agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco
agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco
agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCO5. O <strong>índio</strong> <strong>na</strong> <strong>mídia</strong> <strong>em</strong> Per<strong>na</strong>mbuco:<strong>discurso</strong> e representaçãoSegundo uma <strong>agenda</strong> midiática cujos t<strong>em</strong>as são previamente definidosde acordo com o que circula <strong>em</strong> um determi<strong>na</strong>do contexto social, o<strong>discurso</strong> jor<strong>na</strong>lístico funcio<strong>na</strong> produzindo efeitos de sentido. Assim,qualquer análise que se faça é o que chamamos de uma das leituraspossíveis, pois a posição do a<strong>na</strong>lista – assim como a do jor<strong>na</strong>lista e detoda a cadeia produtiva dos meios de comunicação – não é neutra. Seo sujeito não é único ao dizer, se os significados não são literais, massocialmente construídos, o a<strong>na</strong>lista sai da posição de leitor e tentaassumir um lugar cont<strong>em</strong>plativo diante do enunciado, <strong>em</strong>bora el<strong>em</strong>esmo esteja envolvido no processo interpretativo. Não há, destaforma, como impedir que opere a ideologia.Partimos da pr<strong>em</strong>issa que toda análise ocorre dentro de um universoonde as várias formações discursivas conviv<strong>em</strong>, não podendo abrangertodas as significações possíveis. Assim, alertamos que esta análise nãoé a significação dos <strong>discurso</strong>s estudados, mas aquela que se tornoupossível dentro da perspectiva de que o a<strong>na</strong>lista é assujeitadoideológica, estrutural e piscologicamente, como qualquer sujeito.5.1 Processo de AnáliseNa análise dos textos jor<strong>na</strong>lísticos cujo t<strong>em</strong>a foi o indíge<strong>na</strong> <strong>em</strong>Per<strong>na</strong>mbuco é importante definir critérios de análise atendendo àsduas perspectivas teóricas alavancadas nesta pesquisa: a Hipótese doAgenda-Setting e a Teoria da Análise do Discurso Francesa. Para isso,estabelec<strong>em</strong>os pontos de conexão entre os conceitos de fontejor<strong>na</strong>lística e sujeito ativo e passivo, passando a trabalhar com doisconceitos compostos para a análise: fonte ativa e fonte passiva.123