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MELISSA RODRIGUES DE ALMEIDA A RELAÇÃO ENTRE A ...

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113contradições e quais as possibilidades de intervir nesse movimento. Ao falar datomada de consciência, Toassa (2006, p. 74) expõe ainda outras duas classesdesse fenômeno. Uma é a tomada de consciência motivacional, que se refere àlivre-escolha entre vários motivos. Outra é a tomada de consciência das operaçõessemióticas e conceituais. Parece-nos que aquela, inclui a compreensão da relaçãoentre a atividade da classe como necessária para a superação do capital e a açãoindividual dentro do projeto da classe; e esta, a compreensão dos significadossociais produzidos no movimento das relações de produção no sistema de conceitoscientíficos.Outro aspecto relevante ao nosso objeto, do processo da consciência declasse na relação com a consciência individual, diz respeito à realização do projetode transformação social. A superação de modos de produção da vida não acontecede forma rápida nem espontânea. Cabe lembrar que os homens fazem a história e,embora as condições necessárias à superação sejam dadas pelo desenvolvimentodas leis dialéticas, é necessária uma ação organizada e intencional da classerevolucionária para a superação. Coloca-se, como vimos enfatizando, de formapremente a necessidade da classe se apropriar do conhecimento que desvela as leisde movimento da sociedade. A partir do entendimento do que significa atransformação de uma sociedade, surge outro conflito no indivíduo, exposto deforma bastante interessante por Iasi (2007a): o tempo de transição de um modo deprodução a outro é, sem dúvida, maior que o tempo de uma geração, ou, maior queo tempo de vida de um indivíduo.Segundo Iasi (2007a, p. 40-41),A concepção da potencialidade da classe, a consciência da possibilidade davitória, é parte integrante da consciência de classe. Essa tarefa exige outrotipo de indivíduo, não o moldado pelos valores burgueses e liberaiscorrespondentes às representações ideológicas das relações de exploraçãoda sociedade capitalista, ou seja, o individualismo pequeno-burguês e todasas suas matizes. Essa tarefa exige um novo indivíduo capaz de compreendersua temporalidade além dos limites de si próprio, compreender esse esforçocomo esforço coletivo de sua classe e além dela. A consciência que, ao fazera segunda negação, expressa o movimento essencial da classe ao sesuperar como classe.Tal indivíduo é forjado no próprio movimento da classe e pelo conflitodesencadeado no plano pessoal e vivido de forma singular. É um processocomplexo, em que se produz uma luta de motivos, em função de algumas razões.

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