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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOESCRAVIDÃO DE NEGROS E ÍNDIOSE A MARGINALIZAÇÃO...TIPO DE FONTEFONTE ATIVATIPO DE FONTEFONTE PASSIVA7. Índios disputam santuário de Cimbres (DP, 18.09.2001) –reportag<strong>em</strong>O texto, capa do caderno Vida Urba<strong>na</strong>, reproduz <strong>na</strong> primeira linha osenso comum <strong>sobre</strong> o <strong>índio</strong> verbalizado pelo jor<strong>na</strong>l: "muito mais quesimplesmente uma briga de <strong>índio</strong>s...", ou seja, fala de uma disputaentre m<strong>em</strong>bros da comunidade Xucuru como uma briga de <strong>índio</strong>s, algoque seria de menor valia, reforçando o senso comum de que os <strong>índio</strong>ssão selvagens, guerreiros, <strong>em</strong> virtude de sua "maldade <strong>na</strong>tural". Maisadiante, afirma: "a disputa...envolve interesses pela exploração de umsantuário religioso. Em bom português, significa uma espécie deturismo que movimenta milhões de reais todos os anos no maior Paíscatólico do mundo...". Ao se referir aos interesses pela exploração dosantuário, é como se definisse algo que não seria lícito por partir de<strong>índio</strong>s, de qu<strong>em</strong> não se espera um sentido capitalista de administraçãode recursos. Quando prossegue afirmando <strong>em</strong> bom português, utiliza aironia ao definir uma espécie de turismo que movimenta milhões dereais... Para o autor do texto, o <strong>índio</strong>, mesmo depois do processo deetnogênese, deve ficar s<strong>em</strong>pre pobre e protegido pelo poder estatal.Ao <strong>índio</strong>, riqueza e poder seriam privilégios ilegítimos, pelo conceitodomi<strong>na</strong>nte. Ou seja, se é indíge<strong>na</strong>, não pode ingressar no mercadocapitalista e se ingressa é porque deixou de ser <strong>índio</strong>, não sendoquestio<strong>na</strong>do o fato da Igreja poder exercer o papel de exploraçãoturística da área. A disputa econômica é apontada <strong>na</strong> reportag<strong>em</strong>como a razão da divisão entre os Xucurus de Ororubá e os Xucurus deCimbres e a invasão pelos primeiros da região de Cimbres: "aconteceque os 300 hectares da Aldeia Guarda foram comprados por umainstituição religiosa...." Mais adiante, o cacique Marcos Luidson sepronuncia: "como a Igreja pode comprar um terreno que fica dentro da158

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