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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCO"Na verdade, aqui se pode flagrar a entrada <strong>em</strong>ce<strong>na</strong> de outra forma de publicidade, entendida nãomais como exposição discursiva das posições numdebate acessível a todos os concernidos econduzido com razoabilidade, mas como exposiçãode posições e produtos para os quais se desejaformas concretas de adesão. A diferença entre asduas posições consiste <strong>sobre</strong>tudo <strong>em</strong> que dasegunda estão excluídos seja o debate quanto aracio<strong>na</strong>lidade: as posições são verbalizadas paraconvencer, não para d<strong>em</strong>onstrar dialogicamente.Este convencimento prescinde da discussão e daracio<strong>na</strong>lidade, porque não quer conseguir convicçãológica: precisa, sim, da simpatia da boa vontade, daadesão não importando se a sua orig<strong>em</strong> é racio<strong>na</strong>lou meramente <strong>em</strong>ocio<strong>na</strong>l - por isso serve-se dasedução". (GOMES, W., 1998, 165) [destaquenosso].Se a idéia de Habermas <strong>sobre</strong> esfera pública e <strong>mídia</strong> se firmasse, estateria como exigência que os públicos não foss<strong>em</strong> excludentes, quetodos tivess<strong>em</strong> acesso para dar visibilidade aos seus <strong>discurso</strong>s esist<strong>em</strong>as de valores, dando espaço para que todos pudess<strong>em</strong> falar eser contestados, não havendo como, ocultamente, firmar a ideologiado grupo domi<strong>na</strong>nte. A imprensa, entretanto, ao se referir às minoriasou aos grupos excluídos, t<strong>em</strong> reservado um espaço/t<strong>em</strong>po e dado umtratamento determi<strong>na</strong>do pela predominância discursiva da classedomi<strong>na</strong>nte. O <strong>discurso</strong> midiático - que deveria ser o terreno da crítica àord<strong>em</strong> vigente para romper com o consenso que não seja resultado dedebate público - se transformou <strong>em</strong> um reforço da ideologia domi<strong>na</strong>ntee, assim, da permanência da exclusão de minorias.Para Michel Foucault (1996), a produção do <strong>discurso</strong> <strong>em</strong> todasociedade é controlada e selecio<strong>na</strong>da, visando impedir a sua27

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