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Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação

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Introdução(BNDES), o que propicia sustentabilida<strong>de</strong> aos investimentos para a promoção dainovação nas <strong>em</strong>presas. Garantir essa sustentabilida<strong>de</strong> é vital para o Sist<strong>em</strong>aNacional <strong>de</strong> C,T&I, que experimenta mudanças significativas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a inserção dainovação como eixo central da Política Nacional <strong>de</strong> C,T&I e como variável-chave do<strong>de</strong>senvolvimento sustentável do País.O apoio a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicastambém teve aumento significativo – no período entre 2007 e 2009, a execuçãofinanceira dos programas pertencentes à Priorida<strong>de</strong> III do PACTI totalizou cerca<strong>de</strong> R$ 3,0 bilhões, referentes a recursos do Fundo Nacional <strong>de</strong> DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico (FNDCT) e <strong>de</strong> outras ações do <strong>Plano</strong> Plurianual (PPA).Tal aporte proporcionou avanços especialmente nos programas referentes a<strong>Tecnologia</strong>s da Informação e Comunicação, Biocombustíveis, Antártica, Amazônia,Defesa, Programa Espacial e Programa Nuclear.Em consonância com a políticasocial do governo fe<strong>de</strong>ral (PAC Nacional),A PINTEC 2008 aponta que, <strong>em</strong> relação à pesquisa<strong>de</strong> 2005, cresceram:o MCT <strong>de</strong>dica atenção especial a ações<strong>de</strong> ciência, tecnologia e inovaçãopara o <strong>de</strong>senvolvimento social. Essasações têm permitido investimentos naimpl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> Centros VocacionaisTecnológicos (CVT), para agregação••o número <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas industriais inovadoras(30.377 para 38.299);a taxa <strong>de</strong> inovação (33,4% para 38,1%);<strong>de</strong> valor a ca<strong>de</strong>ias produtivas locais • o percentual do faturamento da indústria investido<strong>em</strong> P&D (0,57% para 0,62%);e apropriação <strong>de</strong> tecnologias; e <strong>de</strong>Telecentros <strong>em</strong> todo o território nacional,ampliando a participação <strong>de</strong> todosnos benefícios do advento <strong>de</strong> novastecnologias. Como parte das ações quepromulgam a popularização da ciênciapara a inclusão social e a divulgação doconhecimento científico e tecnológico,o MCT promove a Olimpíada Brasileira<strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>ática das Escolas Públicas••o número <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas que utilizam a internet(17.249 para 26.349) e as ICTs (3.634 para9.707) como fonte <strong>de</strong> informação; eo número <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas que utilizaram instrumentosgovernamentais <strong>de</strong> apoio à inovação(5.818 para 8.730).(OBMEP), por intermédio do seuInstituto <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>ática Pura e Aplicada (IMPA). O MCT realiza, ainda, a S<strong>em</strong>anaNacional <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>, que é a expressão maior <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização doconhecimento científico e tecnológico no País.Os avanços mais significativos do PACTI são apresentados neste relatório.No entanto, é necessário frisar que os resultados <strong>de</strong> duas pesquisas foram11


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosdivulgadas recent<strong>em</strong>ente, as quaisfornec<strong>em</strong> el<strong>em</strong>entos importantes parao aperfeiçoamento da política <strong>de</strong> C,T&I.Pesquisa <strong>de</strong> opinião realizada <strong>em</strong> 2010 com 2016entrevistados <strong>em</strong> todo o país (marg<strong>em</strong> <strong>de</strong> erro <strong>de</strong>2%) mostra que:A primeira, divulgada <strong>em</strong> outubro • o brasileiro se interessa por C&T (65% interessadose muito interessados) e mais ain-<strong>de</strong> 2010, é a Pesquisa <strong>de</strong> InovaçãoTecnológica 2008 (PINTEC 2008),da por t<strong>em</strong>as com forte componente científicocomo medicina, saú<strong>de</strong> e meio ambienteconduzida pelo Instituto Brasileiro<strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE) – aquarta <strong>de</strong> uma série iniciada <strong>em</strong> 2000, (82%);mas a primeira a mapear resultados • meta<strong>de</strong> dos entrevistados julga a ciênciaapós o aperfeiçoamento do marcobrasileira <strong>em</strong> situação intermediária quandolegal para a inovação, com a sanção ecomparada com a <strong>de</strong> outros países; eregulamentação da Lei <strong>de</strong> Inovação e daLei do B<strong>em</strong>.• a principal razão para não se visitar centros<strong>de</strong> C&T ou museus foi o fato <strong>de</strong> eles não existir<strong>em</strong>A segunda, a Pesquisa Nacionalsobre Percepção Pública da Ciênciana região.e <strong>Tecnologia</strong>, divulgada agora <strong>em</strong>nov<strong>em</strong>bro, contribui para o ajuste <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> popularização da ciência.Ainda estão <strong>em</strong> curso dois estudos, cujos resultados aportarão maisinformações sobre o impacto da política brasileira <strong>de</strong> C,T&I e, <strong>em</strong> certa medida,do PACTI, mas que não estão aqui incorporados uma vez que sua finalização estáprevista para o próximo ano. São eles:• estudo sobre o impacto dos fundos setoriais nas <strong>em</strong>presas, encomendadoa uma parceria entre o Instituto <strong>de</strong> Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)e o Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais (Ce<strong>de</strong>plar/UFMG), cujo universo abrange as<strong>em</strong>presas intervenientes <strong>em</strong> projetos apoiados pelos FNDCT/fundossetoriais e <strong>em</strong>presas que receberam financiamento re<strong>em</strong>bolsável daFinanciadora <strong>de</strong> Estudos e Projetos (FINEP) e cujos resultados preliminaresmostram que o acesso a recursos dos fundos setoriais incr<strong>em</strong>enta osesforços tecnológicos das <strong>em</strong>presas e contribui para seu crescimento epara a ampliação das exportações <strong>de</strong> maior conteúdo tecnológico; e• estudo conduzido pela Assessoria <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação dos Fundos Setoriais doMCT <strong>em</strong> parceria com o Centro <strong>de</strong> Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE),com a FINEP e com o CNPq, para i<strong>de</strong>ntificar as inovações introduzidase a apropriação <strong>de</strong> conhecimentos gerados pelos projetos apoiadospelos Fundos Setoriais, com foco não apenas <strong>em</strong> ações <strong>de</strong>stinadas ao<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico e à inovação, mas também naquelas <strong>de</strong>12


pesquisa básica, <strong>de</strong> formação e capacitação <strong>de</strong> recursos humanos e <strong>de</strong>implantação e fortalecimento <strong>de</strong> infraestrutura.Por fim, é fundamental registrar o diálogo estabelecido com a socieda<strong>de</strong><strong>em</strong> duas Conferências Nacionais <strong>de</strong> C,T&I (CNCTI), as quais aportaram valiosascontribuições que balizaram a estruturação do PACTI 2007-2010, no caso da 3ªCNCTI, realizada <strong>em</strong> 2005, e estão induzindo aperfeiçoamentos da atual políticapara incorporação no PACTI 2011-2015, no caso da 4ª CNCTI, realizada <strong>em</strong> maio<strong>de</strong> 2010.O presente relatório está organizado segundo a lógica do próprio PACTI, ouseja, por Priorida<strong>de</strong> Estratégica. Um capítulo à parte, ao final, faz uma análiseabrangente dos investimentos até 2009 e com estimativas para 2010 com vistas àsprincipais macrometas estabelecidas <strong>em</strong> 2007.13


1. Expansão e Consolidação doSist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&I


16<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IInteração entre os atores governamentais do Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> C,T&I e integraçãocom as <strong>de</strong>mais políticas• PACTI se articula com políticas <strong>de</strong> DesenvolvimentoProdutivo, Educação, Desenvolvimentoda Agropecuária, Saú<strong>de</strong>,Defesa, programas da Petrobras e doBNDES, e iniciativas <strong>em</strong>presariais.• MCT intensifica articulação com, entreoutras instituições, CONSECTI, CON-FAP, ABC, SBPC, ANDIFES, Fórum <strong>de</strong>Secretários Municipais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>,SEBRAE e CNI.• CCT t<strong>em</strong> sua atuação revitalizada epassa a acompanhar as realizações doPACTI.• Regulamentação do FNDCT prevê atuaçãointegrada dos fundos setoriais pormeio <strong>de</strong> ações transversais.• Cresc<strong>em</strong> as ações e iniciativas do MCTna cooperação internacional, tanto <strong>em</strong>regiões prioritárias do mundo, como <strong>em</strong>t<strong>em</strong>as estratégicos <strong>de</strong> CT&I para o <strong>de</strong>senvolvimentonacional.• Leis estaduais <strong>de</strong> inovação sancionadas<strong>em</strong> 14 estados, tramitando <strong>em</strong> dois estadose objeto <strong>de</strong> minuta <strong>de</strong> lei <strong>em</strong> trêsestados.Um ponto central previsto no PACTIé o fortalecimento das interaçõesentre os atores do Sist<strong>em</strong>a Nacional<strong>de</strong> C,T&I, (Programa 1.1), visando tantoà ampliação da base científica nacional,rumo à consolidação da excelência nasdiversas áreas do conhecimento, como àintensificação da capacitação tecnológicadas <strong>em</strong>presas brasileiras para geração,aquisição e transformação <strong>de</strong> conhecimento<strong>em</strong> inovação.A revitalização do CCT, uma dasmetas do próprio PACTI, t<strong>em</strong> contribuídopara que o diálogo entre os atores se dê<strong>em</strong> nível estratégico. Sua atribuição <strong>de</strong>acompanhar os resultados do PACTI,conferida pelo Presi<strong>de</strong>nte da República,t<strong>em</strong> mobilizado discussões importantessobre o aperfeiçoamento da política <strong>de</strong>C,T&I., as quais foram assimiladas nos<strong>de</strong>bates preparatórios para a IV ConferênciaNacional <strong>de</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação.O MCT t<strong>em</strong> buscado dar visibilida<strong>de</strong>e tornar efetiva a interação necessária, pormeio da consolidação da interlocução entreos principais atores do Sist<strong>em</strong>a Nacional<strong>de</strong> C,T&I também nas diferentes esferasda Fe<strong>de</strong>ração, o que levou a avançossignificativos nas parcerias com os Estados,Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios.Um dos marcos importantes <strong>de</strong>ssa parceria foi a instalação do Comitê-Executivoda Cooperação entre o MCT, o Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Estaduais paraAssuntos <strong>de</strong> C,T&I (Consecti) e o Conselho Nacional das Fundações <strong>de</strong> Amparoà Pesquisa (Confap), que t<strong>em</strong> possibilitado ampliar a capilarida<strong>de</strong> das ações doMinistério e <strong>de</strong> suas agências <strong>em</strong> todo o território nacional (Figura 1.1).17


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosOutras medidas adotadas no sentido <strong>de</strong> ampliar a interação com os entes fe<strong>de</strong>radosforam:i. a celebração <strong>de</strong> acordos <strong>de</strong> cooperação técnico-científica com todos osestados da Fe<strong>de</strong>ração;ii. a alteração dos critérios para impl<strong>em</strong>entação dos projetos estruturantes<strong>em</strong> todos os estados;iii. o lançamento <strong>de</strong> encomendas para incluir os estados que não foramatendidos por chamadas públicas ou pelos Programas <strong>de</strong> Apoioà Pesquisa <strong>em</strong> Empresas (PAPPE), PAPPE Subvenção, Juro Zero ePrograma <strong>de</strong> Capacitação <strong>de</strong> Recursos Humanos para Ativida<strong>de</strong>sEstratégicas (RHAE) – Pesquisador na Empresa;iv. o fortalecimento do Programa <strong>de</strong> Núcleos <strong>de</strong> Excelência (PRONEX);v. o lançamento do Programa Institutos Nacionais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>(INCTs), cujo edital contou com o maior volume <strong>de</strong> recursos estaduaisdisponibilizados até hoje para parcerias.Figura 1.1: Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&I: atoresCENPESANATEL ANEELANPMaior InterlocuçãoGoverno Fe<strong>de</strong>ralFINEP BNDESCNPq CAPESGoverno EstadualSecretarias p/ C,T&Ie FAPs$ $Institutos TecnológicosCentros <strong>de</strong> P&DSibratecUniversida<strong>de</strong>sEmpresas$Fonte: MCTBuscou-se ainda a gestão compartilhada com as Fundações Estaduais <strong>de</strong>Amparo à Pesquisa (FAPs), inclusive com a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> recursos do ProgramaRHAE para as FAPs das regiões menos <strong>de</strong>senvolvidas (Norte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste) com vistas à inserção <strong>de</strong> pesquisadores nas <strong>em</strong>presas <strong>de</strong>ssas regiões.18


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IAdicionalmente, envidaram-se esforços para que os estados impl<strong>em</strong>entass<strong>em</strong>suas leis estaduais <strong>de</strong> inovação. Até outubro <strong>de</strong> 2010, catorze estados jáapresentavam leis sancionadas, dois possuíam projeto <strong>de</strong> lei <strong>em</strong> tramitação etrês estados elaboraram minuta <strong>de</strong> lei que estavam sendo analisadas pelos seusrespectivos legislativos, o que é ilustrado pela Figura 1.2.Figura 1.2: Panorama geral da impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> leis estaduais <strong>de</strong> inovaçãoAMLei estadualMAPAMinuta <strong>de</strong> LeiCEMinuta <strong>de</strong> LeiLei estadualPE Lei estadualAL Lei estadualMTSE Lei estadualLei estadualBA Lei estadualDF Projeto <strong>de</strong> LeiGOLei estadualMGMSLei estadualProjeto <strong>de</strong> LeiES Lei estadualSPLei estadualRJ Lei estadualPR Minuta <strong>de</strong> LeiSC Lei estadualRS Lei estadualFonte: MCT (outubro 2010)Articulação com entida<strong>de</strong>s civis e associações <strong>em</strong>presariaisAlém <strong>de</strong>ssas iniciativas, o MCT t<strong>em</strong> se <strong>de</strong>dicado fort<strong>em</strong>ente a promover e facilitara interação entre os diversos segmentos que compõ<strong>em</strong> a ca<strong>de</strong>ia do <strong>de</strong>senvolvimentocientífico, tecnológico e <strong>de</strong> inovação, provendo os meios e instrumentos necessáriospara a consolidação e a integração das re<strong>de</strong>s do Sist<strong>em</strong>a. Isso se t<strong>em</strong> refletido <strong>de</strong>maneira positiva na dinâmica do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&I, especialmente noâmbito da interação entre seus atores, a qual se t<strong>em</strong> incentivado mediante açõesinduzidas <strong>de</strong> cooperação (Figura 1.3). Destacam-se, aqui, a intensa articulaçãocom, <strong>de</strong>ntre outras, a Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Ciências – ABC, a Socieda<strong>de</strong> Brasileirapara o Progresso da Ciência – SBPC, a Associação Nacional dos Dirigentes das19


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosInstituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior – ANDIFES, o Fórum dos SecretáriosMunicipais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>, afora o CONSECTI e o CONFAP, anteriorment<strong>em</strong>encionados, a Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Indústria (CNI) e diversas AssociaçõesEmpresariais Setoriais.Figura 1.3: Atores do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IFonte: MCTTodas essas iniciativas, associadas à ação conjunta com outros Ministérios e suasrespectivas agências, têm propiciado a concretização da gestão compartilhada do PACTIe o a<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> sua interação com as <strong>de</strong>mais políticas <strong>de</strong> estado (Figura 1.4).Figura 1.4: Planejamento Integrado das Políticas<strong>Plano</strong> <strong>de</strong>Desenvolvimentoda EducaçãoPDEPolítica <strong>de</strong>DesenvolvimentoProdutivoPDPPolítica EconômicaPAC<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Aceleraçãodo CrescimentoInfraestrutura<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação<strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong>e InovaçãoPACTI<strong>Plano</strong> <strong>de</strong>Desenvolvimento daAgropecuáriaPolítica Nacional <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>Mais Saú<strong>de</strong>PolíticaNacional <strong>de</strong>Defesa20Fonte: MCT


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IOs ex<strong>em</strong>plos mais <strong>em</strong>bl<strong>em</strong>áticos <strong>de</strong>ssa interação são a atual Política <strong>de</strong>Desenvolvimento Produtivo (PDP), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior (MDIC), antiga Política Industrial, Tecnológica e <strong>de</strong> ComércioExterior (PITCE); o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministérioda Educação (MEC); a Política <strong>de</strong> Desenvolvimento da Agropecuária (PDA), doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); o Programa MaisSaú<strong>de</strong>, do Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS) e a Política Nacional <strong>de</strong> Defesa, do Ministérioda Defesa (MD). É importante <strong>de</strong>stacar também os avanços na interação do PACTIcom o Programa <strong>de</strong> P&D da Petrobras e com os programas <strong>de</strong> apoio à inovação doBNDES, mediante os instrumentos da PDP. Na articulação com o setor privado,merece <strong>de</strong>staque, também, a interação com a Mobilização Empresarial pelaInovação, lançada <strong>em</strong> 15.08.2009 pela CNI.Aperfeiçoamento do marco legalDentre os esforços <strong>de</strong> aperfeiçoamento do marco legal, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>stacada aregulamentação do Fundo Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e Tecnológico(FNDCT), por meio da Lei 11.540, <strong>de</strong> 12.11.2007, a qual representa um avançona institucionalização do SNCTI. A Lei prevê a atuação integrada dos fundossetoriais por meio <strong>de</strong> ações transversais, sob a administração <strong>de</strong> um ConselhoDiretor, formado por representantes <strong>de</strong> órgãos do governo, da aca<strong>de</strong>mia, do setor<strong>em</strong>presarial e dos trabalhadores da área <strong>de</strong> ciência e tecnologia.O MCT também v<strong>em</strong> trabalhando <strong>em</strong> outras frentes, compreen<strong>de</strong>ndo, <strong>em</strong> síntese:• Comissão Técnica Interministerial (MCT, MDIC, MF, RFB, MP e MEC), paraproposição <strong>de</strong> portarias <strong>de</strong> ajustes na legislação relativas à Lei <strong>de</strong> Inovaçãoe ao capítulo 3 da Lei do B<strong>em</strong>, como diversas medidas <strong>em</strong> curso: <strong>de</strong>staca-sea aprovação pelo Senado Fe<strong>de</strong>ral, <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, da MP 497/2010,que trata, <strong>de</strong>ntre outros assuntos, da <strong>de</strong>sgravação da subvenção econômicano âmbito das duas leis;• Comitê Executivo da PDP – Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Compra do Estado, para aperfeiçoamentodo marco legal da Defesa, <strong>Tecnologia</strong> da Informação e Saú<strong>de</strong>, com proposição<strong>de</strong> medidas compl<strong>em</strong>entares que permitam o melhor uso do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> comprado Estado: <strong>de</strong>staca-se a aprovação, <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, da MP 405/2010,que institui margens <strong>de</strong> preferência para compras governamentais; essamedida trata, ainda, da inclusão <strong>de</strong> incisos na Lei 8.666/1993 que isentam<strong>de</strong> licitação t<strong>em</strong>as <strong>de</strong> interesse da Lei <strong>de</strong> Inovação e que permit<strong>em</strong> aquisiçõespor até 120 meses; trata, ainda, do aperfeiçoamento da relação entre entes<strong>de</strong> fomento e fundações <strong>de</strong> apoio no que tange às instituições científicas etecnológicas;21


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços• Comitê <strong>de</strong> Articulação para a Promoção <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Pesquisa e ProjetosEstratégicos <strong>de</strong> Inovação, formalizado <strong>em</strong> portaria interministerial (MDIC,MCT e MEC) <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, com participação também das respectivasagências (ABDI, APEX, BNDES, INPI, FINEP, INMETRO, CNPq e CAPES);• trabalho conjunto MEC-MCT visando aperfeiçoamento da legislação para asfundações <strong>de</strong> apoio, <strong>em</strong> estreita colaboração com o Tribunal <strong>de</strong> Contas daUnião;• aprovação da Lei 11.794/2008, conhecida como Lei Arouca, que estabeleceprocedimentos para o uso científico <strong>de</strong> animais;• acesso ao patrimônio genético: <strong>de</strong>creto 6.899/2009, <strong>em</strong> atendimento à LeiArouca, <strong>de</strong> criação do Conselho Nacional <strong>de</strong> Controle da Experimentação Animal(CONCEA), visando a utilização <strong>de</strong> animais nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e pesquisae anteprojeto <strong>de</strong> acesso a recursos da biodiversida<strong>de</strong> (MCT, MAPA e MMA);• importação <strong>de</strong> bens para a pesquisa; edição do <strong>de</strong>creto 6.262/2007, parasimplificação dos procedimentos <strong>de</strong> bens <strong>de</strong>stinados à pesquisa.Programa 1.2 – Cooperação internacionalO Brasil t<strong>em</strong> tomado iniciativas relevantes e atendido às <strong>de</strong>mandas cada vez maisintensas nas ativida<strong>de</strong>s, hoje estratégicas, <strong>de</strong> cooperação internacional <strong>em</strong> ciência,tecnologia e inovação nas áreas da bioenergia, biotecnologia, biodiversida<strong>de</strong>,saú<strong>de</strong>, agricultura, segurança alimentar, nanotecnologia, novos materiais, tecnologiasda informação e comunicação (TICs), metrologia, mudanças climáticas, ativida<strong>de</strong>sespaciais, mat<strong>em</strong>ática, física, química, ciências sociais, entre outras.Fortaleceram-se os laços da colaboração Sul-Sul, <strong>em</strong> especial com Mercosul,América do Sul e América Latina, inclusive graças ao Prosul. Foram ampliadosos contatos e programas no âmbito da cooperação América do Sul-Países Árabes(ASPA) e com países africanos, <strong>em</strong> particular com a Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Países <strong>de</strong>Língua Portuguesa, inclusive através do ProÁfrica, especialmente na formação <strong>de</strong>recursos humanos e cooperação na construção <strong>de</strong> infraestrutura <strong>de</strong> pesquisa. OFórum IBAS e as relações com seus países (Índia, Brasil e África do Sul) avançaramconsi<strong>de</strong>ravelmente, com a diversificação dos programas <strong>de</strong> trabalho. A cooperaçãocom a China, além do b<strong>em</strong>-sucedido programa espacial, mobiliza novas áreas.Intensificou-se o trabalho conjunto com os países <strong>de</strong>senvolvidos, com <strong>de</strong>staquepara Al<strong>em</strong>anha, França, União Européia, Estados Unidos, Reino Unido, Finlândia,Suíça, além <strong>de</strong> muitos outros, <strong>em</strong> programas essenciais <strong>de</strong> mútuo interesse.No campo da política <strong>de</strong> C,T&I houve progresso na participação do Brasil <strong>em</strong> fórunsinternacionais, a ex<strong>em</strong>plo da Comissão <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> da Organização22


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&Idas Nações Unidas para Cultura, Ciência e Educação (UNESCO), da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong>Ciência do Mundo <strong>em</strong> Desenvolvimento (TWAS), da Secretaria Geral Iberoamericana(SEGIB), do Fórum Mundial da Ciência, da Conferência das Nações Unidas paraCooperação e Desenvolvimento (UNCTAD), da Cooperação Econômica para AméricaLatina e Caribe (CEPAL), do Comitê <strong>de</strong> Política Científica e Tecnológica (CSTP) daOrganização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica (OCDE), do qual oBrasil foi aceito como m<strong>em</strong>bro observador <strong>em</strong> 2007, UNASUL, que já conta comuma Comissão <strong>de</strong> Educação, Cultura, Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação, G-20 paraC&T, <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> discussão, <strong>de</strong>ntre outros.Ao mesmo t<strong>em</strong>po, cabe enfatizar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aperfeiçoar os marcosestratégico e regulatório da cooperação internacional para torná-la mais <strong>de</strong>finida,dinâmica e eficaz. Nesse sentido, foi encaminhada à Presidência da Repúblicaminuta <strong>de</strong> <strong>de</strong>creto que t<strong>em</strong> como objetivo facilitar a concessão <strong>de</strong> vistos a cientistas,professores, pesquisadores ou profissionais <strong>de</strong> categoria vinculada à área <strong>de</strong> ciência,tecnologia e inovação, além <strong>de</strong> simplificar a entrada <strong>de</strong> profissionais estrangeirosvinculados à área <strong>de</strong> cooperação científico-tecnológica.A<strong>de</strong>nsamento e qualificação da produção científicaPrograma 2.1 – Formação, qualificação e fixação <strong>de</strong> recursos humanos para C,T&IBolsas CNPq e CAPESComo resultado da articulação com os parceiros, intensificou-se a interaçãoentre o PACTI e o PDE, especialmente no que diz respeito ao fomento à formação<strong>de</strong> recursos humanos mediante a ampliação da concessão <strong>de</strong> bolsas.Tal aumento representou um dos gran<strong>de</strong>s esforços <strong>em</strong>preendidos pararespon<strong>de</strong>r ao constante <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> ampliaçãoda base <strong>de</strong> recursos humanos qualificados • Bolsas da CAPES e do CNPq passarampara o <strong>de</strong>senvolvimento científico e<strong>de</strong> 77.579 <strong>em</strong> 2001 para cerca <strong>de</strong>tecnológico do País. Para tanto, o PACTIpreviu aporte <strong>de</strong> recursos que visavam aoaumento do número <strong>de</strong> bolsas e <strong>de</strong> seu155.000 (estimativa) <strong>em</strong> 2010; recursosevoluíram <strong>de</strong> R$ 813 milhões para R$2,8 bilhões <strong>em</strong> 2010.valor individual <strong>em</strong> todos os níveis (<strong>de</strong>s<strong>de</strong>a iniciação científica até a pós-graduação) e<strong>em</strong> todas as modalida<strong>de</strong>s (científicas e tecnológicas), <strong>em</strong> ações articuladas entre oConselho <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior (CAPES).23


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosEstima-se que o total <strong>de</strong> recursos investidos <strong>em</strong> bolsas pelo CNPq e pelaCAPES supere <strong>em</strong> 2010 quase 50% do aporte previsto no PACTI para o mesmoano (Figura 1.5): houve aumento no valor das bolsas e aumento no número <strong>de</strong>bolsas, principalmente daquelas concedidas pela CAPES, que impl<strong>em</strong>entou novosprogramas, <strong>em</strong> especial o Programa <strong>de</strong> Iniciação à Docência. Comparados com osrecursos disponíveis <strong>em</strong> 2001 (R$ 1,6 bilhões <strong>de</strong> 2010), aqueles para 2010 (R$ 2,8bilhões) representam salto real <strong>de</strong> 80%.Figura 1.5: Recursos investidos <strong>em</strong> bolsas CNPq e CAPES (<strong>em</strong> R$ milhões correntes)3.0002.5002.0001.5001.000500-R$ milhões correntes2.823CNPqCAPES9942.0361.058 1.157 7801.270 1.361 1.637879813871 9107146716075731.829411434 4701.158857403 438 440 486 550 599 6472001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Fontes: CNPq; SIAFI; LOA 2010.No que se refere ao número, a meta original era atingir um total <strong>de</strong> 170mil bolsas concedidas <strong>em</strong> 2010. No entanto, após análise dos dados <strong>de</strong> 2007,o CNPq reviu sua meta para 95.000 bolsas <strong>em</strong> 2010, o que levaria a uma metatotal (CNPq e CAPES) <strong>de</strong> 160.000 bolsas, como se po<strong>de</strong> observar na Figura 1.6.Comparação com o ano <strong>de</strong> 2001, mostra crescimento <strong>de</strong> 77.579 bolsas paraquase 155 mil <strong>em</strong> 2010 (estimativa), o que significa praticamente o dobro. Em2010, espera-se que o CNPq registre 83.700 bolsas-ano impl<strong>em</strong>entadas no Paíse no exterior, caracterizando alcance <strong>de</strong> 88% da nova meta final. Os números daCAPES, disponíveis pela internet no sist<strong>em</strong>a Geocapes, mostram que, <strong>em</strong> 2009, sealcançou um total <strong>de</strong> 51.499 bolsas. Embora não se tenha estimativa das bolsasCAPES para 2010, a extrapoloção dos dados disponíveis no período 2007 a 2009levam a cerca <strong>de</strong> 60 mil bolsas. Some-se a esse número cerca <strong>de</strong> outras 11 mil24


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&Ibolsas por ano, concedidas para novos programas da CAPES, para se chegar àestimativa <strong>de</strong> 155 mil mencionada anteriormente. É relevante mencionar que apartir <strong>de</strong> 2007 a CAPES impl<strong>em</strong>entou o Programa <strong>de</strong> Iniciação à Docência, combolsas para alunos <strong>de</strong> licenciatura, coor<strong>de</strong>nadores e supervisores, e também fezconcessão estratégica <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> mestrado e doutorado a todas as instituições<strong>de</strong> ensino superior localizadas nas regiões Norte e Centro-Oeste apoiadas pelosProgramas D<strong>em</strong>anda Social e PROF (Programa <strong>de</strong> Fomento à Pós-Graduação), oque repercutiu também nas regiões Nor<strong>de</strong>ste e Sul. Tal concessão, <strong>de</strong>nominada“Bolsas para Todos”, visou corrigir as assimetrias regionais do Sist<strong>em</strong>a Nacional<strong>de</strong> Pós-Graduação (SNPG).É importante <strong>de</strong>stacar, também, as bolsas <strong>de</strong> iniciação científica junior, asquais têm a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar vocação científica e incentivar talentos potenciaisentre estudantes do ensino fundamental, médio e profissional da Re<strong>de</strong> Pública.As bolsas, <strong>em</strong> número <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 6.000 por ano, são concedidas pelo CNPq àsFundações Estaduais <strong>de</strong> Apoio à Pesquisa que as repassam às instituições locaispara distribuição a alunos secundaristas participantes <strong>de</strong> programas específicostais como, por ex<strong>em</strong>plo, os medalhistas da Olimpíada Brasileira <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>ática nasEscolas Públicas (OBMEP).Figura 1.6: Número <strong>de</strong> bolsas CNPq e CAPES (bolsas concedidas por ano), 2000 a 2010180.000160.000140.000nº <strong>de</strong> bolsasΔОbolsas-ano concedidasTotal120.000100.00080.00060.00040.00020.000126.495114.39299.11874.99667.95263.00551.49946.44036.11383.6872000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*CNPqCAPESLinhas 2007-2010: previsão PACTI; * 2010 estimativa CNPqFonte: CNPq e Geocapes (2010: previsão).25


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosCom os novos programas a CAPES superou as metas estabelecidas, comestimativa <strong>de</strong> investimento no período 2007-2010 1 <strong>de</strong> R$ 1,4 bilhão a mais doque previsto no PACTI. O CNPq, por sua vez, manteve o nível previsto <strong>de</strong>investimentos mas não atingiu a meta <strong>de</strong> bolsas concedidas uma vez que nãohouve dotação orçamentária adicional que compensasse o aumento do valorindividual das bolsas concedido a partir <strong>de</strong> 2008.Formação <strong>de</strong> mestres e doutoresOutro dado importante diz respeito à formação <strong>de</strong> recursos humanos,notadamente a titulação <strong>de</strong> mestres edoutores, a qual atingiu o número <strong>de</strong> • Em 2009, titulados 38,8 mil mestres e50.200 <strong>em</strong> 2009 (Figura 1.7). Ao final 11,4 mil doutores, enquanto, <strong>em</strong> 2001,<strong>de</strong>sse mesmo ano ainda havia registro <strong>de</strong> foram 20 mil e 6 mil, respectivamente;103 mil mestrandos e 58 mil doutorandos.• Ao final <strong>de</strong> 2009, eram 103 mil mestrandose 58 mil doutorandos matriculados;A efetivação da titulação <strong>de</strong> todos elescorrespon<strong>de</strong>rá a quase 90% do númerototal <strong>de</strong> doutores titulados <strong>de</strong> 2003 a 2009e a quase meta<strong>de</strong> dos mestres tituladosno mesmo período.• cresce <strong>em</strong> 50% o número <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong>pós-graduação no período <strong>de</strong> 2003 a 2009.Figura 1.7: Número <strong>de</strong> mestres e doutores titulados por ano, 1987 a 200945.00040.00035.00038,8 mil mestres*titulados <strong>em</strong> 200930.00025.00020.00015.00010.00011,4 mil doutorestitulados <strong>em</strong> 20095.000087 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09Fonte: Coleta CAPES* inclui o mestrado profissional a partir <strong>de</strong> 19991 Dados <strong>de</strong> execução orçamentária consultados no SIAFI para 2007 a 2009 e dados da LOA 2010.26


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IO crescimento anual médio do número <strong>de</strong> titulados, no período 1996 a 2009,é cerca <strong>de</strong> 11%, seja para mestres ou doutores (figura 1.8). Po<strong>de</strong>-se afirmar queesse crescimento é aproximadamente linear ao longo <strong>de</strong> todo o período, o qual foiescolhido <strong>de</strong>vido à disponibilida<strong>de</strong>, somente a partir <strong>de</strong> 1996, <strong>de</strong> dados públicos<strong>de</strong>sagregados (Coleta CAPES) por <strong>de</strong>pendência administrativa das universida<strong>de</strong>s.A extrapolação Figura 1.8: Número <strong>de</strong>sta variação <strong>de</strong> mestres linear e doutores leva a titulados uma estimativa no Brasil <strong>de</strong> e ajuste 12.500 <strong>de</strong> curva, doutorestitulados <strong>em</strong> 2010, número inferior no período à meta 1996 <strong>de</strong> 16.000 a 2009 estabelecida <strong>em</strong> 2007, a qualjá se sabia ser ambiciosa.Figura 1.8: Número <strong>de</strong> mestres e doutores titulados no Brasile ajuste <strong>de</strong> curva, no período 1996 a 200960.00050.00040.00030.00020.00010.00026.05323.72520.23313.484 15.542 16.63031.338y = 2893,6x + 9636,5R 2 = 0,98953.04150.16846.74939.695 41.646 42.818 40.96735.743 34.918y = 2238,6x + 7388,2R² = 0,987y = 655,0x + 2248,3R² = 0,99412.073096 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10previsãoTotal Mestres Doutores* inclui o mestrado profissional a partir <strong>de</strong> 1999Fonte: Coleta CAPES, 2010Depreen<strong>de</strong>-se da figura 1.9 que há uma diminuição na taxa <strong>de</strong> titulação <strong>de</strong>mestres e doutores pelas universida<strong>de</strong>s Fonte: Coleta estaduais. CAPES, 2010 Comparando-se as curvas <strong>de</strong>tendência, entre 1996 e 2009, com o número <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> doutor concedidos,observa-se que somente as universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais ultrapassaram a previsão para2009. No caso dos mestres, somente as universida<strong>de</strong>s particulares titularammenos <strong>em</strong> 2009 do que o previsto pela curva <strong>de</strong> tendência.27


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 1.9: Mestres e doutores titulados no Brasil, por <strong>de</strong>pendência administrativa dasuniversida<strong>de</strong>s, no período 1996 a 2009Figura 1.9: Mestres e doutores titulados no Brasil, por <strong>de</strong>pendência administrativadas universida<strong>de</strong>s, no período 1996 a 200945.00040.00035.00030.00025.00020.00015.00010.0005.0000Número <strong>de</strong> mestres24.44418.381 20.013 15.38010.499 11.922 12.68138.80036.03130.704 32.280 32.899 27.649 26.80996 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09totaluniversida<strong>de</strong>sfe<strong>de</strong>raisestaduaisparticularesinclui o mestrado profissional a partir <strong>de</strong> 199912.00010.0008.0006.0004.0002.0000Número <strong>de</strong> doutores8.094 8.1096.8946.0404.853 5.344 3.620 3.949 2.98511.36810.7189.9198.991 9.36696 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09totaluniversida<strong>de</strong>sfe<strong>de</strong>raisestaduaisparticularesFonte: Coleta CAPES, 2010Fonte: Coleta CAPES, 201028


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 1.11: 1.11: Número Número <strong>de</strong> <strong>de</strong> alunos alunos matriculados ao ao final final do do ano ano <strong>em</strong> <strong>em</strong> cursos cursos <strong>de</strong> pósgraduaçãopós-graduação no Brasil no (doutorado, Brasil (doutorado, mestrado mestrado e mestrado e mestrado profissional), profissional), por <strong>de</strong>pendência por<strong>de</strong><strong>de</strong>pendência administrativa administrativa das universida<strong>de</strong>s, das universida<strong>de</strong>s, no período no período 1996 a 1996 2009 a 2009180.000160.000140.000120.000100.00080.00060.00040.00020.0000149.290140.953131.799123.52896.506 100.271105.766111.854115.930 86.97467.820 72.316 77.644160.24896 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09totaluniversida<strong>de</strong>sfe<strong>de</strong>raisestaduaisparticulares22/11/2010* inclui o mestrado profissional a partir <strong>de</strong> 1999Fonte: Coleta CAPES, 2010Na esfera fe<strong>de</strong>ral, também houve aumento do número <strong>de</strong> bolsas (figura1.12), notadamente a partir <strong>de</strong> 2007 e <strong>em</strong> maior proporção pela CAPES doque pelo CNPq, com o objetivo <strong>de</strong> atrair mais alunos para os cursos <strong>de</strong> pósgraduação.Deve ser consi<strong>de</strong>rado, ainda, que o movimento <strong>de</strong> interiorizaçãodas universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais, com novas universida<strong>de</strong>s e com novos campiregionais, certamente aumentará o número <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> pós-graduação daquia alguns anos, tornando-os disponíveis <strong>em</strong> localida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> não existiam, e,consequent<strong>em</strong>ente, aumentando a proporção <strong>de</strong> alunos matriculados.30


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IFigura 1.12: Número <strong>de</strong> bolsas-ano <strong>de</strong> mestrado e doutorado concedidas peloCNPq e pela CAPES, <strong>de</strong> 2003 a 200970.00060.00058.49464.032Total50.00040.00039.29040.900 41.83947.264 47.92030.00020.00010.0000Capes MestradoCapes DoutoradoCNPq MestradoCNPq Doutorado2003 2004 2005 2006 2007 2008 200927/11/2010inclui o mestrado profissional a partir <strong>de</strong> 1999Fontes: CNPq e Geocapes, 2010O número <strong>de</strong> bolsas CNPq <strong>de</strong> mestrado e doutorado impl<strong>em</strong>entadas no Paísengloba bolsas pagas com recursos do orçamento do CNPq e bolsas GM/GD (GrauMestre e Grau Doutor) pagas com recursos dos fundos setoriais. Vale <strong>de</strong>stacar queessas últimas apresentaram significativo aumento <strong>de</strong> 2007 para 2009, passando<strong>de</strong> 278 <strong>em</strong> 2007 para 1.801 <strong>em</strong> 2008 e 3.161 <strong>em</strong> 2009 (números vigentes no mês<strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro dos respectivos anos). Ou seja, o número vigente ao final <strong>de</strong> 2008 foi6,5 vezes maior que aquele <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2007. Por sua vez, o número vigenteao final <strong>de</strong> 2009 foi cerca <strong>de</strong> duas vezes maior que o verificado ao final <strong>de</strong> 2008.Esse incr<strong>em</strong>ento se <strong>de</strong>u <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência das bolsas <strong>de</strong> mestrado e doutoradoconcedidas por meio <strong>de</strong> editais conjuntos MCT/CNPq, lançados <strong>em</strong> 2007 e 2008,para cont<strong>em</strong>plar áreas estratégicas do <strong>Plano</strong> C,T&I, com bolsas no valor total <strong>de</strong> R$50 milhões e R$ 81 milhões, respectivamente. Em 2009, mais um edital foi lançado(Edital MCT/CNPq 70/2009 – PGAEST), no valor global <strong>de</strong> R$ 57,2 milhões, aser<strong>em</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bolsados entre 2010 e 2013, com o mesmo propósito.Outro ponto relevante é o incr<strong>em</strong>ento das bolsas <strong>de</strong>stinadas às engenharias,às áreas relacionadas à PDP e aos objetivos estratégicos nacionais. O <strong>Plano</strong>prevê acréscimo <strong>de</strong> 15% ao ano no número <strong>de</strong> bolsas do CNPq para as áreas<strong>de</strong>scritas, meta consi<strong>de</strong>rada ambiciosa. O esforço nesse sentido proporcionouum crescimento <strong>de</strong> 8%, <strong>de</strong> 2007 para 2008, quando o número <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> pósgraduação(mestrado, doutorado e doutorado sanduíche) para as engenharias31


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançospassou <strong>de</strong> 3.063 bolsas para 3.297 respectivamente. Em 2009 esse número foi<strong>de</strong> 3.702 bolsas, representando um crescimento <strong>de</strong> 12% <strong>em</strong> relação a 2008, e, aospoucos, se aproximando do crescimento <strong>de</strong> 15% previsto no <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> CT&I.O número <strong>de</strong> bolsas do CNPq para as áreas priorizadas pela antiga PITCE, atualPDP, <strong>em</strong>bora tenha apresentado percentual menor <strong>de</strong> evolução, também cresceu.Visando promover a inserção <strong>de</strong> pesquisadores nas <strong>em</strong>presas, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>stacarque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da vigência do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação, <strong>em</strong> 2007, já foram lançadas trêschamadas públicas do Programa RHAE-Inovação. A primeira, <strong>em</strong> 2007, no valorglobal <strong>de</strong> R$ 20 milhões, propiciou a contratação <strong>de</strong> 131 projetos <strong>de</strong> longa duração(30 meses). A segunda, <strong>em</strong> 2008, previu investimentos <strong>de</strong> R$ 26 milhões para amesma finalida<strong>de</strong>, caracterizando um avanço <strong>de</strong> 30% <strong>em</strong> relação ao volume <strong>de</strong>recursos do edital do ano anterior. Além disso, a chamada pública lançada <strong>em</strong>2008 aprovou 172 projetos, apresentando um crescimento <strong>de</strong> 31,3% <strong>em</strong> relação àanterior. Por fim, a terceira chamada pública, lançada <strong>em</strong> 2009, prevê um valor R$45 milhões, englobando uma contrapartida <strong>de</strong> R$ 5 milhões das FAPs das regiõesincentivadas (Norte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste). O programa impl<strong>em</strong>entou R$ 12,9milhões <strong>em</strong> parcerias com as FAPs, até 2009, sendo R$ 8,7 milhões alocados peloCNPq e R$ 4,2 milhões pelas FAPs.Por fim, no que diz respeito a número <strong>de</strong> doutores titulados, na comparaçãocom outros países, seja por número absoluto ou pela razão por milhão <strong>de</strong> habitantes(figuras 1.13 e 1.14), verifica-se que há que se refletir sobre o aperfeiçoamentodas políticas, <strong>de</strong> modo a permitir que o Brasil alcance índices comparáveis aos <strong>de</strong>Espanha e Itália, por ex<strong>em</strong>plo.Figura 1.13: Doutores titulados <strong>em</strong> 2006 ou ano mais recente,para países selecionadosChileArgentina (2005)MéxicoBrasil (2009)2944572.80011.368África do SulÍndia (2005)RússiaChina1.10017.89834.49436.247FinlândiaCanadáEspanhaCoréia do SulItáliaFrançaJapãoAl<strong>em</strong>anhaEstados Unidos1.8984.2007.1598.6579.6049.81817.39624.94656.3090 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000Fontes: Capes/MEC para Brasil; Science and Engineering Indicators – 2010 (dados <strong>de</strong> 2006)32


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IFigura 1.14: Doutores titulados <strong>em</strong> 2006 ou ano mais recente,por milhão <strong>de</strong> habitantes, para países selecionadosArgentina (2005)ChileMéxicoBrasil (2009)11,718,226,158,7Índia (2005)África do SulChinaRússia16,423,027,8242,8CanadáJapãoFrançaEspanhaItáliaCoréia do SulEstados UnidosAl<strong>em</strong>anhaFinlândia128,6136,4155,1161,1165,2179,9188,6302,7362,80,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0Fontes: Capes/MEC e IBGE para Brasil; Science and Engineering Indicators – 2010 (dados <strong>de</strong> 2006);U.S. Census Bureau, International Data BaseHá <strong>de</strong> se l<strong>em</strong>brar, entretanto, que os efeitos do crescimento das bolsas e daimpl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> programas previstos no PACTI serão sentidos, somente, <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> alguns anos, quando os bolsistas se titular<strong>em</strong>. De qualquer maneira, continuasendo importante avaliar as razões pelo crescimento mais baixo <strong>de</strong> matriculados,as quais po<strong>de</strong>m ir <strong>de</strong>s<strong>de</strong> questões financeiras (valor da bolsa versus salário <strong>em</strong>mercado aquecido para recursos humanos qualificados) à estrutura dos cursosvis-à-vis à <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> mercado por profissionais multidisciplinares. Deve seranalisada, também, a esfera estadual, uma vez que suas taxas para 2003-2009são menores do que aquelas fe<strong>de</strong>rais correspon<strong>de</strong>ntes.Como a intensificação da formação <strong>de</strong> recursos humanos qualificados é a basepara o crescimento do número <strong>de</strong> pesquisadores, torna-se necessário analisar esseoutro universo, que diz respeito à fixação dos doutores no mercado <strong>de</strong> trabalho esua distribuição pelos distintos setores.O Brasil contava, <strong>em</strong> 2008 – data do último censo CNPq 2 –,com 133 milpesquisadores 3 <strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po integral atuando <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>C,T&I, sendo 46 mil mestres e 39 mil doutores, um crescimento <strong>de</strong> 80% <strong>em</strong>relação ao ano 2000. Vale frisar, entretanto, que na comparação com outros2 O censo CNPq do Diretório dos Grupos <strong>de</strong> Pesquisa no Brasil (DGP) é realizado a cada dois anos;adata base do Censo 2010 é 05.12.2010.3 Pesquisador – aquele que participa <strong>de</strong> grupos acadêmicos <strong>de</strong> pesquisa, trabalha <strong>em</strong> centros <strong>de</strong>P&D <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas ou é aluno <strong>de</strong> doutorado33


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançospaíses, o número <strong>de</strong> pesquisadores <strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po integral por1.000 habitantes apresenta ao Brasil um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio (ver figura 1.16), poispara se alcançar <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> comparável à da Espanha, por ex<strong>em</strong>plo, há quese multiplicar por quatro a atual <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> brasileira <strong>de</strong> pesquisadores. Se oobjetivo for alcançar a média dos países da OCDE (3,5), há que se multiplicarpor cinco. Verifica-se que o esforço <strong>de</strong>ve ser s<strong>em</strong>elhante, ou talvez um poucomaior, quando a comparação é feita com base no número <strong>de</strong> pessoas ocupadasda população economicamente ativa (figura 1.15), o qual fornece a porção daforça <strong>de</strong> trabalho do país envolvida <strong>em</strong> P&D.Ainda nesse sentido, importante estudo foi realizado <strong>em</strong> 2010, pelo Centro <strong>de</strong>Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que aborda não só a questão da titulação,mas também a do <strong>em</strong>prego dos doutores brasileiros. O estudo aponta que cerca <strong>de</strong>75% dos doutores titulados <strong>de</strong> 1996 a 2006 estavam <strong>em</strong>pregados <strong>em</strong> 2008. Alémdisso, “para cada conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>z doutores brasileiros, que obtiveram seus títulos noperíodo 1996-2006 e que estavam <strong>em</strong>pregados no ano <strong>de</strong> 2008, aproximadamenteoito doutores trabalhavam <strong>em</strong> estabelecimentos cuja ativida<strong>de</strong> econômica principalera a educação e um trabalhava na administração pública. Os <strong>de</strong>mais doutores,cerca <strong>de</strong> um décimo do total, distribuíam-se entre as restantes 19 seções daClassificação Nacional <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Econômicas (CNAE). Inferindo-se pela evoluçãodo <strong>em</strong>prego <strong>em</strong> 2008 das coortes <strong>de</strong> doutores titulados entre 1996 e 2006, é possívelafirmar, no entanto, que a concentração do <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> doutores na educação estádiminuindo e que está <strong>em</strong> curso um processo <strong>de</strong> dispersão do <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> doutorespara praticamente todos os <strong>de</strong>mais setores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>. O <strong>em</strong>prego dos doutoresbrasileiros é muito menos concentrado regionalmente do que a formação <strong>de</strong> doutores,isto é, muitos dos que titulam nos polos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> doutores vão trabalhar <strong>em</strong>outras regiões ou unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração. Além disso, o próprio <strong>em</strong>prego dos doutoresestá passando por um processo <strong>de</strong> progressiva <strong>de</strong>sconcentração (Viotti, 2010 4 ).”4 Viotti, Eduardo, et. al. (2010) Doutores 2010: Estudos sobre a <strong>de</strong>mografia da base técnicocientíficabrasileira, Brasília, CGEE. 34


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IFigura 1.15. Número <strong>de</strong> pesquisadores <strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po integral pormil habitantes, <strong>em</strong> anos mais recentes, <strong>em</strong> países selecionadosArgentina (2007)0,98Brasil (2008)0,70México (2007)0,36Rússia (2008)3,18China (2008)1,19Japão (2008)5,35Coréia (2008)Estados Unidos (2007)4,684,86Canadá (2007)Austrália (2006)4,184,34Al<strong>em</strong>anha (2008)3,67França (2007)3,38Espanha (2008)2,87- 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00Fontes: PINTEC/IBGE; CAPES/MEC; CNPq/MCT; MSTI/OCDEFigura 1.16: Número <strong>de</strong> pesquisadores <strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po integral por1.000 pessoas ocupadas da população economicamente ativa,<strong>em</strong> anos mais recentes, <strong>em</strong> países selecionadosArgentina (2007)Brasil (2008)México (2007)0,91,42,9China (2007)Rússia (2008)1,96,4Espanha (2008)Al<strong>em</strong>anha (2007)Canadá (2006)França (2007)Austrália (2006)Coréia (2007)Estados Unidos (2006)Japão (2007)6,47,38,38,48,59,59,711,00,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0Fontes: PINTEC/IBGE; CAPES/MEC; CNPq/MCT; MSTI/OCDE35


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosDe fato, a distribuição dos pesquisadores brasileiros como um todo,também segue a mesma tendência, com concentração nas instituições <strong>de</strong>ensino superior, conforme mostra a figura 1.17. O Brasil encontra-se <strong>em</strong>posição bastante diversa à dos países <strong>de</strong>senvolvidos, on<strong>de</strong> a maior concentraçãodos pesquisadores é no setor <strong>em</strong>presarial. Já a figura 1.18 mostra que a<strong>de</strong>sconcentração setorial mencionada para o caso dos doutores ainda não sereflete na distribuição dos pesquisadores <strong>em</strong> geral, uma vez que ela v<strong>em</strong> s<strong>em</strong>antendo há vários anos. Esse é, <strong>de</strong> fato, um dos principais <strong>de</strong>safios a ser<strong>em</strong>enfrentados pelas políticas públicas <strong>de</strong> incentivo à inovação, <strong>de</strong> modo a propiciara inserção dos pesquisadores nas <strong>em</strong>presas.Figura 1.17: Distribuição percentual <strong>de</strong> pesquisadores,<strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po integral, por setor institucional, 2007 ou 2008Argentina (2007)Espanha (2008)Brasil (2008)México (2007)Rússia (2008)França (2007)Al<strong>em</strong>anha (2007)China (2007)Japão (2007)Coréia (2007)Estados Unidos (1)10,817,25,119,317,012,315,017,416,24,616,97,214,83,625,126,135,437,335,832,431,243,544,147,142,550,255,056,859,9ensino superiorgovernosetor <strong>em</strong>presarial66,468,174,979,70 10 20 30 40 50 60 70 80 90% pesquisadoresNota (1): para ano mais recente disponívelFontes: OECD, Main Science and Technology Indicators, 2009/2 e MCT (Brasil)36


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IFigura 1.18: Distribuição percentual <strong>de</strong> pesquisadores no Brasil,<strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po integral, por setor institucional, 2000 a 2008100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%40,6% 39,5% 38,5% 36,1% 35,2% 37,6% 37,5% 37,4% 37,3%0,6% 0,7% 0,9%1,0% 1,0%0,9% 0,8% 0,7% 0,7%52,4% 53,8% 55,1% 57,3% 58,1% 56,3% 56,6% 56,8% 56,8%6,4% 6,0% 5,5% 5,7% 5,7% 5,3% 5,1% 5,1% 5,1%2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Governo Ensino Superior Privado s<strong>em</strong> fins lucrativos EmpresarialFontes: PINTEC/IBGE; CAPES/MEC; CNPq/MCTProdução científicaOs esforços do PACTI também vêm consolidar e expandir os resultados alcançadospelo Brasil <strong>em</strong> relação à sua produção científica. O País respon<strong>de</strong> atualmente por2,69% da produção científica mundial, tendo sua participação mundial dobradoentre 2000 e 2009. No mesmo período o número <strong>de</strong> publicações aumentou205%, atingindo o número <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 32.100 artigos in<strong>de</strong>xados no NSI (NationalScience Indicators, Thomson Reuters) (Figura 1.19). Em 2008, ano <strong>de</strong> ampliaçãosignificativa do número <strong>de</strong> revistas incluídas na base <strong>de</strong> dados do ISI, registrouseaumento <strong>de</strong> 56% <strong>em</strong> relação a 2007, elevando o País para a 13ª colocação noranking mundial, à frente <strong>de</strong> países como Rússia e Holanda.37


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 1.19: Artigos científicos do Brasil in<strong>de</strong>xados noNational Science Indicators (NSI) - 1981 a 200935.0003,50número <strong>de</strong> artigos30.00025.00020.00015.00010.0005.000081 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 093,002,502,001,501,000,500,00% <strong>em</strong> relação à produção mundialFonte: Thomson Reuters. National Science Indicators (NSI), elaboração CAPESÉ interessante observar que o ritmo <strong>de</strong> crescimento da produção científica brasileirat<strong>em</strong> se mostrado muito mais expressivo do que aquele da produção mundial. AFigura 1.20 mostra as duas curvas <strong>de</strong> crescimento, normalizadas para 1 no ano <strong>de</strong>1982, que evi<strong>de</strong>nciam uma taxa anual média <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 10,5%, três vezesaquela mundial.Figura 1.20: Crescimento relativo da produção científicano Brasil e no mundo, com referência a 198216,0Valor relativo14,012,010,08,06,04,02,0Crescimento médio anual <strong>de</strong> 10,5% <strong>em</strong> 28 anos3 x a média mundialBrasilMundo0,01982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006 2009Fonte: Thomson Reuters. National Science Indicators (NSI), elaboração CAPES38


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IAs áreas do conhecimento que <strong>de</strong>têm o maior número <strong>de</strong> artigos publicados <strong>em</strong>periódicos científicos internacionais in<strong>de</strong>xados mudaram ao longo dos anos: <strong>em</strong>2006 eram clínica médica, física e química, com participação superior a 10%,conforme se observa na Figura 1.21, e, <strong>em</strong> 2009, eram ciências agrárias e ciênciasdos animais/plantas, quando se observa maior diversificação t<strong>em</strong>ática. Taldiversificação po<strong>de</strong> ser explicada, <strong>em</strong> parte, pela expansão da base <strong>de</strong> dados doNSI, que, a partir <strong>de</strong> 2008, incorporou mais periódicos especializados <strong>em</strong> novasáreas científicas. O fomento diferenciado também colaborou para o crescimentoda publicação <strong>em</strong> áreas estratégicas e <strong>em</strong>ergentes.Figura 1.21: Artigos brasileiros publicados <strong>em</strong> revistas científicas internacionaisin<strong>de</strong>xadas no NSI, segundo áreas do conhecimento, 2006 e 20092006Clínica Médica18,70%Física12,80%Química12,30%Ciências dosAnimais/Plantas9,90%Biologia eBioquímica7,60%Outras33,30%Engenharia5,50%Outras36,6%2009CiênciasAgrárias16,1% Ciências dosAnimais/Plantas11,5%Clínica Médica4,4%Neurociências eC. Comportam.4,6%Biologia eBioquímica4,6%Ecologia/MeioAmbiente4,9%Farmacologia eToxicologia6,5%Microbiologia5,4%Ciências Sociais<strong>em</strong> geral5,4%Fonte: Thomson Reuters. National Science Indicators (NSI), elaboração CAPES Principais programas<strong>de</strong> fomento à pesquisa39


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosPrincipais programas <strong>de</strong> fomento à pesquisaExpressiva parte dos avanços obtidos no a<strong>de</strong>nsamento e qualificação daprodução científica <strong>de</strong>ve-se ao investimento na infraestrutura <strong>de</strong> pesquisa, pormeio <strong>de</strong> editais, operacionalizados pela FINEP e à intensificação e à estabilida<strong>de</strong> dosinvestimentos <strong>em</strong> pesquisa realizados mediante editais <strong>de</strong> fomento voltados paraas diferentes áreas do conhecimento, conforme os programas do CNPq listadosmais à frente.O incr<strong>em</strong>ento dos recursos disponíveis, principalmente os do FNDCT, permitiunão só aumentar o número <strong>de</strong> projetos apoiados, mas também possibilitou aumentono período <strong>de</strong> financiamento dos projetos, como forma <strong>de</strong> incentivar pesquisas maiscomplexas <strong>de</strong> longo prazo, como, por ex<strong>em</strong>plo, no caso do Programa dos InstitutosNacionais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> (ver it<strong>em</strong> 3.2). As duas agências <strong>de</strong> fomento doMCT, CNPq e FINEP, no período do PACTI, investiram o total <strong>de</strong> R$ 6,5 bilhões <strong>em</strong>quase 39.000 propostas aprovadas até set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, conforme a tabela 1.1.Tabela 1.1: Editais lançados pela FINEP e pelo CNPq entre 2007 e 2010FINEPCNPqAno do editalEditaisPropostasaprovadasRecursosRecursos(R$ milhões)(R$ milhões)PropostasEditaisaprovadasaprovados previstos aprovados2007 22 555 771,5 39 11.140 411 467,62008 17 525 1.108,90 62 10.656 966 978,82009 20 660 1.300,00 55 7.825 573,1 504,22010 21 1.324 1.256,60 50 6.265 695,4 114,8Total 80 3.064 4.437,00 206 35.886 2.645,40 2.065,40Nota: no caso do CNPq, editais lançados até 29.09.2010 (alguns <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> julgamento ou aprovação)e resultados parciais para 2010, correspon<strong>de</strong>ntes a editais contratadosFontes: FINEP e CNPqPrograma 3.1 – Apoio à infraestrutura <strong>de</strong> Instituições Científicas eTecnológicas (ICTs) e <strong>de</strong> Intitutos <strong>de</strong> Pesquisa Tecnológicas (IPTs)No que diz respeito ao apoio à infraestrutura <strong>de</strong> pesquisa, o principalinstrumento é representado pelo Proinfra – Programa <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rnização da40


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IInfraestrutura das ICTs, da FINEP, para o qual houve um expressivo aumento dosrecursos disponíveis a partir <strong>de</strong> 2004, com <strong>de</strong>staque para 2008 e 2009 (Figura1.22), cujas chamadas disponibilizaram R$ 360 milhões (um aumento <strong>de</strong> 125%<strong>em</strong> relação à 2007). No entanto, o incr<strong>em</strong>ento no valor dos recursos disponíveisfoi acompanhado por um incr<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> 80% na <strong>de</strong>manda, o que <strong>de</strong>monstra queainda há gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda reprimida a ser suprida.Figura 1.22: Evolução do investimento <strong>em</strong> infraestrutura<strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong> instituições públicas450400350300250200150100500recursos <strong>em</strong> R$ milhões420390Pró-InfraInstalações multiusuáriosUniversida<strong>de</strong>s estaduais e municipaisNovos campiOutros121532151501902003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Fonte: MCT/FINEPQuanto ao Programa Novos Campi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu lançamento <strong>em</strong> 2007 até omomento, foram apoiados 139 projetos no montante <strong>de</strong> R$170 milhões pormeio <strong>de</strong> quatro chamadas públicas. A <strong>de</strong> 2010 conce<strong>de</strong>u R$60 milhões para 41projetos aprovados (figura 1.23).Figura 1.23: – Resultado do Edital 01/2010 Finep-Campi Regionais e Novos CampiProjetos cont<strong>em</strong>plados, porunida<strong>de</strong> da fe<strong>de</strong>raçãoCO13,9%NE26,1%53,5% N13,5%SE33,0%S13,5%Fonte: MCT/FINEP41


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosAinda no âmbito <strong>de</strong> apoio à infraestrutura, <strong>de</strong>staca-se que <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 2009 foi assinado convênio entre o MCT e a Associação Brasileira <strong>de</strong> Reitoresdas Universida<strong>de</strong>s Estaduais e Municipais (ABRUEM) para apoio a universida<strong>de</strong>sestaduais e municipais, via edital FINEP lançado no mesmo ano. Resultadopreliminar (figura 1.24) cont<strong>em</strong>pla 31 universida<strong>de</strong>s com R$ 30 milhões do FNDCT,sendo 18 universida<strong>de</strong>s das regiões incentivadas (N, NE e CO). Em agosto <strong>de</strong> 2010foi lançado outro edital, no valor <strong>de</strong> R$ 60 milhões do FNDCT, agora com foco nasuniversida<strong>de</strong>s privadas, s<strong>em</strong> fins lucrativos, que tenham tradição <strong>de</strong> pesquisa. Emprocesso <strong>de</strong> julgamento, as 36 propostas apresentadas totalizam R$ 79 milhões.Figura 1.24: Resultado preliminar do Edital 03/2009 FINEP-ABRUEMUniversida<strong>de</strong>s públicasestaduais e municipaiscont<strong>em</strong>pladasCO8,7%SE17,1%NE54,2% 39,5%N6,0%S28,8%Fonte: MCT/FINEPPor fim, se for<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rados os recursos totais disponibilizados para osdistintos editais <strong>de</strong> apoio à infraestrutura <strong>de</strong> pesquisa, verifica-se que, <strong>de</strong> 2003 a2009, eles cresceram mais <strong>de</strong> 600%.42


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IPrograma 3.2 – Fomento ao <strong>de</strong>senvolvimento científico, tecnológico e<strong>de</strong> inovaçãoPrograma Primeiros ProjetosApoia a instalação <strong>de</strong> infraestrutura e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong>pesquisa científica, tecnológica e <strong>de</strong> inovação executados por jovens pesquisadores(doutores recém formados), visando dar continuida<strong>de</strong> ao processo <strong>de</strong> expansão econsolidação <strong>de</strong> competências nacionais e ao avanço do conhecimento científicoe tecnológico, <strong>em</strong> todas as áreas do conhecimento. Este programa é executado<strong>em</strong> parceria com as Fundações Estaduais <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa (FAP). Des<strong>de</strong> avigência do <strong>Plano</strong>, no período <strong>de</strong> 2007 e 2008, foram aprovados 604 projetos eR$20 milhões <strong>de</strong> recursos. Os convênios, para 2010, estão <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> finalização.Programa CasadinhoÉ uma iniciativa do CNPq voltada para o fortalecimento da pesquisa científica<strong>em</strong> programas <strong>de</strong> pós-graduação, aproveitando a experiência <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> pesquisa<strong>de</strong> excelência e vinculados a programas <strong>de</strong> pós-graduação consolidados comoforma <strong>de</strong> facilitar a melhoria <strong>de</strong> grupos <strong>em</strong>ergentes vinculados a programas <strong>de</strong> pósgraduaçãonão consolidados. Foram lançados dois editais, um <strong>em</strong> 2006 e outro<strong>em</strong> 2008, com 185 projetos apoiados, montante global <strong>de</strong> R$ 50 milhões.Edital UniversalApoia ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa científica, tecnológica e <strong>de</strong> inovação que vis<strong>em</strong>contribuir significativamente para o <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológico doPaís, <strong>em</strong> qualquer área do conhecimento e, quando financiado com recursosprovenientes do FNDCT, prioriza os t<strong>em</strong>as <strong>de</strong> interesse dos fundos setoriais.Em relação a esse programa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, o CNPq lançou um edital por ano,totalizando cinco editais, sendo concedidos R$591 milhões para 15.607 projetos.PRONEX - Programa <strong>de</strong> Apoio a Núcleos <strong>de</strong> ExcelênciaO PRONEX é <strong>de</strong>stinado ao apoio a núcleos <strong>de</strong> pesquisa formados por grupos<strong>de</strong> reconhecida excelência, sediados nos estados parceiros do Programa, via asentida<strong>de</strong>s estaduais <strong>de</strong> fomento à pesquisa. Des<strong>de</strong> 2003 o Programa é executado<strong>em</strong> parceria com os Estados. A Figura 1.25, que explicita os recursos investidosnesse Programa, mostra que o edital 2008-2010 teve um aumento da média anualdos recursos estaduais <strong>de</strong> 33% <strong>em</strong> relação ao edital anterior (2006-2007).43


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 1.25: Evolução dos recursos do Pronex –Programa <strong>de</strong> Apoio a Núcleos <strong>de</strong> Excelência (CNPq),por período <strong>de</strong> vigência do edital, <strong>de</strong> 1996 a 2010259Valores (R$ milhões)94613190 9446 4044 54989467CNPq Estados FNDCTFonte: MCT/CNPqA intensificação da parceria com os estados, mencionada anteriormente, ficaevi<strong>de</strong>nte quando se analisa a fonte dos recursos <strong>de</strong>stinados ao PRONEX e aosINCTs, conforme as figuras 1.26 e 1.29.Figura 1.26: Distribuição dos recursos <strong>de</strong>stinados a Núcleos <strong>de</strong> Excelência, porórgão <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>, <strong>de</strong> 2008 a 2010 (R$ milhões)Pronex 2008-2010Valores <strong>em</strong> execução(R$ milhões)FAPs: 82,14CNPq: 143,72Total: 225,86F 2,0C 4,0F 0,24C 0,74F 0,8F 3,5C 2,4F 3,5C 7,0F 0,3C 0,9C 7,0F 5,0F 1,5C 10,0C 4,5F 3,0F 5,0F 0,5C 6,0C 10,0C 1,6F 10,0C 20,0F 0,5F 1,0C 2,0F 5,0C 1,5C 7,5F 2,0C 4,0F 2,0F 7,7F 16,0C 4,0C 7,7C 24,0F 5,0F 12,0C 10,0F: FAPC 18,0C: CNPq10.08.2010Fonte: MCT/CNPq44


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IINCT - Institutos Nacionais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>A iniciativa mais importante <strong>de</strong> fomento à pesquisa <strong>de</strong>corrente do PACTIfoi o estabelecimento dos novos INCT, lançados pelo CNPq como uma evoluçãodos Institutos do Milênio. O programa Institutos do Milênio (Milênio), criado<strong>em</strong> 2001, visava promover a formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong> todo territórionacional e a excelência científica e tecnológica e o fortalecimento <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong>pesquisa <strong>em</strong> qualquer área do conhecimento, assim como <strong>em</strong> áreas <strong>de</strong>finidascomo estratégicas. Em 2008 ele evoluiu para o Programa Institutos Nacionais<strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> (INCT), com o objetivo <strong>de</strong>:i. promover a formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong> todo território nacional;ii. mobilizar e agregar, <strong>de</strong> forma articulada, os melhores grupos <strong>de</strong> pesquisa<strong>em</strong> áreas <strong>de</strong> fronteira da ciência e <strong>em</strong> áreas estratégicas para o<strong>de</strong>senvolvimento sustentável do país;iii. impulsionar a pesquisa científica básica e fundamental competitivainternacionalmente;iv. estimular o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisa científica e tecnológica <strong>de</strong>ponta associada a aplicações para promover a inovação e o espírito<strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dor, <strong>em</strong> estreita articulação com <strong>em</strong>presas inovadoras, nasáreas do Sist<strong>em</strong>a Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> (Sibratec), <strong>de</strong>scrito maisadiante.A tônica do Programa é a organização <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> P&D <strong>em</strong> re<strong>de</strong>, coor<strong>de</strong>nadospor instituições <strong>de</strong> excelência <strong>em</strong> pesquisa e na formação <strong>de</strong> recursos humanos.Vale frisar que as fontes <strong>de</strong> recursos são diversificadas e que o importante processo<strong>de</strong> articulação do MCT com as Secretarias estaduais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>resultou na contribuição <strong>de</strong> R$ 216,6 milhões, por meio das Fundações Estaduais<strong>de</strong> Pesquisa (FAPs). A a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> outros parceiros (BNDES, Petrobras, MS, MEC/CAPES) possibilitou um aumento expressivo no volume <strong>de</strong> recursos quandocomparado aos Institutos do Milênio, alcançando um total <strong>de</strong> R$ 607 milhõesdisponibilizados para a contratação <strong>de</strong> 122 INCTs, cujas distribuições regional et<strong>em</strong>ática po<strong>de</strong>m ser vistas nas Figuras 1.27 e 1.28, respectivamente.Decorrente do especificado no Edital que selecionou os projetos dos INCT, a1ª reunião <strong>de</strong> acompanhamento e avaliação do Programa foi realizada <strong>em</strong> Brasílianos dias 23 e 24 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro para fazer um balanço das ações <strong>de</strong>senvolvidaspelos institutos nos últimos dois anos. Esta reunião contou com a presença dosCoor<strong>de</strong>nadores dos 122 Institutos Nacionais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> (INCT),pesquisadores, avaliadores e consultores, totalizando mais <strong>de</strong> 500 participantes.45


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosOs resultados parciais indicam para o fortalecimento da cooperação entreos diversos grupos <strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong> todos o país, a internacionalização dos re<strong>de</strong>s<strong>de</strong> pesquisa, o envolvimento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas, mesmo que ainda <strong>de</strong> forma mo<strong>de</strong>sta, adivulgação dos resultados para a socieda<strong>de</strong>, respon<strong>de</strong>ndo aos objetivos do programa.Figura 1.27: Evolução dos Institutos do Milênio para os Institutos Nacionais <strong>de</strong>Ciência e <strong>Tecnologia</strong>, distribuição por estado52001-2008 a partir <strong>de</strong>24 920091951Institutosdo Milênio122R$ 180 milhõesFonte: MCT/CNPqR$ 607 milhõesdisponibilizadosFigura 1.28: Distribuição dos Institutos Nacionais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>,por área t<strong>em</strong>áticaNuclear 2 Outras 6Antártica e Mar 3Energia 7Biodiversida<strong>de</strong>Meio Ambiente 7Agronegócio 9Saú<strong>de</strong> 39Amazônia 7TICs 7Engenharias, FísicaMat<strong>em</strong>ática 14Ciências Sociais 10Biotecnologia/Nanotecnologia 11Fonte: MCT/CNPq46


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IFigura 1.29: Distribuição dos recursos <strong>de</strong>stinados aos Institutos Nacionais <strong>de</strong>Ciência e <strong>Tecnologia</strong>, por órgão/<strong>em</strong>presa <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> (R$ milhões)AM; 10,4PA; 8,0FAPs: R$ 214,7 milhõesBNDES; 12,9Petrobras; 21,0CAPES; 30,0MS; 16,0MG; 36,0PI; 1,5 RJ; 35,8RN; 2,1SC; 7,5SP; 113,4FNDCT; 199,5CNPq; 112,8Fonte: MCT/CNPq.A Figura 1.30 apresenta a evolução dos recursos do MCT (CNPq e FNDCT)investidos <strong>em</strong> programas <strong>de</strong> apoio à pesquisa <strong>em</strong> todas as áreas do conhecimento,dos quais alguns <strong>de</strong>les contam também com recursos <strong>de</strong> parceiros tais como MS,CAPES/MEC, BNDES, Petrobras e FAPs, <strong>de</strong>ntre outros.Figura 1.30: Evolução dos recursos <strong>de</strong> programas <strong>de</strong>apoio à pesquisa <strong>em</strong> todas as áreas do conhecimento (CNPq)R$ milhões800700600500400Pronex (1)INCT (1)Institutos do MilênioJovens PesquisadoresCasadinhoPrimeiros ProjetosEdital Universal34273630022320011210002002-2003 2004-2005 2006-2007 2008-2009ano <strong>de</strong> lançamento do edital(1) somente recursos MCTFonte: MCT/CNPq.47


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosPrograma 3.3 – Nova RNP: internet avançada para educação e pesquisaA Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Ensino e Pesquisa (RNP), primeira re<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso à Internetno Brasil, elevou a capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> 622 Mbps, <strong>em</strong> 2004,para 10 Gbps, <strong>em</strong> 2009, como mostrado na Figura 1.31. A expansão proporcionoumaior velocida<strong>de</strong> na comunicação entre os centros <strong>de</strong> pesquisa e as universida<strong>de</strong>spúblicas, facilitando aplicações inovadoras <strong>em</strong> áreas como educação (Universida<strong>de</strong>Aberta do Brasil e educação à distância), saú<strong>de</strong> (RUTE - Re<strong>de</strong> Universitária <strong>de</strong>Tel<strong>em</strong>edicina) e cultura (TVs Universitárias, por ex<strong>em</strong>plo).Dez estados já estão interligados à re<strong>de</strong> nacional multigigabit (RS, SC, PR,SP, RJ, DF, MG, BA, PE e CE). Até <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 esse número chegará a 24,com a incorporação <strong>de</strong> ES, GO, TO, MT, MS, AL, SE, PB, RN, PI, MA, PA, RO e AC,por meio da cessão, por <strong>em</strong>presa privada <strong>de</strong> telecomunicações, <strong>de</strong> infraestruturapara o backbone. A superbanda larga <strong>de</strong> 1 Gigabit/s chegou a 294 instituições, <strong>de</strong>88 cida<strong>de</strong>s dos 10 estados já mencionados, reunidas <strong>em</strong> 19 re<strong>de</strong>s metropolitanas(figura 1.31).Figura 1.31: RNP – Infraestrutura da conexão internetentre institutos <strong>de</strong> pesquisaFonte: RNP48A interiorização interligou 288 campi <strong>de</strong> instituições fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> ensino superior(IFES), institutos fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> educação, ciência e tecnologia (IF) e Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Pesquisa (IPs) (ver Figura 1.32).


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IFigura 1.32: RNP – Integração do interiorFonte: RNPA Re<strong>de</strong> Universitária <strong>de</strong> Tel<strong>em</strong>edicina (RUTE) é uma iniciativa que visa a apoiaro aprimoramento da infraestrutura para tel<strong>em</strong>edicina já existente <strong>em</strong> hospitaisuniversitários, b<strong>em</strong> como promover a integração <strong>de</strong> projetos entre as instituiçõesparticipantes. A utilização <strong>de</strong> serviços avançados <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá promover osurgimento <strong>de</strong> novas aplicações e ferramentas que explor<strong>em</strong> mecanismos inovadoresna educação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, na colaboração a distância para pré-diagnóstico e naavaliação r<strong>em</strong>ota <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> atendimento médico. Já estão interligados à RUTE(Figura 1.33), 57 núcleos <strong>de</strong> tel<strong>em</strong>edicina, <strong>em</strong> hospitais universitários: foram 19 naprimeira e 38 na segunda, estando prevista a interligação <strong>de</strong> outras 75 instituiçõesnuma terceira fase.49


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 1.33: RNP – Re<strong>de</strong> Universitária <strong>de</strong> Tel<strong>em</strong>edicina (RUTE)Fonte: RNPPor meio da Re<strong>de</strong> Clara (Cooperação Latino-Americana <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s Avançadas)e dos projetos Alice (América Latina Interconectada com a Europa) e whren-Lila, aRNP também está ligada a outras re<strong>de</strong>s acadêmicas avançadas no mundo, comoa pan-europeia Géant, a norte-americana Internet2 e diversas re<strong>de</strong>s nacionaislatino-americanas.Programa 3.4 – Umida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pesquisa Científica e Tecnológica do MCTO MCT conta com 17 Institutos <strong>de</strong> Pesquisa, sendo que 13 da AdministraçãoDireta e quatro Organizações Sociais 5 . São instituições <strong>de</strong> alto nível científico e/ou tecnológico, várias <strong>de</strong>las atuando como laboratórios nacionais que oferec<strong>em</strong>instalações e ambiente científico para a comunida<strong>de</strong> externa.5 Para lista completa, ver anexo50


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&INa vigência do PACTI, foram consolidados o Instituto Nacional do S<strong>em</strong>i-Árido(INSA), criado <strong>em</strong> 2005 <strong>em</strong> Campina Gran<strong>de</strong>, PB, e o Centro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>sEstratégicas do Nor<strong>de</strong>ste (CETENE), localizado <strong>em</strong> Recife, PE, prestes a setransformar <strong>em</strong> uma nova UP do MCT. Além disso, foram implantados cincoNúcleos Regionais dos Institutos <strong>de</strong> Pesquisa nas Regiões Norte (Rio Branco,AC; Caxiuanã, PA; Porto Velho, RO; e Boa Vista, RR) e Su<strong>de</strong>ste (Cachoeiro doItap<strong>em</strong>irim, ES), como forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconcentração das instituições <strong>de</strong> pesquisado MCT para outros Estados (figura 1.34), e quatro Núcleos <strong>de</strong> InovaçãoTecnológica (NITs) <strong>em</strong> Manaus (AM), Belém(PA), Rio <strong>de</strong> Janeiro (RJ) e Campinas(SP). Importante passo foi dado, também, com a reorganização do institutoadministrado pela ABTLuS, o agora Centro Nacional <strong>de</strong> Pesquisa <strong>em</strong> Energia eMateriais (CNPEM), com a subdivisão <strong>em</strong> três gran<strong>de</strong>s laboratórios nacionais: o<strong>de</strong> Luz Síncrotron (LNLS), a estrutura que <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong> ao Centro, o <strong>de</strong> Biociências(LNBio), e o <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> do Bioetanol (CTBE).Figura 1.34: Expansão e Consolidação Regional dosInstitutos <strong>de</strong> Pesquisa Científica e Tecnológica do MCTINPAINPAINPAINPEINPAINPEINPACBAINPA/IDSMMPEGINPAMPEGMPEGINPEMPEGINPECTIINPECETEMINSACETEMINT/CeteneINPECNPPIBICTCGEELegendaINTCETEMUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pesquisa (UP) existente/Se<strong>de</strong>CNPEM,LNACTI, INPENúcleo Regional (NR) existente/fortalecidoCBPF, CETEM, IMPA,CETEMINT, LNCC, MAST,UP/NR/campus/centro <strong>em</strong> implantaçãoCNPPON, RNPINPEUP/NR/campus/centro a ser criadoINPECEITECFonte: MCTAs principais realizações dos Institutos estão relatadas <strong>em</strong> publicação específica(janeiro <strong>de</strong> 2011) sobre os resultados advindos da execução <strong>de</strong> seus <strong>Plano</strong>sDiretores para o período 2006-2010. Como resultado <strong>de</strong> todos esses esforços,foram <strong>de</strong>positadas 72 patentes provenientes das pesquisas e do <strong>de</strong>senvolvimentotecnológico das UPs no período 2007-2010.51


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosNos últimos anos, o MCT <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>u a realização <strong>de</strong> 129 obras e serviços <strong>de</strong>recuperação e mo<strong>de</strong>rnização das instalações físicas nas UPs, além da construção<strong>de</strong> 57 novas edificações para instalações <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> administração nessesInstitutos, envolvendo um total <strong>de</strong> R$ 110 milhões. Outros 18 prédios estão <strong>em</strong>construção, todos envolvendo expansão <strong>de</strong> laboratórios, instalações <strong>de</strong> pesquisa eensino <strong>de</strong> pós-graduação, bibliotecas. A figura 1.35 mostra os valores envolvidos narecuperação e expansão da infraestrutura física dos Institutos <strong>de</strong> Pesquisas do MCT.Figura 1.35: Recuperação e expansão da infraestrutura física dosInstitutos <strong>de</strong> Pesquisa Científica e Tecnológica do MCT35.000R$ mil30.00028.58425.00020.00019.22420.28415.00010.0005.000023.87012.83511.468 11.08116.61017.5707.3629.200 7.61010.8001.479 6.6002.0007622.2683.471 2.614 2.035 2.714 2.7142003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Apoio SCUP PPA Ações Transversais FNDCT Ações Transversais FNDCT (fase <strong>de</strong> análise)Fonte: MCTTodas essas realizações foram possíveis graças ao crescimento <strong>de</strong> 334%dos orçamentos totais <strong>de</strong> custeio e capital dos institutos <strong>de</strong> pesquisa, quesubiram <strong>de</strong> um patamar <strong>de</strong> R$137 milhões <strong>em</strong> 2003 para R$ 458 milhões <strong>em</strong>2010, como mostra a figura 1.36.Figura 1.36: Total <strong>de</strong> investimentos (custeio + capital) nosInstitutos <strong>de</strong> Pesquisa Científica e Tecnológica do MCT500450400R$ milhões458350341300250248267293 2902001501001371745002003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 201052Fonte: MCT


1. Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IEm termos <strong>de</strong> execução orçamentária, houve crescimento anual constanteno período <strong>de</strong> 2001 a 2010 (exceto apenas entre 2003 e 2004), atingindo cerca<strong>de</strong> R$ 1 bilhão a previsão para 2010, conforme se observa na figura 1.37.Figura 1.37: Execução orçamentária dos Institutos <strong>de</strong> PesquisaCientífica e Tecnológica do MCT (incluindo pessoal)1.200R$ milhões1.0001.009800802600511549593649400334 337400 39420002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*(previsão)Fonte: MCTPara dar conta do crescimento proveniente das evoluções apresentadas nosparágrafos anteriores mostrou-se necessário recompor o quadro <strong>de</strong> pessoaldos institutos, por meio <strong>de</strong> dois concursos públicos (2004 e 2008). Foramcontratados 70 pesquisadores, 109 tecnologistas e 111 técnicos, distribuídosnas várias Unida<strong>de</strong>s subordinadas ao MCT. Esse probl<strong>em</strong>a, no entanto, aindanão foi totalmente sanado até o momento.53


2. Promoção da InovaçãoTecnológica nas Empresas


56<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasPACTI interage com a PDP para estimular inovação nas <strong>em</strong>presas• Editais nacionais da subvenção econômica A atual política amplia a abrangênciadas ações já iniciadas e fortalecesua articulação com outras políti-cont<strong>em</strong>plaram, <strong>de</strong> 2006 a 2009, 825 projetos<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas, com recursos <strong>de</strong> R$ 1,6 bilhão,cas estruturantes e seus mecanismos<strong>em</strong> setores estratégicos como TICs, biotecnologia,<strong>de</strong> acompanhamento e avaliação. Ananotecnologia, saú<strong>de</strong>, energia e <strong>de</strong>-senvolvimento social; novo edital <strong>de</strong> R$ 500milhões 2010 lançado <strong>em</strong> 2010;articulação do PACTI com a políticaindustrial se intensificou a partir dolançamento, <strong>em</strong> 2008, da Política <strong>de</strong>Desenvolvimento Produtivo (PDP), a• PAPPE Subvenção com estados concedidaqual t<strong>em</strong> o objetivo <strong>de</strong> fornecer sustentabilida<strong>de</strong>ao atual ciclo <strong>de</strong> expan-a 414 <strong>em</strong>presas <strong>em</strong> 13 unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>raçãosãoeconômica. A PDP dá continuida<strong>de</strong>,<strong>em</strong> perspectiva ampliada, ao• PRIME conce<strong>de</strong> subvenção a 1.381 <strong>em</strong>presaspor meio <strong>de</strong> 17 editais regionais, com conjunto <strong>de</strong> iniciativas voltadas aoenfrentamento dos <strong>de</strong>safios do <strong>de</strong>senvolvimentoprodutivo que integram aaporte <strong>de</strong> R$ 166 milhões.• Empresas beneficiadas por incentivos fiscaisda Lei do B<strong>em</strong> passaram <strong>de</strong> 130 <strong>em</strong> 2006para 542 <strong>em</strong> 2009.PITCE, formulada <strong>em</strong> 2004.Dentre os <strong>de</strong>safios apresentados• Des<strong>de</strong> 2007 FINEP apóia 273 projetos <strong>de</strong><strong>em</strong>presas com R$ 4,2 bilhões re<strong>em</strong>bolsáveis.por essa Política, inclu<strong>em</strong>-se o <strong>de</strong> elevara capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação do setorprodutivo e o <strong>de</strong> fortalecer as Micro e• Des<strong>de</strong> 2007 o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bolso do BNDES por Pequenas Empresas (MPEs). Esses<strong>de</strong>safios estão diretamente articuladosmeio das linhas <strong>de</strong> financiamento, dos programas<strong>de</strong> apoio à inovação e do crédito àcom os compromissos <strong>de</strong> promoçãoda inovação tecnológica nas <strong>em</strong>presasaquisição <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> MPEs já totalizouprevistos no PACTI, pois o fortaleci-R$ 6,6 bilhões.mento do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Inova-• Criado o Comitê Pró-Inovação (MCT, MDIC ção contribui para o aprimoramentoe MEC), para apoiar projetos estratégicos eda estrutura produtiva, comercial etecnológica da indústria brasileira e,a instalação <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> P&D <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasconsequent<strong>em</strong>ente, para o aumentono Brasil.<strong>de</strong> sua competitivida<strong>de</strong>. Tal contribuiçãose dá mediante o apoio financeiroàs ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> PD&I, à cooperação entre <strong>em</strong>presas e ICTs, à capacitação<strong>de</strong> recursos humanos para a inovação, à impl<strong>em</strong>entação do Sist<strong>em</strong>a Brasileiro<strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> (SIBRATEC), e do incentivo à criação e à consolidação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasintensivas <strong>em</strong> tecnologia. O PACTI, como indutor da inovação tecnológica<strong>em</strong>presarial, gera resultados que serv<strong>em</strong> <strong>de</strong> insumo para o fortalecimento ino-57


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosvativo e produtivo das <strong>em</strong>presas brasileiras, que representa o <strong>de</strong>safio centralda PDP.A integração do PACTI e da PDP e seus instrumentos se expressa especialmentena meta <strong>de</strong> elevação dos investimentos privados <strong>em</strong> P&D para 0,65% doPIB brasileiro até 2010, presente <strong>em</strong> ambas as políticas, e na escolha comum<strong>de</strong> setores estratégicos para o <strong>de</strong>senvolvimento do País, tais como saú<strong>de</strong>, tecnologiasda informação e da comunicação (TIC), biotecnologia, nanotecnologia,<strong>de</strong>fesa e energia nuclear.Três dos principais instrumentos do PACTI que contribu<strong>em</strong> para o enfrentamentodos <strong>de</strong>safios apontados pela PDP são a subvenção econômica, operacionalizadapela FINEP, os incentivos fiscais e o SIBRATEC.O MCT assume papel altamente relevante para a consecução das açõesprevistas na PDP e para o alcance das metas por ela propostas, tendo sob suaresponsabilida<strong>de</strong> a coor<strong>de</strong>nação direta dos programas mobilizadores voltadosao apoio <strong>de</strong> 6 setores estratégicos (Complexo da Saú<strong>de</strong>, Biotecnologia, Nanotecnologia,<strong>Tecnologia</strong>s da Informação e Comunicação – TICs, Energia Nuclear eComplexo Industrial da Defesa), como se vê na Figura 2.1.Esses programas mobilizadores encontram ações <strong>de</strong> rebatimento direto noPACTI, expressas <strong>em</strong> programas contidos na Priorida<strong>de</strong> Estratégica III – Pesquisa,Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicas.Nas ações sob coor<strong>de</strong>nação do MCT voltadas para esses seis complexos industriais,a inovação e o <strong>de</strong>senvolvimento científico-tecnológico aparec<strong>em</strong> comoel<strong>em</strong>entos ainda mais centrais à competitivida<strong>de</strong> setorial. Esses complexostambém se <strong>de</strong>stacam pelos reais efeitos do transbordamento que a geração <strong>de</strong>novos produtos e processos proporciona aos <strong>de</strong>mais segmentos da economia.Além disso, há convergência entre os diversos instrumentos <strong>de</strong> promoção do<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico e inovativo, impl<strong>em</strong>entados pelo MCT, pela Finepe pelo CNPq e explicitados no PACTI, e os mecanismos e instrumentos apresentadospela PDP, os quais concorr<strong>em</strong> para o alcance das metas setoriais <strong>de</strong>ssapolítica. São ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong>sses instrumentos: os Fundos Setoriais, como fonte <strong>de</strong>recursos; as bolsas <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> recursos humanos; os Institutos Nacionais<strong>de</strong> C&T; o crédito direto a <strong>em</strong>presas; o capital <strong>de</strong> risco e o Programa Juro Zero.58


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasFigura 2.1: Gestão da Política <strong>de</strong> Desenvolvimento ProdutivoCNDIMDICCoor<strong>de</strong>nação geralConselho Gestor:Casa Civil,MF, MPOG, MCT, MDICABDI, BNDES, MF, MCTSecretaria ExecutivaAçõesSistêmicasDestaquesEstratégicosProgramasMobilizadores <strong>em</strong>Áreas EstratégicasProgramas parao Fortalecimento daCompetitivida<strong>de</strong>Programas paraConsolidar eExpandir a Li<strong>de</strong>rançaCoord.: MFCoord.: ABDI5 programasCoord.: MCT6 programasCoord.: MDIC12 programasCoord.: BNDES7 programasComplexo Saú<strong>de</strong>, Biotecnologia, Nanotecnologia, TICs, Energia Nuclear, Complexo Industrial da DefesaProgramas contidos na Priorida<strong>de</strong> Estratégica III do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> AçãoFonte: MCT59


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosNas áreas estratégicas, a relação entre os <strong>de</strong>safios do PACTI e os objetivosda PDP se efetiva <strong>de</strong> maneira direta. Como ex<strong>em</strong>plo, vale mencionar o ComplexoIndustrial da Defesa. O significativo apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológicodo setor, ocorrido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003 mediante a parceria entre o Ministérioda Defesa (MD) e o MCT, consolidou-se com a elaboração da Portaria InterministerialMCT/MD, n o 750, <strong>de</strong> 20.11.2007, resultante do lançamento do PACTI.Essa parceria v<strong>em</strong> proporcionando o fortalecimento dos institutos militares e o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e processos até então não dominados <strong>em</strong>âmbito nacional. Com o lançamento da PDP, ações são elaboradas no sentido<strong>de</strong> proporcionar resultados econômicos às inovações <strong>de</strong>senvolvidas, por meioda seleção <strong>de</strong> tecnologias que apresent<strong>em</strong> potencial <strong>de</strong> mercado e possam serproduzidas e aprimoradas no país.Entre os programas do PACTI que faz<strong>em</strong> parte das ações da PDP, cabe<strong>de</strong>stacar o referente a compras governamentais. Esse instrumento é consi<strong>de</strong>radocentral no <strong>de</strong>senvolvimento produtivo e tecnológico <strong>de</strong> setores como saú<strong>de</strong>,tecnologias da informação e <strong>de</strong> comunicação (TIC), <strong>de</strong>fesa, e aeronáutico. Paraatingir as metas do PACTI previstas para o programa <strong>de</strong> uso do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> comprasdo Estado, e, simultaneamente, lidar com os <strong>de</strong>safios estabelecidos na PDPrelacionados ao t<strong>em</strong>a, representantes governamentais das áreas mencionadasestão atuando <strong>de</strong> forma articulada, visando elaborar diretrizes para que o po<strong>de</strong>r<strong>de</strong> compra seja utilizado conjunta e compl<strong>em</strong>entarmente pelos diversos setores.Por último, é importante analisar o esforço das <strong>em</strong>presas para gerar e absorverconhecimentos que possam ser usados como capital intangível necessáriopara a inovação. Uma das medidas utilizadas é o número <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong>patentes no próprio país, a qual expressa, ao longo dos anos as variações daativida<strong>de</strong> inovativa. Os dados do Instituto Nacional <strong>de</strong> Proprieda<strong>de</strong> Intelectual(INPI) mostram que os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes segu<strong>em</strong> uma tendênciacrescente, com aumento <strong>de</strong> 43% entre 2000 e 2010 (estimativa), Entre osanos <strong>de</strong> 2007 a 2010, período <strong>de</strong> vigência do PACTI, esses <strong>de</strong>pósitos aumentaram29%, observando-se uma retomada <strong>de</strong> ritmo <strong>em</strong> relação ao período anterior(figura 2.2).60


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasOs dados do Instituto Nacional <strong>de</strong> Proprieda<strong>de</strong> Intelectual (INPI) mostramque os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes segu<strong>em</strong> uma tendência crescente,com aumento <strong>de</strong> 43% entre 2000 e 2010 (estimativa), Entre os anos <strong>de</strong> 2007a 2010, período <strong>de</strong> vigência do PACTI, esses <strong>de</strong>pósitos aumentaram 29%,observando-se uma retomada <strong>de</strong> ritmo <strong>em</strong> relação ao período anterior (figuraFigura 2.2). 2.2 - Total <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong>positadas no INPI <strong>de</strong> 2000-2010(2009 e 2010: dados não consolidados)Figura 2.2 - Total <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong>positadas no INPI <strong>de</strong> 2000-2010 (2009 e 2010: dados nãoconsolidados)35.00030.00025.00020.000não resi<strong>de</strong>ntesresi<strong>de</strong>ntes20.767 20.74819.57221.33922.90824.09625.40624.68526.23227.50030.00021.00015.00014.487 14.03012.73414.10815.40616.98318.440 17.71018.99019.50010.0005.0006.280 6.718 6.838 7.231 7.502 7.113 6.966 6.975 7.2428.0009.00002000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010*Fonte: INPI, 2010A seguir são relatados os resultados da maioria dos instrumentos do MCTe seus parceiros para a promoção da inovação nas <strong>em</strong>presas, os quais certamentecontribu<strong>em</strong> para a elevação da competitivida<strong>de</strong> <strong>em</strong>presarial brasileira.Programa 4.1 – Instrumentos <strong>de</strong> apoio à inovação nas <strong>em</strong>presasSubvenção econômicaMecanismo previsto na Lei <strong>de</strong> Inovação (Lei nº 10.973, <strong>de</strong> 02.12.2004), asubvenção econômica teve sua utilização iniciada no ano seguinte à regulamentação(Decreto nº 5.563, <strong>de</strong> 11.10.2005), por meio <strong>de</strong> editais operacionalizadospela FINEP. A subvenção econômica é operacionalizada por meio <strong>de</strong> três instrumentos:o Edital Nacional, o PAPPE Subvenção e o PRIME.Edital Nacional <strong>de</strong> Subvenção EconômicaEsta modalida<strong>de</strong> prevê o aporte <strong>de</strong> recursos financeiros para projetos <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasnacionais <strong>de</strong> qualquer porte, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos e produtos,com priorida<strong>de</strong> para aqueles inseridos <strong>em</strong> t<strong>em</strong>as cont<strong>em</strong>plados pela PDP.Nos editais <strong>de</strong> 2006 a 2009, a distribuição dos recursos, <strong>em</strong> um total <strong>de</strong> R$ 1.566milhões para 825 projetos, favoreceu diferentes áreas do conhecimento e áreastecnológicas, sendo priorizados os setores mais diretamente vinculados com a PDP,tais quais <strong>Tecnologia</strong>s da Informação e Comunicação (TICs), Biotecnologia, Nano-61


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançostecnologia e Saú<strong>de</strong>. Em consequência, esses setores se <strong>de</strong>stacaram entre os qu<strong>em</strong>ais se beneficiaram dos recursos aportados pelos editais da subvenção econômica,tendo TICs recebido o equivalente a 20,3% dos recursos totais (<strong>em</strong> 2006, TVdigital com 10,5%; <strong>em</strong> 2007, TICs e nanotecnologia com 31%; <strong>em</strong> 2008, TICs com19,5% e <strong>em</strong> 2009 TICs com 19,8%). Outras áreas, como as relacionadas com asaú<strong>de</strong> (fármacos e medicamentos com 8,7%, <strong>em</strong> 2006; biotecnologia e saú<strong>de</strong> com8,1%, <strong>em</strong> 2007; e saú<strong>de</strong>, com 11,3% <strong>em</strong> 2008 e com 22,1% <strong>em</strong> 2009), também foramcont<strong>em</strong>pladas com percentual relevante <strong>de</strong> recursos nos quatro editais.A partir <strong>de</strong> 2007, a área <strong>de</strong> Desenvolvimento Social, que <strong>em</strong> 2006 estava inseridana parcela <strong>de</strong> ‘t<strong>em</strong>as gerais’, ganhou <strong>de</strong>staque específico. Ela foi cont<strong>em</strong>pladacom 11% dos recursos, <strong>em</strong> 2007, com 16%, <strong>em</strong> 2008, e com 9,3%, <strong>em</strong> 2009. Outraárea relevante foi a <strong>de</strong> Energia, com 16,1%, <strong>em</strong> 2007; 15%, <strong>em</strong> 2008; e 10,9% <strong>em</strong>2009. A Figura 2.3 apresenta os resultados dos quatro editais da subvenção econômica,segundo a distribuição dos recursos pelas áreas cont<strong>em</strong>pladas.Figura 2.3: Distribuição percentual <strong>de</strong> recursos aprovados dasubvenção econômica por t<strong>em</strong>as 2006-2009Resultado 2006Aplicações mobilizadoras estratégicasAeroespacial 11,9% 5,9% 2,5% Bens <strong>de</strong> capital4,5% Biotecnologia2,7% Energias alternativas8,7% Fármacos <strong>em</strong>edicamentos4,4% NanotecnologiaT<strong>em</strong>as gerais 49,1%10,5%TV DigitalValor do Edital: R$ 300 milhõesD<strong>em</strong>anda: 1.100 projetos, R$ 1,9 bilhãoResultado: 145 propostas aprovadas, R$ 272,5 milhõesResultado 2008T<strong>em</strong>as estratégicos 37,5%T<strong>em</strong>as geraisResultado 20078,1% Aplicações Biotecnologia mobilizadoras e Saú<strong>de</strong>estratégicas11,0%DesenvolvimentoSocial16,1% Energia31,0% TICs e NanotecnologiaValor do Edital: R$ 450 milhõesD<strong>em</strong>anda: 2.567 projetos, R$ 4,9 bilhõesResultado: 174 propostas aprovadas, R$ 313,8 milhõesResultado 2009T<strong>em</strong>as estratégicos 18,7%T<strong>em</strong>as geraisTICs 19,5%Aplicações 20,8% Biotecnologiamobilizadoras estratégicasTICs 19,8%T<strong>em</strong>as gerais6,9% Aplicações Biotecnologia mobilizadoras estratégicas9,3% DesenvolvimentoSocial10,9% EnergiaDesenvolvimento16,0%SocialSaú<strong>de</strong> 22,1%Saú<strong>de</strong> 11,3%13,7% Energia31,9% Defesa nacional eSegurança públicaValor do Edital: R$ 450 milhõesD<strong>em</strong>anda: 2.665 projetos, R$ 6,0 bilhõesResultado: 245 propostas aprovadas, R$ 514,6 milhõesValor do Edital: R$ 450 milhõesD<strong>em</strong>anda: 2.558 projetos, R$ 5,2 bilhõesResultado: 261 propostas aprovadas, R$ 466 milhões62Fonte: MCT/FINEP


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasFigura 2.4: Subvenção econômica: distribuição percentual daquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projetos apoiados por porte <strong>de</strong> <strong>em</strong>presamicro e pequena média gran<strong>de</strong>200662,720,716,6200759,215,525,3200874,315,110,6200980,814,25,0Fonte: MCT/FINEP.0% 20% 40% 60% 80% 100%Em 2009, para atingir o objetivo conjunto do PACTI e da PDP <strong>de</strong> elevar acompetitivida<strong>de</strong> das micro e pequenas <strong>em</strong>presas (MPEs), 77,1% dos recursos(cerca <strong>de</strong> R$ 360 milhões) do edital nacional da subvenção econômica <strong>de</strong>stinaram-sea projetos apresentados por MPEs. Tal resultado evi<strong>de</strong>ncia um aumentona participação percentual <strong>de</strong>ssas <strong>em</strong>presas no número <strong>de</strong> projetos aprovados<strong>de</strong> 62,7% <strong>em</strong> 2006 para 80.8% <strong>em</strong> 2009, como mostrado na Figura 2.4.O edital 2010 foi lançado no segundo s<strong>em</strong>estre, com previsão <strong>de</strong> apoioaté R$ 500 milhões a projetos <strong>de</strong> inovação a ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvidos nas áreas <strong>de</strong>TICs, Energia, Biotecnologia, Saú<strong>de</strong>, Defesa e Desenvolvimento Social. O processoseletivo encerra-se <strong>em</strong> 2011.PAPPE SubvençãoEsta modalida<strong>de</strong> prevê o aporte <strong>de</strong> recursos financeiros para micro e pequenas<strong>em</strong>presas, com impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>scentralizada, por meio da operaçãocom parceiros locais, estaduais ou regionais, que são responsáveis por garantira capilarida<strong>de</strong>, a abrangência do instrumento e o acesso das micro e pequenas<strong>em</strong>presas brasileiras a recursos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovação.Os editais do Pappe são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes entre si e a alocação <strong>de</strong> recursosobe<strong>de</strong>ce às priorida<strong>de</strong>s e características <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regional.Como se po<strong>de</strong> observar na Figura 2.5, até abril <strong>de</strong> 2010, 13 UFs (Amazonas,Bahia, Ceará, Distrito Fe<strong>de</strong>ral, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais,63


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosParaná, Pernambuco, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Rio Gran<strong>de</strong> do Sule Santa Catarina) lançaram edital para contratação <strong>de</strong> projetos, com a consequenteseleção <strong>de</strong> 414 <strong>em</strong>presas.Figura 2.5: Distribuição regional dos estados que lançaram edital para contratação<strong>de</strong> projetos PAPPE subvenção (Fonte: MCT/FINEP)Fonte: MCTOs investimentos nesta modalida<strong>de</strong> da subvenção chegaram a R$ 265 milhões,sendo R$ 150 milhões do FNDCT e R$ 115 milhões <strong>de</strong> contrapartida <strong>de</strong>FAPs, SEBRAE e Fe<strong>de</strong>rações da Indústria. Em linhas gerais, são beneficiadas<strong>em</strong>presas que fatur<strong>em</strong> até R$ 10,5 milhões ao ano, com financiamentos entreR$ 200 mil e R$ 400 mil. Até o momento, o valor médio dos projetos recebidos64


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas Empresasé <strong>de</strong> R$ 250 mil, elencadas aí as mais <strong>de</strong> 1600 propostas inscritas <strong>em</strong> 12 dos14 estados participantes, já que São Paulo e Paraná ainda não começaram aoperar o programa.Com natureza s<strong>em</strong>elhante à do Pappe Subvenção, foi lançado um novo programa<strong>de</strong>nominado Pappe Integração, o qual se <strong>de</strong>stina às regiões Norte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste, como forma <strong>de</strong> completar a integração <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rativas noPappe Subvenção. Seu primeiro edital foi lançado <strong>em</strong> 2010, com a <strong>de</strong>stinação total<strong>de</strong> R$ 88 milhões aos parceiros, presentes nos seguintes estados: Distrito Fe<strong>de</strong>ral,Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Ceará, Bahia,Paraíba, Sergipe, Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Maranhão, Alagoas, Pará, Acre, Amazonas,Rondônia e Tocantins. O programa se encontra na fase <strong>de</strong> lançamento dos editaisestaduais.Programa PRIMEO programa PRIME (Primeira Empresa Inovadora) entrou <strong>em</strong> operação noinício <strong>de</strong> 2009. Trata-se <strong>de</strong> um novo programa <strong>de</strong> apoio ao processo <strong>de</strong> criaçãoe <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas inovadoras, no qual recursos não-re<strong>em</strong>bolsáveis,na forma <strong>de</strong> subvenção econômica, serão contratados diretamente porincubadoras cre<strong>de</strong>nciadas pela FINEP. De acordo com o <strong>de</strong>senho do programa,na primeira etapa as <strong>em</strong>presas selecionadas receb<strong>em</strong> recursos da subvençãoeconômica e na segunda, são liberados recursos oriundos do programa JuroZero. O objetivo do PRIME é criar condições financeiras favoráveis para queum conjunto significativo <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas nascentes <strong>de</strong> alto valor agregado possaconsolidar com sucesso a fase inicial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos seus <strong>em</strong>preendimentos,incorporando, nessas <strong>em</strong>presas, aspectos do <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dorismo eestruturação da gestão <strong>de</strong> negócios.A maioria dos <strong>em</strong>preendimentos inovadores nascentes apresenta fragilida<strong>de</strong>sestruturais e diversas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>em</strong> sua fase inicial. OPrime, portanto, apóia a <strong>em</strong>presa nesta fase crítica <strong>de</strong> nascimento, possibilitandoaos <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dores <strong>de</strong>dicar-se integralmente ao <strong>de</strong>senvolvimento dos produtos eprocessos inovadores originais e à construção <strong>de</strong> uma estratégia vencedora <strong>de</strong> inserçãono mercado. A operacionalização do PRIME é feita <strong>em</strong> parceria com 17 Incubadoras<strong>de</strong> Empresa-Âncora/Re<strong>de</strong>s, e já conta com 1.381 <strong>em</strong>presas contratadas por meio <strong>de</strong>17 editais regionais. Cada uma das <strong>em</strong>presas contratadas recebeu R$ 120 mil <strong>em</strong>2009 pela subvenção econômica, totalizando um aporte <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$166 milhões.Ainda para 2010, está prevista mais uma rodada do PRIME, com valor aproximado <strong>de</strong>R$ 200 milhões. As <strong>em</strong>presas que atingir<strong>em</strong> as metas estabelecidas nos planos <strong>de</strong>negócios, po<strong>de</strong>rão candidatar-se ao <strong>em</strong>préstimo do programa Juro Zero.65


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosIncentivos fiscaisNo que se refere aos incentivos fiscais proporcionados pela Lei do B<strong>em</strong> (nº 11.196,<strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005), a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas beneficiadas por anoevoluiu <strong>de</strong> 130, <strong>em</strong> 2006, para 542, <strong>em</strong> 2009, ou seja, 317% a mais <strong>em</strong> relação a2006. Ao se somar o número <strong>de</strong> beneficiárias da Lei do B<strong>em</strong> nas regiões Su<strong>de</strong>stee Sul para cada ano, observa-se que essas <strong>em</strong>presas correspon<strong>de</strong>m a mais <strong>de</strong> 92%do total <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas beneficiadas <strong>em</strong> todos os 4 anos (Figura 2.6). Isso se justifica<strong>em</strong> razão do maior <strong>de</strong>senvolvimento industrial <strong>de</strong>ssas regiões, que, por sua vez,apresentam maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se apropriar dos benefícios.Nesse mesmo período, o investimento <strong>em</strong> P&D das <strong>em</strong>presas que se beneficiaramda Lei do B<strong>em</strong> evoluiu <strong>de</strong> 2,1 bilhões, <strong>em</strong> 2006, para 8,3 bilhões,<strong>em</strong> 2009, quase quadruplicando nesses quatro anos (Figura 2.7). Dos recursosinvestidos <strong>em</strong> 2009, aplicaram-se R$ 0,21 bilhão <strong>em</strong> bens <strong>de</strong> capital e R$ 8,33bilhões <strong>em</strong> <strong>de</strong>spesas operacionais <strong>de</strong> custeio. A distribuição regional <strong>de</strong>ssesrecursos confirma as melhores condições apresentadas pela região Su<strong>de</strong>ste nautilização dos incentivos, respon<strong>de</strong>ndo por 95% dos recursos aplicados <strong>em</strong> P&D(Figura 2.8).Figura 2.6: Incentivos fiscais: distribuição regional das <strong>em</strong>presas beneficiadas6005004003002001000nº <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasSSECONEN13052733001181632006 2007 2008 2009Fonte: MCT46016725954219831266


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasFigura 2.7: Incentivos fiscais: recursos investidos <strong>em</strong> P&D <strong>de</strong> 2006 a 200910.0009.0008.0007.0006.0005.0004.0003.0002.0001.0000(0,30%)(0,27%)(% PIB)dispêndio <strong>de</strong> custeio8.8048.332dispêndio <strong>de</strong> capital(0,09%)2.191(0,19%)5.1384.5807.9158.1141.803389 558 8892172006 2007 2008 2009Empresas 130 300 460 542Fonte: MCTFigura 2.8: Benefícios reais dos investimentos <strong>em</strong> P&Dpor região geográfica (R$ milhões)1.8001.6001.4001.2001.0008006004002000SSECONEN2298841.5821.3832006 2007 2008 2009Empresas 130 300 460 542Fonte: MCT67


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosOutra lei que permite a utilização <strong>de</strong> incentivos fiscais é a Lei <strong>de</strong> Informática (Lei11.077/2004) , cuja evolução, a partir <strong>de</strong> suas alterações <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004, propiciou umaumento consi<strong>de</strong>rável tanto no número <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas estrangeiras a se instalar<strong>em</strong> noPaís, quanto no <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas locais, que procuraram os incentivos como forma <strong>de</strong>alavancar<strong>em</strong> seus negócios. Desta forma, os investimentos <strong>em</strong> P&D <strong>de</strong> contrapartidaaumentaram consi<strong>de</strong>ravelmente. De 352 <strong>em</strong>presas beneficiadas <strong>em</strong> 2007, passou-sea 519 <strong>em</strong> 2009, ou seja, um aumento <strong>de</strong> 147% nos últimos três anos. Nesse período,os investimentos <strong>em</strong> projetos <strong>de</strong> P&D totalizaram R$ 2,2 bilhões (figura 2.9) e, <strong>de</strong>ssetotal, R$ 830 milhões foram aplicados <strong>em</strong> convênios com instituições <strong>de</strong> ensino e pesquisaou centros <strong>de</strong> P&D. O faturamento global <strong>de</strong>ssas <strong>em</strong>presas reunidas v<strong>em</strong> crescendocomo mostrado na figura 2.10, <strong>em</strong>bora se perceba uma diminuição <strong>em</strong> 2009,muito provavelmente <strong>de</strong>vida à crise econômica mundial. O MCT conta com aproximadamente180 instituições cre<strong>de</strong>nciadas, qualificadas a receber recursos da <strong>em</strong>presasbeneficiárias por meio <strong>de</strong> convênios, na execução <strong>de</strong> projetos. Anualmente, são executadosmais <strong>de</strong> 3.000 projetos, apresentando um alto grau <strong>de</strong> inovação tecnológica nasindústrias e novos produtos (inclusive <strong>de</strong> software) nos projetos conveniados.Um ponto a ressaltar é a <strong>de</strong>sconcentração regional, tanto na concessão diferenciada<strong>de</strong> incentivos para a fabricação <strong>de</strong> produtos assim como na obrigaçãomínima <strong>de</strong> investimentos <strong>em</strong> convênio com instituições <strong>de</strong> P&D nas regiões Norte,Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste. Nessas regiões a renúncia fiscal das <strong>em</strong>presas passou <strong>de</strong>4% da renúncia total, <strong>em</strong> 2002, para 6,6% <strong>em</strong> 2009, e o percentual <strong>de</strong> instituições<strong>de</strong> P&D beneficiadas pela obrigação mínima <strong>de</strong> investimentos aumentou significativamenteno mesmo período, passando <strong>de</strong> 22,5% para 36,3% <strong>de</strong>sse universo.As <strong>em</strong>presas contribu<strong>em</strong> com <strong>de</strong>pósitos no FNDCT, na rubrica CT-INFO, recursosesses que são aplicados <strong>em</strong> projetos estratégicos ou <strong>de</strong> interesse da socieda<strong>de</strong>.Nos últimos três anos, mais <strong>de</strong> R$ 150 milhões foram <strong>de</strong>positados no FNDCT.Figura 2.9: Aplicação <strong>em</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento das <strong>em</strong>presasbeneficiadas pela Lei <strong>de</strong> Informática, no período 2002 a 2009900800700600500400300200100-R$ milhões752 7746546025534654984302002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Fonte: MCT68


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasFigura 2.10: Faturamento bruto global das <strong>em</strong>presas incentivadas pela Lei <strong>de</strong>Informática (R$ bilhões), no período 2002 a 2009605040302010R$ bilhões15,5 16,525,432,3 33,742,147,2 48,302002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Fonte: MCTFinanciamento re<strong>em</strong>bolsávelAlém das iniciativas <strong>de</strong>scritas anteriormente, o MCT t<strong>em</strong> buscado alternativas <strong>de</strong>apoio às <strong>em</strong>presas na articulação <strong>de</strong> suas fontes <strong>de</strong> financiamento, a ex<strong>em</strong>plo dosFundos Setoriais, com os instrumentos <strong>de</strong> financiamento do BNDES e da PDP paraampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento voltado para o setor.Operações da FINEPAlém das operações não-re<strong>em</strong>bolsáveis já assinaladas, a FINEP conce<strong>de</strong>apoio à inovação nas <strong>em</strong>presas por meio <strong>de</strong> operações re<strong>em</strong>bolsáveis, a saber:Inova Brasil e Juro Zero. Substituindo o antigo Pró-Inovação, o Inova Brasil (Programa<strong>de</strong> Incentivo à Inovação nas Empresas Brasileiras) constitui-se <strong>em</strong> financiamentocom encargos reduzidos para a realização <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimentoe inovação nas <strong>em</strong>presas brasileiras, dando suporte à PDP. Des<strong>de</strong>2007, já foram apoiados 213 projetos, com recursos que totalizaram R$ 4,2 bilhões,passando <strong>de</strong> R$ 557,8 milhões <strong>em</strong> 2007 para R$ 1,7 bilhão <strong>em</strong> 2009.O Programa Juro Zero constitui-se <strong>em</strong> modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiamento paraapoio a projetos ou planos <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong>senvolvidos por micro e pequenas<strong>em</strong>presas inovadoras, <strong>em</strong> um período máximo <strong>de</strong> 18 meses, e que represent<strong>em</strong>inovação <strong>em</strong> seu setor <strong>de</strong> inovação, seja nos aspectos comerciais, <strong>de</strong> processosou <strong>de</strong> produtos e serviços. Foram apoiados 60 projetos <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>2007, com recursos <strong>de</strong> R$ 33,1 milhões.69


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosOperações do BNDESPor consi<strong>de</strong>rar a inovação uma priorida<strong>de</strong> estratégica, o BNDES atua comoparceiro do PACTI na execução <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> financiamento à inovação no ambiente<strong>em</strong>presarial. O BNDES busca financiar projetos <strong>de</strong> investimento associadosà formação <strong>de</strong> capacitações e ambientes inovadores, tendo como finalida<strong>de</strong>a melhoria do patamar competitivo das <strong>em</strong>presas. Para isso, foram <strong>de</strong>senvolvidaslinhas <strong>de</strong> financiamento à inovação, programas para apoio à inovaçãoe um produto para melhorar esse apoio, a saber, o Cartão BNDES. Além disso,o BNDES também conce<strong>de</strong> financiamento à aquisição <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital paraMicro e Pequenas Empresas.São três as linhas <strong>de</strong> financiamento à inovação: (i) capital inovador; (ii)inovação tecnológica; e (iii) inovação produção. A linha <strong>de</strong> capital inovador t<strong>em</strong>como objetivo apoiar o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Investimento <strong>em</strong> Inovação (PII) das <strong>em</strong>presaspara capacitá-las a realizar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovação <strong>de</strong> forma continuada e estruturada.A linha <strong>de</strong> inovação tecnológica t<strong>em</strong> como objetivo o apoio a projetos<strong>de</strong> inovação <strong>de</strong> natureza tecnológica que busqu<strong>em</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>produtos e/ou processos novos ou significativamente aprimorados (pelo menospara o mercado nacional) e que envolvam risco tecnológico e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mercado. A linha <strong>de</strong> inovação produção busca apoiar projetos <strong>de</strong> investimentosque vis<strong>em</strong> à implantação, expansão e mo<strong>de</strong>rnização da capacida<strong>de</strong> produtiva.Entre os programas do BNDES <strong>de</strong> apoio à inovação, estão: (i) Profarma –inovação; (ii) Prosoft – Empresa; (iii) Proengenharia; (iv) Pró-aeronáutica; e (v)PROTVD fornecedor. Já, como produto <strong>de</strong> apoio, <strong>de</strong>staca-se o cartão BNDESque, baseado no conceito <strong>de</strong> cartão <strong>de</strong> crédito, visa financiar os investimentosdas micro, pequenas e médias <strong>em</strong>presas (MPMEs), cont<strong>em</strong>plando a contratação<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> pesquisa aplicada, <strong>de</strong>senvolvimento e inovação para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> produtos e processos, contratados com fornecedores especializadoscre<strong>de</strong>nciados no Portal <strong>de</strong> Operações do Cartão BNDES.De janeiro <strong>de</strong> 2007 a outubro <strong>de</strong> 2010, o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bolso do BNDES por meiodas linhas <strong>de</strong> financiamento, dos programas <strong>de</strong> apoio à inovação e do crédito àaquisição <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> MPEs já totalizou R$ 6,6 bilhões. Entre 2007 e2009, esse <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bolso mais que quadruplicou. A carteira atual <strong>de</strong> operaçõesnas linhas e programas <strong>de</strong> apoio à inovação apresenta um montante <strong>de</strong> R$ 5,1bilhões, incluindo-se nesse grupo as operações ativas contratadas – saldo a <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bolsar,aprovadas, <strong>em</strong> análise, enquadradas, com consulta e <strong>em</strong> perspectiva.70


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasPor fim cabe <strong>de</strong>stacar a disponibilização <strong>de</strong> R$ 750 milhões para a FINEP,com vistas à ampliação do crédito para as <strong>em</strong>presas, <strong>de</strong>monstrando a forte interação<strong>de</strong> instrumentos entre as duas instituiçõesPrograma 4.2 – Apoio à Cooperação entre Empresas e ICTsAtualmente incorporado ao Programa 5.1 SIBRATEC, o programa <strong>de</strong> apoioà cooperação entre <strong>em</strong>presas e Instituições <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> (ICTs), executadopela FINEP, foi criado <strong>em</strong> 2003, com o objetivo <strong>de</strong> apoiar projetos cooperativos<strong>de</strong> P,D&I <strong>em</strong> produtos e processos, com custos reduzidos para as<strong>em</strong>presas, utilizando o financiamento não-re<strong>em</strong>bolsável. Na sua concepção, foramcont<strong>em</strong>plados três instrumentos: o programa <strong>de</strong> cooperação para médias egran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas (COOPERA), a Re<strong>de</strong> Brasil <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> (RBT) e o programa<strong>de</strong> cooperação para micro e pequenas <strong>em</strong>presas (MPEs), realizado <strong>em</strong> parceriacom o SEBRAE, os dois primeiros substituídos pelo SIBRATEC. Mesmo assim,a FINEP continuou apoiando editais <strong>de</strong> projetos cooperativos nas Áreas Estratégicasda Priorida<strong>de</strong> III do PACTI e o FNDCT apoiando inciativas do SENAI.A ação <strong>de</strong> apoio a projetos <strong>de</strong> inovação <strong>de</strong> interesse das MPEs, iniciada <strong>em</strong>2007 <strong>em</strong> parceria com o SEBRAE, previa quatro linhas específicas que juntasalcançam R$ 40 milhões. As linhas 1 e 2 (direcionadas, respectivamente, paragrupos <strong>de</strong> MPEs brasileiras com domicílio <strong>em</strong> APLs, e grupos <strong>de</strong> MPEs brasileirasatuantes nas opções estratégicas ou como áreas portadoras <strong>de</strong> futuro daPITCE) foram executadas através da Chamada Pública MCT/SEBRAE/FINEP/Ação Transversal – Cooperação ICTs-MPEs-04/2007, resultando <strong>em</strong> 62 projetosaprovados e cerca <strong>de</strong> R$ 26 milhões comprometidos. A linha 3 teve como objetivoa seleção e o apoio a ICTs/MPEs inseridas <strong>em</strong> APLs localizados <strong>em</strong> Estadoscom menor dinamismo econômico, sendo lançada <strong>em</strong> 2009 no valor <strong>de</strong> R$ 10milhões (os Estados selecionados tiveram menos <strong>de</strong> três projetos aprovados nasChamadas Públicas <strong>de</strong> 2005 e 2006) e a linha 4, também lançada <strong>em</strong> 2009, visoua seleção e apoio a ICTs/MPEs no segmento <strong>de</strong> Indústria Criativa (Economiada Cultura) e estava orçado <strong>em</strong> R$ 4 milhões. O resultado <strong>de</strong>stas duas últimaslinhas ainda está <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> avaliação, visando a reformulação <strong>de</strong>ssa ação.Outra importante ação no âmbito <strong>de</strong>sse programa é operacionalizado peloSENAI. Trata-se do Edital SENAI SESI Inovação, criado <strong>em</strong> 2004, para projetos<strong>de</strong> inovação <strong>de</strong> produtos e processos e <strong>de</strong> tecnologias sociais, que conta comapoio do FNDCT <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008 para bolsas alocadas <strong>em</strong> <strong>em</strong>presas e unida<strong>de</strong>stécnicas do SENAI. Nas versões 2008, 2009 e 2010 do edital foram concedidas214 bolsas CNPq <strong>de</strong> Desenvolvimento Tecnológico e Industrial, sendo 155 bolsistaspara compor as equipes do SENAI e 59 bolsistas para compor as equipes71


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosdo SESI, que apoiaram 116 projetos, para 111 <strong>em</strong>presas, com uma taxa <strong>de</strong> incorporação<strong>de</strong> 33% <strong>de</strong> projetos com inserção consolidada no mercado. Ao todoforam envolvidas 68 unida<strong>de</strong>s do SENAI/ SESI, <strong>em</strong> 12 estados do Brasil (BA,CE, PB, PE, RN, GO, MG, RJ, SP, PR, SC e RS).Programa 4.3 – PRÓ-INOVA: Iniciativa Nacional para a InovaçãoCom o objetivo central <strong>de</strong> aumentar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação das <strong>em</strong>presasno Brasil, o Pró-Inova busca sensibilizar, conscientizar e mobilizar os <strong>em</strong>presáriose a socieda<strong>de</strong> para a importância da inovação como instrumento <strong>de</strong>crescimento sustentável e competitivida<strong>de</strong>. O Programa é estruturado <strong>em</strong> re<strong>de</strong>,<strong>de</strong> forma a envolver as principais entida<strong>de</strong>s públicas e privadas comprometidascom o t<strong>em</strong>a, com vistas a somar esforços e garantir a capilarida<strong>de</strong> necessária <strong>de</strong>aglutinação das <strong>em</strong>presas e dos <strong>de</strong>mais atores dos integrantes do público-alvodo programa. A partir do lançamento da Mobilização Empresarial pela Inovação(MEI), ativida<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nada pela Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Indústria (CNI),as ações do Pró-Inova estão sendo realizadas <strong>em</strong> parceria com um amplo fórum<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s representativas dos segmento <strong>de</strong> C,T&I.No âmbito do PRÓ-INOVA, foi publicado e divulgado o Guia Prático <strong>de</strong> Inovaçãopara Empresas, que engloba o simulador <strong>de</strong> Incentivos Fiscais da Lei doB<strong>em</strong>. Além disso, o programa articulou e acompanhou os eventos sobre inovaçãorealizados pelos seus parceiros. Entre esses eventos, <strong>de</strong>stacam-se as operações<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> inovação do Cartão BNDES, os lançamentos da MEI e danova versão do Portal da Inovação, a execução do Programa Agentes Locais <strong>de</strong>Inovação (ALI), do SEBRAE, e a realização dos Programas <strong>de</strong> Educação Executivae Capacitação Empresarial, no âmbito do IEL. Além disso, foram realizados16 eventos, para 1.152 pessoas, sobre utilização da Lei do B<strong>em</strong>, gestão <strong>de</strong> projetose planejamento para a inovação, no âmbito da ANPEI, e 25 cursos para <strong>em</strong>presas<strong>em</strong> parceria com ABDI sobre Projetos <strong>de</strong> Inovação Tecnológica, 2 eventosnacionais sobre Inovação, com 720 participantes <strong>em</strong> todo o país, e 2 eventost<strong>em</strong>áticos, com 396 participantes, no âmbito da PROTEC. Enfatiza-se tambémo apoio a cerca <strong>de</strong> 300 eventos e cursos apoiados, pelo Edital <strong>de</strong> Eventos.O PRÓ-INOVA apoiou 20 projetos, <strong>em</strong> todas as regiões do país, pelo EditalApoio a Entida<strong>de</strong>s Setoriais. Por fim, iniciou-se a parceira PRÓ-INOVA/MEI, pormeio do Apoio a Núcleos <strong>de</strong> Gestão da Inovação nas <strong>em</strong>presas brasileiras, pormeio <strong>de</strong> chamada pública lançada <strong>em</strong> 2010, cujos resultados ainda não foramdivulgados.72


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasPrograma 4.4 – Capacitação <strong>de</strong> Recursos Humanos para InovaçãoBuscando contribuir para a redução dos atuais gargalos no processo <strong>de</strong>inovação existentes nas <strong>em</strong>presas, por meio da formação, aperfeiçoamento ecapacitação <strong>de</strong> recursos humanos <strong>em</strong> áreas estratégicas para o <strong>de</strong>senvolvimentotecnológico do País, o Programa <strong>de</strong> Capacitação <strong>de</strong> Recursos Humanos paraInovação compreen<strong>de</strong> dois subprograma: RHAE-Pesquisador na Empresa e CapacitaçãoEmpresarial para Empresas <strong>de</strong> Pequeno Porte. Com o subprogramaRHAE-Pesquisador na Empresa preten<strong>de</strong>-se aumentar o número <strong>de</strong> pesquisadores,mestres e doutores, <strong>em</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> setores específicos. Já o subprogramaCapacitação Empresarial para Empresas <strong>de</strong> Pequeno Porte compreen<strong>de</strong> arealização <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> capacitação para <strong>em</strong>presários e gerentes para o <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dorismoinovador, compreen<strong>de</strong>ndo disciplinas <strong>de</strong> gestão da inovação, gestãoda tecnologia, gestão do conhecimento, estratégias para a inovação, entreoutros t<strong>em</strong>as que contribuam para melhorar a competência para absorver oucriar novas tecnologias e processos produtivos.Em 2008, 131 <strong>em</strong>presas foram cont<strong>em</strong>pladas pelo subprograma RHAE--Pesquisador na Empresa, possibilitando a inserção <strong>de</strong> 195 mestres e doutores,além <strong>de</strong> 180 técnicos para composição da equipe <strong>de</strong> trabalho. Com o acréscimodos recursos no programa, <strong>em</strong> 2009, as 172 <strong>em</strong>presas selecionadas absorveram312 mestres e doutores, e 378 técnicos. Em 2010, os recursos <strong>de</strong>stinadosao programa foram da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 76 milhões e para 2011 estão previstosmais R$ 40 milhões.O subprograma Capacitação Empresarial para Empresas <strong>de</strong> Pequeno Porte, iniciousua impl<strong>em</strong>entação <strong>em</strong> 2009, com o convênio MCT/CNPq, IEL e SEBRAE. A etapapiloto do projeto, compreen<strong>de</strong>ndo a realização <strong>de</strong> 14 cursos <strong>de</strong> capacitação para30 <strong>em</strong>presários cada turma, está <strong>em</strong> realização. Foi lançado ainda o Edital MCT/SETEC/CNPq nº 27/2009 – Capacitação Empresarial para a Inovação, no valor <strong>de</strong>R$ 8 milhões, que selecionou 8 propostas <strong>de</strong> instituições que oferecerão cursos <strong>de</strong>capacitação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presários para o <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dorismo inovador.Programa 4.5 – Impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> P,D&I <strong>em</strong>presariaisO programa começou a ser estruturado a partir <strong>de</strong> 2010, sob coor<strong>de</strong>naçãoda Secretaria Executiva do MCT, na forma <strong>de</strong> parceria do MCT com o MDIC eMEC (portaria interministerial assinada <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro), e inclui criação <strong>de</strong> umaSala <strong>de</strong> Inovação, ou seja, um Comitê <strong>de</strong> Articulação para a Promoção da InovaçãoTecnológica (Pró-Inovação), no âmbito da PDP e PACTI, com a participação<strong>de</strong> representantes do MCT, MDIC, ABDI, APEX, BNDES, INPI, INMETRO, FINEP73


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançose CNPq. Aliado a essa iniciativa cabe <strong>de</strong>stacar o relevante papel do CENPES/Petrobras na atração <strong>de</strong> investimentos estrangeiros.Os resultados do aperfeiçoamento e da condução das ações sistêmicas doPACTI, tais como o aumento da institucionalida<strong>de</strong> e o avanço do marco regulatórioda inovação (Lei da Inovação e Lei do B<strong>em</strong>, as quais propiciam instrumentoscomo a subvenção econômica e incentivos fiscais), aliados à forte articulaçãocom os estados e com o setor <strong>em</strong>presarial e ao apoio à formação e capacitação<strong>de</strong> recursos humanos e às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, contribuíram para o fortalecimentoda chamada ambiência favorável à inovação. Tal cenário atraiu <strong>em</strong>presasmultinacionais, as quais procuraram o MCT para expor sua intenção <strong>de</strong>estabelecer centros <strong>de</strong> P&D no Brasil, a ex<strong>em</strong>plo da General Electric e da IBM.No período mais recente foram ampliados, instalados ou anunciados centros<strong>de</strong> P&D das seguintes <strong>em</strong>presas: Dell (software e hardware), Atlantic/SONAEPortugal (software), Google (tecnologias da informação e comunicação), GeneralMotors (automóveis), Fiat (automóveis), Dupont (biocombustíveis), FMC Technologies(petróleo e gás), Schlumberger (petróleo e gás), Baker Hughes (petróleoe gás), Whirlpool (eletrodomésticos). Estão <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> preparação ou instalação:IBM (petróleo e gás), General Electric (energia, petróleo e gás), HSBC (pesquisaclimática), Santan<strong>de</strong>r (tecnologias da informação e comunicação), UBI-SOFT (software), ThoughtWorks (software), Accenture.Programa 5.1 – SIBRATEC: Sist<strong>em</strong>a Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>Além da subvenção e dos incentivos fiscais, também com o objetivo <strong>de</strong> elevara competitivida<strong>de</strong> do setor <strong>em</strong>presarial brasileiro, o Sist<strong>em</strong>a Brasileiro <strong>de</strong><strong>Tecnologia</strong> t<strong>em</strong> contribuído no sentido <strong>de</strong> apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológicodas <strong>em</strong>presas brasileiras.Para fomentar a imprescindível interação universida<strong>de</strong>-<strong>em</strong>presa, o GovernoFe<strong>de</strong>ral implantou o Sist<strong>em</strong>a Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> (SIBRATEC). Ele éformado por 56 re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> grupos e núcleos <strong>de</strong> P&D articuladas nacionalmente,sendo 14 re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> inovação (figura 2.11), 20 <strong>de</strong> serviços tecnológicos,e 22 <strong>de</strong> extensão, estas organizadas estadualmente. O SIBRATEC é coor<strong>de</strong>nadopelo MCT mas t<strong>em</strong> a participação ativa <strong>de</strong> vários ministérios e entida<strong>de</strong>sfe<strong>de</strong>rais como FINEP, BNDES e INMETRO. As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão têm a missãoprimordial <strong>de</strong> apoiar a inovação nas micro e pequenas <strong>em</strong>presas, e por issomesmo têm uma articulação crescente com o SEBRAE. As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços tecnológicosfaz<strong>em</strong> com que a metrologia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e laboratórios <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos e processos dê<strong>em</strong> suporte à produção no complexocampo das disputas comerciais.74


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasFigura 2.11: SIBRATEC: Centros <strong>de</strong> InovaçãoManufatura e Bens <strong>de</strong> CapitalMicroeletrônicaEletrônica para ProdutosVitiviniculturaEnergia Solar FotovoltaicaPlásticos e BorrachasVisualização AvançadaBioetanolEquipamentos Medico, Hospitalar e odontológicoInsumos para a Saú<strong>de</strong> Humana<strong>Tecnologia</strong>s Digitais <strong>de</strong> Informação e ComunicaçãoNanocosméticosVeículos ElétricosInsumos para Saú<strong>de</strong> Animal<strong>em</strong> articulaçãoDFFonte: MCT/SETECAs 20 re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Serviços Tecnológicos impl<strong>em</strong>entadas envolv<strong>em</strong> 253 laboratórios<strong>em</strong> 53 instituições espalhadas pelas 5 regiões do País, com registro <strong>de</strong>474 participações 6 nas re<strong>de</strong>s (Figuras 2.12 e 2.13).Figura 2.12: SIBRATEC: Serviços Tecnológicosparticipaçõeslaboratoriais nas 20 re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticasanálises físico-químicas <strong>em</strong>icrobiológicas para alimentação 56biotecnologia 10sangue e h<strong>em</strong>o<strong>de</strong>rivados 9saneamento e abastecimento <strong>de</strong> água 40insumos farmacêuticos,medicamentos e cosméticos 17radioproteção e dosimetria 24produtos para a saú<strong>de</strong> 46resíduos e contaminantes<strong>em</strong> alimentos 19gravimetria,orientação magnética,compatibilida<strong>de</strong>eletromagnética 13transformados plásticos 29monitoramento ambiental 16instalações prediais eiluminação pública 25produtos <strong>de</strong> setores tradicionais:têxtil, couro, calçados, ma<strong>de</strong>ira e móveis 27Fonte: MCT/SETEC.equipamentos <strong>de</strong>proteção individual 15produtos e dispositivoseletrônicos 20TIC aplicáveis às novasmídias 9geração, transmissão edistribuição <strong>de</strong> energia 27componentes/produtos da área<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e <strong>de</strong> segurança 12biocombustíveis 20produtos <strong>de</strong> manufatura mecânica 396 Uma instituição po<strong>de</strong> ter mais <strong>de</strong> uma participação laboratorial, por meio da oferta <strong>de</strong> diferentesconjuntos <strong>de</strong> serviços, como, por ex<strong>em</strong>plo, ensaios <strong>de</strong> tração, calibrações dimensionais, análisesquímicas e análises microbiológicas.75


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 2.13: SIBRATEC: Serviços Tecnológicos – distribuição regional doslaboratórios participantes das 20 re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticasS149N11NE82CO3Fonte: MCT/SETEC.As 22 re<strong>de</strong>s estaduais para a Extensão Tecnológica contratadas – duasoutras re<strong>de</strong>s estão <strong>em</strong> articulação (AC e MA) –, envolv<strong>em</strong> 158 instituições <strong>em</strong>todas as regiões do país (Figura 2.14). O total <strong>de</strong> investimentos foi <strong>de</strong> R$ 69,7milhões, sendo R$ 51,8 milhões investidos pelo MCT e R$ 17,9 milhões <strong>de</strong> contrapartidafinanceira dos estados e <strong>de</strong> instituições locais.SE229Figura 2.14: SIBRATEC: Extensão TecnológicaFDB; FUCAPI; FUA; INPA; UEA; IFAM;Embrapa/CPAA; CBA/; IDAM; SENAI/AM;SECT/AM; FAPEAM; SEBRAE-AMIEL/RO; SENAI/RO; IPEPATRO;Embrapa-RO/CEPAFRO; IJN;FIMCA; SEPLAN; SEBRAE/ROFADESP; SENAI/PA; UFPA, UEPA,CPATU, IFPA, SEDECT/PAIEL/TO; SENAI/TO; UNITINS;UFT; SECT/TOFUNDETEC; SENAI/PI; IFPI; UESPI; SEBRAE/PI; SEDET/PIFCPC; NUTEC; UFC; CENTEC; INDI/CE; IFCE;Agropolos; BNB; SECITECE; FUNCAP; SEBRAECEFUNPEC; SENAI/RN; UFRN;UERN; SENAI/CTGÁS; SEDEC/RNFJA; SENAI/PB; UFPB; IFPB; SECTMAPBIEL/PE; ITEP; UFPE; SECTMA-PENGPD; SENAI/PE; SEBRAE/PEIEL/AL; SENAI/AL; UFAL; UNEAL;FIEA, FAPEAL, SEBRAE/AL, SECTI/ALIEL/SE; ITPS; UFS, ITP, IFS,FAPITEC/SE, SEBRAE-SESECITEC/MT; SENAI/MT; UFMT; IFMT;UNEMAT; INT; SEBRAE/MTFUNAPE/GO; SENAI/GO; UFG; IFGOIANO;SGM-SIC/GO; SEBRAE/GO; SECTEC/GOIEL/MS; SENAI/MS; UFMS; UEMS; UFGD;UCDB; SEBRAE/MS; SEMAC/MSTECPAR; FIEP; SEBRAE/PR; SETI/PR; F.ARAUCÁRIASOCIESC; SEBRAE/SC; FAPESCIEL/RS; SCT/RS; CIENTEC; IBTEC; IFSul;PUC/RS; UNISINOS; UERGS; SEDAI/RS; SEBRAE/RSFIPT; IPT; CTI; CEETEPS; FDTE; SD/SPIEL/BA; UESC; CEPED; CETENE/PE;SECTI/BA; FAPESB; SEBRAE/BA; SICM/BARMI; CETEC; IEL/MG; FAPEMIG;SEBRAE/MG; SEDE/MG; SECTES/MGIEL/ES; SENAI/ES; UFES, IFES, CETEM,BANDES, SEBRAE-ES, FINDES, FAPES, SECTESREDETEC; INT; SEBRAE/RJ; FAPERJFonte: MCT/SETEC.76


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasPrograma 6.1 – Programa Nacional <strong>de</strong> Incubadoras e Parques TecnológicosConsi<strong>de</strong>rando o processo <strong>de</strong> incubação como um dos mais eficazes mecanismos<strong>de</strong> formação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas sólidas, o PNI busca fortalecer os esforçosinstitucionais e financeiros <strong>de</strong> suporte a <strong>em</strong>preendimentos resi<strong>de</strong>ntes nas incubadoras<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas e parques tecnológicos. Des<strong>de</strong> 2007, foram apoiados26 projetos <strong>de</strong> incubadoras e parques tecnológicos, no valor total <strong>de</strong> R$ 37,2milhões. Em 2009, existiam 8000 <strong>em</strong>presas inovadoras, instaladas <strong>em</strong> 400 incubadoras<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas localizadas <strong>em</strong> 25 Estados da Fe<strong>de</strong>ração, que geraram35 mil <strong>em</strong>pregos com faturamento por <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 3,5 bilhões.Além disso, existiam 74 iniciativas <strong>de</strong> parques tecnológicos, sendo 25 <strong>em</strong> operação,17 <strong>em</strong> implantação e 32 <strong>em</strong> projeto. Para 2010, está previsto o apoio <strong>de</strong> 18projetos <strong>de</strong> fomento a incubadoras <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas e parques tecnológicos, nummontante <strong>de</strong> R$ 104 milhões.Programa 6.2 – INOVARCriado <strong>em</strong> 2003 e cont<strong>em</strong>plado no PACTI, o INOVAR t<strong>em</strong> buscado ampliaro número e o escopo dos fundos <strong>de</strong> investimento já criados no país por meio daação da FINEP. A ação da FINEP está distribuída no estímulo à criação <strong>de</strong> novosfundos <strong>de</strong> diversos portes: <strong>em</strong>presas nascentes – fundos SC (seed capital);<strong>em</strong>presas <strong>em</strong>ergentes – fundos VC (venture capital); <strong>em</strong>presas maduras ou <strong>em</strong><strong>de</strong>senvolvimento para mercado – fundos PE (private equity). Para isso, t<strong>em</strong> buscadooperar por meio dos instrumentos incubadora <strong>de</strong> fundos, inovar s<strong>em</strong>ente,fundo <strong>de</strong> fundos, inovar fórum e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> anjos.Como resultado do INOVAR, entraram <strong>em</strong> operação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, 5 fundosVC, 3 fundos PE e 1 fundos SC. Além disso, estão <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> captação 2 fundosVC e 5 fundos SC.77


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosInovação no setor <strong>em</strong>presarial: resultados da PINTEC 2008Resultado <strong>de</strong> parceria entre IBGE, FINEP e MCT, a pesquisa <strong>de</strong> Inovação Tecnológica(PINTEC) t<strong>em</strong> fornecido dados para a construção <strong>de</strong> indicadores das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovação das<strong>em</strong>presas brasileiras. Focando o período 2006-2008, os resultados da PINTEC 2008 mostrama necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fortalecer a inovação tecnológica nas <strong>em</strong>presas, mas também confirmam atrajetória <strong>de</strong> crescimento nesta direção.Das 106,8 mil <strong>em</strong>presas investigadas pela PINTEC 2008, 38,6% impl<strong>em</strong>entaram produtoou processo novo ou substancialmente aprimorado entre 2006-2008. Dentre as 100,5 mil<strong>em</strong>presas industriais pesquisadas, 38,1% foram inovadoras. Como apresentado na tabela,esta é a maior taxa <strong>de</strong> inovação do setor industrial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da série. Os dados tambémevi<strong>de</strong>nciam um processo <strong>de</strong> aumento contínuo do número <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas atentas à inovação,realizando melhorias incr<strong>em</strong>entais <strong>em</strong> seus produtos e processos, mo<strong>de</strong>rnizando-se.Anos <strong>de</strong> referênciada PINTECNúmero <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas e participação percentual donúmero <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas industriais que impl<strong>em</strong>entaram inovaçõesNúmero <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasdo universo investigadoNúmero <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasinovadorasTaxa <strong>de</strong> inovação1998-2000 72.005 22.698 31,52001-2003 84.262 28.036 33,32003-2005 91.054 30.378 33,42006-2008 (1) 100.496 38.299 38,1(1)Saíram do âmbito da indústria as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Edição e Reciclag<strong>em</strong>, <strong>de</strong>vido à introdução naPINTEC da nova Classificação Nacional <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Econômicas – CNAE 2.0Fonte: IBGE, Pesquisas <strong>de</strong> Inovação Tecnológica - PINTEC´s 2000, 2003, 2005 e 2008Mas o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> ampliar a cultura <strong>de</strong> inovação das <strong>em</strong>presas se impõe. A proporção <strong>de</strong><strong>em</strong>presas industriais <strong>de</strong>senvolvendo inovações tecnológicas mais avançadas continua pequeno,ainda que <strong>em</strong> ascensão: <strong>em</strong> 2003, 2,7% das <strong>em</strong>presas industrias lançaram produto novo parao mercado nacional; essa proporção passou para 3,2%, <strong>em</strong> 2005, e para 4,1%, <strong>em</strong> 2008. Onúmero <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas realizando internamente ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento(P&D), que girava <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 5,0 mil <strong>em</strong> 2003 e 2005, caiu para 4,3 mil <strong>em</strong> 2008. Por outrolado, houve ligeiro aumento do P&D contínuo e do número <strong>de</strong> pessoas ocupadas <strong>em</strong> P&D. As<strong>em</strong>presas engajadas <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> P&D <strong>de</strong> forma contínua eram 2,4 mil <strong>em</strong> 2003; 2,8 mil<strong>em</strong> 2005 e tornaram-se 3,0 mil <strong>em</strong> 2008. No que tange ao contingente <strong>de</strong> recursos humanos<strong>de</strong>dicados à P&D, além do suave crescimento <strong>de</strong> 47,6 mil para 48,1 mil entre 2005 e 2008, valeregistrar a ampliação do número <strong>de</strong> pessoas com nível superior neste total: <strong>de</strong> 58% para 61%.Com relação ao uso <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> política <strong>de</strong> incentivo à inovação, constata-se queno período <strong>de</strong> 2000 a 2008 houve uma trajetória firme <strong>de</strong> expansão do número <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasindustriais inovadoras que receberam suporte do governo. Em 2000 eram 3,8 mil, passarampara 5,2 mil <strong>em</strong> 2003, 5,8 mil <strong>em</strong> 2005 e saltaram para 8,7 mil <strong>em</strong> 2008. A elevação entre2005 e 2008 é <strong>de</strong> 50%, refletindo, portanto, o crescimento dos recursos públicos <strong>de</strong>stinadosa apoiar a inovação e o aumento do leque <strong>de</strong> instrumentos com essa finalida<strong>de</strong> ofertados,principalmente, pelas agências vinculadas ao MCT e pelo BNDES.78


2. Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasPo<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra do Estado e marco legal da inovação: medidas recém aprovadasno Congresso Nacional e encaminhadas para sanção presi<strong>de</strong>ncialPLV 497,aprovado <strong>em</strong>24.11.2010Artigo 30, inciso I• exclui da base <strong>de</strong> cálculo do IRPJ e CSLL os recursos recebidos a título <strong>de</strong> Subvenção aoabrigo do Art 19 da Lei <strong>de</strong> Inovação; e• exclui da base <strong>de</strong> cálculo do IRPJ e CSLL os recursos recebidos a título <strong>de</strong> Subvenção aoabrigo do Art 21 da Lei do B<strong>em</strong>.Artigo 64, inciso I• exclui o artigo 17, inciso V, da Lei do B<strong>em</strong> (crédito do IR sobre valor pagos aos resi<strong>de</strong>ntesno exterior a títulos <strong>de</strong> royalties, assistência técnica e serviços especializados).PLV 495,aprovado <strong>em</strong>25.11.2010A<strong>de</strong>quação da Lei 8.666/1993:• atualiza critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pate para compras governamentais;• institui marg<strong>em</strong> <strong>de</strong> preferência;• inclui inciso no artigo 24 da Lei (isenta <strong>de</strong> licitação artigos 3º, 4º, 5º e 20 da Lei <strong>de</strong>Inovação);• inclui <strong>de</strong> inciso no artigo 57 da Lei (possibilita contrato <strong>de</strong> aquisição por até 120 meses);• possibilita restrição <strong>de</strong> licitação para contratação <strong>de</strong> bens e serviços <strong>em</strong> tecnologia<strong>de</strong>senvolvida no país para sist<strong>em</strong>as estratégicos <strong>de</strong> TIC;• inclui isenção para aquisição <strong>de</strong> insumos para P&D no inciso XXI; eAlteração <strong>de</strong> dispositivos referentes à relação <strong>de</strong> entes <strong>de</strong> fomento com Fundações <strong>de</strong> Apoiodas Lei 8.958/94 e 10.973/2004.79


3. Pesquisa, Desenvolvimento eInovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicas


82<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasNo período entre 2007 e 2009, a execução financeira dos programas da Priorida<strong>de</strong>III do PACTI totalizou cerca <strong>de</strong> R$ 3,0 bilhões, referentes a recursos doFNDCT e <strong>de</strong> outras ações do PPA. Como o total planejado <strong>em</strong> 2007 para essesprogramas era <strong>de</strong> aproximadamente R$ 3,8 bilhões, verifica-se que a execuçãofinanceira foi <strong>de</strong> quase 80%. Entre as áreas estratégicas que tiveram maiorexecução financeira nesse período inclu<strong>em</strong>-se os programas <strong>de</strong> Circuitos Integradose S<strong>em</strong>icondutores, com R$ 161,6 milhões oriundos do FNDCT e da Lei<strong>de</strong> Informática, , além <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 400 milhões investidos no Centro Nacional<strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> Eletrônica Avançada (CEITEC); Amazônia Legal, com R$ 129milhões; Espaço, com R$ 763 milhões; e Energia Nuclear, com cerca <strong>de</strong> R$ 1bilhão. São apresentados, a seguir, informações sobre os programas que maisse <strong>de</strong>stacaram.Programa 7.1 – BiotecnologiaO programa, com foco na ampliação da competência técnico-científica, no fortalecimentoda bioindústria e no uso sustentável da biodiversida<strong>de</strong>, t<strong>em</strong> como<strong>de</strong>staques a contratação <strong>de</strong>:i. projetos cooperativos para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> fármacose medicamentos parauso terapêutico <strong>em</strong> doençasnegligenciadas, como tuberculose,malária, leishmaniose,esquistossomose, doenças<strong>de</strong> chagas (BIOINOVA);ii.iii.iv.projetos com inovação <strong>em</strong> processobiotecnológico utilizadopelo menos <strong>em</strong> uma dasetapas <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> produtos(Rotas Biotecnológicas);• Biotecnologia: <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> fármacose medicamentos para uso <strong>em</strong> doençasnegligenciadas; projetos <strong>de</strong> inovação (edital<strong>de</strong> subvenção econômica) que resultaram no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> 69 produtos; outros 57produtos originários <strong>de</strong> projetos nas quatroáreas da Política <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Biotecnologia;49 projetos <strong>de</strong> pesquisa básica<strong>em</strong> terapia celular, <strong>em</strong> parceria com o MS.projeto cooperativo <strong>de</strong> fitoterapia para avaliação da eficácia e segurança<strong>de</strong> plantas medicinais que compõ<strong>em</strong> as Farmácias Vivas;projetos cooperativos no âmbito do edital <strong>de</strong> Subvenção Econômica, osquais já resultaram no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> 69 produtos, envolvendo65 <strong>em</strong>presas, com investimento <strong>de</strong> R$ 137,6 milhões.Outros 57 produtos biotecnológicos foram gerados por igual número <strong>de</strong> projetosnas quatro áreas da Política <strong>de</strong> Desenvolvimento da Biotecnologia, englobando83


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosa re<strong>de</strong> RENORBIO. Também foram apoiados 49 projetos <strong>de</strong> pesquisa básica,pré-clínica e clínica para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> procedimentos terapêuticosinovadores <strong>em</strong> terapia celular, no valor total <strong>de</strong> R$ 10 milhões (2008-2009),por meio <strong>de</strong> Edital CNPq, atingindo a meta <strong>de</strong> induzir e fortalecer centros <strong>de</strong>excelência <strong>em</strong> testes pré-clínicos e bioensaios nas diversas regiões do territórionacional. Foi apoiada a criação da Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Terapia Celular, formadapor oito Centros <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> Celular localizados <strong>em</strong> cinco estados brasileiros,e por 52 laboratórios.O Programa para a Competitivida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Biotecnologia t<strong>em</strong> como principais resultadosalcançados:• criação e expansão da Re<strong>de</strong> Integrada <strong>de</strong> Estudos Genômicos e Proteômicos(Genoprot), com financiamento <strong>de</strong> 63 projetos <strong>de</strong> pesquisa e 20cursos <strong>em</strong> técnicas fundamentais <strong>de</strong> Proteômica que resultaram na capacitação<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 230 pessoas <strong>de</strong> todo o Brasil;• apoio às ativida<strong>de</strong>s do Centro Brasileiro-Argentino <strong>de</strong> Biotecnologia(CBAB), com financiamento <strong>de</strong> 133 cursos, para mais <strong>de</strong> 1.730 alunosbrasileiros, argentinos e outros latino-americanos formados, e <strong>de</strong> 29projetos <strong>de</strong> pesquisa executados por núcleos do Brasil e da Argentina;• criação e expansão da Renorbio, com financiamento <strong>de</strong> 509 projetos<strong>de</strong> pesquisa e 425 bolsistas <strong>de</strong> doutorado com recursos do FNDCT eoutras fontes, que resultaram na outorga <strong>de</strong> 11 títulos <strong>de</strong> Doutor até omomento;• apoio a:• 3 projetos da Re<strong>de</strong> Genoma Brasileiro• 9 Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Genomas Regionais• formação e consolidação do Laboratório Nacional <strong>de</strong> Biologia MolecularEstrutural, localizado no LNLS• 74 projetos <strong>de</strong> pesquisa resultantes <strong>de</strong> 4 chamadas públicas;• 11 projetos <strong>de</strong> pesquisa contratados por meio <strong>de</strong> encomenda.Programa 7.2 – NanotecnologiaO Programa <strong>de</strong> C,T&I para Nanotecnologia é composto por um conjunto <strong>de</strong>ações planejadas no PACTI e no PPA 2007-2010, além daquelas <strong>de</strong>mandadaspela PDP, no âmbito do Programa Mobilizador na Área Estratégica <strong>de</strong> Nanotecnologia.O foco das ações para o <strong>de</strong>senvolvimento da nanociência e da nanotecnologiabrasileira concentra-se no apoio às seguintes ações:84


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicasi. projetos <strong>de</strong> pesquisa básica;ii. projetos <strong>de</strong> P,D&I e institucionais entre ICTs e Empresas;iii. formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong> nanotecnologia;iv. infra-estrutura <strong>de</strong> laboratórios (nacionais e regionais multiusuários);v. cooperação internacional;vi. formação e capacitação <strong>de</strong> recursos humanos;vii. apoio a <strong>em</strong>presas incubadas;viii. subvenção econômica nas <strong>em</strong>presas.Entre os principais resultados alcançados, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, merece a atenção aimplantação <strong>de</strong> seis laboratórios multiusuários <strong>de</strong> nanotecnologia: Centro <strong>de</strong>Pesquisas Estratégicas do Nor<strong>de</strong>ste(CETENE), mostrado na figura 3.1,Centro Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisas Físicas(CBPF), Laboratório <strong>de</strong> Nanometrologiado Inmetro, Laboratório Nacional<strong>de</strong> Nanotecnologia para o Agronegócio(Embrapa Instrumentação ─ São Carlos),Laboratório Regional <strong>de</strong> Nanotecnologia(LRNano), na UFRGS, e Centro<strong>de</strong> Nanociência e Nanotecnologia• Nanotecnologia: construção <strong>de</strong> infraestrutura<strong>de</strong> pesquisa ─ seis laboratórios multiusuários<strong>em</strong> operação; apoio a 175 projetos <strong>de</strong> pesquisabásica até 2009; capacitação <strong>de</strong> profissionais─ 376 alunos <strong>de</strong> pós-graduação noBrasil com projetos na área.Cesar Lattes (C2Nano), <strong>em</strong> Campinas. Com relação à pesquisa básica, foramapoiados 175 projetos <strong>de</strong> pesquisa até 2010. Em termos <strong>de</strong> formação e capacitação<strong>de</strong> recursos humanos, <strong>de</strong>staca-se também a existência <strong>de</strong> 376 alunos<strong>de</strong> pós-graduação, no Brasil, com projetos na área <strong>de</strong> nanotecnologia. Nesseaspecto, levantamento realizado pela CAPES registra 1.644 projetos <strong>em</strong> nanotecnologia.Figura 3.1: Laboratório <strong>de</strong> microscopia eletrônica <strong>de</strong> varredura do Centro <strong>de</strong><strong>Tecnologia</strong>s Estratégicas do Nor<strong>de</strong>ste (CETENE) e imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong>ntináriosFonte: CETENE85


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosNo que tange à articulação com a PDP, t<strong>em</strong> sido realizado um esforço conjuntoentre o MCT e a ABDI para a divulgação da área, com a realização, <strong>em</strong> 2008,<strong>de</strong> oito eventos com essa finalida<strong>de</strong>. Em 2009, o MCT participou <strong>de</strong> 5 eventos epara 2010 está previsto lançamento <strong>de</strong> Edital MCT/CNPq para apoio a iniciativasque envolv<strong>em</strong> interação entre pesquisadores e <strong>em</strong>presas, preferencialmente<strong>em</strong> feiras/mostras setoriais e eventos afins.Por fim, foram assinados acordos bilaterais <strong>de</strong> cooperação <strong>em</strong> nanotecnologia,com México, Portugal, China e Espanha.Programa 8.1 – Desenvolvimento tecnológico das indústrias <strong>de</strong> eletrônicae <strong>de</strong> s<strong>em</strong>icondutoresNo âmbito das TICs o principal resultado foi a retomada do <strong>de</strong>senvolvimento damicroeletrônica. Esta área, estratégica por conta <strong>de</strong> sua transversalida<strong>de</strong> <strong>em</strong>todos setores industriais, foi praticamente abandonada nas políticas <strong>de</strong> C&Te industrial da década <strong>de</strong> 1990. O Programa Nacional <strong>de</strong> Microeletrônica, implantado<strong>em</strong> 2003, foi consolidado com a expansão do CI-Brasil, programa queestá formando centenas <strong>de</strong> projetistas <strong>de</strong> circuitos integrados <strong>em</strong> 16 centros e<strong>de</strong>sign houses <strong>em</strong> todo o país, e com a criação do CEITEC – Centro Nacional<strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> Eletrônica Avançada, <strong>em</strong> Porto Alegre (figura 3.2). O CEITEC foiimplantado com investimentos do MCT <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 400 milhões, para construçãoe aquisição e instalação <strong>de</strong> equipamentos para um Centro <strong>de</strong> Projetos euma fábrica <strong>de</strong> circuitos integrados, a primeira da América do Sul.Figura 3.2: Centro Nacional <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>Eletrônica Avançada (CEITEC) e produção <strong>de</strong> chips86Fonte: CEITEC


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasPrograma 8.2 – Estímulo ao setor <strong>de</strong> software e serviços <strong>de</strong> tecnologiasda informaçãoEste programa t<strong>em</strong> obtido êxito na ampliação da participação das <strong>em</strong>presasnacionais, tanto no mercado interno quanto no externo. Observa-se isso pormeio da ampliação das exportaçõesbrasileiras <strong>de</strong> software e serviços <strong>de</strong> • <strong>Tecnologia</strong>s da Informação e Comunicação: investimento<strong>de</strong> R$ 400 milhões na implantaçãoTI <strong>de</strong> US$ 100 milhões <strong>em</strong> 2002 paraUS$ 4 bilhões <strong>em</strong> 2010, da elevaçãodo CEITEC, <strong>de</strong> 2004 a 2010;do faturamento do setor <strong>de</strong> softwareno mercado interno <strong>de</strong> R$ 30 bilhões<strong>em</strong> 2003 para mais <strong>de</strong> R$ 50 bilhões<strong>em</strong> 2010 e do aumento do pessoalocupado na indústria <strong>de</strong> software <strong>de</strong>265 mil <strong>em</strong> 2003 para mais <strong>de</strong> 550mil <strong>em</strong> 2010.••Software: aumento substancial das exportaçõesbrasileiras <strong>de</strong> software e serviços <strong>de</strong> TI,que, <strong>em</strong> 2010, são da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> US$ 4 bilhões;CTIC: implantação <strong>de</strong> nove re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong>P,D&I, por meio do Centro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento<strong>em</strong> <strong>Tecnologia</strong>s Digitais para InformaçãoEntre os resultados diretos do programa<strong>de</strong> estímulo ao setor <strong>de</strong> softwaree Comunicação (CTIC), envolvendo60 centros <strong>de</strong> ensino e pesquisa, para <strong>de</strong>sen-e serviços <strong>de</strong> tecnologias da volvimento <strong>de</strong> projetos <strong>em</strong> tecnologias digitais,informação, verifica-se, <strong>em</strong> primeirolugar, aumento significativo <strong>de</strong>apoiados pelo ProTIC;<strong>em</strong>presas brasileiras com certificações<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> compatíveis comnormas internacionais (MPS.BR eCMMI): <strong>de</strong> 27 <strong>em</strong> 2003 para 360 <strong>em</strong>2010. Em termos <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong>recursos humanos, foram implantados• Lei <strong>de</strong> Informática: faturamento global das <strong>em</strong>presasincentivadas atingiu R$ 47,2 bilhões <strong>em</strong>2008; elas aplicaram R$ 2,2 bilhões <strong>em</strong> P&D,<strong>de</strong> 2007 a 2009.6 centros <strong>de</strong> residência <strong>em</strong> software, 20 cursos <strong>de</strong> capacitação <strong>em</strong> softwa-re e 40 bolsas adicionais <strong>de</strong> doutorado <strong>em</strong> Engenharia <strong>de</strong> Software, além dos1.500 profissionais <strong>em</strong> programação <strong>de</strong> computadores treinados. Por fim, houvea implantação <strong>de</strong> três re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> P,D&I nos t<strong>em</strong>as: i) Visualização Computacional;ii) Software Público Brasileiro e iii) Segurança da Informação e Criptografia.Programa 8.3 – <strong>Tecnologia</strong>s <strong>de</strong> conteúdos digitais <strong>de</strong> comunicação, mídiase re<strong>de</strong>sForam investidos R$ 30 milhões na implantação do Centro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento<strong>em</strong> <strong>Tecnologia</strong>s Digitais para Informação e Comunicação (CTIC) comouma unida<strong>de</strong> operacional da RNP para impl<strong>em</strong>entar ações no âmbito do Progra-87


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosma <strong>de</strong> Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> <strong>Tecnologia</strong>s Digitais <strong>de</strong>Informação e Comunicação (ProTIC). Além disso, <strong>em</strong> 2008, foram contratadosseis projetos para formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>em</strong> tecnologias aplicáveis ao Sist<strong>em</strong>aBrasileiro <strong>de</strong> TV Digital (SBTVD), que envolveu a participação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong>40 centros <strong>de</strong> ensino e pesquisa. Em 2009, foram contratados três projetos paraformação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>em</strong> ‘<strong>Tecnologia</strong>s e Soluções para Suporte a ConteúdosDigitais’, que envolveu a participação <strong>de</strong> 17 centros <strong>de</strong> ensino e pesquisa. Já,<strong>em</strong> 2010, três chamadas públicas foram lançadas para apresentação <strong>de</strong> projetosnos t<strong>em</strong>as ‘Computação <strong>em</strong> Nuv<strong>em</strong>’, ‘Virtualização <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s e Serviços’ e ‘Cida<strong>de</strong>sInteligentes’, que têm o objetivo <strong>de</strong> formar novas re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> pesquisa<strong>em</strong> torno dos t<strong>em</strong>as propostos. Ainda nesse mesmo setor, houve a implantação<strong>de</strong> uma Infraestrutura <strong>de</strong> Chave Pública <strong>de</strong> uso educacional que torna segurasaplicações e usos na educação e pesquisa entre universida<strong>de</strong>s, institutos tecnológicos,centros <strong>de</strong> pesquisa e agências.Programas 9 – Saú<strong>de</strong>Sob a coor<strong>de</strong>nação do Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS), parte <strong>em</strong> planejamento conjuntocom o MCT, as ações <strong>de</strong> C,T&I vinculadas à área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, incluindo ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> P&D e <strong>de</strong> serviços tecnológicos do próprio MS, receberam investimentos <strong>de</strong>R$ 819 milhões <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, com previsão <strong>de</strong> atingir R$1,1 bilhão no período <strong>de</strong>vigência do PACTI. Uma amostra da importância estratégica da área é que 39dos 122 Institutos Nacionais <strong>de</strong> C&T são <strong>de</strong>dicados a t<strong>em</strong>as da Saú<strong>de</strong>, os quaisreceberam contribuição <strong>de</strong> R$ 16 milhões do MS. Entre as ações conjuntasMCT/MS realizadas, <strong>de</strong>stacam-se a consolidação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong> áreasprioritárias como a Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Terapia Celular (RNTC), a Re<strong>de</strong> Malária e aRe<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Pesquisa sobre o Câncer.A RNTC foi constituída <strong>em</strong> 2008, buscando potencializar o esforço nacional <strong>de</strong>pesquisa <strong>em</strong> terapia celular. O financiamento incluiu recursos para pesquisasbásicas, pré-clínicas e clínicas sobre diferentes tipos <strong>de</strong> células-tronco e patologiase para projetos <strong>de</strong> infraestrutura, com o propósito <strong>de</strong> viabilizar, no Brasil, ocultivo <strong>de</strong> linhagens <strong>de</strong> células-tronco e sua aplicação <strong>em</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento.A RNTC recebeu R$ 32 milhões, <strong>em</strong> 2009, para a construção <strong>de</strong> oitoCentros <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> Celular (CTC) e para a execução <strong>de</strong> 49 projetos.A Re<strong>de</strong> Malária foi criada pelo lançamento <strong>de</strong> edital, <strong>em</strong> abril <strong>de</strong> 2009, com previsão<strong>de</strong> R$ 15 milhões (recursos do MCT/CNPq, do MS/SCTIE e das FAP <strong>de</strong>sete estados:AM, MA, MG, MT, PA, RJ e SP), visando a formação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong>inter-regional <strong>de</strong> pesquisas sobre malária, uma doença negligenciada. A iniciativaselecionou 17 grupos <strong>de</strong> pesquisa para compor a re<strong>de</strong>.88


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasA Re<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Pesquisa sobre o Câncer foi criada com o objetivo <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>narações para o <strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa <strong>em</strong> câncer no Brasil e contacom 20 centros que atuam <strong>em</strong> três gran<strong>de</strong>s linhas <strong>de</strong> pesquisa: alteraçõesmoleculares no câncer <strong>de</strong> mama, testespreliminares <strong>de</strong> uma vacina terapêuticapara câncer <strong>de</strong> ovário e epi<strong>de</strong>-• Saú<strong>de</strong>: investimento <strong>de</strong> R$ 819 milhões domiologia clínica do câncer <strong>de</strong> mama, Ministério da Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 2007 a 2009, paraestômago e próstata. O projeto conta ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> P&D e <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviçostecnológicos;com um investimento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 5milhões.• 39 dos 122 INCTs são <strong>de</strong>dicados a t<strong>em</strong>as daOutros projetos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte tambémsão financiados pela parceria in-• foram criadas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong> áreasSaú<strong>de</strong>;terministerial MCT-MS, como o EstudoLongitudinal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Adultoprioritárias, com <strong>de</strong>staque para Terapia Celular,Malária e Pesquisa sobre o Câncer.(ELSA) e o Estudo <strong>de</strong> Riscos Cardiovasculares<strong>em</strong> Adolescentes (ERICA).Estes projetos promov<strong>em</strong> a realização <strong>de</strong> pesquisas multicêntricas, voltadaspara áreas importantes para a saú<strong>de</strong> pública, como doenças cardiovascularese terapia celular. Lançado <strong>em</strong> 2008, o ELSA é uma pesquisa pioneira sobreagravos crônicos, como diabetes e doenças cardiovasculares, e seus fatores <strong>de</strong>risco para a população brasileira, além <strong>de</strong> representar o maior estudo na área<strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia da América Latina. Ao longo dos próximos 20 anos, serãomonitorados 15 mil funcionários e docentes, entre 35 e 74 anos, <strong>de</strong> ambos ossexos, ligados a seis instituições públicas brasileiras, com investimento <strong>de</strong> R$33,6 milhões. O ERICA é um inquérito nacional para <strong>de</strong>terminação da prevalênciae magnitu<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong> diabetes e outros fatores <strong>de</strong> riscocardiovasculares, coor<strong>de</strong>nado pelo Núcleo <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva/UFRJ.O projeto multicêntrico envolve 28 instituições <strong>de</strong> todas as regiões brasileiras,sendo aplicados neste estudo recursos que totalizam R$ 6,5 milhões.Programas 10 – Biocombustíveis: biodiesel e etanolQuanto aos investimentos realizados <strong>em</strong> Biocombustíveis, não havia, até 2002,uma política coor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> P&D visando ao <strong>de</strong>senvolvimento do biodiesel(Programa 10.1), ou, no caso do etanol (Programa 10.2), que levasse a pesquisaalém do objetivo do aumento da produtivida<strong>de</strong> na ca<strong>de</strong>ia. Entre os avançosconquistados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então merece <strong>de</strong>staque a estruturação e a capacitaçãoda Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caracterização e Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Biodiesel, criada <strong>em</strong>2005, envolvendo mais <strong>de</strong> 90 instituições, 300 pesquisadores e R$ 16 milhões<strong>de</strong> investimento. Além disso, entre os anos <strong>de</strong> 2007 a 2009 foi impl<strong>em</strong>entado89


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançoso Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento Tecnológicodo Biodiesel, que contou com• Biocombustíveis: estruturação e capacitaçãoda Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caracterização e Controle <strong>de</strong>recursos da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 67 milhões.Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Biodiesel, com mais <strong>de</strong> 90 instituiçõese 300 pesquisadores; R$ 67 milhõesOutro avanço importante consiste noprocesso iniciado <strong>em</strong> 2007 <strong>de</strong> instalaçãodo Centro <strong>de</strong> Ciência e Tecno-para apoio ao Programa <strong>de</strong> Desenvolvimentologia do Bioetanol (CTBE), figura 3.3,Tecnológico do Biodiesel 2007-2009;inaugurado <strong>em</strong> janeiro <strong>de</strong> 2010, com • investimento <strong>de</strong> R$ 69 milhões na criação doo investimento <strong>de</strong> R$ 69 milhões, até Centro <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> do Bioetanol.2009. Foram alocados também cerca<strong>de</strong> R$ 21 milhões para apoiar a Ri<strong>de</strong>sa(Re<strong>de</strong> Interuniversitária para o Desenvolvimentodo Setor Sucroalcooleiro) no <strong>de</strong>senvolvimento e na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar e extensão rural, além <strong>de</strong> R$ 21,5 milhões através<strong>de</strong> editais do CNPq para a formação <strong>de</strong> recursos humanos que contribuam paraaumentar a competitivida<strong>de</strong> do setor sucroalcooleiro. Outros recursos se dirigirama projetos estratégicos, tais como: (i) apoiar a consolidação da EmbrapaAgroenergia; (ii) contratação <strong>de</strong> projeto visando a compl<strong>em</strong>entação laboratorialdo Instituto da Aeronáutica e Espaço (IAE) para pesquisa e ensaios <strong>de</strong> certificação<strong>de</strong> motores e kits <strong>de</strong> conversão para motores aeronáuticos a álcool <strong>em</strong>isturas <strong>de</strong> gasolina aeronáutica e álcool; (iii) apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projeto<strong>de</strong>monstrativo <strong>de</strong> processamento e uso da palha <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>em</strong> co--geração <strong>de</strong> energia nas usinas, entre outros. Cabe mencionar que está <strong>em</strong> fase<strong>de</strong> implantação a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Inovação, no âmbito do Sist<strong>em</strong>a Brasileiro<strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> (SIBRATEC), visando o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico <strong>de</strong> produtose processos <strong>em</strong> associação com <strong>em</strong>presas do setor, com recursos previstos daor<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 10 milhões.Figura 3.3: Laboratório Nacional <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> do Bioetanol (CTBE):fachada e laboratório <strong>de</strong> espectrometria <strong>de</strong> massaFonte: CTBE90


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasProgramas 11 – Energia ElétricaEsta linha <strong>de</strong> ação é conduzida pelo Centro <strong>de</strong> Pesquisas <strong>de</strong> Energia Elétrica(CEPEL/Eletrobras), executor central <strong>de</strong> programas e projetos <strong>de</strong> P&D+I parao Sist<strong>em</strong>a Eletrobrás. Com orçamento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 670 milhões <strong>de</strong> 2007 a2010, o principal objetivo do CEPELé a formação <strong>de</strong> infraestrutura <strong>de</strong> • Energia Elétrica: CEPEL representa mais <strong>de</strong>pesquisa para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> R$ 600 milhões <strong>em</strong> pesquisa para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> tecnologia avançada <strong>em</strong> equi-tecnologia avançada <strong>em</strong> equipamentose sist<strong>em</strong>as elétricos no país. Nospamentos e sist<strong>em</strong>as elétricos no país.três últimos anos, esta linha <strong>de</strong> açãot<strong>em</strong> como principais resultados:i. aperfeiçoamento metodológico e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas versões dosprogramas do Cepel para planejamento da expansão energética e planejamentoda operação <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as hidrotérmicos, NEWAVE e DE-COMP, para uso por todos os agentes do setor elétrico brasileiro, inclusivepermitindo seu uso <strong>em</strong> ambientes <strong>de</strong> processamento paralelo;ii. novos aperfeiçoamentos e funcionalida<strong>de</strong>s do sist<strong>em</strong>a aberto <strong>de</strong> gerenciamento<strong>de</strong> energia (SAGE), do Cepel, para supervisão e controle<strong>em</strong> t<strong>em</strong>po real do Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional, com um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>estimador <strong>de</strong> estado mais robusto e agora habilitado também paraoperar como agente e gerente para monitoração <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e sist<strong>em</strong>as<strong>de</strong> supervisão;iii. investigação e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> diferentes concepções tecnológicas para atransmissão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s blocos <strong>de</strong> energia a longas distâncias, tanto<strong>em</strong> corrente contínua como <strong>em</strong> corrente alternada, incluindo o conceito<strong>de</strong> Linha <strong>de</strong> Potência Natural Elevada (LPNE), para aumentar acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão, diminuindo custos materiais e impactosambientais;iv. conclusão <strong>de</strong> uma nova edição do Manual <strong>de</strong> inventário hidroelétricodas bacias hidrográficas brasileiras;v. <strong>de</strong>senvolvimento da formulação mat<strong>em</strong>ática do mo<strong>de</strong>lo para projeçãoda Matriz Energética Brasileira;vi. aperfeiçoamento metodológico e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas versõesdos programas do Cepel para planejamento da expansão e operação<strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> transmissão, ANAREDE e ANATEM, para uso por todosos agentes do setor elétrico brasileiro;vii. continuida<strong>de</strong> da pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento e apoio tecnológico à inserção<strong>de</strong> novas fontes renováveis <strong>de</strong> energia, a ex<strong>em</strong>plo da eólica esolar, e células a combustível; e91


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosviii. conclusão do projeto e início da implantação do Laboratório <strong>de</strong> Ultra AltaTensão, que teve seu escopo ampliado para <strong>de</strong>senvolver e ensaiar configurações<strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> transmissão com classes <strong>de</strong> tensão até 1.100 kV <strong>em</strong>corrente alternada e até ± 800 kV <strong>em</strong> corrente contínua, necessárias paravencer os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s blocos <strong>de</strong> energia elétricada região amazônica; o projeto conta com recursos do MCT/Finep (cerca<strong>de</strong> R$ 15 milhões, com R$ 12 milhões já realizados), da Eletrobras e Cepel(cerca <strong>de</strong> R$ 50 milhões, com R$ 27 milhões já realizados).Programas 12 – Petróleo e GásPara garantir suporte tecnológico às metas <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> suas áreas <strong>de</strong> negócios,a Petrobras <strong>de</strong>dica recursos significativos a P&D. De 2007 a 2009, investiuaproximadamente R$ 5,8 bilhões <strong>em</strong> P&D, o que inclui R$ 1,37 bilhãopara ampliação da infraestrutura <strong>em</strong> instituições <strong>de</strong> ensino e pesquisa nacionais.Entre as ações realizadas <strong>de</strong>stacam-sea construção, na UFRJ, do Laboratório<strong>de</strong> Desenvolvimento Veicular, pioneirona América do Sul, e do Laboratório <strong>de</strong>Ensaios Não-Destrutivos e Corrosão(LNDC), e, na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Uberlândia,do Laboratório para Ensaios <strong>de</strong>Corrosão com alta velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluido.Esses laboratórios, pioneiros no Brasil,••Petróleo e Gás: Petrobras investe R$ 5,8bilhões <strong>em</strong> P&D, entre 2007 e 2009, o queinclui R$ 1,37 bilhões para universida<strong>de</strong>s einstitutos <strong>de</strong> pesquisa e R$ 1,05 bilhão para aexpansão do CENPES;constrói Centros Regionais <strong>de</strong> Petróleo e Gás<strong>em</strong> Sergipe e no Rio Gran<strong>de</strong> do Norte; epermitirão a realização no País dos ensaiosnecessários à seleção <strong>de</strong> mate-• implanta ambiente <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho computacionalriaispara os campos do pré-sal.Várias iniciativas tomadas contribu<strong>em</strong> para a consolidação da impl<strong>em</strong>entação<strong>de</strong> pólos regionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento técnico e científico, fomentando a formação<strong>de</strong> recursos humanos e o atendimento às <strong>de</strong>mandas tecnológicas regionais.Entre elas <strong>de</strong>stacam-se a construção do Núcleo Regional <strong>de</strong> Petróleo e Gás <strong>de</strong>Sergipe, no campus da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Sergipe; a construção do NúcleoRegional <strong>de</strong> Petróleo e Gás do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, no campus da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, e, por fim, a implantação <strong>de</strong> ambiente<strong>de</strong> alto <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho computacional, com recursos <strong>de</strong> visualização 3D, <strong>em</strong> re<strong>de</strong>,disponível para 14 instituições <strong>de</strong> todo o país. Essa infraestrutura instaladarepresenta o maior cluster <strong>de</strong> computadores operando <strong>em</strong> gra<strong>de</strong> do H<strong>em</strong>isférioSul, e suporta <strong>de</strong>senvolvimentos tecnológicos <strong>em</strong> 40 diferentes linhas <strong>de</strong> pesquisa<strong>de</strong> interesse da Petrobras, com participação <strong>de</strong> 260 pesquisadores.92


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasÉ importante <strong>de</strong>stacar, ainda, o investimento feito para ampliação do Centro <strong>de</strong>Pesquisa da Petrobras (CENPES), R$ 1,05 bilhão, que o transformará <strong>em</strong> umdos mais expressivos complexos <strong>de</strong> pesquisa aplicada do mundo nas áreas <strong>de</strong>petróleo, gás natural, energia, meio ambiente e sustentabilida<strong>de</strong>.A operacionalização <strong>de</strong> parte dos recursos <strong>de</strong> pesquisa da Petrobras, <strong>em</strong> conjuntocom recursos do fundo setorial do petróleo, t<strong>em</strong> sido feita pela FINEP,que, no período <strong>de</strong> 2007 a 2010, lançou 4 editais, os quais apoiaram 67 projetos,no total <strong>de</strong> R$ 77 milhões.A perspectiva <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> petróleo na camada do Pré-Sal proporcionou olançamento <strong>de</strong> dois editais <strong>em</strong> 2010, sendo o primeiro no valor <strong>de</strong> R$ 100 milhõespara a seleção <strong>de</strong> propostas para apoio a projetos cooperativos entre ICTse <strong>em</strong>presas, visando o fornecimento <strong>de</strong> bens e serviços e na solução dos <strong>de</strong>safiostecnológicos gerados; e o segundo no valor <strong>de</strong> R$ 30 milhões para a criação,a<strong>de</strong>quação e capacitação <strong>de</strong> laboratórios <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> pesquisa científicae tecnológica.Programas 13 – AgronegócioImportante avanço para a P&D nessa área representou o lançamento do Programa<strong>de</strong> Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC-Embrapa), <strong>em</strong> abril<strong>de</strong> 2008. A articulação com a Embrapa e a integração com o PAC-Embrapaproporcionou a recuperação das Organizações Estaduais <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária(OEPAS), com vistas ao fortalecimento do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> PesquisaAgropecuária.• Agronegócio: PAC-Embrapa <strong>de</strong>stina R$ 30,4Foram <strong>de</strong>stinados R$ 30,4 milhões do milhões a 17 Organizações Estaduais <strong>de</strong>PAC-Embrapa às 17 OEPAS para a Pesquisa Agropecuária (OEPAS; transferência<strong>de</strong> tecnologia para estimular agriculturaaquisição <strong>de</strong> equipamentos, a<strong>de</strong>quação<strong>de</strong> laboratórios e da infraestruturafamiliar competitiva e sustentável; criação <strong>de</strong><strong>de</strong> pesquisa e apoio à pesquisa, b<strong>em</strong>Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Resíduos e Contaminantes, comcomo a aquisição <strong>de</strong> veículos, máquinasagrícolas e impl<strong>em</strong>entos.investimentos <strong>de</strong> R$ 18 milhões e participação<strong>de</strong> 19 laboratórios; ampliação <strong>de</strong> LaboratóriosVirtuais da Embrapa no exterior.Outras ações integradas com o PAC--Embrapa foram realizadas visando àtransferência <strong>de</strong> tecnologia e projetos<strong>de</strong> PD&I voltados à inserção da agricultura familiar <strong>de</strong> forma competitiva e sustentável.Merece <strong>de</strong>staque, também, a criação, <strong>em</strong> 2008, da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduos eContaminantes, estruturada no âmbito do MCT e integrada ao SIBRATEC, com93


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosinvestimentos <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> R$ 18 milhões e contando com 19 laboratórios participantes,a qual t<strong>em</strong> como integrantes fundamentais os Laboratórios NacionaisAgropecuários e os principais centros nacionais <strong>de</strong> excelência <strong>em</strong> análises <strong>de</strong>resíduos e contaminantes.A articulação internacional para o avanço da C,T&I voltada para o agronegóciotambém está inserida na integração do PACTI com o PAC-Embrapa: foram ampliadosos Laboratórios Virtuais da Embrapa no Exterior (Labex) na Europa e nosEUA, foi implantado o Labex–Coreia do Sul e foi ampliada a Embrapa África.Programa 14.1 – C,T&I aplicada à biodiversida<strong>de</strong> e aos recursos naturaisO MCT investiu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, mais <strong>de</strong> R$ 55 milhões <strong>em</strong> ações com foco nai<strong>de</strong>ntificação, na caracterização, na valorização e no uso sustentável da biodiversida<strong>de</strong>.Um dos resultados <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>staque é o apoio a seis programas <strong>em</strong>CT&I, os quais instituíram ou estão instituindo mais <strong>de</strong> 20 re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas nosdiversos ecossist<strong>em</strong>as do País, tendo como objetivo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos,processos e serviços a partir da biodiversida<strong>de</strong> brasileira.Dentre as re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas vale <strong>de</strong>stacara criação e estruturação da Re<strong>de</strong><strong>de</strong> Cooperação <strong>em</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>para a Conservação e o uso Sustentáveldo Cerrado – Re<strong>de</strong> ComCerrado queapoia instituições <strong>de</strong> onze Estados brasileiros;o apoio à Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento<strong>de</strong> Pesquisas sobre os Ecossist<strong>em</strong>asdo Pantanal, integrando instituiçõesdo Mato Grosso e Mato Grossodo Sul; a estruturação <strong>de</strong> duas novasre<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> pesquisa regionais,<strong>em</strong> parceria com as Secretarias <strong>de</strong> Ciênciae <strong>Tecnologia</strong> e Fundações <strong>de</strong> Amparoà Pesquisa: a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong>e Biotecnologia da Amazônia Legal– Re<strong>de</strong> BIONORTE, a qual integraos nove Estados da Amazônia Legal, e aRe<strong>de</strong> Centro Oeste <strong>de</strong> Pós-Graduação,Pesquisa e Inovação - PRÓ-CENTROOESTE, integrando os três estados doCentro Oeste e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral. Des-• Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos Naturais: <strong>de</strong>s<strong>de</strong>2007, investidos mais <strong>de</strong> R$ 55 milhões;• apoio a seis programas para instituição <strong>de</strong> re<strong>de</strong>st<strong>em</strong>áticas dos diversos ecossist<strong>em</strong>as doPaís;• implantação do Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisado Pantanal (INPP) para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> C,T&I voltada para as condiçõesespecíficas do bioma Pantanal;• aprovação <strong>de</strong> sete INCTs nas áreas <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>e meio ambiente;• instituição do Centro Franco-Brasileiro daBiodiversida<strong>de</strong> Amazônica (CFBBA), constituídopor núcleos <strong>de</strong> pesquisa do Brasil e daFrança;• parceria com a FAPESP para o lançamentodo programa SpeciesLink.94


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicastaca-se também a implantação do Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisa do Pantanal(INPP), para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> C,T&I voltada para as condições específicasdo bioma Pantanal, e promove a formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> pesquisa. Alémdisso foram aprovados sete INCTs nas áreas <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong> e meio ambiente.As re<strong>de</strong>s constituídas têm a preocupação <strong>em</strong> tornar o conteúdo da biodiversida<strong>de</strong>mais acessível e compreensível para todos os públicos, por meio da manutenção <strong>de</strong>homepages com conteúdo educativo e científico. A disponibilização <strong>de</strong> fotografias,ví<strong>de</strong>os e guias <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> plantas e animais com ilustrações <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>t<strong>em</strong> auxiliado na popularização da questão da biodiversida<strong>de</strong> e na ampliaçãodo uso <strong>de</strong> resultados <strong>de</strong> pesquisa por diferentes segmentos sociais.Em termos <strong>de</strong> cooperação internacional, foi instituído o Centro Franco-Brasileiroda Biodiversida<strong>de</strong> Amazônica (CFBBA), constituído por núcleos <strong>de</strong> pesquisado Brasil e da França, utilizando a infraestrutura existente ou cooperando parao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas estruturas.Outro resultado <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque é a expansão e consolidação do Programa <strong>de</strong> Pesquisa<strong>em</strong> Biodiversida<strong>de</strong> (PPBio) na Amazônia, no S<strong>em</strong>iárido e na Mata Atlântica,apoiado pelo lançamento <strong>de</strong> editais para o PPBio e outros programas comoBionorte, Pró-Centro Oeste e PELD. Em todos os editais lançados houve previsão<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 30% dos recursos para investimento <strong>em</strong> recursos humanos,por meio <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> graduação e/ou pós-graduação. Neste sentido, o PROTAX(Programa <strong>de</strong> Apoio à Formação <strong>de</strong> Recursos Humanos e ao Fortalecimentoda Capacida<strong>de</strong> Taxonômica Brasileira) t<strong>em</strong> estimulado a formação <strong>de</strong> recursoshumanos <strong>em</strong> taxonomia e <strong>em</strong> curadoria, <strong>de</strong> forma a alcançar a meta <strong>de</strong> incr<strong>em</strong>ento<strong>de</strong> 40% da capacida<strong>de</strong> taxonômica instalada no País.Cabe ressaltar também a importância do programa SpeciesLink, iniciado pelaFAPESP <strong>em</strong> parceria com o MCT, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, que permitiu a disponibilida<strong>de</strong> online <strong>de</strong> três milhões <strong>de</strong> espécimes biológicas <strong>de</strong> coleções. Cerca <strong>de</strong> 38,5% <strong>de</strong>ssesdados foram digitalizados e disponibilizados <strong>em</strong> 2007 e 2008 pelas Re<strong>de</strong>s PP-Bio/Amazônia Oci<strong>de</strong>ntal e PPBio/S<strong>em</strong>i-Árido, e por outras iniciativas apoiadaspelo Programa, tais como o Projeto <strong>de</strong> Gestão da Informação <strong>em</strong> Biodiversida<strong>de</strong>,do Espírito Santo, e a Re<strong>de</strong> Paranaense Taxonline.Programa 14.2 – C,T & I para a Exploração dos Recursos do MarEm 2007 foi adquirido o Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul (figura 3.4),por meio <strong>de</strong> cooperação entre a Finep e a Marinha, totalizando R$ 27,6 milhões.O navio funciona como Laboratório Nacional Embarcado, com capacida<strong>de</strong> para95


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançospesquisas <strong>em</strong> meteorologia, batimetria• Oceanografia e Ciências do Mar: R$ 54 milhõesinvestidos entre 2003 e 2009 por meioe oceanografia física, química e biológica,e disponibiliza à comunida<strong>de</strong>acadêmico-científica 80 dias por ano <strong>de</strong> 25 editais;para ativida<strong>de</strong>s e projetos <strong>de</strong> pesquisa.Já foi realizada a I Comissão Oce-• Laboratório Nacional Embarcado: navio hidroceanográficoCruzeiro do Sul adquiridoanográfica Transatlântica, <strong>em</strong> 2009,pela Marinha e equipado pela FINEP paracom <strong>em</strong>barque <strong>de</strong> 28 pesquisadores,pesquisas ao longo da costa brasileira.que completaram dois perfis transoceânicos<strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados oceanográficospara a i<strong>de</strong>ntificação e o monitoramentodas principais feições oceânicas e a obtenção <strong>de</strong> informações sobre abacia do Atlântico Sul. Esta pesquisa, vale l<strong>em</strong>brar, t<strong>em</strong> aplicação direta <strong>em</strong>estudos climáticos. Em 2010, estão sendo apoiados cinco projetos ao longo <strong>de</strong>toda a costa do Brasil.Figura 3.4: Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do SulFonte: Marinha do BrasilTambém, entre 2003 e 2009, houve lançamentos <strong>de</strong> 25 editais nas áreas <strong>de</strong>Oceanografia e Ciências do Mar, <strong>em</strong> um investimento <strong>de</strong> R$ 54 milhões, <strong>em</strong> áreascomo: exploração <strong>de</strong> petróleo <strong>em</strong> águas ultraprofundas, cultivo e exploração<strong>de</strong> organismos marinhos com potencial biotecnológico, pesquisas <strong>em</strong> arquipélagose ilhas oceânicas, biodiesel a partir <strong>de</strong> microalgas, pesca e aquicultura marinha,Oceano Atlântico Sul e mudanças climáticas. Em 2010 foi lançado editalCNPq para promover a formação ou consolidação <strong>de</strong> dois Institutos Nacionais<strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> (INCT) <strong>em</strong> Ciências do Mar, com foco na Plataforma96


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasContinental Brasileira <strong>de</strong> Norte a Sul, no valor <strong>de</strong> R$ 30 milhões.Criado o Comitê para Ciências do Mar (CCM), no âmbito do MCT (Portaria MCT211/2008).Programa 14.3 – PDI para Aquicultura e PescaEntre 2003 e 2009, foram lançadas oito chamadas públicas as quais financiaram157 projetos <strong>de</strong> pesquisa na área<strong>de</strong> pesca e aquicultura <strong>em</strong> todo o país,com o aporte financeiro <strong>de</strong> R$ 23,6milhões. Em 2010, outras três chamadasforam lançadas com o investimento<strong>de</strong> mais R$ 25 milhões. Os projetosapoiados se distribu<strong>em</strong> nas seguinteslinhas <strong>de</strong> pesquisa: algocultura, malacocultura,carcinicultura, piscicultura••R$ 49 milhões <strong>em</strong> 11 editais lançados <strong>de</strong>2003 a 2010 para projetos <strong>de</strong> pesca e aquicultura,<strong>em</strong> parceria com o MPA;Criado Centro Nacional <strong>de</strong> Pesca, Aquiculturae Sist<strong>em</strong>as Agrícolas (CNPASA/Embrapa).marinha e continental, recursos pesqueiros marinhos e continentais, tecnologiaspós-<strong>de</strong>spesca/captura, cultivo <strong>de</strong> quelônios e jacarés, entre outras.Foi impl<strong>em</strong>entada a Re<strong>de</strong> AquaBrasil – Bases Tecnológicas para o DesenvolvimentoSustentável da Aquicultura no Brasil, com aporte <strong>de</strong> R$ 4 milhões <strong>em</strong>parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e criado o Centro Nacional<strong>de</strong> Pesquisa <strong>em</strong> Pesca, Aquicultura e Sist<strong>em</strong>as Agrícolas (CNPASA/Embrapa),responsável por estruturar e coor<strong>de</strong>nar o Consórcio Nacional <strong>de</strong> Pesquisa,Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Aquicultura e Pesca, por meio <strong>de</strong> ação conjuntaMPA/MAPA/Embrapa. Tais parcerias <strong>de</strong>verão ampliar as ações <strong>de</strong> fortalecimentoda infraestrutura, <strong>de</strong> engajamento <strong>de</strong> pesquisadores e <strong>de</strong> intercâmbiointerinstitucional, intersetorial e internacional, voltados à pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimentoe inovação <strong>em</strong> aquicultura e pesca no Brasil.Programa 14.4 – AntárticaNovo ímpeto foi conferido às pesquisas no continente antártico a partir <strong>de</strong> 2007,quando foram <strong>de</strong>stinados R$ 9 milhões para permitir a primeira participação doBrasil <strong>em</strong> um Ano Polar Internacional, por meio <strong>de</strong> edital que apoiou 10 projetos<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> vulto, envolvendo mais <strong>de</strong> 30 universida<strong>de</strong>s públicas e privadas ecentros <strong>de</strong> pesquisa, nos anos <strong>de</strong> 2007 e 2008.O Programa 14.4 investiu, no período <strong>de</strong> 2007 a 2009, o total <strong>de</strong> R$ 113,5milhões, <strong>de</strong>ntre os quais R$ 15,5 milhões <strong>em</strong> bolsas e auxílios à pesquisa operacionalizadospelo CNPq. Além do apoio ao Ano Polar Internacional, forammarcos significativos <strong>de</strong>sse investimento a aquisição do primeiro Navio Polar97


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosBrasileiro, o Almirante Maximiano, areforma do Navio Oceanográfico AryRongel e a compra <strong>de</strong> equipamentospara ambos (R$79 milhões); e a reformada Estação Antártica ComandanteFerraz (R$ 10 milhões).• Antártica: investimentos fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> R$ 113,5milhões <strong>de</strong> 2007 a 2009 permitiram:• participação do Brasil no Ano Polar Internacional;• aquisição do navio polar Almirante Maximiano;O navio Almirante Maximiano (figura • reforma da Estação Antártica Comandante3.5) adquirido <strong>em</strong> 2008 para apoiar oFerraz.Programa Antártico Brasileiro (PRO-ANTAR), passou por alterações estruturaise pela instalação <strong>de</strong> 5 mo<strong>de</strong>rnos laboratórios (2 secos, 2 molhados e 1misto) e respectivos equipamentos, permitindo acomodar 35 pesquisadores, alémda tripulação. Incorporado à Marinha do Brasil, entrou <strong>em</strong> operação <strong>em</strong> outubro<strong>de</strong> 2009 quando participou <strong>de</strong> sua primeira campanha no Oceano Austral.Figura 3.5: Navio Polar Almirante MaximianoFonte: Marinha do BrasilDentre os projetos apoiados, os quais contribuíram para o aumento das ativida<strong>de</strong>sbrasileiras <strong>em</strong> solo antártico, vale salientar (i) a primeira expedição terrestre<strong>de</strong> brasileiros rumo ao Pólo Sul central; (ii) a indução <strong>de</strong> duas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pesquisa <strong>em</strong> monitoramento climático e ambiental; (iii) os projetos <strong>de</strong> prospecçãobiotecnológica <strong>de</strong> organismos marinhos e terrestres, que abarcam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> abiodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços geográficos específicos, como a ilha Rei George, até aimpl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> estrutura para estudos <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong> molecular; e (iv) a98


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicasintegração <strong>de</strong> conhecimento. Nesse contexto, acrescente-se a chamada públicaMCT/CNPq (Edital PROANTAR 23/2009), com o objetivo <strong>de</strong> apoiar uma Estratégia<strong>de</strong> Cooperação Sul Americana <strong>em</strong> Ciência Antártica, com R$14 milhõespara pesquisa nas áreas <strong>de</strong> ciências da vida; geociências; ciências físicas; ciênciashumanas e monitoramento ambiental.Destaca-se, também, a criação <strong>de</strong> dois Institutos Nacionais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>inteiramente focados na região da Antártica: INCT da Criosfera (R$2,8milhões) e INCT <strong>de</strong> Pesquisa Ambiental na Antártica (R$7,2 milhões).Programa 14.5 – Recursos HídricosOs investimentos do CT-Hidro no período 2003-2010 foram: R$ 122,2 milhões,dos recursos <strong>de</strong>stinados a ações verticais, investidos <strong>em</strong> 685 projetos (38 editaise 23 encomendas); e R$ 179,1 milhões, dos recursos <strong>de</strong>stinados a açõestransversais, investidos <strong>em</strong> 325 projetos (39 editais e 30 encomendas), paraformação <strong>de</strong> recursos humanos (principalmente técnicos, pesquisadores e gestores<strong>de</strong> recursos hídricos), apoio a grupos <strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong>ergentes e <strong>em</strong> consolidação,apoio a eventos técnico-científicos e publicações, fortalecimento <strong>de</strong>laboratórios, fomento à pesquisa.Deve ser <strong>de</strong>stacada a criação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Informações <strong>em</strong> RecursosHídricos – SNIRH, pela ANA, com apoio do MCT. Organizado <strong>em</strong> seis subsist<strong>em</strong>as(planejamento e gestão, dados quali-quantitativos, regulação <strong>de</strong> usos, inteligênciahídrica, inteligência documental e inteligência geográfica), disponívelvia internet 7 , traz informações na forma <strong>de</strong> mapas e <strong>de</strong> documentos e inclui abase <strong>de</strong> pesquisa gerada com recursos do CT-Hidro, <strong>de</strong> modo que a socieda<strong>de</strong>possa efetivamente utilizar os produtos <strong>de</strong>correntes do esforço da comunida<strong>de</strong>técnico-científica e do MCT, nessa área do conhecimento.Foi proposta, ainda, a criação do Instituto Nacional das Águas (PL 7437/2010)para promover a gestão integrada da água e o <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológico,ao articular, ao fomentar e ao executar estudos, pesquisas e <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> soluções sustentáveis.Por fim, foi criada a Fundação Centro Internacional <strong>de</strong> Educação, Capacitaçãoe Pesquisa Aplicada <strong>em</strong> Águas – HidroEx (Lei 18.505/2009) com o objetivo <strong>de</strong>educar, pesquisar e viabilizar soluções para a gestão sustentável das águas,através das linhas <strong>de</strong> ação na área <strong>de</strong> Educação, Capacitação e Pesquisa. Háconvênios com MCT <strong>em</strong> impl<strong>em</strong>entação, no valor <strong>de</strong> R$ 14,8 milhões, e parceriasno âmbito da Cooperação Brasil-Unesco, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 31,1 milhões.7 link http://www.ana.gov.br/ portalsnirh99


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosPrograma 14.6 – ProMineral: <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico e inovação <strong>em</strong>recursos mineraisO apoio do FNDCT e <strong>de</strong> outras fontes <strong>de</strong> recursos totalizou R$ 54,2 milhões navigência do PACTI, o que permitiu asseguintes ações:• ProMineral: investidos R$ 54,2 milhões <strong>em</strong>i. consolidação <strong>de</strong> 16 arranjosprodutivos locais <strong>de</strong> base mineral(rochas ornamentais,ações estruturantes, <strong>de</strong> 2007 a 2010, com<strong>de</strong>staque para o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológicoe a capacitação <strong>de</strong> laboratórios e recursoscalcário e cal, g<strong>em</strong>as, jóias humanos para apoio a MPEs organizadase afins, cerâmica vermelha, <strong>em</strong> arranjos produtivos locais..gesso) nas diferentes regiõesgeográficas do país;ii. consolidação e ampliação do Centro <strong>de</strong> Pesquisas <strong>em</strong> Geociências,<strong>Tecnologia</strong>, Política e Economia Mineral na Província Mineral <strong>de</strong> Carajásno Pará, executado pela UFPA;iii. realização <strong>de</strong> seis projetos <strong>de</strong>monstrativos <strong>de</strong> novas fontes minerais erotas tecnológicas para a produção <strong>de</strong> fertilizantes pela Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> PesquisaAgriRocha coor<strong>de</strong>nada pela Embrapa Cerrados e constituída<strong>de</strong> 15 Centros da Embrapa, sete universida<strong>de</strong>s, o Centro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>Mineral (Cet<strong>em</strong>), a Empresa Baiana <strong>de</strong> Desenvolvimento Agrícola(EBDA), a Companhia <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Recursos Minerais (CPRM) e oDepartamento Nacional <strong>de</strong> Produção Minerais (DNPM);iv. realização <strong>de</strong> pesquisa pela CPRM, <strong>em</strong> parceria com o Programa <strong>de</strong>Pós-graduação <strong>em</strong> Geologia Marinha (PGGM), <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> áreaspotenciais <strong>em</strong> recursos minerais da Plataforma Continental Jurídica;v. programa <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> recursos humanos; evi. ampliação da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Estudos <strong>em</strong> Geocronologia, Geodinâmica e MeioAmbiente – Re<strong>de</strong> Geochronos, com concessões <strong>de</strong> bolsas e capacitação<strong>de</strong> nove laboratórios.Foi apoiada, ainda, ação estruturante vinculada à t<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> normalização eavaliação <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> para as ca<strong>de</strong>ias produtivas <strong>de</strong> rochas ornamentais,g<strong>em</strong>as, jóias e afins, gesso e calcário e cal.Programa 15.1 – AmazôniaO PACTI consolidou um aumento expressivo dos investimentos na Amazônialegal, que passaram <strong>de</strong> R$ 126,5 milhões, <strong>em</strong> 2002, para R$ 360 milhões, <strong>em</strong>2009, ou seja, um crescimento <strong>de</strong> três vezes. Parte <strong>de</strong>sse investimento foi <strong>de</strong>stinadaa bolsas e fomento para P,D&I, contribuindo substantivamente para oaumento <strong>de</strong> 257% no número <strong>de</strong> pesquisadores, <strong>de</strong> 366% no número <strong>de</strong> pesqui-100


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicassadores doutores e <strong>de</strong> 210% na quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> pesquisa, entre osanos <strong>de</strong> 2000 e 2008.Bionorte e <strong>de</strong> 10 INCT com atuação na AmazôniaLegal; previsão <strong>de</strong> conclusão <strong>em</strong> 2010Outros resultados <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque forama criação da Re<strong>de</strong> Bionorte, <strong>em</strong> 2008,e <strong>de</strong> 10 INCT com área <strong>de</strong> atuação na das obras do Laboratório <strong>de</strong> MonitoramentoAmazônia legal. Essas duas iniciativasapresentam relevância <strong>de</strong>vido àGlobal <strong>de</strong> Florestas Tropicais.parceria com as fundações <strong>de</strong> apoio eà participação efetiva dos governos estaduais – todos os estados, incluindo os<strong>em</strong>ergentes (AC, AP, MA, PA, RO, RR e TO).O Laboratório <strong>de</strong> Monitoramento Global <strong>de</strong> Florestas Tropicais (LMGFT) está <strong>em</strong>construção, com previsão <strong>de</strong> entrega para 2010, no Centro Regional da Amazônia(CRA), <strong>em</strong> Belém do Pará. O CRA, criado <strong>em</strong> 2007, é uma nova unida<strong>de</strong>do Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisas Espaciais (INPE). Suas ativida<strong>de</strong>s envolv<strong>em</strong>pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento científico para se tornar um centro <strong>de</strong> referênciamundial no monitoramento <strong>de</strong> florestas tropicais. Também é seu objetivo aprimoraro conhecimento <strong>em</strong> geotecnologias na Amazônia, ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong>que apoia ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo e <strong>de</strong> mapeamento realizadas pelo INPE na região.A previsão para o início da operação do LMGFT é agosto <strong>de</strong> 2010.Programa 15.2 – S<strong>em</strong>iáridoO S<strong>em</strong>iárido constitui um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para o <strong>de</strong>senvolvimento brasileiro,apesar <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um século <strong>de</strong> atenção continuada do po<strong>de</strong>r público. A regiãoainda concentra bolsões expressivos <strong>de</strong> pobreza, apresentando alguns dosmais baixos níveis <strong>de</strong> indicadores socioeconômicos do País. O PACTI, por meioda consolidação do Instituto Nacional do S<strong>em</strong>iárido (INSA), criado <strong>em</strong> 2005, e<strong>de</strong> sua articulação com ICTs da região, objetivou a melhoria dos padrões daorganização produtiva e da qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida na região através da promoçãoe realização <strong>de</strong> estudos e pesquisascientíficas e tecnológicas sobre os<strong>em</strong>iárido. Sua divulgação e difusãovisa à integração dos pólos socioeconômicose ecossist<strong>em</strong>as estratégicos e• Amazônia: com o PACTI, investimentos passaram<strong>de</strong> R$ 126,5 milhões <strong>em</strong> 2002 paraR$ 360 milhões <strong>em</strong> 2009; criação da Re<strong>de</strong>• S<strong>em</strong>i-Árido: consolidação do INSA e do CE-TENE, além da implantação <strong>de</strong> quatro re<strong>de</strong>st<strong>em</strong>áticas: Fito-Caatinga,Desertificação,Agroindústria e Eduacação Contextualizadao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável da região. Os principais resultados <strong>de</strong>ste programaforam:101


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços102• fixação <strong>de</strong> doutores <strong>em</strong> instituições do S<strong>em</strong>iárido através do Programa<strong>de</strong> Capacitação Institucional do MCT: as bolsas para pesquisadorescontribu<strong>em</strong> <strong>de</strong> forma relevante para os trabalhos realizados no INSA e,na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> longa duração, permit<strong>em</strong> maior interação interna eexterna, o que t<strong>em</strong> favorecido a absorção <strong>de</strong> profissionais pelo mercado<strong>de</strong> trabalho, como foi o caso recente da contratação <strong>de</strong> três doutoresbeneficiados com bolsas do Programa;• interiorização da RNP, esten<strong>de</strong>ndo a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> fibra ótica existente para asprincipais cida<strong>de</strong>s do S<strong>em</strong>iárido, on<strong>de</strong> houver instalações <strong>de</strong> pesquisa eformação superior acadêmica e tecnológica;• Consolidação e impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> quatro Re<strong>de</strong>s T<strong>em</strong>áticas:i. Re<strong>de</strong> Fito-caatinga: a Re<strong>de</strong>-Caatinga está <strong>em</strong> andamento para serincorporada às Re<strong>de</strong>s-Fito. A construção da Re<strong>de</strong> Fito-Caatingaprevê a reunião das inúmeras iniciativas na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> espalhadaspelo bioma caatinga que envolve o uso terapêutico <strong>de</strong> plantamedicinais, além <strong>de</strong> projetos ligados à promoção do uso sustentadoe racional da biodiversida<strong>de</strong>;ii.iii.iv.Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Desertificação: os Ministérios do Meio Ambiente (MMA) eda Ciência e <strong>Tecnologia</strong> (MCT), através da Portaria Interministerialnº 92-A, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2010, instituíram a Re<strong>de</strong> sobre Desertificaçãodo S<strong>em</strong>i-Árido Brasileiro, com o intuito <strong>de</strong> contribuir paraa compreensão sobre os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação visando à suaprevenção e ao seu combate, além <strong>de</strong> trabalhar na perspectiva <strong>de</strong>mitigação dos efeitos da seca, com vistas ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<strong>de</strong> Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD), localizadasno S<strong>em</strong>i-Árido brasileiro;Re<strong>de</strong> Agro-Indústria: implantação da Portaria Nº 495 do MCT, queinstituiu a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Agroindústria do S<strong>em</strong>i-Árido (Re<strong>de</strong> AGRO/SAB),que tratará das questões relativas à tecnologia e inovação nas áreas<strong>de</strong> pós-colheita, transformação e comercialização <strong>de</strong> produtosdo S<strong>em</strong>i-Árido Brasileiro.Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Contextualizada: <strong>em</strong> processo <strong>de</strong> criação.• Consolidação do Centro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>s Estratégicas do Nor<strong>de</strong>ste (CE-TENE): O CETENE está consolidado e <strong>em</strong> pleno funcionamento. É umcentro <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e transferência <strong>de</strong> tecnologias consi<strong>de</strong>radasestratégicas para a região Nor<strong>de</strong>ste criado <strong>em</strong> 2005 pelo Ministério daCiência e <strong>Tecnologia</strong>.


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasPrograma 16.1 – Programa Nacional <strong>de</strong> Mudanças ClimáticasUm passo necessário e <strong>de</strong> importância fundamental para o Programa foi a publicaçãoda Lei n.º 12.187 <strong>de</strong> 29.12.2009, a qual institui a Política Nacional<strong>de</strong> Mudança do Clima. Ela foi precedida da Lei n.º 12.114 <strong>de</strong> 09.12.2009, aqual estabelece o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, regulamentadopelo Decreto nº 7.343, <strong>de</strong> 26.10.2010. Sob a perspectiva <strong>de</strong> que os assuntostratados pela área <strong>de</strong> mudanças climáticastranscen<strong>de</strong>m a fronteira doMCT, várias ações se <strong>de</strong>stacam e têmcontribuído para as metas do PACTI:a portaria interministerial MCT-MMA,• Mudanças climáticas: instituídos por lei, <strong>em</strong>2009, a Política Nacional relativa a Mudançasdo Climáticas e o respectivo Fundo Nacional;apresentado o Inventário Nacionalque cria o Painel Brasileiro <strong>de</strong> MudançasClimáticas, para produzir os rela-nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, Brasil ocupava o terceiro<strong>de</strong> Emissões <strong>de</strong> Gases do Efeito Estufa; <strong>em</strong>tórios bianuais <strong>de</strong> avaliação dos avançosdo conhecimento brasileiro sobrelugar, com 457 projetos, no âmbito do Mecanismo<strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo; implantadaa Re<strong>de</strong> CLIMA, que integra 76 instituições,as mudanças climáticas, o inventáriopara a composição da Segunda ComunicaçãoNacional do Brasil à Convenção-Quadrodas Nações Unidas sobreMudança do Clima; a utilização doMecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo(MDL) do Protocolo <strong>de</strong> Quioto; oestabelecimento da Re<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong>Pesquisas sobre Mudanças ClimáticasGlobais (Re<strong>de</strong> CLIMA); a criação doCentro <strong>de</strong> Ciência do Sist<strong>em</strong>a Terrestre,no INPE; e, a implantação <strong>de</strong> novainfraestrutura <strong>de</strong> supercomputaçãopara mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> climática.•criação do Centro <strong>de</strong> Ciências do Sist<strong>em</strong>aTerrestre no INPE; inauguração do novo supercomputador<strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, sextomaior do mundo <strong>em</strong> pesquisas climáticas..Previsão <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po e clima: entre 2007 e 2009,com investimento no aumento da capacida<strong>de</strong>computacional e reforço da infraestrutura, aprevisão <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po até 72 horas para o territórionacional atingiu índice <strong>de</strong> acerto acima <strong>de</strong>90%, consi<strong>de</strong>rado nível <strong>de</strong> excelência.Embora a elaboração do InventárioNacional <strong>de</strong> Emissões <strong>de</strong> Gases <strong>de</strong> Efeito Estufa seja <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>,uma vez que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ações que envolv<strong>em</strong> atores diversos,<strong>em</strong> especial setores da indústria, ao final <strong>de</strong> 2010 já foram apresentados relatóriosfinais referentes aos trabalhos executados para os setores <strong>de</strong> energia,agricultura, indústria e uso <strong>de</strong> solventes, uso da terra, mudança no uso daterra e florestas e tratamento <strong>de</strong> resíduos. Outro avanço foi a implantação daRe<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Inventário <strong>de</strong> Gases <strong>de</strong> Efeito Estufa do setor <strong>de</strong> resíduos eefluentes. Estes farão parte do relatório sobre as Circunstâncias Nacionais, que<strong>de</strong>ve compor a parte 1, e da Descrição das Medidas Tomadas ou Previstas para103


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosImpl<strong>em</strong>entar a Convenção no Brasil, que <strong>de</strong>ve compor a parte 3 da SegundaComunicação Nacional brasileira.No que diz respeito à impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> projetos no âmbito do MDL, o Brasilt<strong>em</strong> se <strong>de</strong>stacado como um dos países mais organizados e estruturados: <strong>em</strong>agosto <strong>de</strong> 2010 já ocupava o terceiro lugar quanto ao número <strong>de</strong> projetos<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, com total <strong>de</strong> 457 projetos <strong>em</strong> processo <strong>de</strong> validação eregistrados – o que representa 7% do total <strong>de</strong> projetos no mundo e uma reduçãodurante o primeiro período <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> créditos <strong>de</strong> 393 milhões <strong>de</strong> tCO 2e –,dos quais foram aprovadas 243 ativida<strong>de</strong>s.A Re<strong>de</strong> CLIMA, instituída pela Portaria MCT nº 728, <strong>de</strong> 03.12 2007, cuja missão éexpandir a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> P&D do Brasil <strong>em</strong> Mudanças Climáticas Globais, parai<strong>de</strong>ntificar impactos e subsidiar políticas públicas <strong>de</strong> adaptação e mitigação, foiimplantada a partir <strong>de</strong> 2009, com investimentos iniciais <strong>de</strong> R$ 10 milhões e focona formação <strong>de</strong> 10 sub-re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas (Figura 3.6): biodiversida<strong>de</strong>, recursoshídricos, agricultura, saú<strong>de</strong>, zonas costeiras, energias renováveis, cida<strong>de</strong>s,economia, <strong>de</strong>senvolvimento regional e mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> climática. Esta Re<strong>de</strong> envolve136 grupos <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> 76 instituições <strong>de</strong> todo o país.Figura 3.6: Sub-re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas da Re<strong>de</strong> CLIMA,com indicação da instituição que exerce a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> cada sub-re<strong>de</strong> e daquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> pesquisa que a integram17INPEMo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong>Climática6USPEconomia dasMudanças Climáticas19EMBRAPAAgricultura18UNICAMPCida<strong>de</strong>sMPEG 5Biodiversida<strong>de</strong> eEcossist<strong>em</strong>asUFPEDesenvolvimentoRegional7UnBFonte – INPEFURG, Rio Gran<strong>de</strong> 22ZonasCosteiras7RecursosHídricos9FIOCRUZSaú<strong>de</strong>19COPPE/UFRJEnergiasRenováveis104


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasNo final <strong>de</strong> 2008, foi criado, no INPE, o Centro <strong>de</strong> Ciências do Sist<strong>em</strong>a Terrestrecom a missão <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver pesquisas interdisciplinares sobre mudançasambientais globais e seus impactos nas perspectivas <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> do<strong>de</strong>senvolvimento nacional.No final <strong>de</strong> 2010, foi inaugurado, também no INPE, o novo supercomputador – o29º mais po<strong>de</strong>roso do mundo à época da instalação e o 6º maior <strong>em</strong> capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> processamento na área <strong>de</strong> mudanças climáticas –, adquirido pelo MCT epela FAPESP, para avançar no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cenários climáticos globais eregionais para a América do Sul e melhorar a qualida<strong>de</strong> e precisão das previsões<strong>de</strong> t<strong>em</strong>po até 7 dias e a previsão da tendência climática por até 12 meses. Iniciousea implantação, neste supercomputador (figura 3.7), do Mo<strong>de</strong>lo Brasileiro doSist<strong>em</strong>a Climático Global.Figura 3.7. Novo supercomputador Tupã, o sexto <strong>de</strong> maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>processamento no mundo (<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010) <strong>em</strong> pesquisasobre mudanças climáticas.Fonte – INPEPrograma 16.2 – Previsão <strong>de</strong> T<strong>em</strong>po e ClimaA regulamentação, <strong>em</strong> 2007, da Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação das Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Meteorologia, Climatologia e Hidrologia (CMCH), órgão colegiado do MCT, t<strong>em</strong>propiciado uma maior articulação entre os atores que se <strong>de</strong>dicam no Brasilàs ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Meteorologia, Climatologia e Hidrologia, as quais exig<strong>em</strong>investimentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte <strong>em</strong> infraestrutura, no âmbito fe<strong>de</strong>ral e nosestados, e t<strong>em</strong> contribuído para o cumprimento da maior parte das metasacordadas no âmbito do PACTI, via parcerias.105


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosNo período <strong>de</strong> 2007 a 2010, com investimentos no aumento da capacida<strong>de</strong>computacional e, principalmente, no reforço da infraestrutura para previsão <strong>de</strong>t<strong>em</strong>po nos Estados, as taxas <strong>de</strong> acerto <strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po para 24h, 36h e72h para o território nacional atingiram índices acima <strong>de</strong> 90%, consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>excelência pela Organização Mundial <strong>de</strong> Meteorologia, conferindo credibilida<strong>de</strong>à informação. A resolução espacial dos mo<strong>de</strong>los melhorou: no CPTEC/INPE 8 ado mo<strong>de</strong>lo global passou <strong>de</strong> 200 km para 45 km e a do mo<strong>de</strong>lo regional, <strong>de</strong> 40km para 20 km; as resoluções dos mo<strong>de</strong>los regionais do INMET 9 e do CHM/DHN 10 passaram, respectivamente, <strong>de</strong> 25 km para 7 km e <strong>de</strong> 30 km para 18 km.A taxa <strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> clima (sazonal) também apresentou melhoria, a partir daelaboração <strong>de</strong> previsões utilizando o mo<strong>de</strong>lo global acoplado oceano-atmosferado CPTEC/INPE, que forma a base para a realização mensal <strong>de</strong> análises dasprevisões climáticas entre os parceiros e da elaboração <strong>de</strong> uma previsão <strong>de</strong>consenso para os três meses subsequentes.Entretanto, a ocorrência mais frequente <strong>de</strong> fenômenos meteorológicos e climáticosextr<strong>em</strong>os, como, por ex<strong>em</strong>plo, secas e chuvas intensas, com gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong><strong>de</strong>struição, e que provocam <strong>de</strong>sastres naturais, causando danos e prejuízos àsocieda<strong>de</strong> e à economia do país, indica que recursos financeiros regulares parafortalecimento da infraestrutura <strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> curtíssimo, curto <strong>em</strong>édio prazos, a previsão mais acurada <strong>de</strong> anomalias climáticas persistentes comosecas e inundações prolongadas, resultando na criação <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a integrado<strong>de</strong> alerta <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastres naturais, o avanço da mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastres naturais,como inundações, <strong>de</strong>slizamentos <strong>em</strong> encostas e colapso <strong>de</strong> safras associadasa secas, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados dos quais o Brasil é<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do exterior, tais como satélites meteorológicos, e a formação <strong>de</strong> ummaior número <strong>de</strong> pesquisadores <strong>em</strong> Meteorologia, Climatologia, Hidrologia eDesastres Naturais se faz<strong>em</strong> necessários para viabilizar ações mais efetivas <strong>de</strong>prevenção, mitigação e adaptação aos efeitos dos fenômenos extr<strong>em</strong>os <strong>de</strong> t<strong>em</strong>poe clima e o cumprimento <strong>de</strong> metas do programa na sua totalida<strong>de</strong>. Resta, ainda,o <strong>de</strong>safio da integração das várias re<strong>de</strong>s meteorológicas existentes no país <strong>em</strong>um sist<strong>em</strong>a nacional. A instalação do novo supercomputador, adquirido peloMCT e pela FAPESP, como mencionado anteriormente, certamente contribuirápara melhorar a qualida<strong>de</strong> e a precisão das previsões meteorológicas paraperíodos superiores a 24h no Brasil.8 CPTEC/INPE – Centro <strong>de</strong> Previsão <strong>de</strong> T<strong>em</strong>po e Clima, Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisas Espaciais9 INMET – Instituto Nacional <strong>de</strong> Meteorologia, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento10 CHM/DHN – Centro <strong>de</strong> Hidrografia da Marinha, Diretoria <strong>de</strong> Hidrografia e Navegação106


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasPrograma 17.1 – Centro Espacial <strong>de</strong> AlcântaraO CEA t<strong>em</strong> como objetivo ser um “espaçoporto” <strong>de</strong> natureza civil, com finscomerciais que contenha a infraestrutura necessária para dar suporte àsativida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> lançamento e, assim, viabilizar a inserçãobrasileira no mercado internacional, fortalecendo sua li<strong>de</strong>rança regional naárea espacial.A exploração comercial das potencialida<strong>de</strong>s da região <strong>de</strong> Alcântara (MA) paralançamento <strong>de</strong> foguetes, como, por ex<strong>em</strong>plo, a posição geográfica privilegiada,próxima ao equador, que proporcionacondições excepcionais <strong>de</strong> economia<strong>de</strong> combustível (órbitas equatoriais)e <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> lançamento (órbitas• Programa Espacial: início da implantação doCentro Espacial <strong>de</strong> Âlcântara, com recursos<strong>de</strong> R$ 181 milhões;polares e equatoriais), principalmente• reconstrução da Torre Móvel <strong>de</strong> Integraçãopor sua proximida<strong>de</strong> do mar, t<strong>em</strong>(TMI), que se constitui na plataforma <strong>de</strong> lançamentodo VLS;atraído o interesse <strong>de</strong> diversos países<strong>em</strong> estabelecer <strong>em</strong> Alcântara outrossítios <strong>de</strong> lançamento além daquele da • R$ 238 milhões investidos na construção <strong>de</strong><strong>em</strong>presa binacional Alcântara Cyclone dois satélites Sino-Brasileiros <strong>de</strong> RecursosSpace (ACS). Além <strong>de</strong> permitir aoTerrestres (CBERS).Brasil maior participação no mercadomundial <strong>de</strong> lançamentos <strong>de</strong> satélites,a implantação do CEA, tambémpromoverá o maior <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social da região <strong>de</strong> Alcântara.Os principais resultados do Programa diz<strong>em</strong> respeito à primeira fase, já concluída,<strong>de</strong> implantação do CEA, representada pela mo<strong>de</strong>rnização e atualização dainfraestrutura do Centro <strong>de</strong> Lançamento <strong>de</strong> Alcântara (CLA):i. início das obras <strong>de</strong> recuperação da Rodovia MA-106 no trecho doTerminal do Cujupe ao CLA, mediante convênio firmado entre a AEBe Secretaria <strong>de</strong> Infraestrutura do Governo <strong>de</strong> Estado do Maranhão (R$30 milhões);ii.iii.recuperação da pista <strong>de</strong> pouso do CLA;mo<strong>de</strong>rnização do centro <strong>de</strong> controle, da casamata e mais 21 posiçõesoperacionais distribuídas pelo CLA, compreen<strong>de</strong>ndo radares,tel<strong>em</strong>etria, tratamento <strong>de</strong> dados, meteorologia, subestações <strong>de</strong> energia,107


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançoscentral telefônica, central elétrica, sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> comunicação por microondas,telecomando, prédios operacionais do Setor <strong>de</strong> Preparação eLançamento, portarias, bombeiros, casa <strong>de</strong> apoio, etc.;iv.mo<strong>de</strong>rnização da sala <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> vôo e <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> superfície,do auditório do CCT (ampliado <strong>de</strong> 50 para 70 posições), das salas <strong>de</strong>data center, <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> crise e <strong>de</strong> chaveamento.Programa 17.2 – VLS: Veículo Lançador <strong>de</strong> SatélitesO Programa VLS está por finalizar o <strong>de</strong>senvolvimento do VLS-1B, com capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> lançar satélites <strong>de</strong> até 600 kg <strong>em</strong> órbitas <strong>de</strong> até 800 km e dar continuida<strong>de</strong>à já b<strong>em</strong> sucedida campanha dos foguetes <strong>de</strong> sondag<strong>em</strong> brasileiros. Segu<strong>em</strong> osprincipais resultados:i. revisão e incorporação das recomendações <strong>de</strong> modificações no projetodo VLS, sugeridas no quadro do programa <strong>de</strong> cooperação Brasil-Rússia;ii. teste b<strong>em</strong> sucedido do motor propulsor S43, <strong>em</strong>pregado no 2º estágiodo VLS;iii. conclusão do edital para o processo licitatório <strong>de</strong> pré-qualificação <strong>de</strong><strong>em</strong>presas para a industrialização do VLS-1;iv. aprovação pelo Congresso Nacional do Acordo <strong>de</strong> SalvaguardasTecnológicas firmado entre o Brasil e a Rússia, <strong>em</strong> julho <strong>de</strong> 2009;v. certificação <strong>de</strong> qualificação industrial do foguete <strong>de</strong> sondag<strong>em</strong> VSB-30, concedida pelo Instituto <strong>de</strong> Fomento Industrial (IFI) <strong>em</strong> 2009, oque possibilitará a maior participação da indústria nacional na suafabricação; evi. continuida<strong>de</strong> das obras <strong>de</strong> reconstrução da Torre Móvel <strong>de</strong> Integração(TMI), figura 3.8 que se constitui na plataforma <strong>de</strong> lançamento doVLS, com término previsto para <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010; a nova torreinclui equipamentos <strong>de</strong> segurança e é acoplada a um túnel <strong>de</strong> escapesubterrâneo; o projeto e a implantação dos equipamentos eletrônicos,mecânicos e <strong>de</strong> automação do sist<strong>em</strong>a, está sendo executado pelaindústria nacional.108


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasFigura 3.8: Torre Móvel <strong>de</strong> Integração <strong>de</strong> Veículos Lançadores <strong>de</strong> SatélitesFonte: AEBPrograma 17.3 – PMM: Satélites <strong>de</strong> Observação da Terra baseados na PlataformaMulti-MissãoO Programa t<strong>em</strong> por objetivo projetar, <strong>de</strong>senvolver e fabricar satélites artificiais<strong>de</strong> observação da Terra, científicos, <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados e análise <strong>de</strong> interferência<strong>em</strong> comunicações, voltados a aplicações <strong>de</strong> interesse nacional <strong>em</strong> áreas comorecursos minerais, florestais e hídricos, agricultura, meio ambiente, vigilânciaterritorial, comunicação e navegação, previsão do t<strong>em</strong>po e do clima.O Satélite Amazônia-1 <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da conclusão da câmera óptica <strong>de</strong> imageamentoterrestre, b<strong>em</strong> como da Plataforma PMM, <strong>de</strong>senvolvida por um consórcio <strong>de</strong><strong>em</strong>presas nacionais. A PMM requer o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> quatro subsist<strong>em</strong>asjá contratados junto à indústria aeroespacial brasileira e um com a indústriaargentina, mas t<strong>em</strong> sofrido constantes atrasos. Como só ficará pronta noprimeiro s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> 2012, o lançamento do Amazônia-1 está previsto para<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2012.A PMM também transportará as cargas úteis dos satélites Lattes, MAPSAR eGPM-Br, os quais se encontram <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> estudos e <strong>de</strong>senvolvimento.109


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosPrograma 17.4 – CBERS: Satélite Sino-Brasileiro <strong>de</strong> Recursos TerrestresForam investidos, entre 2007 e 2009, R$ 238 milhões para construção <strong>de</strong> maisdois ex<strong>em</strong>plares da família <strong>de</strong> satélites CBERS: o 3 e o 4. O teste do mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> voo do CBERS 3 já foi iniciado, b<strong>em</strong> como a integração <strong>de</strong> seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>engenharia e a conclusão do teste estático no mo<strong>de</strong>lo estrutural (SM) dosCBERS 3 e 4. Estes são passos importantes para dar início à fabricação dosequipamentos <strong>de</strong> voo dos satélites. Quando colocados <strong>em</strong> órbitas, os dois satélitesdarão continuida<strong>de</strong> aos avanços já trazidos pelos outros três construídos peloprograma (CBERS 1, 2 e 2B). Já foram distribuídas gratuitamente pelo INPE,um número superior a um milhão <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> média e alta resolução, paracerca <strong>de</strong> 1.500 instituições no Brasil e no exterior, que contam com mais <strong>de</strong>15.000 usuários cadastrados para recebê-las.O Satélite CBERS-2B não se encontra mais <strong>em</strong> operação <strong>de</strong>vido a falhai<strong>de</strong>ntificada no subsist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Atitu<strong>de</strong> e Órbita (AOCS), cujaconstrução foi <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da China. Devido a esse probl<strong>em</strong>a o AOCSdo Satélite CBERS-3 está sendo atualizado.O lançamento do Satélite CBERS-3 estava previsto para 2010, mas foi adiadopara ocorrer a partir <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2011, conforme acordado entre o INPE e aAgência Chinesa <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> Espacial (CAST). O atraso se <strong>de</strong>veu, especialmente,a <strong>em</strong>bargos tecnológicos na aquisição <strong>de</strong> componentes eletrônicos por parte doINPE.Encontra-se implantado o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> estações internacionais <strong>de</strong>recepção <strong>de</strong> imagens CBERS <strong>em</strong> Mas-Palomas (Espanha) e Malindi (Quênia).Está <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> implantação a estação <strong>de</strong> Aswan (Egito). Tais estações nãoestão sendo utilizadas no momento, uma vez que o satélite CBERS-2B não estámais operacional.Programa 17.5 – Empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS),A ACS iniciou suas ativida<strong>de</strong>s a partir da nomeação <strong>de</strong> seus diretores e darealização da primeira reunião <strong>de</strong> seu conselho <strong>de</strong> administração, <strong>em</strong> 2007.Sua implantação física sofreu atraso <strong>de</strong>vido a probl<strong>em</strong>as ligados à existência<strong>de</strong> territórios quilombolas na área, mas, <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008, a situação foiequacionada com a <strong>de</strong>finição da nova configuração do CEA a localização da ACS(figura 3.9) na área do CLA. Sua <strong>de</strong>marcação foi concluída <strong>em</strong> 2009.110


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasLevantamentos ambientais foram concluídos e teve início o processo <strong>de</strong>supressão vegetal dos acessos e para o canteiro <strong>de</strong> obras do sítio do Cyclone 4,ainda <strong>em</strong> 2010.Requisitos técnicos da infraestrutura física e <strong>de</strong> serviços necessários para oslançamentos do Cyclone-4 foram apresentados pelo lado ucraniano. Tambémfoi concluída a <strong>de</strong>finição das responsabilida<strong>de</strong>s quanto à implantação dainfraestrutura geral do CLA para o apoio às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implantação elançamento da ACS.O lado ucraniano está dando continuida<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>senvolvimento do 3º estágio dofoguete, do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> controle, da coifa e da maquete elétrica, com conclusãoprevista <strong>em</strong> 2011, quando será iniciada a fabricação e integração do Cyclone-4.Des<strong>de</strong> 2007 o programa contou com recursos orçamentários <strong>de</strong> R$ 181 milhões,valor que supera <strong>em</strong> 150% o previsto no PACTI para o período.Figura 3.9: Maquete das instalações da ACS <strong>em</strong> Alcântara, MAFonte: AEBPrograma 18.1 – Consolidação do arcabouço legal da área nuclearAs realizações na área nuclear contribuíram para projetar o Brasil como ator<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque no cenário internacional. Em primeiro lugar <strong>de</strong>ve-se ressaltara revisão do Marco Legal do setor, com a formulação do projeto <strong>de</strong> criaçãoda Agência Reguladora Nuclear Brasileira (ARNB), que se encarregará dasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> licenciamento e controle <strong>de</strong> instalações nucleares e radiativasque operam no país, <strong>em</strong> conformida<strong>de</strong> com a Convenção <strong>de</strong> Segurança Nuclear,convenção internacional da qual o Brasil é signatário. Com a criação da ARNB111


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançoso setor nuclear brasileiro passará a contar com uma instituição <strong>de</strong>dicadaexclusivamente às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> segurança nuclear, compatível com o crescente<strong>de</strong>senvolvimento do segmento industrial do programa nuclear brasileiro.Programa 18.2 – Ampliação do ciclo do combustível nuclear na INBO ciclo <strong>de</strong> fabricação do combustível nuclear engloba diversas etapas: mineração,beneficiamento, gaseificação, enriquecimento, reconversão para pó, fabricação<strong>de</strong> pastilhas e montag<strong>em</strong> do el<strong>em</strong>ento combustível. O Brasil domina todo o ciclo<strong>de</strong> fabricação, mas ainda faz a gaseificação e a maior parte do enriquecimentono exterior, contando com capacida<strong>de</strong> ociosa nas <strong>de</strong>mais fases do processo.Na área <strong>de</strong> mineração e beneficiamento,o Brasil conta hoje, nas IndústriasNucleares Brasileiras (INB), com umacapacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong> 400 t/ano,que já possibilita a produção <strong>de</strong> todo ourânio necessário às usinas <strong>de</strong> Angra1 e 2. Futuramente, com o início daexploração na jazida <strong>de</strong> Santa Quitéria,localizada no estado do Ceará,atingir<strong>em</strong>os a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<strong>de</strong> 1.200 t/ano, o que permitiráaten<strong>de</strong>r também a usina <strong>de</strong> Angra 3e, ainda, possibilitar um exce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>produção para a formação <strong>de</strong> estoque.Essa capacida<strong>de</strong>, somada às futurasações <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong> novas jazidasno território nacional, colocará opaís entre os maiores <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong>reservas economicamente viáveis paraexploração <strong>de</strong> urânio do mundo.São <strong>de</strong>staques do Programa Nuclear:• elaboração dos projetos do repositório <strong>de</strong>média e baixa intensida<strong>de</strong> e do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong>combustíveis usados;• início <strong>de</strong> projeto para <strong>de</strong>senvolver e construiro Reator Multipropósito Brasileiro (RMB);• estudos para criação <strong>de</strong> agência reguladorae consequente alteração das atribuições daCNEN;• autosuficiência no ciclo <strong>de</strong> combustível, incluindoconversão e enriquecimento, com investimentos<strong>de</strong> R$ 870 milhões entre 2007 e2009;• investimento <strong>de</strong> R$ 134 milhões na produçãobrasileira <strong>de</strong> radiofármacos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007.Na fase <strong>de</strong> enriquecimento, o Brasil<strong>de</strong>senvolveu tecnologia própria <strong>de</strong> separação por ultracentrifugação, o que colocao país entre as três únicas nações do mundo que <strong>de</strong>têm, simultaneamente,tecnologia para o processo <strong>de</strong> enriquecimento e gran<strong>de</strong>s reservas <strong>de</strong> urânio.Entre 2003 e 2010, foram instaladas as três primeiras cascatas da planta <strong>de</strong>enriquecimento industrial instalada no complexo industrial da INB, localizado112


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicasno município <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong>, RJ, com o início <strong>de</strong> operação do Módulo 1 e quejá produz el<strong>em</strong>entos combustíveis fabricados a partir <strong>de</strong> urânio integralmenteenriquecido no país.Programa 18.3 – Conclusão da planta piloto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> UF6 (conversão)<strong>em</strong> AramarCompl<strong>em</strong>entando o domínio do combustível nuclear, o Brasil <strong>de</strong>senvolveutambém o processo <strong>de</strong> conversão <strong>de</strong> concentrado <strong>de</strong> urânio <strong>em</strong> gás <strong>de</strong> urânio,etapa que antece<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> enriquecimento. Está sendo finalizada aconstrução <strong>de</strong> uma planta piloto <strong>de</strong> conversão, instalada no Centro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>da Marinha (CTMSP), localizado no município <strong>de</strong> Iperó, SP, que irá fornecerparte do gás <strong>de</strong> urânio necessário para o país e que servirá <strong>de</strong> base para o<strong>de</strong>senvolvimento da planta <strong>em</strong> escala industrial a ser instalada futuramente nocomplexo industrial <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong>.Programa 18.4 – Capacitação e a<strong>de</strong>quação tecnológica da NUCLEP paraa fabricação <strong>de</strong> componentes das novas usinas nuclearesAinda no segmento industrial, a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.- Nuclep,localizada no município <strong>de</strong> Itaguaí, RJ, maior indústria <strong>de</strong> mecânica pesadada América Latina e fornecedora <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> fabricação e montag<strong>em</strong> <strong>de</strong>componentes industriais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, v<strong>em</strong> atuando no sentido <strong>de</strong> atualizarseu parque tecnológico com vistas a aten<strong>de</strong>r às novas <strong>de</strong>mandas inerentes aosetor. A Nuclep já mo<strong>de</strong>rnizou 3 <strong>de</strong> suas 8 máquinas <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e iniciou ostrabalhos <strong>de</strong> atualização dos <strong>de</strong>mais equipamentos <strong>de</strong> sua planta fabril. Comoresultado <strong>de</strong>sse trabalho, a Nuclep capacitou-se para a produção <strong>de</strong> geradores<strong>de</strong> vapor para usinas nucleares, tendo trabalhado junto com a <strong>em</strong>presa francesaAreva na substituição dos geradores da usina <strong>de</strong> Angra 1, e habilitando-se aparticipar <strong>de</strong> licitações internacionais com esse fim.Programa 18.5 – Impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> uma Política Brasileira <strong>de</strong> Gerenciamento<strong>de</strong> Rejeitos RadioativosEm função da ampliação das ativida<strong>de</strong>s nucleares no país, é fundamentalque o setor nuclear ofereça à socieda<strong>de</strong> brasileira a garantia do tratamento,confinamento e <strong>de</strong>posição segura <strong>de</strong> todos os materiais radioativos residuais113


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosoriundos das diversas instalações, nucleares e radiativas, que operam no territórionacional, com a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> uma Política Brasileira <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong>Rejeitos Radioativos. Para isso, está <strong>em</strong> curso um projeto <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> umRepositório <strong>de</strong> Baixa e Média Ativida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>verá estar concluído até o ano <strong>de</strong>2017, realizado <strong>em</strong> cooperação com a instituição francesa ANDRA, que constróie opera <strong>de</strong>pósitos finais <strong>de</strong> rejeitos radioativos.Além disso, está sendo contratada a <strong>em</strong>presa francesa AREVA para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> técnico-econômica para oarmazenamento intermediário dos combustíveis irradiados, com base nassoluções adotadas na França e <strong>em</strong> outros países, com o objetivo <strong>de</strong> projetarum <strong>de</strong>pósito intermediário <strong>de</strong> longo prazo para armazenamento dos el<strong>em</strong>entoscombustíveis retirados das usinas nucleares do país.Programa 18.6 – Empresa Brasileira <strong>de</strong> RadiofármacosAlém da geração <strong>de</strong> energia elétrica a partir da energia nuclear, o país po<strong>de</strong>presenciar um gran<strong>de</strong> avanço no segmento <strong>de</strong> aplicações das radiações namedicina, indústria, agricultura e meio ambiente, <strong>de</strong>stacando-se a aplicação <strong>de</strong>radiofármacos <strong>em</strong> diagnóstico e terapia <strong>de</strong> diversas patologias, <strong>em</strong> particularo câncer. A CNEN foi o principal promotor e veículo das tecnologias médicasnesse sentido, fornecendo insumos para todo o país, mas a criação <strong>de</strong> uma<strong>em</strong>presa estatal <strong>de</strong>dicada à produção <strong>de</strong> radiofármacos não avançou, dandolugar a um re<strong>de</strong>senho do Programa com a instalação <strong>de</strong> novos cíclotrons <strong>em</strong>aior ênfase ao projeto e construção <strong>de</strong> um reator multipropósito.Para possibilitar exames <strong>em</strong> outros estados que Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulocom radioisótopos <strong>de</strong> meia-vida curta para tecnologia PET – tomografia por<strong>em</strong>issão <strong>de</strong> pósitrons, foram instalados dois cíclotrons <strong>em</strong> institutos da CNEN,a saber, no Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> Nuclear (CDTN), <strong>em</strong>Belo Horizonte, MG (figura 3.10), <strong>em</strong> 2008, e no Centro Regional <strong>de</strong> CiênciasNucleares (CRCN), <strong>em</strong> Recife, PE (figura 3.11), <strong>em</strong> 2009, que se somam aos doisexistentes no Instituto <strong>de</strong> Engenharia Nuclear (IEN) e três (um <strong>de</strong>les instalado <strong>em</strong>2008) no Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). É importante<strong>de</strong>stacar que uma mudança na legislação ocorrida <strong>em</strong> 2006 permite agora queinstituições privadas adquiram cíclotrons para utilização <strong>em</strong> medicina, o que jáproporcionou a instalação <strong>de</strong> três unida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> Brasília, DF, Florianópolis, SC,e Campinas, SP.114


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasFiguras 3.10: CDTN – unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> radiofármacosFonte: CDTNFiguras 3.11: CRCN – fachada e produção <strong>de</strong> radiofármacosFonte: CRCNOutra questão estratégica para a utilização <strong>de</strong> radioisótopos na medicinaé o abastecimento <strong>de</strong> um dos principais insumos (molibdênio-99) usado <strong>em</strong>fluoroscopia. O fornecimento passou por uma crise mundial <strong>em</strong> 2009-2010,<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as operacionais no reator nuclear do maior centro <strong>de</strong>produção mundial, conjuntamente com iniciativas para a racionalização do usoe a substituição <strong>de</strong> produtos, buscando garantir o atendimento à população.Paralelamente, a CNEN iniciou um projeto para <strong>de</strong>senvolver e construir o ReatorMultipropósito Brasileiro, o RMB, que irá tornar o país autosuficiente na área,além <strong>de</strong> permitir a realização <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> combustíveis nucleares e <strong>de</strong> materiais.115


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosCom a entrada <strong>em</strong> operação do RMB, prevista para ocorrer ao final <strong>de</strong> 2015, oBrasil terá garantido seu suprimento <strong>de</strong> radioisótopos para aplicações médicas,além <strong>de</strong> contar com uma instalação <strong>de</strong> pesquisa e testes na área nuclear queirá possibilitar o avanço tecnológico do país no setor.Programa 18.7 – Ações <strong>de</strong> P,D&I e capacitação voltadas para a retomadado PNBQuanto às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento e inovação, além da formaçãoespecializada para o setor nuclear, os resultados proporcionados pela CNEN esuas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa atestam o nível <strong>de</strong> excelência e <strong>de</strong> promoção doconhecimento alcançados pela área nuclear do país <strong>em</strong> seus diversos segmentos<strong>de</strong> aplicação, como mostrado na tabela 3.1. Observa-se que houve crescimentomaior no período <strong>de</strong> 2007 a 2009.Tabela 3.1: Indicadores <strong>de</strong> P,D&I da CNEN e seus institutosPesquisaRealizada<strong>Tecnologia</strong>DesenvolvidaPatenteDepositadaPublicação <strong>em</strong>Periódico2003-2006 1.278 105 65 6562007-2009 1.689 280 46 870Total 2.967 385 111 1.526Fonte: CNENA criação do Conselho <strong>de</strong> Ensino na CNEN, efetivada <strong>em</strong> 2007, propiciou umgran<strong>de</strong> avanço na formação <strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong> pós-graduação para o setor nuclear,com a titulação <strong>de</strong> 77 mestres e seis doutores <strong>de</strong>sse ano até 2009.Programa 19.1 – Defesa NacionalOs Ministérios da Ciência e <strong>Tecnologia</strong> (MCT) e da Defesa (MD) têm trabalhado<strong>em</strong> conjunto com o objetivo <strong>de</strong> ampliar a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> programas estratégicose a ampliação dos recursos para o setor. A Portaria Interministerial MCT/MD/750/2007 consolida esse processo, buscando a integração dos órgãos civis,militares, universitários e <strong>em</strong>presariais que têm por missão <strong>de</strong>senvolver Ciência,<strong>Tecnologia</strong> e Inovação (C,T&I) no país. Os projetos <strong>de</strong> pesquisa da Defesa apoiados116


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicasno âmbito do PACTI po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> pleno sucesso, pelo elevadoíndice <strong>de</strong> realizações e pelo estímulo a pesquisas que apresentam forte caráter<strong>de</strong> dualida<strong>de</strong>, ou seja, possu<strong>em</strong> <strong>de</strong>stinação e <strong>em</strong>prego tanto na área militarquanto na civil. Uma vez que tais efeitos e utilida<strong>de</strong>s se esten<strong>de</strong>m com certezaalém das aplicações militarmente tradicionais e reconhecidas as possibilida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> inovação <strong>de</strong> alto conteúdotecnológico, muitas vezes <strong>de</strong> naturezasensível, e <strong>de</strong> mercado, o ComplexoIndustrial da Defesa foi incluído naPolítica <strong>de</strong> Desenvolvimento Produtivo• Defesa: Os recursos <strong>de</strong>stinados aos projetos<strong>de</strong> C,T&I na Defesa resultaram <strong>em</strong> mais <strong>de</strong>R$212 milhões <strong>de</strong> investimentos entre 2007e 2009, com foco <strong>em</strong> projetos <strong>de</strong> caráter dual(PDP) como um dos seis programas e apelo inovador nas diversas ações dasmobilizadores <strong>em</strong> áreas estratégicas.Forças Armadas, como por ex<strong>em</strong>plo o radar<strong>de</strong> vigilância, a viatura blindada <strong>de</strong> transporte<strong>de</strong> pessoal,o projeto do Míssil A-Darter, oA partir do estabelecimento doprograma 19.1 no PACTI e dotrabalho conjunto no âmbito da PDPforam escolhidos 25 projetos parareceber<strong>em</strong> atenção especial, visandoà aceleração das ações inseridas nosprocessos que envolv<strong>em</strong> a pesquisa, o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> motores com ímãs parapropulsão naval e as pesquisas <strong>de</strong> fibras <strong>de</strong>carbono. A aplicação <strong>de</strong> recursos já atingiumais <strong>de</strong> 94% do montante previsto no PACTIe <strong>de</strong>verá ultrapassar a sua totalida<strong>de</strong> ao final<strong>de</strong>senvolvimento e a industrialização <strong>de</strong> 2010, com aportes do FNDCT e contrapartidasda Defesa.dos produtos inovadores <strong>de</strong> interesseda Defesa Nacional. Seis <strong>de</strong>les forampriorizados quanto à sua maturaçãoe apresentados à FINEP e ao BNDESpara receber<strong>em</strong> o apoio financeiro, visando à industrialização dos produtosresultantes do <strong>de</strong>senvolvimento:i. Radares <strong>de</strong> Vigilância Aérea SABER M-60 e SABER M-200: terão<strong>em</strong>prego, também, nas plataformas <strong>de</strong> petróleo <strong>em</strong> alto mar; o radarSABER M60, já está sendo industrializado <strong>em</strong> linha <strong>de</strong> produção noArsenal <strong>de</strong> Guerra <strong>de</strong> São Paulo do Exército, pela <strong>em</strong>presa Orbisat, eo radar SABER M200 está <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento no Centro Tecnológicodo Exército, <strong>em</strong> parceria com a mesma <strong>em</strong>presa, e t<strong>em</strong> sua previsão<strong>de</strong> protótipo pronto para 2014;ii. Viatura Blindada <strong>de</strong> Transporte <strong>de</strong> Pessoal – Média sobre Rodas (VBTP-MR): será usada pelas Forças <strong>de</strong> Paz Brasileiras, aten<strong>de</strong>ndo aos novosrequisitos operacionais da ONU; projeto do Exército Brasileiro <strong>em</strong>parceria com a <strong>em</strong>presa IVECO, t<strong>em</strong> seu protótipo previsto para 2014;iii. Míssil Ar-Ar A-Darter: projeto <strong>em</strong> parceria com a África do Sul; já foramrealizados vários voos testes, inclusive a partir <strong>de</strong> aviões caças sul117


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosafricanos; sua produção <strong>em</strong> escala industrial, no Brasil, está previstapara 2014;iv. Produção <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as inerciais para aplicação aeroespacial: girômetrose acelerômetros nacionais <strong>de</strong>senvolvidos a partir do projeto <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>asinerciais já foram testados e aprovados; <strong>de</strong>verão ser homologados ecertificados ainda <strong>em</strong> 2011;v. Desenvolvimento <strong>de</strong> fibra precursora (PAN) para produção <strong>de</strong> fibra<strong>de</strong> carbono: a fibra <strong>de</strong> carbono está sendo produzida <strong>em</strong> escalalaboratorial, no Centro Tecnológico da Marinha <strong>em</strong> São Paulo (CTM-SP), <strong>em</strong> quantida<strong>de</strong> suficiente para aten<strong>de</strong>r à produção das ultracentrífugasdo programa nuclear da Marinha; evi. Medida <strong>de</strong> impedância <strong>de</strong> interação <strong>em</strong> estruturas eletromagnéticas<strong>de</strong> ondas lentas para válvulas TWT (“traveling-wave tube”): as válvulasestão sendo produzidas <strong>em</strong> escala laboratorial para os radares dosnavios da Marinha do Brasil, pelo CTM-SP.Dentre o restante dos 25 projetos priorizados <strong>de</strong>stacam-se, ainda, aqueles parao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> motores com ímãs para propulsão naval, <strong>de</strong> materiaisresistentes a impactos balísticos e <strong>de</strong> veículos aéreos não tripulados (VANT),estes também com produção prevista <strong>em</strong> breve.No total, foram investidos mais <strong>de</strong> R$ 212 milhões entre 2007 e 2009, sendo R$54 milhões do FNDCT e R$ 158 milhões <strong>de</strong> contrapartida das Forças Armadas,o que inclui apoio mediante bolsas <strong>de</strong> pós-graduação aos pesquisadoresenvolvidos nesses projetos e à cooperação entre institutos militares <strong>de</strong> ensino epesquisa com universida<strong>de</strong>s e centros <strong>de</strong> pesquisa civis.Programa 19.2 – Segurança PúblicaO Programa foi criado com vistas a promover o <strong>de</strong>senvolvimento científico etecnológico dos órgãos <strong>de</strong> segurança pública e criminal apoiando, principalmente,a infra-estrutura <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento, inovação e serviços tecnológicos<strong>em</strong> ICTs que atuam <strong>em</strong> t<strong>em</strong>as voltados para a área <strong>de</strong> segurança pública eciências forenses. As ativida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>senvolvidas <strong>em</strong> parceria com outrosórgãos e instituições nacionais e internacionais.Gran<strong>de</strong> parte das metas previstas no PACTI ainda não foram alcançadas <strong>de</strong>vidoà <strong>de</strong>mora na liberação <strong>de</strong> recursos (aprovação do primeiro projeto pela FINEP<strong>em</strong> 2008, assinatura do convênio <strong>em</strong> 24/06/2009 e início da liberação dosrecursos <strong>em</strong> 30/09/2009). Alguns equipamentos já foram adquiridos e o projeto118


3. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas Estratégicasencontra-se <strong>em</strong> plena execução, com final previsto para 2012. Neste primeiromomento estão sendo apoiados projetos <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novas tecnologias, <strong>de</strong> inovação e <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> pessoal no campodas ciências forenses com foco nas áreas <strong>de</strong> análises químicas, mineralogia,genética, geofísica, geoprocessamento e i<strong>de</strong>ntificação papiloscópica.A Priorida<strong>de</strong> Estratégica III, com seus 59 programas, representa 68% dasativida<strong>de</strong>s do PACTI. Da análise <strong>de</strong> seus resultados, que não são todos aquiapresentados, se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> que o grau <strong>de</strong> atendimento das metas é bastantevariado e que, <strong>em</strong>bora se constate muito sucesso, também se i<strong>de</strong>ntificaa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aperfeiçoamentos, seja por imprecisões no <strong>de</strong>senho doprograma, seja por <strong>de</strong>ficiência na articulação com parceiros, seja por falta<strong>de</strong> recursos. Esses aperfeiçoamentos po<strong>de</strong>rão ser feitos na elaboração dopróximo <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação.119


4. Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovaçãopara o Desenvolvimento Social


122<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços


4. Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação para o Desenvolvimento Social• S<strong>em</strong>ana Nacional <strong>de</strong> C&T: <strong>em</strong> 2009, 24.972ativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> 472 municípios.• Olimpíada Brasileira <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>ática dasEscolas Públicas: <strong>em</strong> 2010, atingiu 99,2%dos municípios, com 19,7 milhões <strong>de</strong> alunos<strong>de</strong> 44.717 escolas; cursos <strong>de</strong> formaçãoe aperfeiçoamento no IMPA permit<strong>em</strong> aosprofessores pr<strong>em</strong>iados ter acesso a materialdidático <strong>de</strong> excelência; OBMEP começaa influenciar positivamente o Índice <strong>de</strong> Desenvolvimentoda Educação Básica (IDEB).• Telecentros: investimento total <strong>de</strong> R$ 232milhões, <strong>de</strong> 2007 a 2009, <strong>em</strong> 753 unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> inclusão digital;• Centros Vocacionais Tecnológicos: entreA atuação do MCT se expressa, especialmente,nos investimentos nos programas<strong>de</strong> inclusão digital (telecentros),nos Centros Vocacionais Tecnológicos(CVTs), na S<strong>em</strong>ana Nacional <strong>de</strong> C,T&I ena Olimpíada Brasileira <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>áticadas Escolas Públicas (OBMEP), <strong>de</strong>ntreoutros,. Esses ações interag<strong>em</strong> com oprograma do Governo Fe<strong>de</strong>ral Territóriosda Cidadania.A atuação do MCT nesse sentido se expressa,especialmente, no investimentofeito na S<strong>em</strong>ana Nacional <strong>de</strong> C,T&I, naOlimpíada Brasileira <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>ática dasEscolas Públicas (OBMEP), nos CentrosVocacionais Tecnológicos (CVTs) e nosTelecentros.2003 e 2009, MCT apoiou 471 projetos,Programa 20.1 – Divulgação ecom aporte <strong>de</strong> R$ 284,9 milhões.educação científica, tecnológica e• Plataforma <strong>de</strong> convergência social: na esferado programa fe<strong>de</strong>ral Territórios da Cida-<strong>de</strong> inovaçãoDentro das iniciativas <strong>de</strong> popularizaçãodania, MCT investiu <strong>em</strong> Arranjos Produtivos<strong>de</strong> C,T&I, a S<strong>em</strong>ana Nacional <strong>de</strong> Ciênciae <strong>Tecnologia</strong>, realizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004,Locais, Telecentros ou Centros <strong>de</strong> Acesso à<strong>Tecnologia</strong> para Inclusão Social e CVTs. mobiliza toda a estrutura da Secretaria<strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> para a InclusãoSocial (SECIS/MCT), com <strong>de</strong>sdobramentos<strong>em</strong> todas as unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração. A edição <strong>de</strong> 2009 12 envolveu 472municípios e contou com 24.972 ativida<strong>de</strong>s, número 130% superior ao obtidono ano anterior e 273% superior ao <strong>de</strong> 2005 (Tabela 4.1). O aumento significativodo número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s não foi acompanhado, entretanto, pelo número <strong>de</strong>municípios participantes, uma vez que cresceu somente 6% <strong>em</strong> 2009, quandocomparado ao ano <strong>de</strong> 2008. Tal constatação indica que a S<strong>em</strong>ana <strong>de</strong> C&T estáconsolidada nos municípios que a vêm realizando, dado o expressivo aumentodo número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> 2009, o qual superou a taxa média anual <strong>de</strong> crescimento<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20% nos últimos três anos.12 A edição <strong>de</strong> 2010 ocorreu ao final <strong>de</strong> outubro e os dados ainda estão sendo consolidados.123


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosTabela 4.1: Evolução do número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e da participação municipal naS<strong>em</strong>ana Nacional <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> – 2004-2009Ano Número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s Municípios envolvidos2004 1.842 2522005 6.701 3322006 8.654 3702007 9.048 3572008 10.859 4452009 24.972 472Fonte: SECIS/MCTPrograma 20.2 – Centros e Museus <strong>de</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e InovaçãoDiversas ações <strong>de</strong>ste programa pu<strong>de</strong>ram ser iniciadas com o lançamento doedital CNPq/SECIS 064/2009, entre as quais há projetos <strong>de</strong> observatórios, planetáriosfixos e móveis (novos ou reformas) <strong>em</strong> parceria com as fundações <strong>de</strong>amparo à pesquisa dos estados. Foi apoiada, também, a instalação <strong>de</strong> salas <strong>de</strong>vi<strong>de</strong>oconferência e <strong>de</strong> outros espaços <strong>de</strong> mídias digitais e interativos que interligamcentros e museus <strong>de</strong> ciência. Parques científicos como os <strong>de</strong> Jiquia, PE,e <strong>de</strong> Mossoró, RN, receberam apoio do MCT. Nove unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciência móvelestão <strong>em</strong> funcionamento e outras sete estarão prontas por meio do mencionadoedital.Além da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> divulgação para o público, tais instituições t<strong>em</strong> gran<strong>de</strong>potencial para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações que contribuam para a melhoriado ensino <strong>de</strong> ciências nas escolas. Dentre os programas <strong>de</strong>senvolvidos até omomento, <strong>de</strong>stacam-se a criação e a ampliação do programa Ciência Móvel; aampliação do número <strong>de</strong> planetários fixos, observatórios e planetários móveis;<strong>de</strong>senvolvimento e ampliação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> popularização da ciência no país; articulaçãodos centros e museus <strong>de</strong> ciência entre si; impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>salas <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>oconferência; ampliação do número <strong>de</strong> centros e museus <strong>de</strong> ciênciainterativos; estímulo à inclusão <strong>de</strong> tecnologias sociais nos centros e museusda C&T; estímulo à participação <strong>de</strong> estudantes universitários (<strong>de</strong> graduação e124


4. Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação para o Desenvolvimento Socialpós-graduação) <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> popularização da C,T&I, particularmente noscentros e museus <strong>de</strong> ciência; apoio a ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fortalecimento das re<strong>de</strong>snacionais, regionais ou locais <strong>de</strong> museus <strong>de</strong> ciência, assim como o estabelecimento<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s internacionais <strong>de</strong> integração entre as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> museus <strong>de</strong>ciência; criação <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> referência para o ensino <strong>de</strong> ciências <strong>em</strong> escolaspúblicas, <strong>em</strong> articulação com o MEC e com secretarias estaduais e municipais;valorização da m<strong>em</strong>ória do país <strong>em</strong> C,T&I, contribuindo para a preservação <strong>de</strong>acervos e do patrimônio histórico e estimulando universida<strong>de</strong>s e instituições <strong>de</strong>pesquisa a preservar<strong>em</strong> instrumentos científicos.No total, o Programa apoiou 227 projetos por meio <strong>de</strong> 4 editais.Como medida do interesse da população, resultante das pesquisas nacionais<strong>de</strong> percepção pública da C&T, verificou-se que a visitação a centros e museus<strong>de</strong> C&T cresceu <strong>de</strong> 4% para 8,3% entre 2006 e 2010. A razão mais frequentepara não se visitá-los, nas mesmas pesquisas, foi o fato <strong>de</strong> elas não existir<strong>em</strong> naregião do respon<strong>de</strong>nte. Embora a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> da distribuição <strong>de</strong> museus <strong>de</strong>C&T ainda seja gran<strong>de</strong>, ela diminuiu, ressaltando-se que o número <strong>de</strong>les quasedobrou na última década.Programa 20.3 – OBMEP (Olimpíada Brasileira <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>áticas dasEscolas PúblicasUm programa que chama atenção pelo êxito alcançado é a Olimpíada Brasileira<strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>áticas das Escolas Públicas (OBMEP). Des<strong>de</strong> 2007, as metas relativasà distribuição <strong>de</strong> 3.000 medalhas (300 <strong>de</strong> ouro, 900 <strong>de</strong> prata, 1.800 <strong>de</strong> bronze)e à pr<strong>em</strong>iação <strong>de</strong> 127 professores, 100 escolas e 50 municípios são atingidas.A edição da Olimpíada <strong>de</strong> 2008 atingiu 5.493 municípios brasileiros (98,7%) e40.397 escolas públicas, contando com a inscrição <strong>de</strong> 18,3 milhões <strong>de</strong> alunos ecom a colaboração voluntária <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 120 mil professores. Em 2010, a OB-MEP contabilizou um total <strong>de</strong> 44.717 escolas inscritas, representando 99,2%dos municípios, contando com 19.665.615 alunos. O número <strong>de</strong> alunos inscritos<strong>em</strong> 2010 foi 87% superior ao obtido na primeira Olimpíada, crescimento quecorrespon<strong>de</strong> a 93,6% da meta acordada <strong>de</strong> 21 milhões inscritos para 2010. Aevolução do número <strong>de</strong> alunos inscritos na OBMEP está representada na 4.1 ena Tabela 4.2.125


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 4.1: Alunos inscritos na OBMEP 2005 a 2010Total <strong>de</strong> alunos (<strong>em</strong> milhões)20,015,010,05,00,019,219,718,317,314,210,52005 2006 2007 2008 2009 2010Fonte: MCT/SECISTabela 4.2: Evolução das Inscrições na Olimpíada Brasileira <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>áticadas Escolas Públicas (OBMEP) – 2005-2010Ano Escolas Inscritas% MunicípiosInscritosTotal <strong>de</strong> Alunos2005 31.030 93,5 10.520.8302006 32.655 94,5 14.181.7052007 38.450 98,1 17.341.7322008 40.397 98,7 18.326.0292009 43.854 99,1 19.198.7102010 44.717 99,2 19.665.615Fonte: MCT/SECISA partir <strong>de</strong> 2008 po<strong>de</strong>-se perceber que a taxa <strong>de</strong> crescimento dos alunos inscritosfoi menor do que a registrada <strong>em</strong> 2007, uma vez que a OBMEP, <strong>de</strong> aplicaçãovoluntária, já conta com a participação <strong>de</strong> quase 100% dos municípios.Está <strong>em</strong> estudo, conjuntamente com o Centro <strong>de</strong> Gestão e Estudos Estratégicos(CGEE), a avaliação <strong>de</strong> impacto da Olimpíada, que contará com análise <strong>de</strong> váriosaspectos e a sugestão <strong>de</strong> melhorias, tais como, a ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> outros países,a inclusão da OBMEP no calendário escolar.126


4. Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação para o Desenvolvimento SocialFigura 4.2: Distribuição regional dos alunos pr<strong>em</strong>iados naOBMEP <strong>de</strong> 2005 a 200920058,9% 30,6%8,0%38,3%14,2%20063,8%12,9%6,4%56,3%20,5%20074,0%11,7%6,6%58,8%18,9%20083,8%11,8%5,9%61,2%17,2%20094,0%12,3%6,7%58,7%18,4%N NE CO SE SFonte: MCT/SECIS.A distribuição regional dos alunos pr<strong>em</strong>iados confirma a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> observada<strong>em</strong> reconhecidos indicadores socioeconômicos <strong>de</strong> corte regional, isto é, asregiões Sul e Su<strong>de</strong>ste atingindo conjuntamente 77% dos alunos pr<strong>em</strong>iados naOBMEP <strong>de</strong> 2009 13 , ante 23% da soma das <strong>de</strong>mais regiões, conforme se observana Figura 4.2. É interessante observar também que a presença das regiõesSul e Su<strong>de</strong>ste na distribuição regional dos alunos inscritos é bastante diferente(51%, <strong>em</strong> 2008), o que reforça que, ao longo do processo, os alunos <strong>de</strong>ssas regiõesse sa<strong>em</strong> melhor nas provas.Outra modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pr<strong>em</strong>iação da OBMEP é a realização <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formaçãoe aperfeiçoamento pelo IMPA, <strong>em</strong> parceria com a Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong>Mat<strong>em</strong>ática, os quais permit<strong>em</strong> aos professores pr<strong>em</strong>iados acesso a materialdidático <strong>de</strong> excelência, que é doado às escolas pr<strong>em</strong>iadas. O resultado <strong>de</strong>ssasativida<strong>de</strong>s é a formação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> alunos e <strong>de</strong> professores<strong>em</strong> muitas escolas públicas, promovendo a inovação e o aprimoramentoacadêmico nas ativida<strong>de</strong>s das escolas participantes da Olimpíada. A<strong>de</strong>mais, oPrograma <strong>de</strong> Iniciação Científica Junior proporciona aos alunos pr<strong>em</strong>iados ati-13 Dados sobre a distribuição regional <strong>de</strong> 2010 ainda não estão disponíveis.127


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosvida<strong>de</strong>s conduzidas por professores orientadores, sob supervisão <strong>de</strong> um coor<strong>de</strong>nadorregional, as quais envolv<strong>em</strong> resolução <strong>de</strong> exercícios, leituras, oficinase jogos, com o apoio <strong>de</strong> material didático especialmente produzido: são quase350 orientadores distribuídos pelo Brasil <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 200 pólos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s.É importante <strong>de</strong>stacar que a Olimpíada é um sucesso – a cerimônia <strong>de</strong> pr<strong>em</strong>iaçãodos alunos, professores e escolas, que contou com o presi<strong>de</strong>nte da República<strong>em</strong> 2006, 2008 e 2009, t<strong>em</strong> alcançado <strong>de</strong>staque nacional <strong>de</strong> mídia – e v<strong>em</strong>criando um ambiente estimulante para o estudo <strong>de</strong> mat<strong>em</strong>ática. Levantamentodo Instituto Nacional <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) mostrou quea OBMEP começa a influenciar positivamente o Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento daEducação Básica (IDEB) no país. Segundo o instituto, que divulgou o resultadoda Olimpíada no fim <strong>de</strong> 2009, o impacto foi registrado nas primeiras séries doensino fundamental, on<strong>de</strong> o índice subiu <strong>de</strong> 3,8 <strong>em</strong> 2005 para 4,2 <strong>em</strong> 2007.Programa 20.4 – Conteúdos Digitais Multimídia para EducaçãoCientífica e Popularização da C,T&I na InternetO Portal do Professor, lançado <strong>em</strong> 2008 <strong>em</strong> parceria com o Ministério da Educação,dispõe <strong>de</strong> uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos educacionais, cursos e materiaiscujo principal propósito é auxiliar os processos <strong>de</strong> formação dos professoresbrasileiros e enriquecer a sua prática pedagógica. O Portal é um espaço públicoo qual po<strong>de</strong> ser acessado por quaisquer interesados. Este espaço virtual permiteao professor obter alternativas à aula tradicional com acesso a ví<strong>de</strong>o, a áudio,à navegação por museus, e a portais <strong>de</strong> textos digitais.O edital MEC/MCT (2007-2008) <strong>de</strong>nominado Conteúdos Digitais Educacionais[MEC/MCT], no valor <strong>de</strong> R$ 75 milhões, apoiou 17 gran<strong>de</strong>s projetos <strong>de</strong> instituições<strong>de</strong> ensino e pesquisa brasileiras para a produção <strong>de</strong> conteúdos digitais educativos,para incorporação no Portal do Professor. É importante mencionar que nesse contextotambém se encontra o portal Banco Internacional <strong>de</strong> Objetos Educacionais.O acesso ao Portal do Professor, iniciado <strong>em</strong> 2008, passou <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong>visitantes no início <strong>de</strong> 2009 para cerca <strong>de</strong> três milhões no início <strong>de</strong> 2010; domesmo modo, cresceu muito o número <strong>de</strong> recursos educacionais nele contidos.Programa 21.1 – Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs)Com relação às tecnologias para o <strong>de</strong>senvolvimento social, o MCT totalizou 471projetos <strong>de</strong> apoio a Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), entre 2003 e 2009.Os recursos investidos nos últimos seis anos na impl<strong>em</strong>entação e mo<strong>de</strong>rnização<strong>de</strong> CVTs por todo o País foram <strong>de</strong> R$ 284,9 milhões (Figura 4.3).128


Figura 4.3: Projetos apoiados para CVTs e total <strong>de</strong> recursos, 2003 a 2009120no. <strong>de</strong> projetos11170<strong>em</strong> R$ milhões1008060405790696372605040302022,5046,0241,3157,7355,2658,12209104,0002003 2004 2005 2006 2007 2008 200902003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Projetos apoiados para CVTsTotal <strong>de</strong> recursos para projetosapoiados: R$ 284,9 milhõesFonte: MCT/SECIS.Os CVTs são, além <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> profissionalização, centros voltadospara a difusão do acesso ao conhecimento científico e tecnológico, <strong>de</strong>conhecimentos práticos na área <strong>de</strong> serviços técnicos e <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> conhecimentostecnológicos no seu meio <strong>de</strong> atuação visando à melhoria dos processosprodutivos locais.Programa 21.2 – TelecentrosCom relação aos Telecentros, foram investidos durante o ano <strong>de</strong> 2008, comapoio técnico e operacional da Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral (CAIXA), R$ 61,8 milhõespara a contratação <strong>de</strong> 331 projetos distribuídos por todo o território nacional.O MCT, por intermédio da SECIS, contratou 26 projetos <strong>de</strong> inclusãodigital, os quais totalizaram R$ 5,1 milhões.Ainda <strong>em</strong> 2008, a CAIXA colocou <strong>em</strong> operação os projetos do Programa Telecentrospara Inclusão Digital do Programa Nacional <strong>de</strong> Segurança Pública com Cidadania– PRONASCI, do Ministério da Justiça (MJ). Celebrou-se termo <strong>de</strong> cooperaçãoentre o MCT e o MJ para a implantação <strong>de</strong> telecentros <strong>de</strong>stinados à oferta <strong>de</strong>cursos e treinamentos presenciais e à distância <strong>em</strong> áreas selecionadas pelo Programa.Foram aplicados recursos da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 2,3 milhões, distribuídos daseguinte maneira: Nor<strong>de</strong>ste (6%), Norte (12%) e Su<strong>de</strong>ste (82%). Assim, <strong>em</strong> 2008,chegou-se ao total <strong>de</strong> R$ 69,2 milhões <strong>de</strong> recursos aportados para os Telecentros.129


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosDes<strong>de</strong> a vigência do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação, 962 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital (ID) foraminstaladas, as quais inclu<strong>em</strong> Telecentros ou Centros <strong>de</strong> Acesso à <strong>Tecnologia</strong> paraInclusão Social (CATIS), com cerca <strong>de</strong> R$ 300 milhões investidos <strong>de</strong> 2007 a 2010.Cada uma das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital oferece ainda cursos para formação<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadores e monitores. Isso significa que a meta foi superada <strong>em</strong> mais <strong>de</strong>360 unida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> relação aos 600 Telecentros originalmente propostos.Programa 21.3 – Apoio à Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológicapara o Desenvolvimento SocialEntre 2007 e 2009, foram apoiados diversos projetos <strong>de</strong> extensão, que foram<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a capacitação profissional à aplicação <strong>de</strong> técnicas, melhorias e aperfeiçoamentos<strong>de</strong> processos produtivos <strong>em</strong> todas as unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração. Algunsex<strong>em</strong>plos são: consolidação <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> treinamento e difusão tecnológicaflorestal <strong>em</strong> comunida<strong>de</strong>s rurais da Amazônia e inovações tecnológicas <strong>em</strong> comunida<strong>de</strong>sribeirinhas do Amazonas; produção <strong>de</strong> óleos vegetais e inclusão social;implantação <strong>de</strong> Centro <strong>de</strong> Inovação e Difusão Tecnológica <strong>de</strong> Confecções;implantação <strong>de</strong> centro <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologia do artesanato, fitossanida<strong>de</strong>e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frutas produzidas por pequenos produtores no Vale doSão Francisco; inclusão social e <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dorismo, como fábrica <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ira<strong>de</strong> rodas; Centro <strong>de</strong> Terapia Celular para estudo e tratamento <strong>de</strong> pacientescom necessida<strong>de</strong>s especiais, mobilida<strong>de</strong> reduzida e idosos; ou seja, projetos<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> mas <strong>de</strong> alto impacto social nas comunida<strong>de</strong>s afetadas.Houve também aumento no apoio a projetos <strong>de</strong>stinados ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>tecnologias asssistivas e <strong>de</strong> tecnologias adaptadas a comunida<strong>de</strong>s tradicionais.Programa 21.6 – Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Aplicados àSegurança Alimentar e NutricionalO lançamento do edital MCT/SECIS/CNPq - 019/2010, <strong>Tecnologia</strong>s Sociais <strong>em</strong>Segurança Alimentar e Nutricional apoiará 66 projetos <strong>em</strong> todo território nacional.Com efeito, tornará possível <strong>de</strong>senvolver processos produtivos agroecológicos<strong>em</strong> áreas <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> insegurança alimentar e nutricional, impl<strong>em</strong>entarSist<strong>em</strong>as Locais <strong>de</strong> Segurança Alimentar e Nutricional, com ênfase <strong>em</strong> agriculturaurbana e periurbana <strong>em</strong> cinco capitais do país, implantar estudos etnográficos<strong>de</strong> resgate dos alimentos tradicionais da biodiversida<strong>de</strong> para ampliação <strong>de</strong>mercado e geração <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s nas cinco regiões do país, mapeara cultura alimentar da população brasileira, <strong>de</strong>senvolver e impl<strong>em</strong>entar cincoincubadoras públicas <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> Social na área <strong>de</strong> Segurança Alimentar eNutricional, uma para cada região. Além disso, <strong>de</strong>staca-se a implantação doCentro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>s Sociais e Educação <strong>em</strong> Segurança Alimentar e NutricionalJosué <strong>de</strong> Castro, no Paraná.130


4. Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação para o Desenvolvimento SocialPlataforma <strong>de</strong> convergência socialA partir <strong>de</strong> 2009, ocorreu ainda a consolidação da plataforma <strong>de</strong> convergênciasocial. A estratégia <strong>de</strong> convergência traz consigo a união <strong>de</strong> três programas:Arranjos Produtivos Locais, Telecentros ou CATIS e CVTs. A idéia é integrarpolíticas públicas <strong>de</strong> inclusão social como meio <strong>de</strong> indução do <strong>de</strong>senvolvimentoregional sustentável, na esfera do programa fe<strong>de</strong>ral Territórios da Cidadania.Nas regiões <strong>de</strong>finidas pelo programa Territórios, o MCT investiu, entre 2003 e2008, o montante <strong>de</strong> R$ 52,8 milhões, com a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> 86 CVTs. Também<strong>de</strong>ntro dos Territórios, a plataforma <strong>de</strong> convergência social para inclusãodigital investiu cerca <strong>de</strong> R$ 35 milhões (sendo R$ 18,5 milhões para o estado daParaíba). Em 2007, cerca <strong>de</strong> R$ 600 mil foram investidos <strong>em</strong> projetos <strong>de</strong> telecentros<strong>de</strong>ntro do referido programa. Avanços na convergência dos programassão, portanto, facilmente percebidos.Lançou-se, no último trimestre <strong>de</strong> 2009, o edital MCT/CNPq Nº 031/2009, paraseleção pública <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> curta duração e pesquisa científica etecnológica para o <strong>de</strong>senvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais.131


5. Macrometas do PACTI


134<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços


5. Macrometas do PACTI• Recursos do MCT para custeio e capital passam<strong>de</strong> R$ 1,1 bilhão <strong>em</strong> 2000 para R$ 6,6 bilhões <strong>em</strong>2010, o que representa um crescimento <strong>de</strong> 515%no período, e um crescimento real <strong>de</strong> 192%quando os recursos são corrigidos pelo <strong>de</strong>flatorimplícito do PIB para valores <strong>de</strong> 2010.• Dispêndio total <strong>em</strong> P&D no Brasil cresce <strong>de</strong> R$12 bilhões <strong>em</strong> 2000, correspon<strong>de</strong>nte a R$ 25 bilhõescorrigidos, para R$ 44,4 bilhões <strong>em</strong> 2010,um aumento real <strong>de</strong> 75%; <strong>em</strong> termos do PIB,P & D c r e s c e d e 1 , 0 2 % p a r a u m a e s t i m a t i v a d e1,25% no mesmo período.• Dispêndio privado <strong>em</strong> P&D cresce, no mesmoperíodo, <strong>de</strong> R$ 5,5 bilhões, correspon<strong>de</strong>ntes aR$ 11,6 bilhões corrigidos, para R$ 20,9 bilhões,um aumento real <strong>de</strong> 80% (0,47% PIB para 0,59%PIB).• FNDCT cresce <strong>de</strong> R$ 0,37 bilhões, corrigidos,para R$ 3,10 bilhões, no período 2000 - 2010,(estimativa) um aumento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 750%.• Estimativas preliminares apontam para 97,9% <strong>de</strong>execução dos recursos do MCT e <strong>de</strong> seus parceirosno <strong>Plano</strong> CTI, no período <strong>de</strong> 2007 a 2010.Em uma perspectiva <strong>de</strong> médioprazo, o PACTI t<strong>em</strong> possibilitadoampliar os investimentos <strong>de</strong> modoa atingir patamares inéditos <strong>de</strong>aporte <strong>de</strong> recursos para a área.Entre 2007 e 2010, o orçamento <strong>de</strong>custeio e capital do MCT, <strong>em</strong> bilhõescorrentes, aumentou <strong>de</strong> R$ 3,6bilhões para algo <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> R$ 6,6bilhões, como se verifica na Figura5.1. Se comparados com recursosaportados no ano 2000, corrigidospelo <strong>de</strong>flator implícito do PIB para oano <strong>de</strong> 2010, se verifica crescimentoreal <strong>de</strong> 192% até esse ano.Entre 2007 e 2010, como reflexodas ações <strong>em</strong>preendidas <strong>em</strong> favordo PACTI, foi possível agregar mais<strong>de</strong> R$ 3,4 bilhões ao orçamento doMinistério. A Figura 5.2 apresentaa evolução do Fundo Nacional<strong>de</strong> Desenvolvimento Científico eTecnológico (FNDCT), uma partesignificativa do orçamento do MCT,que atingiu mais <strong>de</strong> R$ 3,1 bilhões<strong>em</strong> 2010.Ainda com o mesmo objetivo, têmrecebido atenção especial estudos estratégicos sobre formas <strong>de</strong> ampliação dasreceitas dos atuais Fundos, b<strong>em</strong> como sobre possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> receitaspara a criação <strong>de</strong> novos Fundos.Essas ações, associadas ao <strong>em</strong>penho do Governo Fe<strong>de</strong>ral <strong>em</strong> <strong>de</strong>stacar C,T&Icomo um dos el<strong>em</strong>entos centrais da Política <strong>de</strong> Estado, estimulam e viabilizamo aumento gradativo dos investimentos das unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração e dosetor privado. O dispêndio nacional <strong>em</strong> C,T&I, representado pela soma dosinvestimentos <strong>em</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento (P&D) e <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s científicase técnicas correlatas (ACTC), apresenta crescimento contínuo, <strong>de</strong>monstrandosua importância relativa na economia brasileira. No período <strong>de</strong> 2000 a 2010,segundo dados preliminares, o volume <strong>de</strong> recursos, <strong>em</strong> valores <strong>em</strong> reais <strong>de</strong>135


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços2010 14 , passou <strong>de</strong> R$ 32,2 bilhões para R$ 57,4 bilhões (Figura 5.3), umcrescimento <strong>de</strong> 78%. Em 2007, ano <strong>de</strong> lançamento do <strong>Plano</strong>, o dispêndio <strong>em</strong>C&T acumulou aumento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 5,3 bilhões, significando aumento <strong>de</strong>14% <strong>em</strong> relação ao dispêndio do ano anterior. Em 2008, já sob os efeitos da crisefinanceira internacional, houve uma ligeira retração na taxa <strong>de</strong> crescimento dosinvestimentos <strong>em</strong> relação a 2007, a qual ficou <strong>em</strong> 12% <strong>em</strong> relação ao dispêndio<strong>em</strong> C&T do ano anterior, um aumento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 5,3 bilhões. De qualquermaneira, o dispêndio <strong>em</strong> C&T acumulado no quadriênio 2007-2010 superou<strong>em</strong> R$ 62 bilhões aquele entre 2003 e 206, significando incr<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> 44%.Figura 5.1: Evolução do Orçamento <strong>de</strong> Custeio e Capital do MCT,<strong>em</strong> R$ milhões correntes7.000R$ milhões correntesFNDCT6.5816.000CNPq5.0004.000Programa NuclearPrograma EspacialInstitutos MCT3.6274.2364.2434.9254.7325.376Outras ações MCT3.1463.6273.0002.7422.0001.0001.0701.4311.3301.8332.04302000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Lei +Nota: <strong>de</strong>spesas com pessoal não incluídas˜ recursos previstos <strong>em</strong> 2007CréditosFonte: MCT14 Os resultados referentes ao PIB apresentados neste relatório foram corrigidos <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong>2010, com base na divulgação feita pelo IBGE do PIB <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong> 2008 e a estimativa preliminarrevista do PIB <strong>de</strong> 2010..136


5. Macrometas do PACTIFigura 5.2: Evolução do Orçamento do Fundo Nacional <strong>de</strong> DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico (FNDCT) <strong>de</strong> 1980 a 2010<strong>em</strong> R$ bilhões constantes, IPCA (média anual/<strong>de</strong>z.2006) para 1971-2006, eR$ bilhões correntes para 2007-20103,53,02,52,01,51,00,5AnoR$ bilhões2000 0,222001 0,512002 0,482003 0,602004 0,712005 0,772006 1,102007 1,562008 1,992009 2,372010 3,100,080 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06 08 10Nota: 2010 – Lei + CréditosFonte: MCTFigura 5.3: Dispêndio nacional <strong>em</strong> C,T&I, por modalida<strong>de</strong><strong>de</strong> aplicação dos recursos, <strong>em</strong> R$ bilhões <strong>de</strong> 2010 1570605040R$ bilhões <strong>de</strong> 2010C&T P&D ACTCR$ 57,4 bilhõesR$ 44,4 bilhões302010R$ 13,0 bilhões02000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010** estimativa para 2009 e 2010Fonte: SIAFI, Balanços Gerais das unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração e Pintec (IBGE).15 <strong>de</strong>flacionados pelo <strong>de</strong>flator implícito do PIB, segundo recomendação do Manual Frascati, OCDE.137


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosO aumento do investimento <strong>em</strong> C,T&I reflete-se <strong>de</strong> forma positiva nos resultadosrelativos às metas propostas pelo <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação, mesmo que tenha havidouma redução da taxa <strong>de</strong> crescimento do dispêndio <strong>em</strong> P&D no ano <strong>de</strong> 2008,já consequência da crise mundial como mencionado acima. Os investimentosglobais <strong>em</strong> P&D <strong>em</strong> relação ao Produto Interno Bruto (PIB), por ex<strong>em</strong>plo,apresentaram taxa <strong>de</strong> 1,07% <strong>em</strong> 2007 e 1,13% <strong>em</strong> 2008. Após análise dosdados da PINTEC 2008, estima-se que a proporção do dispêndio <strong>em</strong> P&D <strong>em</strong>relação ao PIB será <strong>de</strong> 1,25% <strong>em</strong> 2010 (Figura 5.4). Esta taxa correspon<strong>de</strong> aum alcance <strong>de</strong> 83% da originalmente fixada como meta no <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação (1,5%do PIB <strong>em</strong> 2010), l<strong>em</strong>brando que ela foi concebida com base <strong>em</strong> valores do PIBdivulgados à época, os quais eram menores do que os revisados pelo IBGE,como explicitado na nota <strong>de</strong> rodapé 14.Figura 5.4: Dispêndio nacional <strong>em</strong> C&T e P&D como razão do PIB (%), 2000-2010Fonte: MCT.138


5. Macrometas do PACTICabe ressaltar que, <strong>em</strong>bora o Brasil apresente um percentual <strong>de</strong> dispêndio <strong>em</strong>P&D <strong>em</strong> relação ao PIB menor que o dos países mais avançados, é evi<strong>de</strong>nte oesforço feito pelo País para diminuir essa <strong>de</strong>fasag<strong>em</strong>. Como se observa na figura5.4, apesar da inflexão inicial da curva, no período entre 2000 e 2008 o dispêndiobrasileiro na área <strong>de</strong> P&D apresentou uma taxa média anual <strong>de</strong> crescimento<strong>de</strong> 0,83% a.a. Esse número é b<strong>em</strong> mais expressivo do que o registrado pelospaíses mais <strong>de</strong>senvolvidos. No mesmo período, a média <strong>de</strong> crescimento daUnião Européia foi <strong>de</strong> 0,3% a.a, enquanto nos Estados Unidos a participação daP&D <strong>em</strong> relação ao PIB <strong>de</strong>cresceu <strong>em</strong> média 0,4% a.a. A Figura 5.5 apresentaa situação do Brasil, <strong>em</strong> 2010 (estimativa), <strong>em</strong> relação a países selecionados.Figura 5.5: Dispêndio nacional <strong>em</strong> P&D como razão do PIB,no Brasil e <strong>em</strong> países selecionadosMéxico (2007)Argentina (2007)Chile (2004)Brasil (2010*)0,370,510,681,25Índia (2005)África do Sul (2006)Rússia (2008)China (2007)0,610,951,031,44Italia (2008)Espanha (2008)Canadá (2008)França (2008)Al<strong>em</strong>anha (2007)EUA (2008)Coréia do Sul (2007)Japão (2007)Finlândia (2008)1,181,351,842,022,532,773,213,443,460,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0* Brasil: estimativa para 2010Fonte: National Main Science and Technology Indicators, 2009/2 – OECD;Brasil: MCT; Chile e Índia: World Development Indicators, 2008 – The World BankO <strong>de</strong>sejado aumento <strong>de</strong> dispêndio <strong>em</strong> C,T&I continuará ocorrendo e seráintensificado se, ao lado do aumento <strong>de</strong> investimento públicos, se ampliar aparticipação privada no financiamento das ativida<strong>de</strong>s da área. O MCT acredita,portanto, que o aumento do dispêndio <strong>em</strong> C,T&I <strong>de</strong>ve vir acompanhado <strong>de</strong>uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que permita criar condições para que as<strong>em</strong>presas brasileiras aceler<strong>em</strong> <strong>de</strong> maneira significativa a geração e a absorção<strong>de</strong> inovações tecnológicas, capacitando-as a agregar valor à sua produção e aaumentar sua competitivida<strong>de</strong>.139


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosA figura 5.6 mostra que, <strong>de</strong> 2000 a 2004, a parcela privada dos investimentosbrasileiros <strong>em</strong> P&D girou <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 46% do total, uma participação maisbaixa do que a apresentada por países mais avançados (Figura 5.7). A partir<strong>de</strong> 2005, a parcela privada ficou ao redor <strong>de</strong> 48%, principalmente porque houveum aporte crescente <strong>de</strong> recursos públicos estrategicamente <strong>em</strong>pregados naconsolidação da já mencionada ambiência favorável à inovação.Figura 5.6: Dispêndio nacional público e <strong>em</strong>presarial <strong>em</strong> P&Dcomo percentual do PIB1,40%1,20%1,00%0,80%0,60%0,40%1,13%1,02% 1,04% 1,07%0,98% 0,96% 0,97% 1,00%0,90%0,55% 0,57% 0,53% 0,52%0,48% 0,48%0,50%1,24% 1,25%TotalPúblico0,57% 0,59% 0,66% 0,66%Empresarial0,47% 0,47% 0,46% 0,44% 0,42%0,49% 0,50% 0,50% 0,54% 0,59% 0,59%0,20%0,00%2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010** estimativa para 2009 e 2010Fonte: SIAFI, Balanços Gerais dos Estados e Pintec (IBGE)140


5. Macrometas do PACTIFigura 5.7: Dispêndio nacional público e privado <strong>em</strong> P&Dcomo razão do PIB (%), <strong>em</strong> países selecionados3,53,02,5públicoprivado2,01,51,00,50,0Coréia(2007)EstadosUnidos(2008)Al<strong>em</strong>anha(2007)França(2008)China(2007)Brasil(2010*)Espanha(2007)Itália(2007)Rússia(2008)África doSul (2006)Índia(2005)Argentina(2007)México(2007)* Estimativa 2010Fonte: MCT/SEXEC/ASCAV/CGIN; MSTI 2009-2 (OCDE).Ainda sobre o dispêndio privado <strong>em</strong> P&D, é importante notar que, <strong>em</strong>bora se tenhapercebido uma estabilização da parcela privada no dispêndio nacional, <strong>de</strong> fato, osinvestimentos <strong>em</strong>presariais têm crescido <strong>em</strong> números absolutos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004,estimando-se atingir R$ 21 bilhões <strong>em</strong> 2010, como é mostrado na Figura 5.8, on<strong>de</strong> osvalores anteriores ao ano <strong>de</strong> 2010 foram <strong>de</strong>flacionados pelo <strong>de</strong>flator implícito do PIB.141


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 5.8: Recursos público e <strong>em</strong>presarial investidos <strong>em</strong> P&D no Brasil<strong>em</strong> R$ bilhões <strong>de</strong> 2010 (<strong>de</strong>flacionado pelo <strong>de</strong>flator implícito do PIB)25R$ bilhões <strong>de</strong> 201020público<strong>em</strong>presarial1510502000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010** estimativa para 2009 e 2010Fonte: SIAFI, Balanços Gerais dos Estados e Pintec (IBGE)O aumento do investimento público <strong>em</strong> C,T&I é conseqüência da própriamobilização pelo PACTI, seja por meio <strong>de</strong> renúncia fiscal e subvenção econômica,seja por meio <strong>de</strong> disponibilização <strong>de</strong> recursos para <strong>em</strong>préstimos, no intuito<strong>de</strong> consolidar um ambiente favorável à inovação tecnológica nas <strong>em</strong>presas. Aestimativa era <strong>de</strong> que, ao longo da execução do <strong>Plano</strong>, o investimento públicofosse acompanhado por incr<strong>em</strong>ento substancial <strong>de</strong> recursos do setor privado,para que a meta <strong>de</strong> 0,65% do PIB pu<strong>de</strong>sse ser alcançada <strong>em</strong> 2010. Entretanto,a crise econômica mundial iniciada <strong>em</strong> 2008 alterou, momentaneamente, essaexpectativa, uma vez que muitas das projeções que haviam sido realizadas antesda crise ficaram comprometidas pela <strong>de</strong>terioração das condições econômicas.Dada a posição inicial do setor <strong>em</strong>presarial, com investimento <strong>em</strong> P&D <strong>de</strong>0,50% <strong>em</strong> 2006, seria necessário um crescimento anual médio <strong>de</strong> 7,5% entre2007 e 2010 para alcançar a meta pretendida. Em 2010, estima-se que osetor <strong>em</strong>presarial invista 0,59% do PIB <strong>em</strong> P&D, atingindo 91% da expectativaprevista para o ano (0,65%).Em resposta à crise, ampliaram-se ainda mais os investimentos públicos, comoforma <strong>de</strong> enfrentar o recuo do investimento privado. Para tanto, buscou-seaprimorar a articulação entre os investimentos e instrumentos do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong>C,T&I e das <strong>de</strong>mais políticas, a ex<strong>em</strong>plo da PDP, e também dos programas <strong>de</strong>financiamento do BNDES e dos programas <strong>de</strong> P&D da Petrobras. Além disso, têm-142


5. Macrometas do PACTIse conduzido ações no sentido <strong>de</strong> ampliar e aperfeiçoar o marco regulatório paradar sustentabilida<strong>de</strong> aos investimentos <strong>em</strong> C,T&I. Nesse contexto, <strong>de</strong>stacam-seo incentivo à impl<strong>em</strong>entação das leis estaduais <strong>de</strong> inovação e a flexibilização dosinstrumentos da Lei <strong>de</strong> Inovação e da Lei do B<strong>em</strong>, para ampliar sua utilizaçãopelos setores beneficiários.Sobre o dispêndio público <strong>em</strong> P&D, é muito importante ressaltar a participaçãodos estados no financiamento da área. A previsão <strong>de</strong> aumento dos investimentospúblicos engloba a meta <strong>de</strong> ampliar a contribuição estadual no financiamento àP&D, <strong>de</strong> modo que sua parcela <strong>de</strong> investimento atinja 0,21% do PIB <strong>em</strong> 2010. Em2007, invertendo a tendência <strong>de</strong> queda registrada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, os investimentosestaduais <strong>em</strong> P&D representaram 0,18% do PIB, após ter<strong>em</strong> apresentado razão<strong>de</strong> investimento <strong>em</strong> relação ao PIB <strong>de</strong> 0,14% <strong>em</strong> 2006 (Figura 5.9). Em 2008, osinvestimentos estaduais mantiveram o patamar <strong>de</strong> 0,19% do PIB, representandoum aumento <strong>de</strong> 35,7% <strong>em</strong> relação a 2006, ano anterior ao lançamento do PACTI.Os investimentos estaduais <strong>em</strong> P&D chegaram <strong>em</strong> 2009 ao patamar <strong>de</strong> 0,20%.Figura 5.9: Dispêndio fe<strong>de</strong>ral e estadual <strong>em</strong> P&D como percentual do PIB0,50%Governo Fe<strong>de</strong>ral0,45%0,46%0,47%0,40%0,35%0,30%0,34%0,35%0,33%0,34%0,33% 0,33%0,36%0,39%0,40%0,25%Governo Estadual0,20%0,15%0,10%0,21%0,22%0,20%0,18%0,15% 0,15%0,14%0,18%0,19% 0,20% 0,19%0,05%0,00%2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010** estimativa para 2009 e 2010Fonte: SIAFI, Balanços Gerais dos Estados e Pintec (IBGE)Assim, <strong>em</strong> 2010, estima-se que ao lado do aumento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 36% dos recursosfe<strong>de</strong>rais <strong>em</strong> relação a 2006, os estados registr<strong>em</strong> ampliação <strong>de</strong> aproximadamente31% dos recursos aplicados <strong>em</strong> P&D, conforme se vê na Figura 5.10.143


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosFigura 5.10: Recursos fe<strong>de</strong>ral e estadual investidos <strong>em</strong> P&D,<strong>em</strong> R$ bilhões <strong>de</strong> 201018,016,014,012,0R$ bilhões <strong>de</strong> 2010governo fe<strong>de</strong>ralgoverno estadual10,08,06,04,02,00,02000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010** estimativa para 2009 e 2010Fonte: SIAFI, Balanços Gerais dos Estados e Pintec (IBGE)Vale explicitar, aqui, os recursos fe<strong>de</strong>rais planejados para o período <strong>de</strong> 2007 a2010 para fomentar as ativida<strong>de</strong>s previstas no PACTI. A figura 5.11 mostra quecerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos R$ 41,2 bilhões planejados viriam do próprio MCT.Figura 5.11: Recursos do MCT e <strong>de</strong> outras fontes fe<strong>de</strong>raisplanejados <strong>em</strong> 2007 para investimento no PACTI, <strong>em</strong> R$ milhões, 2007 a 2010MEC/CapesR$ 3.345 (8%)MS – PPAR$ 832 (2%)MME/Petrobras/EletrobrasR$ 6.378 (15%)MAPA/Embrapa – PPAR$ 1.333 (3%) Outras fontesR$ 344 (1%)Em R$ milhõesBNDES (3)R$ 7.270 (18%)FUNTTELR$ 882FATR$ 1.550 (4%)FNDR$ 590 (1%)MCT / outras ações doPPA(2)R$ 7.831 (19%)MCT / FNDCT(1)R$ 10.833 (27%)Total estimado: R$ 41,2 bilhõesFontes: LOA 2007, PLOA 2008 e PPA 2008-2010Notas: (1) inclui recursos sob a supervisão do FNDCT; (2) não inclui pessoal, encargos sociais e<strong>de</strong>spesas financeira e obrigatórias; (3) estimativas BNDES, sujeitas a modificação anual.144


5. Macrometas do PACTIA figura 5.12 mostra a previsão <strong>de</strong> execução orçamentária dos recursos fe<strong>de</strong>raisdo PACTI durante o período <strong>de</strong> sua vigência, construída com dados da execuçãoorçamentária <strong>de</strong> 2007 a 2009 para ativida<strong>de</strong>s ligadas ao PACTI (67% do totaloriginalmente previsto) e com dados que constam da LOA para a previsão <strong>de</strong>execução <strong>em</strong> 2010, o que faria com que se chegasse a uma execução global <strong>de</strong> 98%.Figura 5.12: Orçamento executado do MCT e <strong>de</strong> outros órgãos fe<strong>de</strong>rais <strong>em</strong>programas do PACTI (2007 a 2009) e previsto (2010)(R$ milhões correntes e percentual executado <strong>em</strong> relação ao previsto <strong>em</strong> 2007)Em R$ milhõesMEC/CapesR$ 4.765 (142,5%)FUNTTELR$ 358 (40,6%)MS – PPAR$ 1.098 (131,9%)MME/Petrobras/EletrobrasR$ 7.940 (124,5%)MAPA/Embrapa – PPAR$ 1.422 (106,7%)Outras fontesR$ 260 (75,7%)BNDES (3)R$ 5.402 (74,3%)FATR$ 1.320 (85,2%)MCT / outras ações doPPA(2)R$ 8.780 (112,1%)MCT / FNDCT(1)R$ 8.961 (82,7%)Total executado 2007-2009 e previsto 2010: R$ 40,3 bilhões (97,9%)Fonte: Execução do Orçamento da União (site Câmara dos Deputados) e LOA 2010Notas: (1) inclui recursos sob supervisão do FNDCT; (2) não inclui pessoal, encargos sociais e<strong>de</strong>spesas financeira e obrigatóriasÉ importante fazer duas ressalvas: o FND encontra-se <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> extinção, daísua execução constar como nula, e o FUNTTEL teve contingenciados 80% dosrecursos arrecadados. Por outro lado, recursos adicionais foram <strong>de</strong>stinadosà FINEP, assim compensando parcialmente a ausência do FND; a CAPES teveseus recursos aumentados, <strong>de</strong>vido a novos programas; e o orçamento do próprioMCT ultrapassou o previsto <strong>em</strong> 2007.145


Conclusão


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosO conteúdo <strong>de</strong>ste relatório evi<strong>de</strong>ncia que o PACTI exerceu papel fundamentalna consolidação <strong>de</strong> avanços marcantes no cenário brasileiro <strong>de</strong> C,T&I. Essesavanços se reflet<strong>em</strong> nos elevados níveis <strong>de</strong> investimento propiciados e nofortalecimento dos instrumentos <strong>de</strong> incentivo e apoio às ativida<strong>de</strong>s da área.Os dados e informações apresentados neste relatório <strong>de</strong>monstram a<strong>de</strong>terminação com que o Ministério da Ciência e <strong>Tecnologia</strong> t<strong>em</strong> perseguido asmetas estabelecidas no <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007-2010. D<strong>em</strong>onstram também o nível <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> institucional que o MCTt<strong>em</strong> buscado alcançar nos últimos anos e o acerto na escolha das priorida<strong>de</strong>sapontadas no <strong>Plano</strong>.Com o <strong>Plano</strong>, t<strong>em</strong>-se procurado o equilíbrio entre as ações pontuais, que permit<strong>em</strong>gerar resultados mais t<strong>em</strong>pestivos, e as mais abrangentes e estratégicas, queampliam as perspectivas <strong>de</strong> avanço no longo prazo. Isso favorece o atingimentodos objetivos maiores <strong>de</strong> todos os graus da socieda<strong>de</strong> e busca gerar umahomogeneida<strong>de</strong> regional.Na sua formulação, o PACTI traduz a expectativa <strong>de</strong> que o MCT atue <strong>de</strong> forma mais<strong>de</strong>cisiva para o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social do País. Essa diretriz requer aelaboração <strong>de</strong> marcos regulatórios eficientes para permitir a compl<strong>em</strong>entarida<strong>de</strong>e a sinergia das ações do governo fe<strong>de</strong>ral com as da iniciativa privada e dasinstituições <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> pesquisa, como forma <strong>de</strong> criar e manter as condiçõese ambiência favoráveis para a dinamização da produção e apropriação doconhecimento. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> governo,a consolidação da articulação entre os vários atores, o acompanhamento e aavaliação das ações propostas, garantindo a transparência na aplicação dosrecursos, são também variáveis <strong>de</strong> alta relevância neste processo.O sucesso obtido na implantação indica o acerto no estabelecimento daspriorida<strong>de</strong>s estratégicas e na adoção do <strong>Plano</strong> como ferramenta <strong>de</strong> planejamentoda Política Nacional <strong>de</strong> CTI. A execução do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> forma articulada, comantigos e novos parceiros do Sist<strong>em</strong>a, resultou na construção <strong>de</strong> um arco <strong>de</strong>alianças que fortaleceu a posição central que Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ocupar no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Assim, o MCT atinge um novopatamar político, que favoreceu o <strong>de</strong>scontingenciamento gradual dos FundosSetoriais e a recomposição do orçamento <strong>de</strong> 2009, apesar dos cortes ocorridos<strong>em</strong> função da crise econômica internacional.148


6. ConclusãoO <strong>em</strong>penho do MCT, <strong>de</strong> suas agências, suas unida<strong>de</strong>s vinculadas e seusparceiros no <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> C,T&I t<strong>em</strong> logrado seus objetivos e construído um lastro<strong>de</strong> conhecimentos e experiências. No médio e longo prazos isso permitirá aconsolidação <strong>de</strong> ações fundamentais para o <strong>de</strong>senvolvimento científico,tecnológico e <strong>de</strong> inovação do País, elevando sobr<strong>em</strong>aneira a capacida<strong>de</strong> nacional<strong>de</strong> gerar <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, tendo como principal foco a melhoria daqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida humana e a preservação do meio ambiente. O <strong>de</strong>senvolvimentosustentável foi o t<strong>em</strong>a central da 4ª Conferência Nacional <strong>de</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong>e Inovação, ocorrida <strong>em</strong> maio <strong>de</strong> 2010 <strong>em</strong> Brasília, com a participação <strong>de</strong> mais<strong>de</strong> 4.000 pessoas e que induzirá aperfeiçoamentos da atual política através <strong>de</strong>recomendações oriundas da mesma e que estarão contidas no Livro Azul.O aumento dos investimentos, o a<strong>de</strong>nsamento da base produtiva dos insumosque alimentam o sist<strong>em</strong>a, o alinhamento <strong>de</strong> parceiros <strong>em</strong> re<strong>de</strong>s sinérgicas ecompl<strong>em</strong>entares na produção <strong>de</strong> conhecimento e no financiamento do setor, ainserção <strong>de</strong> <strong>em</strong>presários estimulando a inovação, e da socieda<strong>de</strong> na apropriaçãodos benefícios sociais advindos do conhecimento, criam oportunida<strong>de</strong>s únicaspara que se mantenha a tendência <strong>de</strong> crescimento dos investimentos.Mantido este conjunto <strong>de</strong> fatores, po<strong>de</strong>-se inferir que as metas e priorida<strong>de</strong>sestratégicas foram coerentes e factíveis e sinalizam a possibilida<strong>de</strong> concreta <strong>de</strong>se alcançar novas metas estabelecidas no futuro, ratificando o entendimento <strong>de</strong>que Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação são ferramentas po<strong>de</strong>rosas na propulsão do<strong>de</strong>senvolvimento sustentável do País.Os <strong>de</strong>safios impostos pela atual conjuntura econômica mundial e pelashistóricas mazelas nacionais <strong>de</strong>mandam esforços adicionais no sentido <strong>de</strong> s<strong>em</strong>anter a tendência <strong>de</strong> elevação dos investimentos estratégicos para o País. Ociclo virtuoso precisa sustentar-se.O Governo Fe<strong>de</strong>ral, por meio do Ministério da Ciência e <strong>Tecnologia</strong>, propiciou umgran<strong>de</strong> salto na estruturação da agenda <strong>de</strong> C,T&I para o crescimento brasileiro.Seu caráter transversal faz com que incorpore entes fe<strong>de</strong>rais, estaduais <strong>em</strong>unicipais, e os setores acadêmico e <strong>em</strong>presarial e a socieda<strong>de</strong> civil organizada,todos atores do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&I. A agenda continua sendo ambiciosa,dada também sua amplitu<strong>de</strong>, mas certamente seus resultados continuarão a serefletir positivamente na socieda<strong>de</strong> <strong>em</strong> favor do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.149


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosPriorida<strong>de</strong> Estratégica IExpansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IExpandir, integrar, mo<strong>de</strong>rnizar e consolidar oSist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação.Linha <strong>de</strong> Ação 1Consolidação Institucional do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&IConcluir a construção do marco legal-regulatório do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&Icom a aprovação e a impl<strong>em</strong>entação da Lei <strong>de</strong> Regulamentação do FNDCT; constituire consolidar fóruns <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> políticas e iniciativas dos atores <strong>de</strong> C,T&I, com<strong>de</strong>staque para a revitalização e a dinamização do Conselho Nacional <strong>de</strong> C&T (CCT)como instância <strong>de</strong> assessoramento superior do Governo Fe<strong>de</strong>ral e para a estruturação <strong>de</strong>um sist<strong>em</strong>a articulado com o setor <strong>em</strong>presarial; aperfeiçoar os instrumentos <strong>de</strong> gestão eapoio financeiro, intensificando as parcerias com estados e municípios com a ampliaçãodas ações conjuntas para alavancar seus sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> C,T&I e para promover a integração<strong>de</strong>sses no Sist<strong>em</strong>a Nacional; e revitalizar e consolidar a cooperação internacional comênfase nas áreas estratégicas para o <strong>de</strong>senvolvimento do país.Linha <strong>de</strong> Ação 2Formação e Capacitação <strong>de</strong> Recursos Humanos para C,T&IAmpliar o número <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> formação, pesquisa e extensão concedidas peloCNPq, com foco nas engenharias e áreas prioritárias da Política Industrial, Tecnológica e<strong>de</strong> Comércio Exterior (PITCE) e <strong>em</strong> setores estratégicos para o <strong>de</strong>senvolvimento do País;favorecer a inserção <strong>de</strong> pesquisadores – engenheiros e doutores – nas <strong>em</strong>presas, comomeio <strong>de</strong> induzir o nascimento <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> P,D&I <strong>em</strong>presarial; promover a expansãoe a qualificação do quadro <strong>de</strong> profissionais envolvidos nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa,<strong>de</strong>senvolvimento e inovação nas ICTs, seguindo diretrizes que privilegi<strong>em</strong> o esforço <strong>de</strong>superação das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s regionais.150


Resumo Executivo do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> C,T&ILinha <strong>de</strong> Ação 3Infra-estrutura e Fomento da Pesquisa Científica e TecnológicaConsolidar a infra-estrutura <strong>de</strong> pesquisa científica e tecnológica do País, pormeio do fomento a projetos individuais e coletivos, incluindo as re<strong>de</strong>s formadas poruniversida<strong>de</strong>s, centros <strong>de</strong> pesquisa e institutos tecnológicos; aperfeiçoar os mecanismose instrumentos <strong>de</strong> fomento ao <strong>de</strong>senvolvimento da C,T&I, por meio da ampliação doaporte <strong>de</strong> recursos aos programas atuais e da criação <strong>de</strong> novos programas voltados parao atendimento da crescente <strong>de</strong>manda por pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento das diversas áreasdo conhecimento; expandir a Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Ensino e Pesquisa (RNP), para interligar<strong>em</strong> alta velocida<strong>de</strong> as entida<strong>de</strong>s do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Educação, Ciência, <strong>Tecnologia</strong>e Inovação; consolidar as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa do MCT, na condição <strong>de</strong> laboratóriosnacionais ou núcleos coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>em</strong> áreas estratégicas para o<strong>de</strong>senvolvimento autônomo do País, estimulando a associação <strong>de</strong>ssas com as unida<strong>de</strong>sestaduais, ou municipais, para o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> P,D&I.Priorida<strong>de</strong> Estratégica IIPromoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasIntensificar as ações <strong>de</strong> fomento à inovação e <strong>de</strong>apoio tecnológico nas <strong>em</strong>presas.Linha <strong>de</strong> Ação 4Apoio à Inovação Tecnológica nas EmpresasContribuir para a construção <strong>de</strong> um ambiente favorável à dinamização dasativida<strong>de</strong>s relacionadas ao processo <strong>de</strong> inovação no segmento <strong>em</strong>presarial, mediante aampliação da inserção <strong>de</strong> pesquisadores no setor produtivo, do estímulo à cooperaçãoentre <strong>em</strong>presas e ICTs, da difusão da cultura <strong>de</strong> absorção do conhecimento técnico ecientífico e da formação <strong>de</strong> recursos humanos para a inovação e do apoio à impl<strong>em</strong>entação<strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> P,D&I Empresariais, visando à expansão do <strong>em</strong>prego, da renda e do valoragregado nas diversas etapas da produção.151


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosLinha <strong>de</strong> Ação 5<strong>Tecnologia</strong> para a Inovação nas EmpresasEstruturar o Sist<strong>em</strong>a Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> - SIBRATEC – formado por um conjunto<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s atuantes na promoção da inovação e na realização <strong>de</strong> serviços tecnológicos para<strong>em</strong>presas, distribuídas por todo o território nacional e organizadas <strong>em</strong> re<strong>de</strong>s formadas <strong>de</strong>acordo com as principais ativida<strong>de</strong>s e áreas <strong>de</strong> atuação. Esta iniciativa <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> instituiçõestecnológicas, calçada pelo que estabelece a política industrial, tecnológica e <strong>de</strong> comércioexterior – PITCE, visa apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento das <strong>em</strong>presas, a oferta <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong>serviços tecnológicos, <strong>de</strong>ntre eles aqueles voltados para <strong>Tecnologia</strong> Industrial Básica (TIB),a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> P,D&I, <strong>de</strong> extensionismo, <strong>de</strong> assistência e <strong>de</strong> transferência<strong>de</strong> tecnologia, pela promoção do aumento da competitivida<strong>de</strong> <strong>em</strong>presarial, pelo apoio àspequenas e médias <strong>em</strong>presas, pelo fortalecimento dos APLs, e pelo suporte a ativida<strong>de</strong>sestratégicas para o País. Esta linha <strong>de</strong> ação estruturar-se-á por uma combinação inteligente<strong>de</strong> instrumentos e mecanismos disponíveis, e sua organização e impl<strong>em</strong>entação pressupõ<strong>em</strong>uma forte articulação e integração <strong>de</strong> diversos esforços já existentes, que envolvam re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>em</strong>presarial e que sejam li<strong>de</strong>radas pelas diversas instâncias <strong>de</strong>governo e pelo setor privado.Linha <strong>de</strong> Ação 6Incentivo à Criação e à Consolidação <strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> Intensivas <strong>em</strong> <strong>Tecnologia</strong>Ampliar e assegurar recursos para apoiar incubadoras <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas, parquestecnológicos e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> P,D&I <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas neles situadas, contribuindo para oaumento do faturamento e das exportações <strong>de</strong>ssas <strong>em</strong>presas com o objetivo <strong>de</strong> gerare consolidar <strong>em</strong>presas inovadoras capazes <strong>de</strong> auto-gestão, especialmente no que dizrespeito à geração e à difusão <strong>de</strong> inovação; estimular a criação e a ampliação da indústria<strong>de</strong> capital <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dor (venture capital), ampliando o número e o escopo dos fundos<strong>de</strong> investimento; e fazer uso do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compras do Estado, para estimular <strong>em</strong>presasnacionais <strong>de</strong> tecnologia, <strong>de</strong> maneira a contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento técnicoinovativoe a ampliar a inserção <strong>de</strong>ssas <strong>em</strong>presas nos mercados interno e externo.152


Resumo Executivo do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> C,T&IPriorida<strong>de</strong> Estratégica IIIPesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasLinha <strong>de</strong> Ação 7Fortalecer as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimentoe inovação <strong>em</strong> áreas estratégicas para o País.Áreas portadoras <strong>de</strong> Futuro: Biotecnologia e NanotecnologiaFortalecer a gestão e o planejamento das ativida<strong>de</strong>s governamentais nas áreas <strong>de</strong>biotecnologia, nanociências e nanotecnologia, <strong>de</strong> modo a melhor i<strong>de</strong>ntificar os gran<strong>de</strong>s<strong>de</strong>safios e as oportunida<strong>de</strong>s para o País; estabelecer priorida<strong>de</strong>s e criar as condiçõesinstitucionais, materiais e <strong>de</strong> recursos humanos para um maior estímulo à inovação pormeio da agilização do processo <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> conhecimento para a geração <strong>de</strong>produtos e processos que utiliz<strong>em</strong> biotecnologia e nanotecnologia. Favorecer o aumentoda competitivida<strong>de</strong> das <strong>em</strong>presas nacionais, conforme estabelece a Política Industrial,Tecnológica e <strong>de</strong> Comércio Exterior – PITCE, pela incorporação da biotecnologia e dananotecnologia no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos e processos.Linha <strong>de</strong> Ação 8<strong>Tecnologia</strong>s da Informação e ComunicaçãoPromover e apoiar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação e capacitação <strong>de</strong> recursos humanos <strong>em</strong> tecnologiasda informação e comunicação (TICs), incentivar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> P,D&I e <strong>de</strong> produção, pormeio da cooperação entre ICTs e <strong>em</strong>presas, da instalação e da ampliação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong>manufatura e <strong>de</strong> serviços no País. Os programas cont<strong>em</strong>plarão as seguintes áreas e segmentos:(i) indústria <strong>de</strong> eletrônica e <strong>de</strong> s<strong>em</strong>icondutores; (ii) software e serviços; (iii) tecnologias digitais<strong>de</strong> comunicação, <strong>de</strong> mídias e <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, incluindo TV Digital, comunicação s<strong>em</strong> fio, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>banda larga e telecomunicações <strong>em</strong> geral, caracterizadas pela convergência <strong>de</strong> tecnologias e <strong>de</strong>serviços <strong>de</strong> comunicação e processamento da informação. Dentre as principais ações a ser<strong>em</strong>realizadas <strong>de</strong>stacam-se o fortalecimento e a ampliação do Projeto CI-Brasil, <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong>centros <strong>de</strong> projetos (<strong>de</strong>sign houses) <strong>de</strong> circuitos integrados, a impl<strong>em</strong>entação do CEITEC, ofomento ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong> s<strong>em</strong>icondutores e outros materiais paraeletrônica, o apoio à impl<strong>em</strong>entação do Centro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento <strong>em</strong> <strong>Tecnologia</strong>sDigitais para Informação e Comunicação, o aperfeiçoamento dos instrumentos <strong>de</strong> gestãoda Lei <strong>de</strong> Informática e <strong>de</strong> outros marcos legais, e a criação <strong>de</strong> programas para aumentar acompetitivida<strong>de</strong> das <strong>em</strong>presas nacionais <strong>de</strong> TICs.153


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosLinha <strong>de</strong> Ação 9Insumos para a Saú<strong>de</strong>Incentivar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos e processos <strong>em</strong> áreas estratégicas para o Ministérioda Saú<strong>de</strong> com vistas à expansão das ativida<strong>de</strong>s da indústria brasileira, gerando maiorcompetitivida<strong>de</strong>, maior participação no comércio internacional, aceleração do crescimentoeconômico e a geração <strong>de</strong> novos postos <strong>de</strong> trabalho; incentivar a mo<strong>de</strong>rnização da base industrialmediante a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> marcos regulatórios, linhas <strong>de</strong> crédito e <strong>de</strong> fomento compatíveis com aincorporação e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos produtivos e a criação dos incentivos fiscais etributários a<strong>de</strong>quados à realida<strong>de</strong> da indústria <strong>de</strong> insumos para a saú<strong>de</strong>; incentivar a formação<strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> inovação, fortalecendo a infra-estrutura necessária para o <strong>de</strong>senvolvimentodas plataformas tecnológicas e das ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> serviços relacionadas com o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> produtos e processos produtivos; incentivar a capacitação <strong>de</strong> recursos humanos para ogerenciamento <strong>em</strong>presarial do P,D&I no setor <strong>de</strong> insumos para a saú<strong>de</strong>, estimulando a formação<strong>de</strong> <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dores no setor.Linha <strong>de</strong> Ação 10BiocombustíveisPromover a Pesquisa e o Desenvolvimento <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> energias renováveis e <strong>de</strong> tecnologiasenergéticas limpas e eficientes, com <strong>de</strong>staque <strong>em</strong> biodiesel e etanol, por meio da Re<strong>de</strong> Brasileira<strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> <strong>de</strong> Biodiesel – RBTB e da impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> referência mundial <strong>em</strong>tecnologias do bioetanol, visando ao aumento da produção, ao <strong>de</strong>senvolvimento e à utilização <strong>de</strong>novas rotas tecnológicas e <strong>de</strong> co-produtos e tecnologias para a produção sustentável <strong>de</strong> energia.Linha <strong>de</strong> Ação 11Energia Elétrica, Hidrogênio e Energias RenováveisPromover ações integradas e cooperadas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ciência, tecnologia e inovaçãonas áreas <strong>de</strong> energia elétrica, hidrogênio e energias renováveis, por meio da impl<strong>em</strong>entaçãoe da expansão da infra-estrutura <strong>de</strong> P,D&I e do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias parageração, transmissão, distribuição e uso final <strong>de</strong> energia elétrica; da consolidação do programa<strong>de</strong> C,T&I para a economia do hidrogênio, a fim <strong>de</strong> permitir que o País alcance o uso comercial dohidrogênio como combustível nas próximas duas décadas; e da impl<strong>em</strong>entação do programa <strong>de</strong>C,T&I para energias renováveis, com foco nas fontes <strong>de</strong> maior potencial para o País (hidráulica,biomassa, biogás, eólica e solar), abrangendo as áreas não cobertas pelos programas <strong>de</strong> biodiesele <strong>de</strong> etanol.Linha <strong>de</strong> Ação 12Petróleo, Gás e Carvão Mineral154


Resumo Executivo do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> C,T&IApoiar e promover ações integradas e cooperadas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ciência, tecnologiae inovação nas áreas <strong>de</strong> petróleo, gás natural e carvão mineral, mediante a impl<strong>em</strong>entação,a expansão e a mo<strong>de</strong>rnização da infra-estrutura <strong>de</strong> P,D&I; o apoio às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisae <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exploração, produção e transporte <strong>de</strong>petróleo e gás natural, b<strong>em</strong> como das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> refino <strong>de</strong> petróleo; a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>ações voltadas para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável nas áreas <strong>de</strong> petróleo e gás natural; alémdo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> C,T&I para a produção e o uso limpo do carvão mineral.Linha <strong>de</strong> Ação 13AgronegócioIncr<strong>em</strong>entar a base <strong>de</strong> conhecimentos científicos e tecnológicos necessária à inovação, b<strong>em</strong> comoà manutenção e à evolução da capacida<strong>de</strong> competitiva do agronegócio brasileiro, consi<strong>de</strong>randoas dimensões técnico-econômicas e enfatizando aquelas relacionadas à segurança alimentar enutricional e às novas frentes abertas pela tecnologia <strong>de</strong> alimentos, como alimentos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,a nutracêutica e alimentos funcionais; <strong>de</strong>senvolver metodologias, equipamentos e sist<strong>em</strong>aspara ampliar a automação agropecuária com foco <strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos <strong>de</strong> pequeno porte;apoiar P,D&I para sist<strong>em</strong>as inovadores <strong>de</strong> produção; intensificar a articulação internacionalpara o avanço da C,T&I voltada para o agronegócio; e recuperar as Organizações Estaduais<strong>de</strong> Pesquisa Agropecuárias - OEPAS - para o Fortalecimento do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> PesquisaAgropecuária .Linha <strong>de</strong> Ação 14Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos NaturaisCriar e aperfeiçoar os mecanismos e instrumentos <strong>de</strong> proteção à biodiversida<strong>de</strong> nacional eao conhecimento sobre ela produzido; <strong>de</strong>senvolver e aprimorar produtos, processos e serviçosvoltados para a agregação <strong>de</strong> valor sobre toda a produção realizada a partir da biodiversida<strong>de</strong>do País, e para a construção <strong>de</strong> práticas eficazes <strong>de</strong> manejo que permitam a produção <strong>de</strong>bens que mantenham e valoriz<strong>em</strong> processos ecológicos e serviços ambientais; <strong>de</strong>senvolverC,T&I para a ampliação e a gestão eficiente da base <strong>de</strong> conhecimento sobre a biodiversida<strong>de</strong>brasileira, para exploração, utilização, gerenciamento dos recursos do mar, minerais e hídricos,por meio da estruturação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisas t<strong>em</strong>áticas que venham a receber investimentossignificativos; e consolidar o programa <strong>de</strong> investigação na região antártica.155


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosLinha <strong>de</strong> Ação 15Amazônia e S<strong>em</strong>i-ÁridoAmpliar e consolidar o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> C,T&I na região Amazônica e no S<strong>em</strong>i-Árido, <strong>de</strong> forma a dotaras instituições, ali existentes, <strong>de</strong> condições para respon<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamente aos <strong>de</strong>safios atuaise futuros. Compreen<strong>de</strong>r a cultura do hom<strong>em</strong> e promover a utilização sustentável dos recursosnaturais com conseqüente <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico e cultural harmonioso, por meioda ampliação e da mo<strong>de</strong>rnização da infra-estrutura; da formação e da fixação <strong>de</strong> pessoalqualificado; do apoio e da interação com <strong>em</strong>presas; da ampliação das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e suaestruturação <strong>em</strong> institutos t<strong>em</strong>áticos; da impl<strong>em</strong>entação do Fórum <strong>de</strong> Gestão <strong>em</strong> C,T&I; e dapromoção e da criação do Centro <strong>de</strong> Assessoramento <strong>em</strong> Ciências Políticas e Socioeconômicasda Amazônia. Para o programa do S<strong>em</strong>i-Árido, a estratégia é o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável daregião mediante o aporte científico e tecnológico necessário à modificação dos padrões atuais efuturos da organização produtiva e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, estimulando programas <strong>de</strong> formaçãoe fixação <strong>de</strong> recursos humanos; difusão <strong>de</strong> tecnologias; e <strong>de</strong>senvolvimento e consolidação <strong>de</strong>re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> pesquisa, impl<strong>em</strong>entando novas re<strong>de</strong>s e consolidando a infra-estrutura local<strong>de</strong> C,T&I (RNP, INSA, CETENE, RENORBIO e novos centros universitários na região).Linha <strong>de</strong> Ação 16Meteorologia e Mudanças ClimáticasFortalecer o protagonismo brasileiro no enfrentamento global das mudanças climáticas. Fomentarestudos e pesquisas sobre mudanças climáticas globais, visando diss<strong>em</strong>inar conhecimentoscientíficos e tecnológicos e subsidiar políticas públicas <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong> <strong>em</strong>issões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong>efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas. Ampliar e integrar a capacida<strong>de</strong> nacional<strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, clima e qualida<strong>de</strong> do ar, com produtos para as áreas <strong>de</strong> agricultura,recursos hídricos, energia, transporte, <strong>de</strong>fesa civil, saú<strong>de</strong>, turismo e lazer. Nesse sentido,impl<strong>em</strong>entar e consolidar um programa <strong>de</strong> monitoramento e previsão do clima com apoio à re<strong>de</strong>estadual <strong>de</strong> pesquisa nessa área; impl<strong>em</strong>entar a Re<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Pesquisas sobre MudançasClimáticas Globais (REDE-CLIMA), para realizar estudos e pesquisas sobre as causas e efeitosdas mudanças climáticas globais, visando diss<strong>em</strong>inar conhecimentos para capacitar o Paísa respon<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>safios das mudanças climáticas, principalmente nos aspectos ligados ao<strong>de</strong>senvolvimento nacional; promover o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias que impliqu<strong>em</strong> menores<strong>em</strong>issões líquidas (<strong>em</strong>issões menos r<strong>em</strong>oções) antrópicas <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa.Linha <strong>de</strong> Ação 17Programa EspacialCapacitar o país para <strong>de</strong>senvolver e utilizar tecnologias espaciais na solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>asnacionais e <strong>em</strong> benefício da socieda<strong>de</strong> brasileira, incluindo as questões associadas aomonitoramento ambiental e às mudanças globais, à observação do território nacional e dolevantamento <strong>de</strong> recursos naturais, ao controle <strong>de</strong> tráfego aéreo e às comunicações <strong>de</strong> governo.Estabelecer uma infra-estrutura espacial, composta <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> lançamento, veículoslançadores e satélites, como ação fundamental para a consecução da visão estratégica nacional<strong>de</strong> longo prazo.156


Resumo Executivo do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> C,T&ILinha <strong>de</strong> Ação 18Programa NuclearImpl<strong>em</strong>entar as ações da proposta do novo Programa Nuclear Brasileiro (PNB), e, <strong>em</strong> particular,no âmbito do MCT, fortalecer institucionalmente a Comissão Nacional <strong>de</strong> Energia Nuclear(CNEN); completar a primeira fase da Planta <strong>de</strong> Enriquecimento <strong>de</strong> Urânio da INB <strong>em</strong> Resen<strong>de</strong>(RJ), a instalação <strong>de</strong> planta piloto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> UF6 (conversão gasosa) <strong>em</strong> Aramar, o aumentoda produção <strong>de</strong> minério e a retomada da prospecção <strong>de</strong> urânio no Brasil; revigorar a NUCLEP,capacitando-a para a fabricação <strong>de</strong> componentes para novas usinas nucleares; impl<strong>em</strong>entaruma política nacional <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> rejeitos pela criação da Empresa Brasileira <strong>de</strong> Gerência<strong>de</strong> Rejeitos Radioativos, da construção <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong>finitivos para rejeitos <strong>de</strong> média e baixaativida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>finir a guarda inicial <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos combustíveis usados; criar e impl<strong>em</strong>entara Empresa Brasileira <strong>de</strong> Radiofármacos e projetar um reator <strong>de</strong> pesquisa multipropósito;<strong>de</strong>senvolver os meios e instrumentos para a retomada das ações <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimentoe inovação, assim como criar e <strong>de</strong>senvolver a capacitação necessária para a execução das açõesdo PNB.Linha <strong>de</strong> Ação 19Defesa Nacional e Segurança PúblicaPromover a pesquisa e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias focadas nas priorida<strong>de</strong>s da PolíticaNacional <strong>de</strong> Defesa e <strong>de</strong> interesse da segurança pública, por meio do apoio à infra-estrutura<strong>de</strong> pesquisa das instituições científicas e tecnológicas (ICTs) nessas áreas; à capacitação <strong>de</strong>recursos humanos; e à inovação <strong>em</strong> <strong>em</strong>presas nacionais. Serão apoiadas, também, parceriasentre ICTs e órgãos públicos para a formulação, a impl<strong>em</strong>entação e a avaliação <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong>segurança pública e <strong>de</strong> combate à criminalida<strong>de</strong>.Priorida<strong>de</strong> Estratégica IVCiência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação para o Desenvolvimento SocialPromover a popularização e o aperfeiçoamento do ensino <strong>de</strong> ciências nas escolas,b<strong>em</strong> como a produção e a difusão <strong>de</strong> tecnologias e inovações para a inclusão e o<strong>de</strong>senvolvimento socialLinha <strong>de</strong> Ação 20Popularização <strong>de</strong> Ciência,<strong>Tecnologia</strong> e Inovação e Melhoria do Ensino <strong>de</strong>CiênciasContribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento social do país, promovendo a popularização da C,T&I ecolaborando para a melhoria da educação científico-tecnológica e <strong>de</strong> inovação, por meio <strong>de</strong>:apoio a programas, projetos e eventos <strong>de</strong> divulgação científico-tecnológica e <strong>de</strong> inovação;157


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avançosrealização anual da S<strong>em</strong>ana Nacional <strong>de</strong> C&T, com ampliação do número <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s abrangidas;estabelecimento <strong>de</strong> cooperação internacional para a realização <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong> educação edivulgação científico-tecnológica e <strong>de</strong> inovação; criação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> centros e museus<strong>de</strong> ciência; <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> educação científico-tecnológica e <strong>de</strong> inovação,<strong>em</strong> colaboração com o MEC, como olimpíadas <strong>de</strong> mat<strong>em</strong>ática e <strong>de</strong> ciências, feiras <strong>de</strong> ciências;produção <strong>de</strong> material didático inovador e <strong>de</strong> conteúdos digitais na internet para apoio aprofessores e estudantes e para divulgação científico-tecnológica e <strong>de</strong> inovação mais ampla.Linha <strong>de</strong> Ação 21<strong>Tecnologia</strong>s para o Desenvolvimento SocialArticular, fomentar e promover ações para a produção, a difusão, a apropriação e a aplicaçãodo conhecimento científico, tecnológico e <strong>de</strong> inovação como instrumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosocial, econômico e regional do país, b<strong>em</strong> como mecanismo <strong>de</strong> inclusão digital, mediante o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> P,D&I voltados para as tecnologias sociais e <strong>de</strong> inclusão social, por meio <strong>de</strong>processos metodológicos participativos.158


Programas do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> C,T&I 2007–2010Priorida<strong>de</strong> I – Expansão e Consolidação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&ILinha <strong>de</strong> Ação 1 – Consolidação Institucional do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&I1.1. Consolidação institucional do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&I1.2. Ampliação e consolidação da cooperação internacionalLinha <strong>de</strong> Ação 2 – Formação <strong>de</strong> Recursos Humanos para C,T&I2.1. Formação, qualificação e fixação <strong>de</strong> recursos humanos para C,T&ILinha <strong>de</strong> Ação 3 – Infraestrutura e Fomento da Pesquisa Científica e Tecnológica3.1. Apoio à infraestrutura das instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e <strong>de</strong>institutos <strong>de</strong>pesquisa tecnológicas (IPTs)3.2. Fomento ao <strong>de</strong>senvolvimento científico, tecnológico e <strong>de</strong> inovação3.3. Programa nova RNP – internet avançada para educação e pesquisa3.4. Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pesquisa Científica e Tecnológica do MCTPriorida<strong>de</strong> II – Promoção da Inovação Tecnológica nas EmpresasLinha <strong>de</strong> Ação 4 – Apoio à Inovação Tecnológica nas Empresas4.1. Apoio financeiro às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> P,D&I e à inserção <strong>de</strong> pesquisadores nas <strong>em</strong>presas4.2. Apoio à cooperação entre <strong>em</strong>presas e ICTs4.3. Iniciativa nacional para a inovação4.4. Capacitação <strong>de</strong> recursos humanos para a inovação4.5. Impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> P,D&I EmpresariaisLinha <strong>de</strong> Ação 5 – <strong>Tecnologia</strong> para a Inovação nas Empresas5.1. Sist<strong>em</strong>a Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> – SIBRATECLinha <strong>de</strong> Ação 6 – Incentivo à Criação e à Consolidação <strong>de</strong> Empresas Intensivas<strong>em</strong> <strong>Tecnologia</strong>6.1. Programa Nacional <strong>de</strong> apoio às Incubadoras e aos Parques Tecnológicos (PNI)6.2. Inovar – Fomento à criação e à ampliação da indústria <strong>de</strong> capital <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dor(venture capital) no Brasil6.3. Uso do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra para estimular o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico nas<strong>em</strong>presas nacionais <strong>de</strong> tecnologiaPriorida<strong>de</strong> III – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação <strong>em</strong> Áreas EstratégicasLinha <strong>de</strong> Ação 7 – Áreas Portadoras <strong>de</strong> Futuro: Biotecnologia e Nanotecnologia7.1. Competitivida<strong>de</strong> <strong>em</strong> biotecnologia7.2. Programa <strong>de</strong> C,T&I para nanotecnologia159


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosLinha <strong>de</strong> Ação 8 – <strong>Tecnologia</strong>s da Informação e Comunicação8.1. Apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico das indústrias <strong>de</strong> eletrônica e <strong>de</strong>s<strong>em</strong>icondutores 8.2. Programa <strong>de</strong> estímulo ao setor <strong>de</strong> software e serviços8.3. <strong>Tecnologia</strong>s digitais <strong>de</strong> comunicação, mídias e re<strong>de</strong>sLinha <strong>de</strong> Ação 9 – Insumos para a Saú<strong>de</strong>9.1. Fármacos e medicamentos9.2. Produtos médicos e biomateriais9.3. Kits diagnósticos9.4. H<strong>em</strong>o<strong>de</strong>rivados9.5. VacinasLinha <strong>de</strong> Ação 10 – Biocombustíveis10.1. Programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico para o biodiesel10.2. Programa <strong>de</strong> C,T&I para o etanolLinha <strong>de</strong> Ação 11 – Energia Elétrica, Hidrogênio e Energias Renováveis11.1. Impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> infra-estrutura nas instituições <strong>de</strong> ensino e pesquisa nacionaisnas áreas <strong>de</strong> geração, transmissão e distribuição (G,T&D) e uso final <strong>de</strong> energia elétrica11.2. Expansão, mo<strong>de</strong>rnização e manutenção da infra-estrutura para pesquisa e<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico <strong>em</strong> geração, transmissão e distribuição e uso final <strong>de</strong>energia elétrica11.3. Programa <strong>de</strong> C,T&I para transmissão <strong>de</strong> energia elétrica, com ênfase <strong>em</strong> longadistância11.4. Programa <strong>de</strong> C,T&I para otimização dos ativos do sist<strong>em</strong>a elétrico11.5. Programa <strong>de</strong> C,T&I <strong>em</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> planejamento e operação do sist<strong>em</strong>a eletroenergético11.6. Programa <strong>de</strong> C,T&I para aumento da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia e da eficiência energética11.7. Programa <strong>de</strong> C,T&I para a economia do hidrogênio11.8. Programa <strong>de</strong> C,T&I para energias renováveisLinha <strong>de</strong> Ação 12 – Petróleo, Gás e Carvão Mineral12.1. Ampliação da infra-estrutura nas instituições <strong>de</strong> ensino e pesquisa nacionais nasáreas <strong>de</strong> petróleo, gás natural, energia e meio ambiente12.2. Expansão, mo<strong>de</strong>rnização, manutenção e infra-estrutura para pesquisa e<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico nas áreas <strong>de</strong> petróleo, gás natural e biocombustíveis12.3. Programa <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> refino12.4. Programa <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>exploração12.5. Programa <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> petróleo e gás natural12.6. Programa <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>transporte <strong>de</strong> petróleo e gás natural12.7. Programa <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gás natural160


Programas do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> C,T&I 2007–201012.8. Programa <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento sustentável para a área <strong>de</strong> petróleo e gás natural12.9. Programa <strong>de</strong> C,T&I para produção e uso limpo do carvão mineral – ProCarvãoLinha <strong>de</strong> Ação 13 – Agronegócio13.1. Pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento e inovação <strong>em</strong> alimentos13.2. Automação agropecuária com foco <strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos <strong>de</strong> pequeno porte13.3. Pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento e inovação <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as inovadores <strong>de</strong> produçãoagropecuária13.4. Articulação internacional para o avanço da C,T&I voltada para o agronegócio13.5. Recuperação das Organizações Estaduais <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária (OEPAS)para o Fortalecimento do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Pesquisa AgropecuáriaLinha <strong>de</strong> Ação 14 – Biodiversida<strong>de</strong> e Recursos Naturais14.1. C,T&I aplicadas à biodiversida<strong>de</strong> e aos recursos naturais14.2. C,T&I para a exploração dos recursos do mar14.3. P,D&I <strong>em</strong> aqüicultura e pesca14.4. C,T&I na Antártica14.5. C,T&I para recursos hídricos14.6. Desenvolvimento tecnológico e inovação <strong>em</strong> recursos minerais – ProMineralLinha <strong>de</strong> Ação 15 – Amazônia e S<strong>em</strong>i-Árido15.1. Programa integrado <strong>de</strong> C,T&I para a conservação e o <strong>de</strong>senvolvimento sustentávelda Região Amazônica15.2. C,T&I para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável do S<strong>em</strong>i-ÁridoLinha <strong>de</strong> Ação 16 – Meteorologia e Mudanças Climáticas16.1 Programa nacional <strong>de</strong> mudanças climáticas16.2 Previsão <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po e climaLinha <strong>de</strong> Ação 17 – Programa Espacial17.1 Programa CEA – Centro Espacial <strong>de</strong> Alcântara17.2. Programa VLS – Veículo Lançador <strong>de</strong> Satélites17.3. Programa PMM – Satélites <strong>de</strong> observação da Terra baseados na Plataforma Multi-Missão17.4. Programa CBERS – Satélite Sino-Brasileiro <strong>de</strong> Recursos Terrestres17.5. Programa ACS - Empresa bi-nacional Alcântara Cyclone Space17.6. Capacitação tecnológica e formação <strong>de</strong> recursos humanos para o setor aeroespacialLinha <strong>de</strong> Ação 18 – Programa Nuclear18.1. Consolidação do arcabouço legal da área nuclear18.2. Ampliação do ciclo do combustível nuclear na INB18.3. Conclusão da planta piloto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> UF6 (conversão) <strong>em</strong> Aramar18.4. Capacitação e a<strong>de</strong>quação da NUCLEP para a fabricação <strong>de</strong> componentes dasnovas usinas nucleares161


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços18.5. Impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> uma política brasileira <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> rejeitos radioativos18.6. Empresa Brasileira <strong>de</strong> Radiofármacos – EBR18.7. Ações <strong>de</strong> P,D &I e capacitação voltadas para a retomada do PNBLinha <strong>de</strong> Ação 19 – Defesa Nacional e Segurança Pública19.1. C,T&I para a <strong>de</strong>fesa nacional19.2. C,T&I para segurança públicaPriorida<strong>de</strong> IV – C,T&I para o Desenvolvimento SocialLinha <strong>de</strong> Ação 20 – Popularização da C,T&I e Melhoria do Ensino <strong>de</strong> Ciências20.1. Apoio a projetos e eventos <strong>de</strong> divulgação e <strong>de</strong> educação científica, tecnológica e<strong>de</strong> inovação20.2. Apoio à criação e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> centros e museus <strong>de</strong> ciência e tecnologia20.3. Olimpíada Brasileira <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>ática das Escolas Públicas - OBMEP20.4. Conteúdos digitais multimídia para educação científica e popularização da C,T&Ina InternetLinha <strong>de</strong> Ação 21 – <strong>Tecnologia</strong>s para o Desenvolvimento Social21.1. Impl<strong>em</strong>entação e mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> Centros Vocacionais Tecnológicos21.2. Programa nacional <strong>de</strong> inclusão digital21.3. Apoio à pesquisa, inovação e extensão tecnológica para o <strong>de</strong>senvolvimento social21.4. Programa Comunitário <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> e Cidadania21.5. C&T para o <strong>de</strong>senvolvimento regional com enfoque <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local –APLs21.6. Apoio à pesquisa e ao <strong>de</strong>senvolvimento aplicados à segurança alimentar enutricional21.7. Pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento agropecuário e agroindustrial para inserção social21.8. Capacitação <strong>em</strong> C,T&I para o Desenvolvimento Social162


Ministério da Ciência e <strong>Tecnologia</strong>Agências, Institutos <strong>de</strong> Pesquisa e Empresas PúblicasAgênciasAgência Espacial BrasileiraComissão Nacional <strong>de</strong> Energia NuclearConselho Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e TecnológicoFinanciadora <strong>de</strong> Estudos e ProjetosCentro <strong>de</strong> Gestão e Estudos EstratégicosInstitutos <strong>de</strong> PesquisaCentro Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisas FísicasCentro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> da Informação Renato ArcherCentro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> MineralCentro <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>s Estratégicas do Nor<strong>de</strong>steCentro Nacional <strong>de</strong> Pesquisa <strong>em</strong> Energia e MateriaisInstituto Brasileiro <strong>de</strong> Informação <strong>em</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>Instituto <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável MamirauáInstituto Nacional <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>ática Pura e AplicadaInstituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisas da AmazôniaInstituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisas EspaciaisInstituto Nacional <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>Instituto Nacional do S<strong>em</strong>i-ÁridoLaboratório Nacional <strong>de</strong> AstrofísicaLaboratório Nacional <strong>de</strong> Computação CientíficaMuseu <strong>de</strong> Astronomia e Ciências AfinsMuseu Paraense Emílio GoeldiObservatório NacionalRe<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Ensino e PesquisaEmpresas PúblicasCentro Nacional <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> Eletrônica AvançadaIndústrias Nucleares do BrasilNuclebrás Equipamentos Pesados S.AAlcântara Cyclone Space163


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosLista <strong>de</strong> Figuras1.1 Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&I: atores................................................................ 181.2 Panorama geral da impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> leis estaduais <strong>de</strong> inovação.................. 191.3 Atores do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> C,T&I............................................................ 201.4 Planejamento Integrado das Políticas............................................................ 201.5 Recursos investidos <strong>em</strong> bolsas CNPq e CAPES, 2000 a 2010........................ 241.6 Número <strong>de</strong> bolsas CNPq e CAPES, 1987 a 2009............................................ 251.7 Número <strong>de</strong> mestres e doutores titulados por ano, 1987 a 2009..................... 261.8 Número <strong>de</strong> mestres e doutores titulados no Brasil e ajuste <strong>de</strong> curva,no período 1996 a 2009............................................................................... 281.9 Mestres e doutores titulados no Brasil, por <strong>de</strong>pendência administrativadas universida<strong>de</strong>s, no período 1996 a 2009.................................................. 281.10 Número <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> pós-graduação no Brasil (doutorado, mestrado <strong>em</strong>estrado profissional), por <strong>de</strong>pendência administrativa das universida<strong>de</strong>s,no período 1996 a 2009................................................................................ 291.11 Número <strong>de</strong> alunos matriculados ao final do ano <strong>em</strong> cursos <strong>de</strong> pós-graduaçãono Brasil (doutorado, mestrado e mestrado profissional), por <strong>de</strong>pendênciaadministrativa das universida<strong>de</strong>s, no período 1996 a 2009........................... 301.12 Número <strong>de</strong> bolsas-ano <strong>de</strong> mestrado e doutorado concedidas peloCNPq e pela CAPES, 2003 a 2009................................................................. 311.13 Doutores titulados <strong>em</strong> 2006 ou ano mais recente, para paísesselecionados................................................................................................. 321.14 Doutores titulados <strong>em</strong> 2006 ou ano mais recente, por milhão <strong>de</strong>habitantes, para países selecionados............................................................ 331.15 Número <strong>de</strong> pesquisadores <strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po integralpor 1.000 habitantes, <strong>em</strong> anos mais recentes, <strong>em</strong> países selecionados.......... 351.16 Número <strong>de</strong> pesquisadores <strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po integral por 1.000pessoas ocupadas da população economicamente ativa, <strong>em</strong> anos maisrecentes, <strong>em</strong> países selecionados.................................................................. 351.17 Distribuição percentual <strong>de</strong> pesquisadores, <strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong> t<strong>em</strong>pointegral, por setor institucional, 2007 ou 2008............................................. 361.18 Distribuição percentual <strong>de</strong> pesquisadores no Brasil, <strong>em</strong> equivalência <strong>de</strong>t<strong>em</strong>po integral, por setor institucional, 2000 a 2008..................................... 371.19. Artigos científicos do Brasil in<strong>de</strong>xados no National Science Indicators(NSI), 1981 a 2009....................................................................................... 381.20 Crescimento relativo da produção científica no Brasil e no mundo, comreferência a 1982, 1982 a 2009.................................................................... 381.21 Artigos brasileiros publicados <strong>em</strong> revistas científicas internacionaisin<strong>de</strong>xadas no NSI, segundo áreas do conhecimento, 2006 e 2009................. 391.22 Evolução do investimento <strong>em</strong> infraestrutura <strong>de</strong> pesquisa <strong>em</strong>instituições públicas, 2003 a 2009............................................................... 411.23 Resultado do Edital 01/2010/FINEP/Campi regionais e novos campi........... 41164


1.24 Resultado preliminar do Edital 03/2009/FINEP-ABRUEM............................ 421.25 Evolução dos recursos do Pronex – Programa <strong>de</strong> Apoio a Núcleos <strong>de</strong>Excelência (CNPq), por período <strong>de</strong> vigência do edital, 1996 a 2010................ 441.26 Distribuição dos recursos <strong>de</strong>stinados a Núcleos <strong>de</strong> Excelência, porórgão <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>, 2008 a 2010...................................................................... 441.27 Evolução dos Institutos do Milênio para os Institutos Nacionais <strong>de</strong>Ciência e <strong>Tecnologia</strong>, distribuição por estado................................................ 461.28 Distribuição dos Institutos Nacionais <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>,por área t<strong>em</strong>ática......................................................................................... 461.29 Distribuição dos recursos <strong>de</strong>stinados aos Institutos Nacionais <strong>de</strong>Ciência e <strong>Tecnologia</strong>, por órgão/<strong>em</strong>presa <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>...................................... 471.30 Evolução dos recursos <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> apoio à pesquisa <strong>em</strong> todas asáreas do conhecimento (CNPq), 2002 a 2009................................................ 471.31 RNP – Infraestrutura da conexão internet entre institutos <strong>de</strong> pesquisa......... 481.32 RNP – Integração do interior......................................................................... 491.33 Re<strong>de</strong> Universitária <strong>de</strong> Tel<strong>em</strong>edicina (RUTE).................................................. 501.34 Expansão e consolidação regional dos institutos <strong>de</strong> pesquisacientífica e tecnológica do MCT..................................................................... 511.35 Recuperação e expansão da infraestrutura física dos institutos<strong>de</strong> pesquisa científica e tecnológica do MCT.................................................. 521.36 Total <strong>de</strong> investimentos(custeio e capital) nos institutos <strong>de</strong> pesquisacientífica e tecnológica do MCT..................................................................... 521.37 Execução orçamentária dos institutos <strong>de</strong> pesquisa científica etecnológica do MCT (incluindo pessoal)......................................................... 532.1 Gestão da Política <strong>de</strong> Desenvolvimento Produtivo.......................................... 592.2 Total <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong>positadas no INPI, por resi<strong>de</strong>ntes e não-resi<strong>de</strong>ntes,2000 a 2010................................................................................................. 612.3 Distribuição percentual <strong>de</strong> recursos aprovados da subvençãoeconômica, por t<strong>em</strong>as, 2006 a 2009............................................................. 622.4 Subvenção econômica: distribuição percentual da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>projetos apoiados por porte <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa, 2006 a 2009.................................. 632.5 Distribuição regional dos estados que lançaram edital paracontratação <strong>de</strong> projetos PAPPE Subvenção................................................... 642.6 Incentivos fiscais: distribuição regional das <strong>em</strong>presas beneficiadas,2006 a 2009................................................................................................. 662.7 Incentivos fiscais: recursos investidos <strong>em</strong> P&D, 2006 a 2009........................ 672.8 Incentivos fiscais: benefícios reais dos investimentos <strong>em</strong>P&D, por região geográfica, 2006 a 2009...................................................... 672.9 Aplicação <strong>em</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento das <strong>em</strong>presas beneficiadaspela Lei <strong>de</strong> Informática, 2002 a 2009............................................................ 682.10 Faturamento bruto global das <strong>em</strong>presas incentivadas pelaLei <strong>de</strong> Informática, 2002 a 2009................................................................... 692.11 SIBRATEC: Centros <strong>de</strong> Inovação................................................................... 75165


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e Avanços2.12 SIBRATEC: Serviços Tecnológicos – participações laboratoriais nas20 re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas....................................................................................... 752.13 SIBRATEC: Serviços Tecnológicos – distribuição regionaldos laboratórios participantes das 20 re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas.................................. 762.14 SIBRATEC: Extensão Tecnológica................................................................. 763.1 Laboratório <strong>de</strong> microscopia eletrônica <strong>de</strong> varredura do CETENE eimag<strong>em</strong> <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong>ntinários........................................................................ 853.2 CEITEC e produção <strong>de</strong> chips........................................................................ 863.3 CBTE: fachada e laboratório <strong>de</strong> especrometria <strong>de</strong> massa.............................. 903.4 Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul...................................................... 963.5 Navio Polar Almirante Maximiano................................................................. 983.6 Sub-re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas da Re<strong>de</strong> CLIMA.......................................................... 1043.7 Novo supercomputador Tupã...................................................................... 1053.8 TMI - Torre Móvel <strong>de</strong> Integração <strong>de</strong> veículos lançadores <strong>de</strong> satélites............ 1093.9 Maquete das instalações da ACS <strong>em</strong> Alcântara, MA.................................... 1113.10 CDTN: unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> radiofármacos........................................... 1153.11 CRCN: fachada e produção <strong>de</strong> radiofármacos............................................. 1154.1 Alunos inscritos na OBMEP, 2005 a 2010.................................................. 1264.2 Distribuição regional dos alunos pr<strong>em</strong>iados na OBMEP, 2005 a 2009......... 1274.3 Projetos apoiados para CVTs e total <strong>de</strong> recursos, 2003 a 2009.................... 1295.1 Evolução do Orçamento <strong>de</strong> Custeio e Capital do MCT, 2000 a 2010............ 1365.2 Evolução do Orçamento do Fundo Nacional <strong>de</strong> DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico (FNDCT), 1980 a 2010........................................... 1375.3 Dispêndio nacional <strong>em</strong> C,T&I, por modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação dosrecursos, 2000 a 2010................................................................................ 1375.4 Dispêndio nacional <strong>em</strong> C&T e P&D como razão do percentual do PIB,2000 a 2010............................................................................................... 1385.5 Dispêndio nacional <strong>em</strong> P&D como razão do PIB, no Brasil e <strong>em</strong> paísesselecionados <strong>em</strong> anos mais recentes........................................................... 1395.6 Dispêndio nacional público e <strong>em</strong>presarial <strong>em</strong> P&D como percentualdo PIB, 2000 a 2010................................................................................... 1405.7 Dispêndio nacional público e privado <strong>em</strong> P&D como percentual doPIB, <strong>em</strong> países selecionados <strong>em</strong> anos mais recentes................................... 1415.8 Recursos público e <strong>em</strong>presarial investidos <strong>em</strong> P&D no Brasil,2000 a 2010............................................................................................... 1425.9 Dispêndio fe<strong>de</strong>ral e estadual <strong>em</strong> P&D como percentual do PIB,2000 a 2010............................................................................................... 1435.10 Recursos fe<strong>de</strong>ral e estadual investidos <strong>em</strong> P&D, 2000 a 2010..................... 1445.11 Recursos do MCT e <strong>de</strong> outras fontes fe<strong>de</strong>rais planejados <strong>em</strong>2007 para investimento no PACTI, 2007 a 2010......................................... 1445.12 Orçamento executado do MCT e <strong>de</strong> outros órgãos fe<strong>de</strong>rais <strong>em</strong>programas do PACTI (2007 a 2009) e previsto (2010).................................. 145166


Lista <strong>de</strong> Tabelas1.1 Titulação <strong>de</strong> mestres e doutores no Brasil, por <strong>de</strong>pendência administrativadas universida<strong>de</strong>s: taxa média <strong>de</strong> crescimento anual e crescimento nosperíodos 1996 a 2002 e 2003 a 2009............................................................ 271.2 Cursos <strong>de</strong> pós-graduação no Brasil (doutorado, mestrado e mestradoprofissional), por <strong>de</strong>pendência administrativa das universida<strong>de</strong>s:taxa média <strong>de</strong> crescimento anual e crescimento nos períodos1996 a 2002 e 2003 a 2009.......................................................................... 301.3 Número <strong>de</strong> alunos matriculados ao final do ano <strong>em</strong> cursos <strong>de</strong>pós-graduação no Brasil (doutorado, mestrado e mestrado profissional):taxa média <strong>de</strong> crescimento anual e crescimento nos períodos1996 a 2002 e 2003 a 2009.......................................................................... 301.4 Editais lançados pela FINEP e pelo CNPq entre 2007 e 2010......................... 403.1 Indicadores <strong>de</strong> P,D&I da CNEN e seus institutos, 2003 a 2009................... 1164.1 Evolução do número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e da participação municipalna S<strong>em</strong>ana Nacional <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>, 2004 a 2009........................ 1244.2 Evolução das inscrições na Olimpíada Brasileira <strong>de</strong> Mat<strong>em</strong>ática ................ 126das Escolas Públicas (OBMEP), 2005 a 2010....................................................167


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ação <strong>em</strong> Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação 2007 - 2010Principais Resultados e AvançosCoor<strong>de</strong>nação da publicaçãoSecretaria ExecutivaAssessoria <strong>de</strong> Acompanhamento e Avaliação do PACTILéa Contier <strong>de</strong> FreitasEquipe técnicaAndré Vaz <strong>de</strong> MelloEduardo Chaves VieiraFábio Donato Soares LarotondaHermes Siqueira <strong>de</strong> JesusSaulo Quadros SantiagoAgra<strong>de</strong>cimento especialàs equipes técnicas do MCT e <strong>de</strong> suas agências e institutos <strong>de</strong> pesquisa e dosministérios e outras entida<strong>de</strong>s parceiras no PACTI, que <strong>de</strong> alguma formacolaboraram na elaboração <strong>de</strong>ste relatório.Projeto Gráfico e DiagramaçãoDaniel FaustinoMinistério da Ciência e <strong>Tecnologia</strong>Esplanada dos Ministérios, Bloco E70067-900 Brasília, DFwww.mct.gov.br168

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