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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOtentar reconstituir o real é reimagi<strong>na</strong>r o imagi<strong>na</strong>do,e caberia indagar se os historiadores, no seuresgate do passado, pod<strong>em</strong> chegar a algo que nãoseja uma representação" (PESAVENTO, 1995: 17)[destaque nosso].As representações sociais são, desta forma, meios encontrados pelosvários grupos sociais para orientar as ações do cotidiano. Se, porém,um determi<strong>na</strong>do segmento se <strong>sobre</strong>ssai - a classe domi<strong>na</strong>nte - éprevisível que também se <strong>sobre</strong>ssaia sua linha de pensamento, aideologia domi<strong>na</strong>nte. Assim, os conteúdos que circulam <strong>na</strong> sociedade -através, inclusive, dos meios de comunicação social - são marcadospelo jogo de forças e pressões, de modo que prevalec<strong>em</strong>discursivamente confirmando e mantendo as relações sociaisconvenient<strong>em</strong>ente.De acordo com Mary Jane Spink (1993), "<strong>na</strong> história das mentalidades,a constatação de que muitas das nossas verdades <strong>sobre</strong> o mundosocial são historicamente datadas; o relativismo decorrente dasreinterpretações geradas pelas reflexões a partir de movimentospolíticos de minorias (negros, mulheres, gays etc.) que passam areescrever a história a partir de sua própria ótica" (SPINK, 1993: 128)comprovam que não t<strong>em</strong>os nenhuma certeza de que a interpretaçãoescolhida é mais verdadeira que outras possíveis leituras da realidade.A <strong>mídia</strong> se transformou <strong>em</strong> instrumento fundamental de coesão social,uma vez que lida com a produção, reprodução e circulação derepresentações sociais que transpõe as barreiras geográficas. MiquelRodrigo Alsi<strong>na</strong> define a notícia como “uma representação social darealidade cotidia<strong>na</strong> produzida institucio<strong>na</strong>lmente que se manifesta <strong>na</strong>construção de um mundo possível” (ALSINA, 1989: 18). Entretanto, asrepresentações sociais desfizeram o vínculo com o mundo real,tor<strong>na</strong>ndo-se simulacros. E é a partir desses simulacros que seconstró<strong>em</strong> as identidades sociais <strong>na</strong> pós-modernidade. No mundo onde36

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