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MELISSA RODRIGUES DE ALMEIDA A RELAÇÃO ENTRE A ...

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51acordo com a experiência adquirida de forma direta, no emprego prático de signosadquire certa experiência psicológica. Segue a terceira etapa, da utilização designos externos, quando a criança organiza estímulos externos para executar suaação. Na tentativa de dominar sua reação, começa a dominar os estímulos, queservem de mediadores no autodomínio. Na quarta e última etapa, ocorre oenraizamento, que é quando a operação externa converte-se em interna, há umcrescimento para dentro e o processo de internalização dos processos culturais secompleta, enraizando no indivíduo.O autor soviético destaca a existência de três tipos de enraizamento, isto é,dessa passagem de fora para dentro: 1) tipo sutura, análogo à sutura de um tecidovivo, em que se suturam dois lados com um fio, produzindo uma cicatrização,quando o fio pode ser retirado porque os tecidos já estão unidos sem a necessidadede uma união artificial. Com isso, quer-se dizer que a operação antes mediadapassa a ser direta; 2) enraizamento completo, acontece quando se apaga adiferença entre estímulos externos e internos, por exemplo, depois de repetir muitasvezes uma reação, esta é transladada para o interior; 3) quando a criança assimila aestrutura do processo de utilização de signos externos, opera com mais facilidadescom os signos internos e começa a utilizar estímulos verbais. (VYGOTSKI, 2000b, p.165).Para ilustrar o processo de internalização, tomemos como exemplo amemória. Sua etapa natural caracteriza-se por suas possibilidades de recordardiretamente. Na psicologia ingênua, etapa que segue, a criança começa a utilizarsignos que a auxiliem a recordar, mas ainda sem tomar consciência de como atuam.Na etapa de uso de signos externos, a criança passa a compreender o mecanismode mediação dos signos e os insere ativamente em sua atividade, com o objetivo deauxiliá-la. É quando, por exemplo, ata um barbante com um nó no dedo paralembrar-se de dar um recado. Finalmente, a etapa de enraizamento é quando osigno externo passa a ser desnecessário para a recordação por ter sidointernalizado. O signo não deixa de existir, mas atua internamente, levando a pessoaa lembrar-se de algo que necessitava.Como vimos, os signos têm um papel determinante na passagem dasfunções elementares para as superiores. Mas o que é o signo? Em princípio, o signoé sempre um meio de relação social e de influência sobre os demais, que serve derepresentação simbólica e que surge da necessidade de comunicação no processo

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