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MELISSA RODRIGUES DE ALMEIDA A RELAÇÃO ENTRE A ...

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65de tais signos. (VYGOTSKI, 2000b, p. 179, tradução nossa).Com isso, Vigotski esclarece que em primeiro lugar a criança reproduz ouso do signo, para somente depois compreender seus mecanismos e dominá-los. Apalavra cumpre o papel de distinguir os diversos objetos, fraciona a conexãosincrética e analisa o mundo. Constitui-se como instrumento fundamental de análise,pois designar verbalmente um objeto – transformá-lo em palavra - significa separá-loda massa geral dos objetos, dando-lhe destaque.Visto que a palavra traz uma nova dimensão à consciência, não podemosdeixar de citar a importante afirmação de Goethe, lembrada por Vigotski, de que noprincípio era a ação, não a palavra. Coerente com sua concepção materialista, oautor lembra que a palavra é um reflexo generalizado da realidade, ou seja, apalavra é fruto da necessidade de nomear e comunicar que surgem na ação humanasobre a realidade.Outro aspecto relevante a ser considerado é a relação do significado com oinconsciente. Vigotski (1999a) considera lícito falar do conceito de inconsciente, mascomo unidade do psíquico e do fisiológico, ou psicológico. Ressalta, porém -diferente de outras teorias, especialmente a freudiana - que o inconsciente épotencialmente consciente. Há o psicologicamente consciente e o psicologicamenteinconsciente. O autor admite uma relação entre o inconsciente e o não-verbal eargumenta que: “Em geral, não existe signo sem significado. A formação de palavraé a principal função do signo. Há significado ali onde há signo. Esta é a facetainterna do signo. Mas na consciência há também algo que não tem significado.”(VIGOTSKI, 1999a, p. 182). Acontece que mesmo depois do cruzamento das curvasdo pensamento e da linguagem, que dá origem à fala intelectual e o pensamentoverbal, não deixa de existir uma fala não-intelectual e um pensamento não-verbal.No adulto, pensamento e linguagem não estão necessariamente interligadossempre. Dessa formulação, pode-se entender que há aspectos não significados, aque poderíamos chamar de inconscientes, mas que são potencialmente conscientes.Leontiev (1978, p. 88) ajuda-nos a caracterizar a consciência na seguintesíntese: “(...) a consciência individual do homem só pode existir nas condições emque existe a consciência social. A consciência é o reflexo da realidade, refractadaatravés do prisma das significações e dos conceitos lingüísticos, elaboradossocialmente.”

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