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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOum grupo social. Se privarmos a consciência de seuconteúdo s<strong>em</strong>iótico e ideológico, não sobra <strong>na</strong>da. Aimag<strong>em</strong>, a palavra, o gesto significante, etc.constitu<strong>em</strong> seu único abrigo”. (BAKHTIN, 1992a:35-36).Tudo que é ideológico possui um significado e se relacio<strong>na</strong> com algoque se encontra fora de si mesmo. Para Bakhtin, s<strong>em</strong> signos nãoexiste ideologia. Ele afirma que “cada signo ideológico é não ape<strong>na</strong>sum reflexo, uma sombra da realidade, mas também um fragmentomaterial dessa realidade” (BAKHTIN, 1992a: 33). Sendo fragmento,parte da realidade, e não sua totalidade, a ideologia escamoteia essarealidade <strong>na</strong> medida <strong>em</strong> que faz os m<strong>em</strong>bros da sociedade acreditar<strong>em</strong>que as idéias domi<strong>na</strong>ntes somam o todo dos pensamentos autônomosdos vários segmentos sociais, e não o que verdadeiramente são: opensamento dos grupos que se <strong>sobre</strong>ssa<strong>em</strong> política e economicamentee que, através da ideologia, faz<strong>em</strong> prevalecer a ord<strong>em</strong> social vigentecomo fruto de forças alheias à vontade huma<strong>na</strong> – ou seja, submetidaàs forças <strong>sobre</strong><strong>na</strong>turais que, segundo Marile<strong>na</strong> Chauí, seriam "deuses,Natureza, Razão, Estado, destino, etc."(CHAUÍ, 1980: 86-87). KarlMarx e Frederich Engels, <strong>em</strong> A Ideologia Al<strong>em</strong>ã, ressaltam (MARX &ENGELS, apud CHAUÍ, 1980):“as idéias da classe domi<strong>na</strong>nte são, <strong>em</strong> cada época,as idéias domi<strong>na</strong>ntes, isto é, a classe que é a forçamaterial domi<strong>na</strong>nte da sociedade é, ao mesmot<strong>em</strong>po, sua força espiritual (...) Na medida <strong>em</strong> quedomi<strong>na</strong>m como classe e determi<strong>na</strong>m todo o âmbitode uma época histórica, é evidente que o façam <strong>em</strong>toda a sua extensão e, conseqüent<strong>em</strong>ente, entreoutras coisas, domin<strong>em</strong> também como pensadores,como produtores de idéias; que regul<strong>em</strong> a produçãoe distribuição de idéias de seu t<strong>em</strong>po e que suasidéias sejam, por isso mesmo, as idéias domi<strong>na</strong>ntes17

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