13.07.2015 Views

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

agenda e discurso sobre o índio na mídia em Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃOSUJEITOS SEM VOZ:AGENDA E DISCURSO SOBRE O ÍNDIO NA MÍDIA EM PERNAMBUCOhomogeneidade da m<strong>em</strong>ória, representam lugaresde autoridade <strong>em</strong> que se efetua algum tipo detransmissão de conhecimento, colocam o mundocomo objeto e contribu<strong>em</strong> para a constituição doimaginário social e cristalização da m<strong>em</strong>ória dopassado e construção da m<strong>em</strong>ória do futuro”.(FELIPPI, 1999: 07).Todo <strong>discurso</strong> carrega <strong>em</strong> si a poliss<strong>em</strong>ia como característica,abrigando sentidos múltiplos. Mesmo funcio<strong>na</strong>ndo como el<strong>em</strong>entofundamental <strong>na</strong> representação e reprodução dos “consensos designificação” (FELIPPI, 1999), produto das heg<strong>em</strong>onias políticas, o<strong>discurso</strong> jor<strong>na</strong>lístico é polifônico constitutivamente. Isso porque, alémda formação discursiva do autor do texto jor<strong>na</strong>lístico, concorre para apolifonia textual uma regra básica do jor<strong>na</strong>lismo: os vários lados danotícia têm que ser ouvidos. Teoricamente, a cada fato <strong>na</strong>rrado,corresponde um conjunto de fontes que irão compor o texto e dar asua versão. O conjunto de idéias circulantes nos vários <strong>discurso</strong>s acabapor compor os t<strong>em</strong>as que vão formar a pauta de notícias do jor<strong>na</strong>l –ou seja, irá definir o <strong>agenda</strong>-setting do veículo.Fica claro, deste modo, como a heterogeneidade é evidente no<strong>discurso</strong> jor<strong>na</strong>lístico: polifônico, híbrido, com a presença das “vozes”da fonte – aquele que fornece a informação e cujo <strong>discurso</strong> éreproduzido no texto jor<strong>na</strong>lístico, seja de forma marcada ouconstitutiva – e do <strong>em</strong>issor – o jor<strong>na</strong>lista que é autor do texto ecamufla sua presença autoral, por trás de uma pretensa objetividade.Mas, apesar da estratégia de se fazer passar por um <strong>discurso</strong>imparcial, o <strong>discurso</strong> jor<strong>na</strong>lístico deixa de marcar ou mesmo apaga as“vozes” de alguns enunciadores e do próprio autor do texto,apagamento que resulta numa ilusão de linearidade. Comoconseqüência, parece fazer, muitas vezes, prevalecer a voz do <strong>discurso</strong>domi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong> sociedade como sendo o <strong>discurso</strong> de consenso. O<strong>discurso</strong> jor<strong>na</strong>lístico tenta se passar por algo acabado e completo. Para100

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!