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Emir Guimarães Andrich - Programa de Pós-Graduação em ...

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50recursos para esse nível <strong>de</strong> ensino, presente <strong>em</strong> todos os textos examinados, torna óbvia essaconclusão.Além <strong>de</strong>sse interesse <strong>de</strong> caráter mais geral, que visa sobretudo assegurar que os países<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento economiz<strong>em</strong> recursos para os serviços da dívida, <strong>em</strong> favor do capitalrentista, é visível o interesse do setor privado na disputa dos recursos do fundo público. Asisenções, subvenções e incentivos oferecidos ao setor privado <strong>de</strong> ensino revelam que naessência o capitalismo continua o mesmo. Nos momentos <strong>de</strong> crescimento ou <strong>de</strong> crise, oEstado s<strong>em</strong>pre contribuiu para o processo <strong>de</strong> acumulação.A <strong>de</strong>fesa insistente pela UNESCO e pelo BM da diversificação <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong>financiamento, da educação a distância, da diferenciação das instituições e da prestação <strong>de</strong>serviços ao mercado, são coerentes com a proposta neoliberal <strong>de</strong> Estado mínimo. Ofinanciamento vinculado ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho, como forma <strong>de</strong> pr<strong>em</strong>iar as instituições mais“produtivas”, também revela uma forte influência do individualismo liberal. A <strong>de</strong>fesa peloBanco <strong>de</strong> investimentos <strong>em</strong> educação fundamental indica claramente o lugar que o Brasil<strong>de</strong>ve ocupar no mercado global. Seus técnicos s<strong>em</strong>pre acharam que o diferencial competitivodo nosso país era o agronegócio, <strong>em</strong> razão da abundância <strong>de</strong> recursos naturais e do custo damão-<strong>de</strong>-obra. Daí a razão para não se investir <strong>em</strong> educação superior. Não era necessárioproduzir conhecimentos novos. Da mesma forma, hoje, se advoga que o investimento nomo<strong>de</strong>lo tradicional <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>, baseado na indissociabilida<strong>de</strong> das esferas <strong>de</strong> ensino,pesquisa e extensão, é ina<strong>de</strong>quado. As <strong>em</strong>presas multinacionais, sobretudo as do setorautomobilístico, apenas montam seus veículos no Brasil. Eles são projetados e pensados namatriz. Nesse sentido, os cursos longos, acadêmicos, não têm razão <strong>de</strong> existir.A ênfase dada ao <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dorismo revela um reconhecimento da gravíssima criseeconômica global, que t<strong>em</strong> afetado diretamente os níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego, sobretudo entre osjovens. Esperamos que no futuro o fracasso <strong>de</strong> uma geração <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregados não

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