equidad, puesto que ten<strong>de</strong>n a reducir las <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ingressos.” (BANCO MUNDIAL,1995, p.3).O ensino superior s<strong>em</strong>pre foi criticado por consumir boa parte do dinheiro que é<strong>de</strong>stinado à educação. Para relativizar um pouco essa posição, é interessante analisar arelação que faz Almeida, citado por Paulo Corbucci (2004, p. 6). Segundo esse autor,“o probl<strong>em</strong>a do financiamento da educação brasileira não resi<strong>de</strong> no fato <strong>de</strong> o gasto com a educaçãosuperior ser excessivo, e sim <strong>em</strong> que os investimentos na educação básica são insuficientes. Ao analisaros dispêndios educacionais <strong>de</strong> nações integrantes da Organização para Cooperação e DesenvolvimentoEconômico (OCDE), Almeida (2001) mostra que nesses países a proporção entre a <strong>de</strong>spesa com aeducação básica e a da educação superior é <strong>de</strong> 1 para 3, ao passo que no Brasil essa relação é <strong>de</strong> 1 para14.”A diferenciação das instituições relaciona-se com a idéia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver cursos <strong>de</strong>curta duração, que teriam custos mais baixos e taxas <strong>de</strong> evasão inferiores, além <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> maisflexíveis para se adaptar<strong>em</strong> às mudanças do mercado.Alguns educadores enten<strong>de</strong>m que há um prejuízo político inegável nessas iniciativas,na medida <strong>em</strong> que elas reduz<strong>em</strong> os conteúdos às competências necessárias à <strong>em</strong>pregabilida<strong>de</strong>,ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que encorajam uma lógica <strong>de</strong> mercado e <strong>de</strong> competição na escola(LAVAL, 2004, p. 12). Além das implicações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m política, a outra face dadiferenciação é o incentivo ao ensino a distância - EAD.O Banco <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a educação a distância citando o ex<strong>em</strong>plo da Tailândia. Segundoseus técnicos, “los programas <strong>de</strong> educación a distancia son genericamente mucho menoscostosos que los programas universitarios corrientes, dado el más alto número <strong>de</strong> estudiantespor maestro. Por ex<strong>em</strong>plo, en Tailância, la proporción media es <strong>de</strong> 8:1 en las universida<strong>de</strong>sestatales selectivas, en conparación con 745:1 en las universida<strong>de</strong>s abiertas.”(BANCOMUNDIAL, 1995, p. 37).No Brasil, a proposta <strong>de</strong> investimento na EAD foi encampada pelo Ministério daEducação na década <strong>de</strong> 1990. Segundo informação do ANDES-SN – Sindicato Nacional dosDocentes das Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior (2005), a minuta <strong>de</strong> <strong>de</strong>creto que regulamenta oArt. 80 da LDB, que trata <strong>de</strong>ssa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong>fine que as instituições interessadas38
39na implantação <strong>de</strong> cursos a distância <strong>de</strong>v<strong>em</strong> encaminhar requerimento ao Ministro <strong>de</strong> Estadoda Educação, que <strong>de</strong>cidirá privativamente sobre a autorização <strong>de</strong>sses cursos. Caberá aoministro, também, <strong>de</strong>finir on<strong>de</strong> as avaliações, que são presenciais, serão realizadas. O Artigo5º do Projeto <strong>de</strong> Lei da Reforma Universitária (2006) prevê a liberalização das restrições paraa criação <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> graduação, mestrado e doutorado a distância, que terão o mesmo statusdos cursos presenciais.A diversificação das fontes <strong>de</strong> financiamento é outra medida preconizada com ênfasepelo Banco Mundial. A idéia básica seria a compl<strong>em</strong>entação dos orçamentos com taxas <strong>de</strong>matrícula, doações <strong>de</strong> ex-alunos, contratos <strong>de</strong> consultoria e <strong>de</strong> pesquisa com o mercado,promoção <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> curto prazo, entre outras formas <strong>de</strong> captação externa <strong>de</strong> recursos.Em conjunto com essas medidas, o Banco ainda sugere a redução <strong>de</strong> alguns gastos nãorelacionados com a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino, como alojamento e alimentação para os estudantes.Nesse caso, novamente lança mão da experiência <strong>de</strong> países que não po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radosreferências no campo da educação superior. Segundo seus técnicos, “los países pue<strong>de</strong>ntambién reducir e incluso eliminar el subsidio para los gastos no relacionados con lainstrucción, tales como la vivienda y la alimentación. Por ex<strong>em</strong>plo, en Botswana y Ghana sehan eliminado los subsidios para las comidas <strong>de</strong> los estudiantes, se han privatizado losservicios <strong>de</strong> comidas, y se han logrado consi<strong>de</strong>rables ahorros <strong>de</strong> costos”Em conferência realizada na UNESCO, o ex-ministro Cristovam Buarque (2003-2004)<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u projeto <strong>de</strong> imposto diferenciado para egressos <strong>de</strong> instituições públicas, que pagariamseus cursos a partir <strong>de</strong> um acréscimo na contribuição ao Imposto <strong>de</strong> Renda. Na opinião <strong>de</strong>Roberto Leher (2005a, p.2), essa medida seria inconstitucional, na medida <strong>em</strong> queconfrontaria com o Artigo 206 da CF, que estabelece a gratuida<strong>de</strong> nos estabelecimentosoficiais.”
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