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Emir Guimarães Andrich - Programa de Pós-Graduação em ...

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33Inicialmente, a crise iniciada na década <strong>de</strong> 1970 foi atribuída ao processoinflacionário. Quando esse argumento se mostrou insuficiente para explicar a queda nosindicadores <strong>de</strong> crescimento, “a ortodoxia neoliberal trouxe a resposta: os mercados eramextr<strong>em</strong>amente rígidos, os custos trabalhistas altos, os sindicatos perigosamente po<strong>de</strong>rosos, odirigismo estatal irresponsável e as instituições <strong>de</strong> b<strong>em</strong>-estar generosas <strong>de</strong>mais.” (GENTILI,1998, p. 88). Ou seja, na essência, toda crítica estava direcionada à rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong>corrente dointervencionismo estatal e ao excesso <strong>de</strong> gastos realizados pelo Estado.Uma vez diagnosticada a causa do probl<strong>em</strong>a, o r<strong>em</strong>édio veio sob a forma <strong>de</strong> medidaseconômicas que foram implantadas <strong>em</strong> diversas regiões do mundo (países da OCDE, AméricaLatina, Leste europeu, EUA e Austrália).Em linhas gerais, elas se resumiram <strong>em</strong>:a) redução das barreiras comerciais e <strong>de</strong>sregulamentação da economia, com vistas afacilitar a expansão das <strong>em</strong>presas transnacionais;b) privatização das <strong>em</strong>presas públicas;c) eliminação das barreiras ao capital estrangeiro ed) ajuste fiscal. (BORON, 2003, p. 24).Na essência, as medidas impl<strong>em</strong>entadas <strong>em</strong> resposta à crise capitalista dos anos 70 nãocontrariaram os pressupostos básicos da teoria liberal. Em todas elas, percebe-se claramente acrítica ao intervencionismo estatal e a <strong>de</strong>fesa intransigente do individualismo. A diferençafundamental entre o liberalismo clássico e o neoliberalismo está na heg<strong>em</strong>onia i<strong>de</strong>ológicaalcançada por este último no plano mundial (FIORI, 1997, p. 215).Assim como as riquezas produzidas na era do ouro não foram distribuídas <strong>de</strong> maneiraequilibrada, as medidas neoliberais não foram aplicadas com a mesma intensida<strong>de</strong> <strong>em</strong> todosos países. Nas nações <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, a adoção <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo econômico resultou <strong>de</strong>condicionamentos impostos para a negociação da dívida externa. Mesmo s<strong>em</strong> usufruir dosbenefícios do Estado <strong>de</strong> b<strong>em</strong>-estar, as nações pobres foram forçadas a cumprir as<strong>de</strong>terminações externas. Nos países centrais, contrariamente, a opção pelo mo<strong>de</strong>lo neoliberal

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