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em Lutero: uma análise a partir da doutrina dos dois ... - UEM

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Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, Ano II, n. 5, Set. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.u<strong>em</strong>.br/gtreligiao_____________________________________________________________________________foss<strong>em</strong> cristãos os camponeses teriam se apegado ao Pai Nosso e levariam sua causa a Deus<strong>em</strong> oração para que Deus faça sua vontade e os livre do mal. A oração é a forma cristãlegítima de livrar-se <strong>da</strong> desgraça e do mal. 45<strong>Lutero</strong> observa que a pessoa que redigiu os artigos anotou textos bíblicos às margens<strong>dos</strong> artigos, porém selecionando uns e omitindo outros para <strong>da</strong>r ar de justiça, trabalhando commeias ver<strong>da</strong>des. Quando se lê atentamente as passagens se percebe que na<strong>da</strong> t<strong>em</strong> a ver com asreivindicações. No prefácio já se contradiz<strong>em</strong> dizendo que são amáveis, porém t<strong>em</strong> formadoquadrilhas e rebeliões. Diz<strong>em</strong> que os artigos ensinam o Evangelho, porém na<strong>da</strong> ensina, sóliber<strong>da</strong>de a pessoas e bens, coisas terrenas e t<strong>em</strong>porais. O Evangelho não se envolve comestes assuntos, mas apenas fala de sofrimento, lutas e cruz. 46<strong>Lutero</strong> concor<strong>da</strong> que a pregação do Evangelho não pode ser nega<strong>da</strong>, pois é direito deca<strong>da</strong> um ouvi-lo, porém a autori<strong>da</strong>de pode negar, apesar de que não deveria. Contra isto nãose deve lutar, mas pode-se mu<strong>da</strong>r de ci<strong>da</strong>de <strong>em</strong> busca de um lugar onde o Evangelho épregado livr<strong>em</strong>ente. Se deve deixar a ci<strong>da</strong>de para a autori<strong>da</strong>de e ir atrás do Evangelho. Porémo que o movimento t<strong>em</strong> feito é tomar ci<strong>da</strong>des para si e negar o direito <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong>des sobreelas. 47c) Na terceira parte <strong>Lutero</strong> reage aos três primeiros <strong>dos</strong> doze artigos apresenta<strong>dos</strong>pelo campesinato, pois os d<strong>em</strong>ais tratam de questões jurídicas as quais o reformador não<strong>em</strong>itirá juízo. O primeiro artigo trata <strong>da</strong> reivindicação de poder escolher e afastar um pároco.Se a paróquia quer escolher um pároco então deve pedir a autori<strong>da</strong>de constituí<strong>da</strong>, se não osatender então escolham um e sustent<strong>em</strong> com seus próprios recursos. Se a autori<strong>da</strong>de nãotolerar o pároco escolhido então fujam para outra ci<strong>da</strong>de. 48O segundo artigo reivindica o uso do dinheiro <strong>dos</strong> dízimos para o pagamento do pastore aju<strong>da</strong> aos pobres, e o que sobrar para as necessi<strong>da</strong>des do território. Com isto <strong>Lutero</strong> diz queestá sendo feito um assalto a autori<strong>da</strong>de, pois tira dela a competência de administrar osrecursos <strong>dos</strong> impostos. 4945 LUTERO, op. cit., p. 320-321.46 Ibid., p. 322.47 Ibid., p. 323-324.48 Ibid., p. 324.49 Ibid., p. 325.253

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