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em Lutero: uma análise a partir da doutrina dos dois ... - UEM

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mais. 51 <strong>Lutero</strong> fun<strong>da</strong>menta sua posição diante do conflito do campesinato com as autori<strong>da</strong>desRevista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, Ano II, n. 5, Set. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.u<strong>em</strong>.br/gtreligiao_____________________________________________________________________________O terceiro artigo reivindica o fim <strong>da</strong> escravidão porque Cristo libertou a to<strong>dos</strong>. Istosignifica que se quer transformar liber<strong>da</strong>de cristã <strong>em</strong> coisa carnal. Este artigo quer deixarto<strong>da</strong>s as pessoas iguais e fazer do reino espiritual um reino secular e externo. 50d) A última parte do escrito é um conselho ao campesinato e às autori<strong>da</strong>des. Emnenhum <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong> há algo de cristão, ambos tratam de justiça e injustiça profana e benst<strong>em</strong>porais. Ambos ag<strong>em</strong> contra Deus e estão sob sua ira. Estas coisas dev<strong>em</strong> ser trata<strong>da</strong>s comjustiça e não com violência. A conseqüência <strong>dos</strong> atos <strong>dos</strong> <strong>dois</strong> grupos será catastrófica, ca<strong>da</strong>grupo lutará pelos seus interesses próprios s<strong>em</strong> haver acordo, a Al<strong>em</strong>anha será devasta<strong>da</strong> <strong>em</strong>uitos inocentes morrerão. O conselho é para que escolham alg<strong>uma</strong>s autori<strong>da</strong>des <strong>em</strong> outrosesta<strong>dos</strong> al<strong>em</strong>ães para resolver a questão de forma amigável. Os senhores precisam deixar deser teimosos, dev<strong>em</strong> ceder, e os camponeses dev<strong>em</strong> suprimir alguns artigos que vão longe decom <strong>uma</strong> clara distinção entre coisas concernentes à salvação e coisas concernentes aogoverno secular: (1) O Evangelho não se envolve com questões t<strong>em</strong>porais, apenas comassuntos relativos à salvação; (2) O Evangelho não pode ser negado às pessoas, mas não sedeve usar de meios violentos para que haja liber<strong>da</strong>de religiosa; (3) O uso de meios violentospara punição <strong>dos</strong> maus é exclusivo <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de secular; (4) A tirania <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong>des nãojustifica o uso de violência contra elas; (5) Tirar a autori<strong>da</strong>de constituí<strong>da</strong> por Deus de alguémé o mesmo que lhe tirar tudo; (6) O direito do cristão é desejar e fazer o b<strong>em</strong>, e orar pelos queo persegu<strong>em</strong>; (7) O levante <strong>dos</strong> camponeses contra a autori<strong>da</strong>de representa a ira de Deus e éresultado <strong>da</strong> obstinação <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de contra a Palavra de Deus; (8) A opressão <strong>dos</strong>camponeses pelas autori<strong>da</strong>des representa a ira de Deus e é resultado <strong>da</strong> sua desobediência aoman<strong>da</strong>to de Deus (Rm 13.1ss).Análise do escrito Adendo: Contra as Hor<strong>da</strong>s Salteadoras e Assassinas <strong>dos</strong> CamponesesEste escrito é um adendo à Exortação à Paz tendo sido escrito logo após a conclusão<strong>da</strong> re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Exortação (possivelmente ain<strong>da</strong> <strong>em</strong> abril de 1525). O que motivou a re<strong>da</strong>ção doadendo foi <strong>uma</strong> mu<strong>da</strong>nça de percepção de <strong>Lutero</strong> a respeito <strong>da</strong>s intenções <strong>dos</strong> camponeses,pois neste momento <strong>Lutero</strong> já havia tomado conhecimento <strong>dos</strong> levantes na Turíngia e suas50 LUTERO, op. cit., p. 326.51 Ibid., p. 327-329.254

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