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agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOno dia 17 de abril de 2000. No evento, foi produzido o documento “OBrasil que a gente quer são outros 500”. Algumas reivindicações dodocumento dão conta de situações desconhecidas pela maioria dapopulação, como a punição de responsáveis pela esterilização d<strong>em</strong>ulheres indíge<strong>na</strong>s. Um outro it<strong>em</strong> exige que a história do Brasil sejarecontada: “que a verdadeira história deste País seja reconhecida eensi<strong>na</strong>da <strong>na</strong>s escolas, levando <strong>em</strong> conta os milhares de anos deexistência das populações indíge<strong>na</strong>s nesta terra” (CIMI, 2001: 21).4.1 A formação da identidade brasileiraA identidade do brasileiro se formou a partir da perspectiva do brancoeuropeu, colonizador, catequizador, <strong>em</strong> busca de terras e de riquezas.O <strong>discurso</strong> domi<strong>na</strong>nte – que vangloria a “descoberta” de algo que nãoestava escondido n<strong>em</strong> encoberto, ape<strong>na</strong>s estava lá, existindo –e<strong>na</strong>ltece que “somos uma mistura”, no qual o “descobridor”,“povoador”, “os primeiros a chegar” são os responsáveis por trazer àterra um padrão de cultura e tecnologia considerado superior. Avalorização desta mistura, <strong>na</strong> verdade, não se concretiza. O brasileironão se identifica com o negro, n<strong>em</strong> com o <strong>índio</strong> e também não se vêigual ao branco europeu, mas pior: é uma cópia do origi<strong>na</strong>l, e umaimitação nunca se equipara ao origi<strong>na</strong>l. Orlandi salienta:“De um lado, os europeus procuram absorver asdiferenças, projetando-nos como cópias <strong>em</strong> seusimaginários, cópias malfeitas e a ser<strong>em</strong> passadas alimpo; enquanto do outro lado, assumindo acondição de simulacros – imagens rebeldes eavessas a qualquer representação – os brasileirosàs vezes ader<strong>em</strong>, às vezes não, ao <strong>discurso</strong> dascópias.” (ORLANDI, 1990: 21)105

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