Emir Guimarães Andrich - Programa de Pós-Graduação em ...
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113.17% <strong>em</strong> 2002 (44% <strong>de</strong> queda); e no que diz respeito à arrecadação <strong>de</strong> impostos da União,diminuíram <strong>de</strong> 12.5%, <strong>em</strong> 1989, para 7,9% <strong>em</strong> 2002 (37%)” (p. 173-187).A contribuição dada pelo sist<strong>em</strong>a público, a julgar pelos dados apresentados porAmaral, foi possível graças a uma boa dose <strong>de</strong> sacrifício. Ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que houve aampliação do número <strong>de</strong> matrículas nas instituições fe<strong>de</strong>rais, ocorreu também a redução donúmero <strong>de</strong> professores. “Segundo dados da ANDIFES, eram 48439 docentes <strong>em</strong> 1990, e41900 <strong>em</strong> 2000” (Ibid., p. 193).Todos os indicadores (nº. <strong>de</strong> matrículas, nº. <strong>de</strong> instituições, nº. <strong>de</strong> cursos ofertados,etc.) revelam um crescimento constante da re<strong>de</strong> privada e uma redução proporcional daparticipação do setor público, sobretudo no período <strong>de</strong> 1996 a 2002. Em 2004, as instituiçõesparticulares já representavam 88,8% do total <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> nível superior do país. Em relaçãoao número <strong>de</strong> matrículas, 71.7% da oferta estavam concentradas no setor privado (INEP,2004).Ao longo <strong>de</strong>sse estudo preten<strong>de</strong>mos apresentar e discutir os fatores que foram<strong>de</strong>terminantes para a expansão do ensino superior privado brasileiro a partir da segundameta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1990. Como os acontecimentos internos s<strong>em</strong>pre possu<strong>em</strong> relação com aconjuntura internacional, inicialmente traçar<strong>em</strong>os um paralelo entre os rumos tomados pelaspolíticas educacionais no Brasil e as transformações do capitalismo mundial a partir da década<strong>de</strong> 1970. A influência da crise do capitalismo no redirecionamento das políticas educacionaisserá objeto <strong>de</strong> análise da primeira parte do capítulo II.Nesse mesmo capítulo, tambémdiscutir<strong>em</strong>os os impactos da adoção <strong>de</strong> medidas neoliberais na formulação <strong>de</strong> diretrizes para aeducação superior brasileira.Embora o neoliberalismo seja um assunto bastante exploradopelos estudiosos <strong>de</strong> políticas educacionais, o cenário das reformas <strong>em</strong>preendidas na educaçãosuperior ficaria incompleto s<strong>em</strong> uma referência a esse t<strong>em</strong>a.Finalmente, encerramos aprimeira parte do trabalho apresentando o conteúdo dos principais documentos publicadospelos organismos multilaterais (Banco Mundial e UNESCO) sobre a educação superior.