13.07.2015 Views

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOseguinte mote: fora da relação com o outro, não hásentido”. (FIORIN, 1994: 36).Fiorin (2002) salienta que todos os <strong>discurso</strong>s têm uma “funçãocitativa” (expressão de Edward Lopes) <strong>em</strong> relação a outros <strong>discurso</strong>s.Para a Análise do Discurso, o sujeito t<strong>em</strong> ape<strong>na</strong>s a ilusão de controle<strong>sobre</strong> seu enunciado, ao se pensar capaz de fazer escolhas, terintenções e tomar decisões no momento da fala. Segundo JacquelineAuthier-Revuz (1990), esta ilusão é necessária para o equilíbrio do eu,que, para a AD (baseada <strong>na</strong> Psicanálise freudia<strong>na</strong>) é descentrado,fendido, assujeitado pelo meio. Sua fala é produto inconsciente da falado segmento ao qual está inserido.Esta visão é fruto dos estudos de Michel Pêcheux <strong>sobre</strong> o sujeito.Baseado <strong>em</strong> trabalhos anteriores de Michel Foucault, de MikhailBakhtin e de Jacques Lacan, Pêcheux defendeu a polifonia comofundamento dos <strong>discurso</strong>s. O trajeto de um <strong>discurso</strong> faz com que, nocaminho, “arraste” com ele el<strong>em</strong>entos de outros <strong>discurso</strong>s, formandoum <strong>discurso</strong> outro que já não é o mesmo formulado anteriormente,rico <strong>em</strong> várias vozes sublimi<strong>na</strong>res que tor<strong>na</strong>m o <strong>discurso</strong> polifônico. Aexistência da polifonia é constitutiva dos <strong>discurso</strong>s, onde ficaregistrada uma m<strong>em</strong>ória discursiva que traz uma carga de ideologia ehistória. Segundo Felippi:“A idéia de polifonia, de Bakhtin, v<strong>em</strong> dos estudosdesse autor <strong>sobre</strong> dialogismo, que decorre dainteração verbal que se estabelece entre oenunciador e o enunciatário, no espaço do texto. Éconstitutivo da linguag<strong>em</strong> e de todo <strong>discurso</strong>. É arede interativa que articula as vozes de um <strong>discurso</strong>(...). Os textos são dialógicos porque resultam do<strong>em</strong>bate de muitas vozes sociais e pod<strong>em</strong> produzirefeito de polifonia ou monofonia, esse quando o86

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!