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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOAinda para os teóricos da AD, o sujeito não é autor do próprio <strong>discurso</strong>n<strong>em</strong> leitor-intérprete absoluto do texto que lê. Ele é assujeitadoideológica, estrutural e psicologicamente e a língua é um produtohistórico, sociológico e psicológico. A liberdade de se expressar, decompreender e de defender valores e idéias não acontece de fato: oindivíduo está submetido às relações concretas do seu cotidiano, aoseu inconsciente e à estrutura (gramática) da própria língua. Mas,como se dá este assujeitamento? O indivíduo reconhece-se comosubmetido ao seu meio, à estrutura da língua e à sua formaçãohuma<strong>na</strong>?Todo ser humano, desde a infância, passa por um processo deformação como cidadão. Neste processo, concorre o modeloeducacio<strong>na</strong>l ao qual é submetido, o seu entorno social (que lhe dá umarcabouço ideológico) e a própria língua que aprende como meio parase comunicar (e suas estruturas gramaticais). Este processo enquadrao hom<strong>em</strong> dentro de uma formação discursiva que vai marcar o seupensamento. Mais: vai determi<strong>na</strong>r que seu <strong>discurso</strong> não é seu, é oamálgama de vários outros <strong>discurso</strong>s que circularam e circulam <strong>na</strong>sociedade. Segundo José Luiz Fiorin (2002):“A cada formação ideológica corresponde umaformação discursiva, que é um conjunto de t<strong>em</strong>ase de figuras que materializa uma dada visão d<strong>em</strong>undo. Essa formação discursiva é ensi<strong>na</strong>da acada um dos m<strong>em</strong>bros de uma sociedade ao longodo processo de aprendizag<strong>em</strong> lingüística. É comessa formação discursiva assimilada que o hom<strong>em</strong>constrói seus <strong>discurso</strong>s, que ele reagelingüisticamente aos acontecimentos. Por isso, o<strong>discurso</strong> é mais o lugar da reprodução que o dacriação. Assim como uma formação ideológicaimpõe o que pensar, uma formação discursivadetermi<strong>na</strong> o que dizer” (FIORIN, 2002: 32).83

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