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MELISSA RODRIGUES DE ALMEIDA A RELAÇÃO ENTRE A ...

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47reconhecer a si mesmo como pertencente à humanidade ou, melhor dizendo, aogênero humano. Cada um de nós se reconhece como humano a partir da relaçãocom o outro. Assim fica demonstrado na seguinte passagem de Marx:O homem se vê e se reconhece primeiro em seu semelhante, a não ser quejá venha ao mundo com um espelho na mão ou como um filósofo fichtianopara quem basta o ‘eu sou eu’. Através da relação com o homem Paulo, nacondição de seu semelhante, toma o homem Pedro consciência de si mesmocomo homem. Passa, então, a considerar Paulo – com pele, cabelos, em suamaterialidade paulina – a forma em que se manifesta o gênero homem.(MARX, 2001, p. 74-75).2.3 A LEI GENÉTICA DO <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO CULTURAL(...) no movimento mais íntimo e pessoal do pensamento,do sentimento, etc., o psiquismo de um indivíduo particularé efetivamente social e socialmente condicionado.VigotskiA partir dessa nova compreensão do desenvolvimento humano, em que anatureza psíquica do homem é dada pelo conjunto de relações sociais trasladadasao interior e convertidas em funções da personalidade e em formas de sua estrutura,Vigotski traça a lei genética do desenvolvimento cultural. Não devemos esquecerque, para Vigotski, todo cultural é social; a cultura é produto da vida social e daatividade social do ser humano e o próprio mecanismo das funções psíquicassuperiores é uma cópia do social (VYGOTSKI, 2000b, p. 151).A grande questão deixa de ser como uma ou outra criança se coloca nasociedade e em suas classes sociais, mas como a sociedade e os grupos sociaiscriam, em uma ou outra criança, as funções psicológicas superiores. E pararesponder a isso, Vigotski evidencia que toda forma superior de comportamentoaparece sempre em dois planos: primeiro no plano social ou interpsicológico –quando a função está dividida entre duas pessoas, constituindo um processopsicológico mútuo; depois no plano intrapsicológico, em um complexo sistema defunções no sujeito. Com isso, o autor aponta que “a vertente individual se constróicomo derivada e como secundária sobre a base do social e segundo seu exatomodelo” (VIGOTSKI, 1999a, p. 82); só há reconhecimento do eu no reconhecimentodo outro.

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