13.07.2015 Views

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOsubjetivas, portanto, menos vinculadas do que o fator importância.Assim, vale o bordão: se o cachorro morde o hom<strong>em</strong> não é notícia,mas se o hom<strong>em</strong> morde o cão, com certeza será. O interesse queindica o valor-notícia baseia-se, assim, no insólito, no curioso,seguindo o interesse humano, o heróico e o excepcio<strong>na</strong>l. É o queKunczik classifica de “qualidade do inesperado” (KUNCZIK, 1997: 245).No segundo it<strong>em</strong>, o critério é econômico e espacial: quanto a <strong>em</strong>presajor<strong>na</strong>lística terá que despender para o deslocamento físico do repórterpara que ele faça a cobertura do fato? Se as informações sãoacessíveis e se estão disponíveis dentro de uma distância consideradade fácil acesso, estará obedecendo a esse critério. Mas, o maisimportante a se observar é que notícias como a do hom<strong>em</strong> qu<strong>em</strong>ordeu o cachorro – que caracterizam a alteração da roti<strong>na</strong>, oinesperado – têm mais chance de ser notícia. E se o fato é negativo,aumentam as possibilidades de ganhar espaço no veículo. A infração, odesvio, a ruptura s<strong>em</strong>pre são destacados. Sobre isso, Kunczik afirma:“quanto mais negativo for o fato <strong>em</strong> suas conseqüências, maisprovável será que ele se torne matéria de notícia(...). As notíciasnegativas são mais inesperadas do que as positivas” (KUNCZIK, 1997:246-247).Ainda no it<strong>em</strong> relativo ao produto, a atualidade do fato – mesmo queseja atual ape<strong>na</strong>s para os jor<strong>na</strong>listas e que já seja fartamenteconhecido para as fontes da informação – é passível de divulgação.Outro ponto neste it<strong>em</strong> é a questão da repetitividade: se um fato éconsiderado repetitivo ou s<strong>em</strong>elhante a outros já publicados, não éconsiderado noticiável.No critério relacio<strong>na</strong>do ao público, Wolf ressalta que “os jor<strong>na</strong>listasconhec<strong>em</strong> pouco o seu público; mesmo que os órgãos de informaçãopromovam pesquisas <strong>sobre</strong> as características da audiência, os seushábitos e as suas preferências, os jor<strong>na</strong>listas raramente as conhec<strong>em</strong> epouco desejam fazê-lo” (WOLF, 2001: 212-213). Na Al<strong>em</strong>anha,70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!