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Emir Guimarães Andrich - Programa de Pós-Graduação em ...

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era interpretado como um el<strong>em</strong>ento fundamental na formação do capital humano necessáriopara garantir a capacida<strong>de</strong> competitiva das economias e, conseqüent<strong>em</strong>ente, o incr<strong>em</strong>entoprogressivo da riqueza social e da renda individual” (GENTILI, 1998, p. 80).Esse otimismo <strong>em</strong> relação à escolarização era possível, <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> medida, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong>do pleno <strong>em</strong>prego. Quase todos os egressos do sist<strong>em</strong>a educacional eram absorvidos pelomercado <strong>em</strong> expansão. O <strong>de</strong>senvolvimento da industrialização <strong>de</strong> alta tecnologia apontavapara uma diminuição do número <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos, mas os efeitos <strong>de</strong>sse processo não foramsentidos na era do ouro (HOBSBAWM, 1995, p. 262). Não por acaso surgiu na década <strong>de</strong>1950, nos EUA, a Teoria do Capital Humano, que passou a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a idéia <strong>de</strong> que ocrescimento econômico era conseqüência natural do <strong>de</strong>senvolvimento educativo. A educação,na formulação <strong>de</strong>sses teóricos, era consi<strong>de</strong>rada um fator <strong>de</strong> incr<strong>em</strong>ento da produtivida<strong>de</strong> dotrabalho (SANCHIS, 1997, p. 210). Segundo Gentili (Ibid, p. 84-85), <strong>em</strong> razão das mudançasocorridas,“os sist<strong>em</strong>as escolares expandiram-se significativamente a partir <strong>de</strong>sse período, atingindo, <strong>em</strong> algunscasos, um crescimento espetacular. Os países do Terceiro Mundo foram um bom ex<strong>em</strong>plo disso, aindaque neles continuass<strong>em</strong> existindo profundos mecanismos <strong>de</strong> discriminação e exclusão educacional.Enquanto a média <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> da população não superava, <strong>em</strong> 1913, os 7,86 anos por habitante nosEstados Unidos; 6,99 na França; 8,37 na Al<strong>em</strong>anha; e 5,36 no Japão, <strong>em</strong> 1973 chegava a 14,58; 11,69;11,55 e 12,09, respectivamente. Na América Latina, a taxa média <strong>de</strong> crescimento anual daescolarização foi, no período 1960-70, <strong>de</strong> 5,8 na educação pré-escolar; 5,7 para o nível primário; 7,1para o segundo grau e 11,1 para o nível superior. O crescimento se manteve <strong>em</strong> aumento (com exceçãodo primeiro grau) durante a década <strong>de</strong> setenta, sendo <strong>de</strong> 10,6 no nível pré-escolar; 3,4 no primeiro grau;8,1 no segundo e 11,5 no superior. Processo que se <strong>de</strong>teve <strong>de</strong> forma estrepitosa nos anos oitenta”.Como se vê, existe uma relação nítida entre o <strong>de</strong>senvolvimento dos sist<strong>em</strong>as escolarese as mudanças no mundo produtivo. A socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna exigiu a generalização da escola, eo <strong>de</strong>senvolvimento da ciência o domínio dos códigos da escrita. Por essa razão, a educaçãoescolar se transformou na forma dominante <strong>de</strong> educação na socieda<strong>de</strong> atual. Todo o processo<strong>de</strong> educação que ocorre fora do âmbito da escola é <strong>de</strong>finido por negação: educação não formal(SAVIANI, 1994, p.157).Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar, no entanto, os limites <strong>de</strong>ssa escolarização. Algunspensadores burgueses perceberam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início a importância da escola para a formaçãoprofissional da classe trabalhadora. No entanto, o mínimo <strong>de</strong> instrução era consi<strong>de</strong>rado23

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