,2Nordeste 322,0Sudeste 154,0Sul 292,0Centro-Oeste 321,6Paraná 416,2FONTE: MEC/Inep/DeaesÀ primeira vista poderíamos supor que tal desempenho estaria ligado à situação sócioeconômicado Estado. Por fazer parte de uma região desenvolvida, o Paraná naturalmenteteria despertado o interesse de instituições educacionais interessadas em expandir suasatividades. Esse argumento explica, em parte, a escalada geométrica do ensino particularparanaense nos últimos quinze anos, mas não se aplica ao fenômeno ocorrido nas regiõesnorte e nordeste, que apesar de menos desenvolvidas economicamente também ampliaram emgrande escala suas redes privadas de ensino superior.A taxa de ociosidade das instituições privadas localizadas no Paraná, que chegou em2004 a 51.6%, superou a média nacional, que atingiu 50.5% no mesmo ano 54 . Dessesnúmeros é possível se concluir que as instituições privadas superestimaram a capacidade decrescimento e de absorção do mercado paranaense.Outra hipótese para explicar a evolução acelerada do ensino pago no Paraná, a partirdos anos 90, é a estagnação do setor público. Apesar de ter ampliado suas matrículas, oensino gratuito esteve muito longe de acompanhar o crescimento da demanda por educaçãosuperior nos últimos anos (vide tabela abaixo).54 As taxas de ociosidade estadual e nacional foram obtidas pelo confronto do número de vagas com o número deingressantes em 2004.
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