13.07.2015 Views

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOEste apagamento,porém, não é monolítico. Assim como háintecio<strong>na</strong>lidade no sujeito ativo – mesmo parcial e sob certas condiçõeshistóricas, sociais e psicológicas – o sujeito que é apassivado tambémpode, nos lapsos discursivos 4do <strong>discurso</strong> domi<strong>na</strong>nte, expressar osconflitos e contradições existentes no processo de domi<strong>na</strong>ção <strong>em</strong> quese encontra inserido. É o que Orlandi (2002b) define como “retórica daresistência”. Como o silêncio <strong>em</strong> si possui seu significado, o silêncioprovocado pela interdição do dizer assume um sentido de resistência.Orlandi (2002a) salienta:“Uma sociedade como a nossa, pela suaconstituição, pela sua organização e funcio<strong>na</strong>mento,pensando-se o conjunto de suas práticas <strong>em</strong> suamaterialidade, tende a produzir a dominância do<strong>discurso</strong> autoritário, sendo o (<strong>discurso</strong>) lúdico o quevaza, por assim dizer, nos intervalos, derivas,margens das práticas sociais e institucio<strong>na</strong>is. O<strong>discurso</strong> polêmico é possível e configura-se comouma prática de resistência e afrontamento”(ORLANDI, 2002a: 87).As observações indicam, entretanto, que um <strong>discurso</strong> de resistêncianormalmente é contido ou cooptado pelo <strong>discurso</strong> domi<strong>na</strong>nte. Mas éesta resistência silenciosa que nos permite observar o que o <strong>discurso</strong>domi<strong>na</strong>nte “não está dizendo quando está dizendo”.3.5 Falando <strong>em</strong> <strong>discurso</strong>sEni Orlandi (1996) e Luiz Antônio Marcuschi (1991) apresentamalgumas definições de tipologia de <strong>discurso</strong>s. Orlandi ressalva a4 Encontramos <strong>em</strong> Orlandi (2002b) uma definição que ajuda a compl<strong>em</strong>entar o que chamamos<strong>em</strong> nosso trabalho de lapso discursivo: “o lapso coloca <strong>em</strong> relação os dois lados da poliss<strong>em</strong>ia:comete um excesso (diz d<strong>em</strong>ais) e mostra uma falta (algo que está <strong>em</strong> silêncio). Há formasorganizadas e formas não-organizadas de manifestação do silêncio fundador: o lapso é umaforma não-organizada, a censura é uma forma organizada” (ORLANDI, 2002b: 95).95

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!