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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOtexto jor<strong>na</strong>lístico, especialmente quando suas opiniões são opostasentre si. A fonte ativa a qual conceituamos nesta pesquisa é a fontejor<strong>na</strong>lística que t<strong>em</strong> papel fundamental <strong>na</strong> produção do texto, pois t<strong>em</strong>sua voz marcada e seu <strong>discurso</strong> reproduzido com verbos introdutoresde opinião que dão força domi<strong>na</strong>nte ao seu significado.A fonte ativa determi<strong>na</strong> o tom do <strong>discurso</strong> do jor<strong>na</strong>lista. O próprioautor do texto jor<strong>na</strong>lístico mistura sua voz com a voz da fonte ativa,ambos operando <strong>na</strong> mesma formação discursiva, o <strong>discurso</strong>domi<strong>na</strong>nte, o que ocorre de modo sublimi<strong>na</strong>r e até certo pontoimperceptível pelo jor<strong>na</strong>lista. O grau e o nível hierárquico da fonte eseu papel <strong>na</strong> estrutura social e de poder indicam a sua importância.São fontes ativas as fontes institucio<strong>na</strong>is, consideradas maisconfiáveis, representantes de segmentos sociais de peso econômico,político, social e religioso. Mesmo não sendo autor consciente de um<strong>discurso</strong>, mas efeito dos sentidos que reproduz, a fonte ativa, para ojor<strong>na</strong>lismo, constitui-se num sujeito associado a uma formaçãodiscursiva, da qual tor<strong>na</strong>-se uma espécie de porta-voz.A fonte ativa enuncia a partir de uma determi<strong>na</strong>da posição social queocupa e da qual não pode, não consegue ou mesmo não quer seafastar. Ou seja, <strong>em</strong>bora o sujeito não seja livre ao dizer, t<strong>em</strong> umacerta intencio<strong>na</strong>lidade ao enunciar dentro de um processo discursivoque provoque os efeitos de sentido esperados. Embora as palavras nãopertençam a esta ou aquela formação discursiva – pois não comportam<strong>em</strong> si mesmas um juízo de valor – ao ser<strong>em</strong> enunciadas dentro de um<strong>discurso</strong>, adquir<strong>em</strong> sentidos muitas vezes opostos aos que assum<strong>em</strong>quando integrantes de uma outra formação discursiva. Assim, o queajuda a identificar a formação discursiva de uma fonte não é a palavraque utiliza, mas como utiliza a palavra no momento <strong>em</strong> que enuncia.131

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