principalmente as instituições privadas. No Paraná, esse probl<strong>em</strong>a se acentuou nos últimosanos (vi<strong>de</strong> tabela 22, gráfico 16).104Tabela 22 - Evolução do Número <strong>de</strong> Vagas Ociosas nos Cursos <strong>de</strong> GraduaçãoPresenciais por Categoria Administrativa - Paraná - 1991 – 2004AnoVagas Oferecidas Ingressos Vagas Ociosas Vagas OciosasPública Privada Pública Privada Pública Privada1991 19.527 11.164 18.080 9.667 1.447 1.4971992 17.581 11.395 15.960 9.390 1.621 2.0051993 18.627 12.750 17.220 10.580 1.407 2.1701994 18.532 15.532 17.575 13.242 957 2.2901995 17.959 16.891 17.399 15.601 560 1.2901996 18.604 16.981 17.932 15.615 672 1.3661997 17.084 20.037 16.541 18.506 543 1.5311998 17.652 30.405 17.357 27.394 295 3.0111999 22.867 41.866 21.064 34.691 1.803 7.1752000 23.152 60.646 22.357 43.294 795 17.3522001 23.965 75.096 23.303 50.879 662 24.2172002 24.848 102.477 24.352 62.833 496 39.6442003 26.320 121.116 25.275 61.722 1.045 59.3942004 26.435 126.106 25.619 60.977 816 65.129FONTE: MEC/Inep/Deaes.GRÁFICO 16 – Evolução do Número <strong>de</strong> Vagas Ociosas nos Cursos <strong>de</strong> GraduaçãoPresenciais por Categoria Administrativa - Paraná - 1991 – 200470.00060.00050.00040.00030.00020.00010.000019911992199319941995199619971998199920002001200220032004PúblicasPrivadasEm 1991, a proporção <strong>de</strong> vagas ociosas entre as instituições públicas e privadasparanaenses era praticamente a mesma. O total <strong>de</strong> vagas não ocupadas, nesse ano, estavadistribuído entre as escolas públicas e privadas na proporção <strong>de</strong> 49.15 e 50.85%,
105respectivamente. Quatorze anos <strong>de</strong>pois, o <strong>de</strong>sequilíbrio chegou a uma <strong>de</strong>sproporção extr<strong>em</strong>a.Em 2004, 98.76% das vagas ociosas encontravam-se na re<strong>de</strong> particular.A diminuição da concorrência permitiu o ingresso na educação superior <strong>de</strong> muitosalunos que estavam sendo excluídos pela falta <strong>de</strong> vagas nas instituições públicas e pelas altasmensalida<strong>de</strong>s cobradas na re<strong>de</strong> particular.A multiplicação <strong>de</strong> escolas privadas ao mesmot<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que ampliou significativamente a oferta <strong>de</strong> vagas, forçou a queda do valor dasmensalida<strong>de</strong>s. Esses fatores associados passaram a interferir na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino. A ofertareduzida, no passado, fazia do acesso ao ensino superior um verda<strong>de</strong>iro funil, dando chanceapenas aos alunos mais preparados. A expansão quantitativa do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>u oportunida<strong>de</strong> aum número muito maior <strong>de</strong> estudantes, jovens e adultos.Teoricamente, os egressos do ensino médio <strong>de</strong>veriam estar habilitados para enfrentar agraduação. Na prática, porém, isso não ocorre.Por conta <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>ficiências, muitasinstituições criaram cursos <strong>de</strong> nivelamento, com o intuito <strong>de</strong> amenizar um pouco asdiferenças. Também se proliferaram críticas à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino nos níveis inferiores(médio e fundamental). Essas críticas, proce<strong>de</strong>ntes sob certa ótica, evi<strong>de</strong>nciaram um sentidoi<strong>de</strong>ológico quando foram dirigidas às universida<strong>de</strong>s públicas. Com efeito, não foram poucasas acusações <strong>de</strong> que a falta <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no ensino fundamental se <strong>de</strong>via ao excesso <strong>de</strong>recursos <strong>de</strong>stinados à educação superior, <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento da básica. A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino nosníveis inferiores, no entanto, também está relacionada com a qualida<strong>de</strong> dos cursos <strong>de</strong>licenciatura, e portanto da educação superior <strong>em</strong> sentido amplo.Ou seja, há um círculovicioso, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma visão mais integral do sist<strong>em</strong>a educacionalpara ser superado.Alguns indicadores sobre a realida<strong>de</strong> nacional apresentados pelo Censo da EducaçãoSuperior po<strong>de</strong>m oferecer subsídios para a análise da conjuntura paranaense. O principal <strong>de</strong>lesrefere-se às condições <strong>de</strong> trabalho do corpo docente. O regime <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> professores<strong>em</strong> t<strong>em</strong>po integral foi um dos fatores que contribuiu, historicamente, para a qualida<strong>de</strong> superior
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