Emir Guimarães Andrich - Programa de Pós-Graduação em ...
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5.6 A CONSOLIDAÇÃO DE UM SISTEMA DIVERSIFICADO DE EDUCAÇÃOSUPERIOR141Gerhard Malnic (2006, p. 1), professor titular da universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, enviousua contribuição ao <strong>de</strong>bate da reforma através da publicação <strong>de</strong> um pequeno artigo, on<strong>de</strong>afirmou que a função das universida<strong>de</strong>s“não é somente a formação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> nível superior, mas também a criação <strong>de</strong> conhecimento,principalmente porque essa criação mantém os professores atualizados e capazes tanto <strong>de</strong> efetuar atransmissão do conhecimento quanto dar uma verda<strong>de</strong>ira formação aos seus alunos. Dessa forma, osalunos po<strong>de</strong>m adquirir não somente conhecimentos livrescos mas também uma criativida<strong>de</strong> quepo<strong>de</strong>rão aplicar, por ex<strong>em</strong>plo, nas ativida<strong>de</strong>s profissionais <strong>em</strong> <strong>em</strong>presas, levando à criação <strong>de</strong> inovaçãocientífica e também <strong>de</strong> inovação tecnológica, tão essencial para nosso <strong>de</strong>senvolvimento econômico”.Com essa afirmação, Malnic resumiu b<strong>em</strong> o sentimento daqueles que se posicionamcontra a constituição <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo diversificado, com sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> pós-graduação e pesquisaconcentrados numa pequena minoria <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s. Para esse grupo, a idéia <strong>de</strong> umaeducação <strong>de</strong> nível superior dissociada da produção <strong>de</strong> novos conhecimentos não faz o menorsentido.A instituição assim organizada, segundo essa vertente, constituiria apenas umprolongamento do ensino médio, estranho ao verda<strong>de</strong>iro sentido da formação universitária.Entre os <strong>de</strong>fensores da diversificação estão os a<strong>de</strong>ptos do Estado mínimo,osorganismos multilaterais, algumas entida<strong>de</strong>s ligadas ao <strong>em</strong>presariado e boa parte da iniciativaprivada que possui “negócios” no ensino superior.Para a Confe<strong>de</strong>ração Nacional daIndústria, para citar um ex<strong>em</strong>plo, “a diversificação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> educação superior <strong>de</strong>veprosseguir com o estímulo à criação e à valorização <strong>de</strong> estabelecimentos não-universitáriosque ofereçam educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>mandas específicas <strong>de</strong> formação:tecnológica, profissionais liberais, magistérios e profissões <strong>em</strong>ergentes”. Para essa entida<strong>de</strong>, a“flexibilização da obrigatorieda<strong>de</strong> da universida<strong>de</strong> aplicar-se ao ensino, pesquisa e extensão[permite que ela] se <strong>de</strong>dique àquelas funções mais ligadas à sua vocação, recursos enecessida<strong>de</strong>s regionais” (CNI, 2004, p. 19).Em relação ao t<strong>em</strong>a da diversificação, o Projeto <strong>de</strong> Reforma está muito mais inclinadopara a consolidação do mo<strong>de</strong>lo que ganhou força a partir da década <strong>de</strong> 1990 do que para a