Fig. 8.1 Perfil de alteração Fig. 8.2 Fragmentação por ação do gelo ...

DECIFRANDO A TERRA CAP . 8 • INTEMPERISMO / TOLEDO, OLIVEIRA e MELFI 

Fig. 8.1 Perfil de alteração 

Fig. 8.2 Fragmentação por ação do gelo 

Fig. 8.4 Juntas de alívio 

Fig. 8.6 Fragmentação de um bloco 

Fig. 8.7 Cargas elétricas 

Fig. 8.8 Alteração de um feldspato 

Fig. 8.10 Solubilidade da Si e Al 

Fig. 8.11 Oxidação de Fe 

Fig. 8.12 Alteração esferoidal 

Fig. 8.14 Intemperismo na Terra 

Fig. 8.15 Alteração dif. das rochas 

Fig. 8.17 Intemperismo x clima 

Fig. 8.18 Argila x pluviosidade 

Fig. 8.19 Intemperismo x clima 

Fig. 8.20 Agulha de Cleópatra 

Fig. 8.21 Influência da topografia 

Fig. 8.22 Concentração hidrogeniônica 

Fig. 8.23 Mapa de solos da América 

Fig. 8.25 Dep. lateríticos minerais, BR


Percolação da Água 

O 

A 

E 

B 

ROCHA 

SAPROLITO 

C 

SOLUM 

SOLO 

Fig. 8.1 Perfil de alteração ou perfil de solo típico, constituído, da base para o topo, pela 

rocha inalterada, saprolito e solum. O solum compreende os horizontes afetados pela 

pedogênese (O, A, E e B). O solo compreende o saprolito (C) e o solum. 

Fonte: Decifrando a Terra / TEIXEIRA, TOLEDO, FAIRCHILD e TAIOLI - São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 

A 

E 

B 

C 

140


chuva 

a b 

juntas 

Fig. 8.2 Fragmentação por ação do gelo. A água líquida ocupa as fissuras da rocha (a), que 

posteriormente congelada, expande e exerce pressão nas paredes (b). 


gelo 

141


a 

b 

Erosão 

Superfície 

Vários quilômetros 

Batólito 

Juntas de alívio 

Expansão 

Soerguimento da região 

Rocha Encaixante 

Erosão 

Fig. 8.4 Formação das juntas de 

alívio em conseqüência da 

expansão do corpo rochoso 

sujeito a alívio de pressão pela 

erosão do material sobreposto. 

Estas descontinuidades servem 

de caminhos para a percolação 

das águas que promovem a 

alteração química. a) antes da 

erosão; b) depois da erosão. 


142


- Bloco único de aproximadamente 

1 m de lado 

3 

- Volume = 1 m 

- Superfície específica = 6 m 

1 m 

1 m 

Ruptura ao longo 

de fraturas 

1 m 

2 

0,5 m 

0,5 m 

0,5 m 

Fragmentos 

70 

60 

50 

40 

30 

10 

20 

1 

6 9 12 15 18 21 24 

2 

Superfície específica total ( m ) 

- 8 fragmentos, cada um 

com aproximadamente 

0,5 m de lado 

3 3 

- Volume = ( 0,5 ) x 8 = 1 m 

3 

- Superfície específica = 12 m 

Fig. 8.6 A fragmentação 

de um bloco de rocha é 

acompanhada por um 

aumento significativo da 

superfície exposta à ação 

d o s a g e n t e s 

intempéricos. 


143


H H 

O 

Molécula de água 

( H O ) 

2 

Argilomineral 

Fig. 8.7 As cargas elétricas insaturadas na superfície dos grãos minerais atraem as 

moléculas de água, que funcionam como dipolos devido à sua morfologia. 


145


CO 2 

CO 2 

CO 2 

CO 2 

H CO 

2 3 

H CO 

2 3 

H CO 

2 3 

H + 

H CO 

2 3 

CO 2 

Gota de chuva 

H CO 

2 3 

+ 

H CO 

2 3 

H CO 

2 3 

HCO- 

3 

CO 2 CO2 

CO 2 

CO 2 

CO 2 

Uma pequena proporção de 

moléculas de H 2 CO 3 ioniza 

+ 

- 

formando íons H e HCO 3 

(bicarbonato) tornando as 

gotas levemente ácidas. 

Pequena proporção de 

moléculas de Co 2 no ar 

dissolve em gotas de chuva 

para formar ácido carbônico 

(H 2 CO). 3 

KAISi O 

3 8 

A água levemente ácida 

dissolve potássio e sílica 

do feldspato 

AI Si O (OH) 

2 2 5 4 

que se recombinam em 

caulinita neoformada; os 

íons hidrogênio são retidos 

na água do argilomineral. 

+ 

Sílica, íons potássio (K ) 

- 

3 

e bicarbonato (HCO ) são 

lixiviados em direção aos rios. 

Fig. 8.8 Alteração de um feldspato potássico em presença de água e 

+ 

ácido carbônico, com a entrada de H na estrutura do mineral, 

+ 

substituindo K . 


SiO2 

3 - 

HCO 

K + 

2 

SiO 

145


10 

8 

6 

4 

Milimoles por litro 12 

2 

SiO 

2 

0 2 4 6 8 10 12 

pH 

AI(OH) 3 

Fig. 8.10 Solubilidade da sílica e do 

o 

alumínio em função do pH, a 25 C. 


146


Piroxênio rico em ferro, 

libera sílica e íons 

ferrosos para a solução. 

Ferro ferroso é oxidado 

pelas moléculas de 

oxigênio, formando ferro 

férrico. 

Ferro férrico combina com 

água precipitando produtos 

ferruginosos. 

SiO 

Piroxênio 

2 

FeSiO 

Fe 

3+ 

3 

Fe 2+ 

O 

2 

2 

H O 

Oxi-hidróxidos 

de ferro 

(goethita) 

FeOOH 

Fig. 8.11 A alteração 

intempérica de um mineral 

2+ 

com Fe resulta, por 

2+ 3+ 

oxidação do Fe para Fe , 

na formação de um oxihidróxido, 

a goethita. 


147


Ataque em 

dois lados 

Progressiva redução 

do cubo em esfera 

Ataque em 

três lados 

Ataque em 

um lado 

Fig. 8.12 A alteração esferoidal 

resulta na produção de formas 

arredondadas a partir de 

formas angulosas de blocos de 

rocha. 


148


40º 

20º 

0º 

20º 

40º 

150º 

Sem alteração química 

(aridez e gelo) 

Acidólise total 

1 

2 

3 

4 

5 

6 

7 

120º 

14% 

TA 

90º 

16% 18% 

39% 

13% 

Bissialitização 

60º 

Alitização 

30º 

Monossialitização 

TA 

TA 

0º 30º 60º 90º 120º 

1 Zona da alitização 

2 Zona da monossialitização 

3 Zona da bissialitização 

4 Zonas muito áridas, sem alteração química 

5 Zona da acidólise total 

6 Zonas cobertas por gelo 

7 Extensão aproximada das áreas tectonicamente 

ativas (TA), nas quais os tipos de intemperismo 

encontram-se modificados 

150º 

180º 

Fig. 8.14 

Distribuição dos 

principais 

processos de 

intemperismo 

na superfície da 

Terra. 


149


Fig. 8.15 Rochas diferentes 

expostas na mesma época 

(década de 1960), 

apresentando diferentes 

graus de alteração. A 

escultura, em mármore, 

encontra-se bastante 

alterada, enquanto o 

túmulo, em granito, está 

bem melhor preservado. 

Foto: M. C. M. de Toledo. 


150


Temperatura média anual (º C ) 

-10 

0 

10 

20 

Físico moderado 

Químico 

forte 

Físico forte 

Químico moderado 

com ação do 

congelamento 

Físico moderado 

200 150 100 50 

Pluviosidade anual (cm) 

Físico leve 

Químico 

moderado 

Físico e químico 

muito leves 

Fig. 8.17 O papel do clima é preponderante na 

determinação do tipo e eficácia do intemperismo. 

O intemperismo físico predomina nas áreas onde 

temperatura e pluviosidade são baixas. Ao 

contrário, temperatura e pluviosidade mais altas 

favorecem o intemperismo químico. 

Os diferentes regimes de intemperismo em 

várias regiões do continente americano. 

40º 

20º 

80º 

0º Equador 


20º 

40º 

60º 

80º 

153


% de argila no solo 

80 

60 

40 

20 

esmectita 

caulinita 

oxi-hidróxidos de 

ferro e de alumínio 

1.000 2.000 3.000 4.000 

Pluviosidade anual ( mm ) 

Fig. 8.18 A intensidade do intemperismo aumenta com a pluviosidade, resultando num solo com 

maior proporção de minerais secundários (fração argila). A cada faixa de pluviosidade corresponde 

uma composição preponderante dos minerais secundários. 


154


Precipitação / Evaporação ( mm/ano ) 

2700 

1500 

300 

Tundra Zona de 

padzolização 

Estepe Savana 

Deserto e 

semi-deserto 

Eva 

p 

or 

aç 

ã 

ote 

p n 

o c 

ia 

l 

Floresta tropical Savana 

e 

r 

P 

T 

e 

c 

i 

pita 

pera 

çã 

m tur 

Zona da Alitização Zona da Bissialitização Rocha inalterada 

Zona da Monossialitização Rocha pouco alterada 

Fig. 8.19 O tipo e a intensidade do intemperismo podem ser relacionados com a temperatura, 

pluviosidade e vegetação. O intemperismo químico é mais pronunciado nos trópicos. Nas regiões 

polares e nos desertos, o intemperismo é mínimo. 


o 

a 

25 

15 

5 

Temperatura ( C ) 

154


Fig. 8.20 A agulha de 

Cleópatra, um obelisco 

egípcio de granito, sofreu 

alteração mais intensa em 75 

anos em Nova Iorque do que 

em 35 séculos no Egito, sob 

clima muito mais seco. Foto: 

M. C. M. de Toledo. 


155


A B 

Fig. 8.21 Influência da topografia na intensidade do intemperismo. 

Setor A: Boa infiltração e boa drenagem favorecem o intemperismo químico. 

Setor B: Boa infiltração e má drenagem desfavorecem o intemperismo químico. 

Setor C: Má infiltração e má drenagem desfavorecem o intemperismo químico e favorecem a erosão. 


C 

155


K + 

Argilomineral 

K 

+ 

+ 

H 

+ 

H 

Raiz 

Fig. 8.22 A concentração hidrogeniônica nas imediações das raízes das plantas pode 

ser muito grande (baixo pH), facilitando trocas iônicas com os grãos minerais. 


156


ALFISSOLO 

ARIDISSOLO 

ENTISSOLO 

HISTOSSOLO 

INCEPTISSOLO 

MOLISSOLO 

OXISSOLO 

ESPODOSSOLO 

ULTISSOLO 

VERTISSOLO 

SOLOS DE ÁREAS MONTANHOSAS 

REGIÕES GELADAS 

Fig. 8.23 Mapa de solos do continente americano. 


159


AI 

1 - Trombetas 

2 - Jari 

3 - Paragominas 

4 - Poços de Caldas 

Fe 

1 - Carajás 

2 - Urucum 

3 - Quadrilátero 

Ferrífero 

Mn 

1 - Amapá 

2 - Carajás 

3 - Urucum 

4 - Q. Ferrífero 

Ni 

1 - Carajás 

2 - Santa Fé 

3 - Niquelândia 

4 - Barro Alto 

P e Nb 

1 - Catalão 

2 - Araxá 

3 - Tapira 

Bacias 

Escudos 

A 

A - Amazonas 

B - Parnaíba 

C - Paraná 

I 

II 

III 

- Güianas 

- Brasil - Central 

- Atlântico 

I 

2 

3 

1 

C 

2 

II 

1 

2 

1 

2 

1 

3 

3 

4 

1 

B 

2 

III 

3 

3 4 

4 

Fig. 8.25 Localização dos mais importantes depósitos lateríticos do Brasil de Al, Mn, Fe, Ni, P e Nb. 


164

Fig. 8.1 Perfil de alteração Fig. 8.2 Fragmentação por ação do gelo ...

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