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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOmanipulado. Para Chauí, "porque a ideologia não t<strong>em</strong> história, masfabrica histórias imaginárias que <strong>na</strong>da mais são do que uma forma delegitimar a domi<strong>na</strong>ção da classe domi<strong>na</strong>nte, compreende-se por que ahistória ideológica (aquela que aprend<strong>em</strong>os <strong>na</strong> escola e nos livros) sejas<strong>em</strong>pre uma história <strong>na</strong>rrada do ponto de vista do vencedor ou dospoderosos". (CHAUÍ, 1980: 123), o que será observado mais adiantecom relação à história do Brasil e os <strong>índio</strong>s (capítulo 4). Chauí ressalta:"não possuímos a história dos escravos, n<strong>em</strong> a dosservos, n<strong>em</strong> a dos trabalhadores vencidos - não sósuas ações não são registradas pelo historiador,mas os domi<strong>na</strong>ntes também não permit<strong>em</strong> querest<strong>em</strong> vestígios (documentos, monumentos) dessahistória. Por isso os domi<strong>na</strong>dos aparec<strong>em</strong> nos textosdos historiadores s<strong>em</strong>pre a partir do modo comoeram vistos e compreendidos pelos própriosvencedores" (CHAUÍ, 1980: 123-124).O vencedor consegue fazer prevalecer seu <strong>discurso</strong> no momento <strong>em</strong>que a história é contada. Ele dificulta a existência da "história dosvencidos", pois, sendo estes derrotados, perderam o direito de contarsua versão dos fatos. A ação dos poderosos, dos vencedores, consistejustamente <strong>em</strong> tentar elimi<strong>na</strong>r os vencidos, sua m<strong>em</strong>ória e os traçosde sua existência, que somente <strong>em</strong>erge através de ações deresistência (nos lapsos discursivos, melhor explicados à pági<strong>na</strong> 95)."Não é assim, por ex<strong>em</strong>plo, que os estudantes negros ficam sabendoque a Abolição foi um feito da Princesa Isabel? As lutas dos escravosestão s<strong>em</strong> registro e tudo que delas sab<strong>em</strong>os está registrado pelossenhores brancos. N<strong>em</strong> para o <strong>índio</strong>. N<strong>em</strong> para os camponeses. N<strong>em</strong>para os operários" (CHAUÍ, 1980: 124). Marile<strong>na</strong> Chauí afirma:"História dos 'grandes homens', dos 'grandes feitos',das 'grandes descobertas', dos 'grandesprogressos', a ideologia nunca nos diz o que são33

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