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MELISSA RODRIGUES DE ALMEIDA A RELAÇÃO ENTRE A ...

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23um lado, as relações de produção capitalistas produziram um desenvolvimento dasforças produtivas, nunca visto antes. Se pensarmos nas condições das forçasprodutivas do início do capitalismo e compararmos com as de hoje, perceberemosque o desenvolvimento não foi pouco. Da carroça ao trem-bala, da lamparina àmicroeletrônica, da enxada à colheitadeira, da baioneta à bomba atômica. Por outrolado, todo esse desenvolvimento, produzido socialmente, não é apropriado por todaa humanidade, ao passo que é propriedade privada de uma classe social e estásubjugado ao processo econômico de produção de valor, isto é, à reproduçãoampliada do capital.Como vimos, a vida dos seres humanos se constitui pela forma comoproduzem socialmente sua existência, ou seja, pelas relações sociais de produção.Em seu Prefácio à Crítica da Economia Política, Marx 10aponta que “o conjuntodessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a basereal sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qualcorrespondem determinadas formas de consciência social.” Ou seja, as formas deprodução das relações sociais incidem na constituição da consciência dos sereshumanos que fazem parte dessa formação histórico-social, que por sua vez, recairásobre as relações sociais de produção, reproduzindo-as e transformando-as.A consciência é, antes de qualquer coisa, um produto social e desenvolvesebaseada na complexidade da produção material humana. A forma como oshomens produzem sua existência – a partir das relações que estabelecem entre si ecom a natureza – é o que dá a base material para a produção de determinadasformas de consciência social. De acordo com o enunciado marxista: “Não é aconsciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu sersocial é que determina a sua consciência.” (MARX, Prefácio à crítica da economiapolítica). 11Tendo o agrupamento humano um caráter de interdependência, integraçãoe modificação mútua, em sua atividade social, os homens passam a ter anecessidade de organizar as ações e a necessidade do intercâmbio com os outros10 MARX, K. Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política. [1859] Marxists Internet Archive,mar. 2007. Disponível em:Acesso em: 20 set. 2007.11 Conforme se aprofunda a divisão social do trabalho, transformada em divisão entre trabalhomaterial e trabalho intelectual, a consciência pode imaginar que é mais do que a consciência práticaexistente, como se a representação do mundo estivesse emancipada do próprio mundo. Isso levaráàs concepções idealistas da sociedade e da história. (MARX e ENGELS, 2007, p. 35)

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