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MELISSA RODRIGUES DE ALMEIDA A RELAÇÃO ENTRE A ...

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86Baseando-se nas elaborações de Marx e Engels e Volochinov 32 , Klein(2003, p. 37-39) levanta o debate em torno da relação entre a linguagem, a ideologiae a consciência. Em sua reflexão, reconhece que a consciência individual só podeser explicada a partir do meio ideológico e social e aponta que o signo, na sociedadede classes, será ideológico, carregando a marca dessa divisão em classes. Dessaforma, revela-se o caráter não neutro da palavra. São os signos que alimentam econfiguram a consciência individual, sendo território comum do psiquismo e daideologia.Na relação com a educação, dimensão de humanização pela apropriação eobjetivação, a autora aponta que o aprendizado da linguagem em uma perspectivatransformadora “implica necessariamente a compreensão dessa natureza dividida dosigno e o desvendamento do conteúdo ideológico da linguagem, a partir da própriacompreensão da realidade contraditória do processo de produção classista.” (KLEIN,2003, p. 40).Essa passagem nos leva a pensar que a natureza contraditória das relaçõesexpressa nos signos, pode apresentar-se como contradição à consciência. Arealidade não é linear, tampouco será linear a consciência dessa realidade. Aideologia é, portanto, permeável a contradições e também revela aspectos do real,ainda que de forma invertida. Em certos momentos do desenvolvimento daconsciência, pode-se produzir um choque entre a concepção de mundo internalizadae uma realidade material contraditória. Vigotski (2001a) pressupõe a possibilidadede novas conexões, o que pode trazer, através da imaginação, a novidade, apossibilidade de estabelecer relações diferentes e de tomar consciência dascontradições do real. Tendo isso em vista, permanece uma questão: como surgemos projetos revolucionários de ruptura com as relações sociais vigentes e seussignificados?3.3 DA CONSCIÊNCIA <strong>DE</strong> CLASSE COMO PROCESSOE no centro da própria engrenagemInventa a contra-mola que resisteJoão Ricardo e João Apolinário (Primavera nos dentes)32 A autora reconhece Volochinov, e não Bakhtin, como verdadeiro autor da obra Marxismo e filosofiada linguagem, conforme extenso debate dos estudiosos das obras de Bakhtin.

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