13.07.2015 Views

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOmidiático, que aparece como imparcial e objetivo. A escolha dos fatosque serão cobertos pelos repórteres é função do editor, que coorde<strong>na</strong>e julga a viabilidade de cobertura. De acordo com Cr<strong>em</strong>ilda Medi<strong>na</strong>, oeditor é (ou deveria ser) “o sujeito ‘b<strong>em</strong> informado’, sensível àd<strong>em</strong>anda, que antevê a oportunidade de determi<strong>na</strong>das coberturas, quesabe selecio<strong>na</strong>r as informações essenciais que o repórter traz, quesugere perguntas e, acima de tudo, que angula a matéria” (MEDINA,1978: 79). Ela afirma:“Muitas vezes, a <strong>em</strong>presa jor<strong>na</strong>lística oferece aorepórter, ao redator, ao editor, modernos recursosde processamento dos dados, mas o conteúdo, dapauta à edição, está marcado por um modelopater<strong>na</strong>lista de decisão <strong>na</strong> escolha dos t<strong>em</strong>as, noencaminhamento da edição e, portanto, noresultado fi<strong>na</strong>l. A tecnologia apressou o fluxonoticioso, agilizando os processos de codificação,mas esse fluxo não se põe a serviço integral dad<strong>em</strong>anda social. A informatização proporcio<strong>na</strong> oeficiente aprofundamento das fontes de informação,mas por enquanto ela só serve aos interesseseconômicos da circulação no mercado” (MEDINA,1978: 138).Reforçamos que, a partir da definição de <strong>agenda</strong>-setting, ou seja, dafixação de uma <strong>agenda</strong> de t<strong>em</strong>as pelos meios de comunicação – ondeassuntos são incluídos e excluídos - percebe-se que a <strong>mídia</strong> não é (en<strong>em</strong> poderia ser) a realidade que viv<strong>em</strong>os todos os dias, mas arepresentação dessa realidade, com fragmentos recortados er<strong>em</strong>ontados do cotidiano. No veículo de comunicação, faz-se atransposição de fatos <strong>na</strong>rrados, repletos de significados. Ao contráriodas teses defendidas <strong>em</strong> manuais de redação e <strong>na</strong> publicidade dosvários meios de comunicação <strong>na</strong> defesa do mito da imparcialidade (quenão se concretiza), partimos da assertiva de que o texto jor<strong>na</strong>lístico é59

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!