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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOcomo t<strong>em</strong>a a S<strong>em</strong>a<strong>na</strong> do Índio. Como matéria especial (que t<strong>em</strong> maisespaço <strong>na</strong> edição <strong>em</strong> virtude do trabalho de pesquisa da equipejor<strong>na</strong>lística), a reportag<strong>em</strong> fala da falta de apoio à educação indíge<strong>na</strong>,da mistura étnica, da d<strong>em</strong>ora <strong>na</strong> d<strong>em</strong>arcação de terras e da motivaçãoda Igreja Católica através da Campanha da Fraternidade. Na questãoeducacio<strong>na</strong>l, o jor<strong>na</strong>l afirma que o Governo Federal delegou ao Estado,desde 1999, a responsabilidade pela educação dos <strong>índio</strong>s. Entretanto,o Governo Estadual não assumiu o trabalho, mas <strong>na</strong> reportag<strong>em</strong>afirma que o secretário de educação garante que <strong>em</strong> 60 dias o Estadoirá assumir as escolas indíge<strong>na</strong>s. Sobre a questão das terras, o jor<strong>na</strong>lassocia os conflitos à lentidão <strong>na</strong> d<strong>em</strong>arcação e, mesmo criticando ad<strong>em</strong>ora do trabalho da Fu<strong>na</strong>i, a matéria não aprofunda o probl<strong>em</strong>ahistórico do atraso, aceitando a explicação da instituição para o fatode, desde a sua fundação, não ter conseguido cumprir esta tarefa. Umquadro apresenta a relação de nove etnias <strong>em</strong> Per<strong>na</strong>mbuco –novamente, o conflito de números de comunidades indíge<strong>na</strong>sexistentes no Estado. O jor<strong>na</strong>l aportuguesou os nomes dos gruposAtikum, Kambiwá, Kapi<strong>na</strong>wá, Fulni-ô e Truká, um erro que enfraquecea força dessas comunidades, que lutam pela manutenção da grafia deseus nomes conforme a sua orig<strong>em</strong> lingüística. Uma retranca damatéria fala da Campanha da Fraternidade, fazendo um histórico dotrabalho da Igreja neste sentido, mas s<strong>em</strong> falar do papel da instituiçãono domínio e escravidão dos <strong>índio</strong>s. Uma última retranca fala dasatividades culturais da S<strong>em</strong>a<strong>na</strong> do Índio.Na primeira retranca, <strong>sobre</strong> educação indíge<strong>na</strong>, são ouvidos umrepresentante do Cimi e professoras índias. No <strong>discurso</strong> relatado dorepresentante do Cimi, o verbo introdutor de opinião usado éargumentar. Nos <strong>discurso</strong>s relatados das professoras, os verbos sãoafirmar, dizer e desabafar. Além de indicadores do <strong>discurso</strong> popular, oterceiro verbo mostra a <strong>em</strong>ocio<strong>na</strong>lidade circunstancial, mas não dáforça à fonte jor<strong>na</strong>lística, tratando-a como fonte passiva. Na segundaretranca, quando o secretário de Educação se posicio<strong>na</strong> para informar<strong>sobre</strong> o atraso do Governo do Estado para assumir a educaçãoindíge<strong>na</strong>, os verbos usados para introduzir a opinião oficial são181

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