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Plano de Trabalho Rio Paranaiba - EPE

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R2 Revisão Geral23/11/2006 MS HMCR1 Revisão Geral 16/6/2006 MS HMCNº RevisõesData Visto Aprov. DataSondotécnicaAprov.<strong>EPE</strong>EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - <strong>EPE</strong>AVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA (AAI)DOS APROVEITAMENTOS HIDROELÉTRICOS DABACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARANAÍBAPLANO DE TRABALHONº:Elab.: TLC/SHP Visto: MS Visto:<strong>EPE</strong>-1-20-0001 RE Conf.: MS Aprov.:Emissão:HMCAprov.:R2Data:07/06/2006SondotécnicaData:<strong>EPE</strong>


ÍNDICEPÁG.1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 72. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES .......................................................................... 102.1 FASE 1 – PLANEJAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO ............................ 102.2 FASE 2 – CARACTERIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA BACIA.................................. 152.3 FASE 3 – ANÁLISE AMBIENTAL DISTRIBUÍDA .................................................... 292.4 FASE 4 – ANÁLISE DE CONFLITOS .................................................................... 372.5 FASE 5 – AVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA .................................................. 432.6 PARTICIPAÇÃO PÚBLICA E ACOMPANHAMENTO TÉCNICO ................................. 472.7 PRODUTOS ...................................................................................................... 482.8 INFRA-ESTRUTURA DE APOIO .......................................................................... 49ANEXOS1. IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO2. ANÁLISE DA DISPONIBILIDADE DE INFORMAÇÕES CARTOGRÁFICAS E IMAGENS3. LEVANTAMENTO DO CONJUNTO DE EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS E LINHAS DETRANSMISSÃO4. MAPEAMENTO PRELIMINAR DOS ATORES SOCIAIS5. DESENHOS<strong>EPE</strong>-1-20-0002 – Mapa <strong>de</strong> Localização<strong>EPE</strong>-1-20-0003 – Mapa <strong>de</strong> OTTOBACIAS<strong>EPE</strong>-1-20-0004 – Mapa <strong>de</strong> Mesorregiões2


LCALILOLPLTMABMCTMDTMMEMPFMPUNBROEMAOMSONGONSOSCIPPAMPBAPCAPCEPCHPDEEPIAPIEPINPNMAPNRHPNUDPNUMAPPAPROBIOPROINFARENIMARIMASELei <strong>de</strong> Crimes AmbientaisLicença <strong>de</strong> InstalaçãoLicença <strong>de</strong> OperaçãoLicença PréviaLinha <strong>de</strong> TransmissãoMovimento dos Atingidos por BarragemMinistério da Ciência e TecnologiaMo<strong>de</strong>lo Digital <strong>de</strong> TerrenoMinistério <strong>de</strong> Minas e EnergiaMinistério Público Fe<strong>de</strong>ralMinistério Público da UniãoNorma Brasileira RegulamentadoraÓrgão Estadual <strong>de</strong> Meio AmbienteOrganização Mundial da Saú<strong>de</strong>Organização Não-GovernamentalOperador Nacional do Sistema ElétricoOrganização da Socieda<strong>de</strong> Civil <strong>de</strong> Interesse PúblicoPesquisa Agrícola Municipal<strong>Plano</strong> Básico Ambiental<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Controle AmbientalPrograma <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> EnergiaPequena Central Hidrelétrica<strong>Plano</strong> Decenal <strong>de</strong> Expansão <strong>de</strong> Energia ElétricaProdutor In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte AutônomoProdutor In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Energia ElétricaProcessos Indutores <strong>de</strong> ImpactoPolítica Nacional do Meio AmbientePolítica Nacional <strong>de</strong> Recursos HídricosPrograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento SocialPrograma das Nações Unidas para o Meio Ambiente<strong>Plano</strong> PlurianualProjeto <strong>de</strong> Conservação e Utilização Sustentável da Diversida<strong>de</strong> BiológicaBrasileiraPrograma <strong>de</strong> Incentivo às Fontes Alternativas <strong>de</strong> Energia ElétricaRe<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Informação sobre o Meio AmbienteRelatório <strong>de</strong> Impacto AmbientalSub-Estação <strong>de</strong> Energia5


SEMA/MSSEMARH/DFSEMARH/GOSEMATECSERPROSIGSINIMASIPOTSISNAMASMTRSNGRHSTELLASTFTACTCUUCUFGOUFMGUFMSUFUUHEUNBUNESCOUTEWWFZEESecretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Meio Ambiente e Recursos Hídricos <strong>de</strong> MatoGrosso do SulSecretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Fe<strong>de</strong>ralSecretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos <strong>de</strong> GoiásSecretaria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Fe<strong>de</strong>ralServiço Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> DadosSistema <strong>de</strong> Informações GeoreferenciadasSistema Nacional <strong>de</strong> Informação sobre o Meio AmbienteSistema <strong>de</strong> informação do potencial hidrelétrico brasileiroSistema Nacional do Meio AmbienteSuttle Radar Topografic MissionSistema Nacional <strong>de</strong> Gerenciamento dos Recursos HídricosSoftware <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> cenáriosSupremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ralTermo <strong>de</strong> Ajuste <strong>de</strong> CondutaTribunal <strong>de</strong> Constas da UniãoUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ConservaçãoUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> GoiásUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas GeraisUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso do SulUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> UberlândiaUsina HidrelétricaUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> BrasíliaOrganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a CulturaUsina TermelétricaWorld Wild FoundationZoneamento Ecológico Econômico6


1. INTRODUÇÃOEste documento apresenta o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> <strong>de</strong>talhado referente ao Estudo <strong>de</strong> AAI dosAproveitamentos Hidrelétricos da Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba.O objetivo geral do trabalho proposto é <strong>de</strong>senvolver um estudo das principais característicassocioambientais e dos conflitos existentes e potenciais em torno do uso dos recursos naturais,especialmente da água e do solo, na bacia do rio Paranaíba, <strong>de</strong> modo a permitir uma avaliação <strong>de</strong>cenários prospectivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento associados ao processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> novosempreendimentos hidrelétricos, incorporando seus efeitos cumulativos e sinérgicos sobre o meioambiente. Tem como objetivo subsidiar a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> diretrizes e orientações para oplanejamento e a implementação <strong>de</strong> ações para a região, no âmbito da Política EnergéticaNacional. Assim concebido, o estudo <strong>de</strong>verá promover um conhecimento integrado dascaracterísticas socioambientais da bacia do rio Paranaíba, tendo como eixo o uso da água para ageração <strong>de</strong> energia hidráulica, seus conflitos com os <strong>de</strong>mais usos existentes e potenciais e asnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> preservação ambiental; construir cenários <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que permitamavaliar os efeitos da implantação <strong>de</strong> novos empreendimentos hidrelétricos na bacia; e fornecerinstrumental técnico para o planejamento e a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão pelo Setor Elétrico relacionadosà suas ações futuras na bacia. Dessa forma, o estudo <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>senvolver-se a partir <strong>de</strong> trêsabordagens distintas.A primeira, que servirá <strong>de</strong> fundamento para todos os estudos posteriores, volta-se para oconhecimento da realida<strong>de</strong> da bacia, buscando a complexida<strong>de</strong> da inter-relação <strong>de</strong> seus múltiplosfenômenos socioambientais e a i<strong>de</strong>ntificação dos testemunhos dos impactos negativos e positivosda implantação pregressa <strong>de</strong> empreendimentos hidrelétricos na bacia e, em particular, da sinergiae cumulativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses impactos, que apresentam alta diversificação espacial e temporal. Tratase,portanto, <strong>de</strong> uma abordagem que privilegia o conhecimento da realida<strong>de</strong> concreta, buscandocausas históricas e ambientais que a expliquem. Esta é uma fase <strong>de</strong>cisiva nos estudos, pois é elaque permitirá a construção do instrumental conceitual e metodológico e a base <strong>de</strong> informaçõesdas <strong>de</strong>mais abordagens.A segunda tem um caráter prospectivo, voltando-se para a construção <strong>de</strong> cenários futuros <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento da região que permitam consi<strong>de</strong>rar e avaliar a introdução <strong>de</strong> novosempreendimentos hidrelétricos. Como toda abordagem prospectiva, <strong>de</strong>verá incorporar a dimensãodas incertezas próprias das previsões do <strong>de</strong>senvolvimento futuro. Essa incorporação requer aconstrução <strong>de</strong> hipóteses que <strong>de</strong>verão agregar às evidências do presente a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>introdução <strong>de</strong> variáveis <strong>de</strong> planejamento, <strong>de</strong> novas tecnologias ou <strong>de</strong> políticas públicas, <strong>de</strong>ntreoutras, que possam vir a alterar estas evidências. Ou seja, constatado que um <strong>de</strong>terminadorecurso natural ou um certo segmento social encontra-se hoje, particularmente, <strong>de</strong>gradado oucomprometido pelo histórico das ações do Setor Elétrico na região, a construção dos cenáriosfuturos <strong>de</strong>verá assumir hipóteses <strong>de</strong> uma intensificação da situação atual pela cumulativida<strong>de</strong> esinergia dos empreendimentos planejados, assim como hipóteses variadas <strong>de</strong> ações visando ocombate ou a mitigação dos efeitos negativos na forma como se manifestam na atualida<strong>de</strong>. Estaé, portanto, uma abordagem que busca um conhecimento da realida<strong>de</strong> baseado no potencial <strong>de</strong>intervenção futura sobre suas características atuais.7


A terceira busca um conhecimento capaz <strong>de</strong> subsidiar o planejamento e a formulação <strong>de</strong> políticaspúblicas do Setor Elétrico, voltando-se para uma simplificação da realida<strong>de</strong>, necessária para aconstrução <strong>de</strong> critérios e mecanismos que permitam a comparação e a hierarquização <strong>de</strong>fenômenos distintos: naturais, sociais, culturais e econômicos. Trata-se <strong>de</strong> um conhecimento quebusca construir Indicadores <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> que venham a servir como representações darealida<strong>de</strong> que permitam operacionalizar instrumentos <strong>de</strong> planejamento, acompanhamento etomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão pela esfera pública. Para que cumpra sua função, é preciso que estaabordagem esteja fortemente calcada na realida<strong>de</strong> e nos objetivos a que se propõe atingir. Ouseja, ela <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> construir indicadores e formular variáveis que sejam, por um lado,altamente significativas como representação da realida<strong>de</strong> e, por outro, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> eficácia para oplanejamento.Os estudos a serem realizados se distribuem em cinco fases, cuja concepção básica, conforme<strong>de</strong>finido no Termo <strong>de</strong> Referência para o estudo, elaborado pela <strong>EPE</strong>, é a seguinte:Fase 1 – Planejamento e estruturação do trabalho, que se encerra na apresentação <strong>de</strong>ste <strong>Plano</strong><strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> Detalhado.Fase 2 – Caracterização Socioambiental da Bacia, envolvendo a i<strong>de</strong>ntificação das principaiscaracterísticas ambientais, econômicas e sociais da bacia e <strong>de</strong>vendo gerar uma análise dosaspectos socioambientais mais relevantes da bacia, incluindo as potencialida<strong>de</strong>s e os espaços <strong>de</strong>gestão ambiental.Fase 3 - Avaliação Ambiental Distribuída, voltada para a i<strong>de</strong>ntificação dos indicadores, com basenos aspectos relevantes, também <strong>de</strong>nominados como elementos <strong>de</strong> caracterização, levantadosna Fase 2, e caracterização dos efeitos ambientais por subdivisão da bacia e sinérgicos queextrapolam as subdivisões, visando <strong>de</strong>finir as áreas que se assemelhem ou se distingam das<strong>de</strong>mais. Esta fase <strong>de</strong>verá: i<strong>de</strong>ntificar impactos, <strong>de</strong>finir indicadores, estabelecer variáveis,qualificar e i<strong>de</strong>ntificar indicadores no espaço e no tempo, i<strong>de</strong>ntificar áreas frágeis e avaliar efeitosacumulativos e sinérgicos.Fase 4 – Análise <strong>de</strong> Conflitos, envolvendo a i<strong>de</strong>ntificação dos potenciais conflitos locais e os quepo<strong>de</strong>m ocorrer <strong>de</strong>vido à existência ou à futura implantação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um empreendimento.Nesta fase, além <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar conflitos que se agravariam ou surgiriam com a implantação dashidrelétricas, <strong>de</strong>verão ser i<strong>de</strong>ntificados os planos e programas regionais que possam interferir ouser influenciados pelas hidrelétricas e i<strong>de</strong>ntificar problemas que se agravariam ou surgiriam com aimplantação das hidrelétricas.Fase 5 – Avaliação Ambiental Integrada, envolvendo a avaliação dos efeitos sinérgicos ecumulativos resultantes dos impactos ambientais ocasionados pelo conjunto dos aproveitamentoshidrelétricos em planejamento, construção e em operação.É com base nessa concepção dos estudos que foram formuladas, a seguir, as basesmetodológicas dos diversos componentes solicitados no “Termo <strong>de</strong> referência para o estudo:Avaliação ambiental integrada dos aproveitamentos hidrelétricos na bacia do rio Paranaíba”.A Figura 1 apresenta uma representação esquemática da inter-relação entre estas diferentesabordagens que compõem o estudo.8


2. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADESA seguir são apresentadas as principais ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas para a construção daAvaliação Ambiental Integrada (AAI) da bacia do rio Paranaíba. As ativida<strong>de</strong>s são apresentadasem sucessão temporal, conforme consta do Cronograma <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s apresentado na Figura 3.2.1 FASE 1 – PLANEJAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHOAs ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta fase consistiram na discussão do Termo <strong>de</strong> Referência e da PropostaTécnica, visando o entendimento comum da equipe técnica sobre os objetivos gerais do trabalho eos objetivos específicos <strong>de</strong> cada fase <strong>de</strong> trabalho. Nela, buscou-se o aperfeiçoamento dametodologia apresentada no plano <strong>de</strong> trabalho constante da proposta técnica, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s da equipe técnica e a a<strong>de</strong>quação e o <strong>de</strong>talhamento docronograma do trabalho.De modo a orientar as discussões visando o planejamento e a estruturação do trabalho, fez-serecurso a um conhecimento das características básicas da região da Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba e aum exercício <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação das principais questões a serem levadas em conta no trabalho, apartir <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntificação, teórica e preliminar, dos potenciais impactos ambientais <strong>de</strong> usinashidrelétricas.Tendo em vista a complexida<strong>de</strong> e a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elementos a serem observados para acobertura dos diversos temas socioambientais, este estudo possui na multidisciplinarida<strong>de</strong> umimportante princípio. Para obter melhores resultados na interação interdisciplinar foram realizadasreuniões e workshops, envolvendo a equipe técnica alocada aos serviços e a <strong>EPE</strong>, a fim <strong>de</strong>melhor <strong>de</strong>finir os objetivos específicos do estudo, as estratégias e o <strong>de</strong>talhamento do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong><strong>Trabalho</strong> ora apresentado.O período <strong>de</strong> realização das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta fase se <strong>de</strong>u nos vinte primeiros dias <strong>de</strong> vigência doserviço, ou seja, entre os dias 17 <strong>de</strong> Maio e 6 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2006.2.1.1 Montagem e Mobilização da Equipe TécnicaAs discussões iniciais sobre o planejamento dos trabalhos para a elaboração da AAI da Bacia do<strong>Rio</strong> Paranaíba indicaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que se contasse, na montagem da equipe técnica,com os seguintes graus <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>:a) Gerente Geral – Homero Menezes Côrtes, responsável frente à <strong>EPE</strong> pelo conjunto <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s técnicas e administrativas do trabalho.b) Gerente <strong>de</strong> Contrato – Márcio Szechtman, responsável pelo acompanhamento, coor<strong>de</strong>naçãoe providências relacionados à administração dos serviços.c) Coor<strong>de</strong>nador Operacional – Tarcísio Luiz Coelho <strong>de</strong> Castro, responsável peloacompanhamento e providências relacionados aos aspectos técnicos dos serviços.10


Coor<strong>de</strong>nação e Gerência GeralHomero Menezes CôrtesCoord. e Gerência <strong>de</strong> ContratoMarcio SzechtmanCoor<strong>de</strong>nação OperacionalArlei MazurecApoio à Coor<strong>de</strong>naçãoGinaldo Raimundo - Luiz Antônio Moreira Sant’Anna - Paulo Mario C. De Araújo12Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>Caracterizaçãodos EcossistemasIvan TellesArlei Pury MazurecCoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>Avaliação AmbientalDistribuídaPaulo Mario C. De AraújoTracísio Luiz C. D CastroCoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>ConflitosSérgio TolipanMarcelo RomarcoCoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>Avaliação IntegradaTarcísio Luiz C. De CastroArlei Pury MazurecFigura 2Organograma Geral da EquipeConsultoresEspecialistasSaul Mil<strong>de</strong>r - ArqueólogoÁtila A. S. da Rosa - PaleontólogoJuracilda Veiga - AntropólogaEQUIPE TÉCNICAJorge Trinkenreich - Engenheiro ElétricoPaulo Mário Correia Araújo - BiólogoMarco A. Brancato - Engenheiro FlorestalAri Cavedon - Engenheiro AgrônomoMaria Clara R. Xavier - Eng. CivilAntônio Carlos Beaumord - OceanógrafoEmilio Saieg Filho - BiólogoSérgio Tolipan - SociólogoGuilhermino <strong>de</strong> O. Filho - EconomistaAntônio C. Bernardi - Sens. RemotoJonatas C. Moreira - Eng. CivilEquipe<strong>de</strong> Apoio TécnicoEduardo Portela - SIGDaniela Castro - Lev. <strong>de</strong> DadosLuana Borghoff - Lev. <strong>de</strong> DadosCristina Leme Lopes - LegislaçãoM. Rita Junqueira - Lev. <strong>de</strong> DadosAlline Heiridich - Lev. <strong>de</strong> Dados


Nessa etapa preten<strong>de</strong>-se, portanto, obter:−−−−−A i<strong>de</strong>ntificação das questões socioambientais relevantes na situação atual (processossocioambientais existentes);A i<strong>de</strong>ntificação das tendências evolutivas das questões socioambientais relevantes e <strong>de</strong> seurebatimento espacial;A i<strong>de</strong>ntificação dos agentes sociais envolvidos em cada uma das questões socioambientais econflitos relevantes;A i<strong>de</strong>ntificação das unida<strong>de</strong>s espaciais <strong>de</strong> análise;A i<strong>de</strong>ntificação dos principais processos impactantes das UHEs.Um mapa da localização da bacia está apresentado no <strong>de</strong>senho <strong>EPE</strong>-1-20-0002 (ver Anexo 5).A Caracterização Socioambiental da Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba, anteriormente prevista para ser<strong>de</strong>senvolvida no período entre 05 <strong>de</strong> junho e 07 <strong>de</strong> agosto, teve, através <strong>de</strong> sucessivas interaçõesentre a equipe técnica e a <strong>EPE</strong>, seu prazo estendido até o dia 20 <strong>de</strong> outubro. Esta Fase envolveas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas a seguir.2.2.1 Definição dos Estudos TemáticosEsta ativida<strong>de</strong> partirá <strong>de</strong> uma avaliação prévia dos impactos ambientais <strong>de</strong> usinas hidrelétricas e<strong>de</strong> sua pertinência para a bacia, i<strong>de</strong>ntificando que aspectos socioambientais são importantes enecessários, e em que grau <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, para que se possam atingir os objetivos dametodologia proposta. Ela <strong>de</strong>ve provocar uma discussão sobre quais impactos ambientais po<strong>de</strong>m,teoricamente, apresentar sinergias ou cumulativida<strong>de</strong>s, ou seja, estabelecer uma re<strong>de</strong> simples <strong>de</strong>efeitos que se acumulam <strong>de</strong> uma UHE para outra, que se somam aos efeitos <strong>de</strong> outrosempreendimentos, e on<strong>de</strong> um fator ambiental afetado interfere com outros fatores, <strong>de</strong> modo aorientar a busca <strong>de</strong> informações sobre este tema nos trabalhos <strong>de</strong> campo.Esta ativida<strong>de</strong>, que teve seu início na Fase 1, quando se elaborou uma matriz preliminar <strong>de</strong>impactos ambientais <strong>de</strong> usinas hidrelétricas, gerando uma primeira listagem dos temasindispensáveis <strong>de</strong> estudo, será realizada através <strong>de</strong> discussão da equipe técnica, buscandoaprofundar a pertinência dos temas pré-selecionados, <strong>de</strong>finir o escopo <strong>de</strong> cada estudo temático e<strong>de</strong>terminar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> informações, po<strong>de</strong>ndo gerar as <strong>de</strong>vidas reformulações.Deverá ser dada especial atenção à a<strong>de</strong>quação das informações a serem levantadas àsnecessida<strong>de</strong>s do Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Simulação <strong>de</strong> Cenários e ao Sistema <strong>de</strong> Informações Geográficas.De forma preliminar, foi estabelecido o escopo mínimo para cada área temática, conformeapresentado a seguir.a) Estudos Climáticos• Classificação Climática.• Pluviosida<strong>de</strong>: precipitação média mensal, média anual, variação pluviométrica, meses maischuvosos e mais secos e chuvas intensas.• Temperatura: média mensal, anual, variação térmica, meses mais quentes e mais frios.• Evapotranspiração: potencial e real, média mensal e anual.• Deficiência hídrica: média mensal e anual, n o <strong>de</strong> meses com <strong>de</strong>ficiência hídrica, exce<strong>de</strong>ntehídrico anual, n o <strong>de</strong> meses com exce<strong>de</strong>nte hídrico.• Balanço hídrico.16


Os estudos climáticos serão realizados com base em informações secundárias que po<strong>de</strong>rãoser encontradas nas seguintes fontes: ANEEL, ANA, DNM/INMET, SIMGE, EMBRAPA.b) Recursos Hídricos Superficiais• Características Fisiográficas:−−−−Definição dos Principais Elementos Fisiográficos (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>e barreiras naturais);Limites da bacia hidrográfica e sub-bacias;Áreas das sub-bacias;Perfil dos rios principais das sub-bacias.• Características Hidrológicas:−−−−−−−−−−Localização das estações fluviométricas e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong>;Localização das estações sedimentométricas e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong>;Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados fluviométricos e sedimentométricos;Série <strong>de</strong> vazões médias mensais nos pontos <strong>de</strong> controle;Curva <strong>de</strong> permanência <strong>de</strong> vazões em pontos <strong>de</strong> interesse selecionados para controlee caracterização do regime fluvial;Hidrograma típico (vazões mensais - mínimas, médias e máximas) nos pontos <strong>de</strong>controle;Vazões médias <strong>de</strong> longo termo e máximas nos postos <strong>de</strong> controle;Vazões mínimas com 95% <strong>de</strong> permanência no tempo (Q95%) nos pontos <strong>de</strong> controle;Curvas <strong>de</strong> regularização natural;Concentração <strong>de</strong> sedimentos em suspensão transportados pela água ou potencial <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> sedimentos (ton/km²)• Características da Qualida<strong>de</strong> dos Recursos Hídricos Superficiais:−Avaliação do Índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> da Água (IQA) e avaliação dinâmica e integrada dosseguintes parâmetros, consi<strong>de</strong>rados mais representativos para a caracterização daqualida<strong>de</strong> das águas: Oxigênio Dissolvido, Coliformes Fecais, pH, DemandaBioquímica <strong>de</strong> Oxigênio, Nitrato, Fosfato Total, Temperatura da Água, Turbi<strong>de</strong>z eSólidos Totais, utilizando os mesmos critérios adotados pela IGAM, FEAM, eAGMA/GO.• Alterações geradas pelos Empreendimentos Hidrelétricos:−−−−−−Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regularização <strong>de</strong> vazões;Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amortecimento <strong>de</strong> cheias;Presença <strong>de</strong> áreas urbanas (margens e remanso);Tempos médios mensais <strong>de</strong> residência da água nos reservatórios;Capacida<strong>de</strong> média mensal <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> sedimentos dos reservatórios;Extensão dos trechos <strong>de</strong> vazão reduzida;17


−−Lançamento <strong>de</strong> efluentes industriais;Uso <strong>de</strong> agrotóxicos.• Outros usos dos cursos d’água:−−−−Turismo;Recreação e lazer;Navegação e fluxo <strong>de</strong> embarcações;Ativida<strong>de</strong>s extrativistas <strong>de</strong> mineração.• Usos dos Recursos Hídricos Subterrâneos:−−Tipos <strong>de</strong> captação por aqüífero/sub-bacia;Extração anual <strong>de</strong> águas subterrâneas e <strong>de</strong> superfície.Os estudos <strong>de</strong> Gestão e Uso dos Recursos Hídricos terão por base dados secundários aserem obtidos junto à ANA, DNPM/CPRM, IGAM, AGMA/GO, SANEAGO, COPASA e CBH<strong>Rio</strong> Paranaíba.Prevê-se, ainda, a realização <strong>de</strong> levantamentos <strong>de</strong> informações, principalmente voltados paracontatos com os órgãos estaduais e os Comitês <strong>de</strong> Bacia Hidrográfica.e) Ecossistemas Aquáticos• Caracterização da Ictiofauna.• Caracterização das comunida<strong>de</strong>s fitoplanctônicas, perifíticas, zooplanctônicas ezoobentônicas.• Caracterização do potencial <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> Rotas Migratórias.Será consi<strong>de</strong>rada a composição específica <strong>de</strong> cada taxocenose, além <strong>de</strong> parâmetros sobre adiversida<strong>de</strong> local e, quando possível, sobre a abundância das espécies, por trecho estudado.A caracterização da biota aquática na Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba será elaborada a partir dolevantamento <strong>de</strong> dados secundários disponíveis, incluindo a literatura científica, produçõesacadêmico-científicas e relatórios técnicos <strong>de</strong> estudos ambientais. Notadamente, serãoutilizados, pelo menos, os seguintes documentos: Resultados dos levantamentosliminológicos realizadas pela CEMIG nos reservatórios <strong>de</strong> Emborcação, Nova Ponte, Miranda,Capim Branco I e II e por FURNAS, no reservatório da UHE Corumbá I.f) Geologia• Localização das províncias geológicas e porcentagem em área do total da bacia.• Localização das províncias geotectônicas e porcentagem em área do total da bacia.• Definição das litologias e padrões estruturais.• Localização <strong>de</strong> Sítios Geológicos, Espeleológicos e Paleontológicos.• Potencial <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> sismos.Os estudos geológicos serão realizados com base em dados secundários a serem obtidosjunto ao DNPM/CPRM.19


−−−Condições infra-estruturais e <strong>de</strong> vida dos grupos indígenas;Principais conflitos existentes em relação ao usufruto das terras indígenas,principalmente aqueles relacionados às <strong>de</strong>mandas do setor elétrico;Principais conflitos com a dinâmica das ativida<strong>de</strong>s econômicas, políticas e culturaisdos grupos indígenas e suas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong>.Os estudos <strong>de</strong> Populações Indígenas serão realizados a partir <strong>de</strong> informações da FUNAI econtatos com as Representações Indígenas.• Comunida<strong>de</strong>s Quilombolas:−−−−−I<strong>de</strong>ntificação das comunida<strong>de</strong>s quilombolas;Localização das comunida<strong>de</strong>s quilombolas;Situação <strong>de</strong> reconhecimento e regularização das terras;Dimensionamento da população;Principais conflitos.Os estudos das Comunida<strong>de</strong>s Quilombolas serão realizados a partir <strong>de</strong> informações econtatos com a Fundação Cultural Palmares e as regionais do INCRA <strong>de</strong> Minas Gerais eGoiás e visita às principais comunida<strong>de</strong>s existentes na bacia.• Assentamentos rurais:−−−I<strong>de</strong>ntificação das áreas <strong>de</strong> assentamentos rurais;População assentada;Origem do assentamento.Os estudos dos assentamentos rurais serão realizados com base em informações dasregionais do INCRA <strong>de</strong> Minas Gerais e Goiás e através dos contatos que serão realizadoscom as organizações representativas das populações rurais, durante os levantamentos <strong>de</strong>campo.• Patrimônio Histórico e Cultural:−−−−Áreas com potencial arqueológico;Sítios arqueológicos i<strong>de</strong>ntificados na bacia;I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> bens tombados do patrimônio arquitetônico, histórico e natural;I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> relevantes bens do patrimônio imaterial.Os estudos do Patrimônio Cultural serão realizados com base em dados secundários doIPHAN, secretarias estaduais <strong>de</strong> cultura e na literatura especializada.l) Ações <strong>de</strong> Planejamento Regional e Programas Governamentais• Planejamento do Setor Elétrico (UHE, UTE, PCH, LT, fontes alternativas, Universalização,Luz no Campo, projetos especiais).• Planejamento do Setor <strong>de</strong> Transportes.• <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> expansão do setor industrial.• <strong>Plano</strong>s e programas agropecuários.• <strong>Plano</strong>s e programas para a agricultura familiar.• Programa Nacional <strong>de</strong> Reforma Agrária.• <strong>Plano</strong>s e programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano.23


• <strong>Plano</strong>s e programas <strong>de</strong> meio ambiente.• <strong>Plano</strong>s e programas <strong>de</strong> recursos hídricos.• <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do turismo.• Programas Estaduais <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional.• <strong>Plano</strong>s especiais <strong>de</strong> relevância regional <strong>de</strong>senvolvidos por municípios.Os estudos relacionados ao planejamento regional serão realizados com base em dadossecundários tendo por fontes: ANEEL, Eletrobrás, ANA, DNIT, ANTF, Ministério das Minas eEnergia, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Indústria e Comércio, Ministério doPlanejamento, Ministério da Agricultura, da Pecuária e Abastecimento, Ministério doDesenvolvimento Agrário, INCRA, Ministério da Cida<strong>de</strong>, EMBRATUR, Secretarias <strong>de</strong>Planejamento dos governos estaduais <strong>de</strong> Minas Gerais, Goiás, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Mato Grossodo Sul. Durante os trabalhos <strong>de</strong> campo serão i<strong>de</strong>ntificados os instrumentos <strong>de</strong> planejamentomunicipal <strong>de</strong> relevância regional e obtidas informações nas Prefeituras municipais por elesresponsáveis.m) Áreas Protegidas e <strong>de</strong> Uso Especial• I<strong>de</strong>ntificação e mapeamento das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação existentes na bacia.• Localização das Áreas <strong>de</strong> Proteção Permanente.• Localização <strong>de</strong> Áreas Legalmente Protegidas.Os estudos serão realizados com base em dados secundários a serem obtidos junto aoIBAMA, OEMAs, INCRA e FUNAI e interpretação <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> satélite.n) Legislação Ambiental• Legislação ambiental fe<strong>de</strong>ral e estadual inci<strong>de</strong>nte sobre a bacia.• Legislação inci<strong>de</strong>nte sobre a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> usos do solo, tais como zoneamentos e planos<strong>de</strong> manejo ambiental.A análise da legislação ambiental e <strong>de</strong> uso do solo estará voltada para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>limitantes ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos na região.o) Caracterização dos Empreendimentos Hidrelétricos• I<strong>de</strong>ntificação, mapeamento e <strong>de</strong>scrição dos empreendimentos existentes, emlicenciamento e inventariados (localização do eixo e reservatório; potência; altura dabarragem; níveis d’água <strong>de</strong> operação; áreas <strong>de</strong> inundação e volumes; trecho <strong>de</strong> vazãoreduzida, regras <strong>de</strong> operação; regularização; vazões <strong>de</strong> restrição; faixas <strong>de</strong> preservaçãopermanente.).• I<strong>de</strong>ntificação e mapeamento das Linhas <strong>de</strong> Transmissão existentes e planejadas (traçado,extensão, potência, faixas <strong>de</strong> domínio, subestações).Também serão i<strong>de</strong>ntificadas e mapeadas as PCHs, pois as mesmas serão consi<strong>de</strong>radasconvenientemente na análise <strong>de</strong> impacto como um conjunto <strong>de</strong> empreendimentos, pois emalgumas sub-bacias o número <strong>de</strong>ssas usinas é expressivo.Os estudos serão realizados com base em dados secundários da ANEEL/SIPOT, <strong>Plano</strong>Decenal da <strong>EPE</strong>, Concessionárias (CEMIG, Furnas, CELG, etc.), Estudos <strong>de</strong> InventárioHidrelétrico, Programa <strong>de</strong> Expansão da Transmissão - PET e Programa <strong>de</strong> Ampliações eReforços do ONS e Estudos <strong>de</strong> Impacto Ambiental (EIA) disponíveis dos empreendimentos.24


2.2.2 Definição Preliminar das SubáreasO principal objetivo <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> é facilitar o <strong>de</strong>senvolvimento posterior da etapa <strong>de</strong> AvaliaçãoAmbiental Distribuída, permitindo a organização das informações por subárea <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong>Caracterização. Ela não <strong>de</strong>ve, no entanto, mascarar a análise da dinâmica global da bacia,objetivo principal da Caracterização.Sugere-se que seja adotado um conjunto <strong>de</strong> critérios que, combinados ou não, melhorrepresentem os aspectos que representem a regionalização interna dos territórios que compõem abacia do rio Paranaíba. Entre os critérios que <strong>de</strong>verão nortear a subdivisão das subáreas dabacia, <strong>de</strong>stacam-se os relacionados a seguir.2.2.2.1 Aspectos HidrológicosO critério <strong>de</strong> maior importância para a divisão das gran<strong>de</strong>s sub-bacias do Paranaíba,consi<strong>de</strong>rando-se especialmente o potencial <strong>de</strong> geração hidrelétrica, envolvendo empreendimentosem operação e planejados, <strong>de</strong>verá estar baseado nos aspectos hidrológicos. Segundo estecritério, por exemplo, foi apresentada uma <strong>de</strong>finição preliminar, baseada nas “Ottobacias”,conforme apresenta o Desenho <strong>EPE</strong>-1-20-0003, do Anexo 5.A subdivisão das Bacias Hidrográficas teve seu critério <strong>de</strong>finido pelo Conselho Nacional <strong>de</strong>Recursos Hídricos, através da Resolução Nº 30, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2002, quando foirecomendada a adoção, para efeito <strong>de</strong> codificação das bacias hidrográficas em âmbito nacional, ametodologia proposta pelo engenheiro brasileiro Otto Pfafstetter, que <strong>de</strong>senvolveu um método <strong>de</strong>subdivisão e codificação <strong>de</strong> bacias hidrográficas utilizando <strong>de</strong>z algarismos, diretamenterelacionado com a área <strong>de</strong> drenagem dos cursos d'água (Classificação <strong>de</strong> Bacias Hidrográficas -Metodologia <strong>de</strong> Codificação. <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro, RJ: DNOS, 1989. p. 19.).O método <strong>de</strong> classificação e divisão <strong>de</strong> bacias hidrográficas <strong>de</strong>senvolvido por Pfafstetter (1989),trata-se <strong>de</strong> um método natural, hierárquico, baseado na topografia da área drenada e na topologiada re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, na codificação <strong>de</strong> bacias com a economia <strong>de</strong> dígitos, na informaçãotopológica embutida nos dígitos (Silva, 1999), <strong>de</strong> fácil implementação por técnicas <strong>de</strong>programação, <strong>de</strong> aplicabilida<strong>de</strong> global e <strong>de</strong> fácil integração com os Sistemas <strong>de</strong> InformaçãoGeográfica - SIG. Esse método permite a individualização e representação, na escala1:1.000.000, no quinto nível <strong>de</strong> classificação, <strong>de</strong> sub-bacias com um tamanho médio <strong>de</strong>aproximadamente 6.200 Km², constituindo uma excelente unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área para fins <strong>de</strong>planejamento e gerenciamento <strong>de</strong> recursos hídricos.A divisão das “ottobacias”, como ficou conhecida, é apresentada em documentos da ANEEL, ANAe MMA, e foram incorporadas aos estudos como uma primeira aproximação da divisão <strong>de</strong> subáreasproposta para a realização <strong>de</strong>ste estudo.2.2.2.2 Aspectos SociopolíticosEntre os aspectos a serem observados, além da divisão entre os estados <strong>de</strong> Minas Gerais, Goiás,Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Mato Grosso do Sul, a divisão em mesorregiões po<strong>de</strong> facilitar a coleta <strong>de</strong> dadosem órgão governamentais fe<strong>de</strong>rais, especialmente o IBGE. Assim, caso não haja prejuízo para acompreensão da dinâmica hidrológica da região e os cenários hidroenergéticos, esta dimensãopo<strong>de</strong> ser incorporada ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição das subáreas da bacia.25


2.2.2.3 O Critério AmbientalEste critério <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar a relevância ecológica <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas áreas, como, por exemplo,levar à consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> se estabelecer como uma subárea a bacia do rio São Bartolomeu ou <strong>de</strong>toda a área das nascentes da bacia até o ribeirão Soberbo que, através do ribeirão Arrependido,faz a interligação da bacia do Paraná com a do São Francisco.2.2.2.4 Critério Técnico-Administrativo ou InstitucionalFinalmente, po<strong>de</strong>rá ser incluído um critério técnico-administrativo ou institucional, baseado em<strong>de</strong>finições regionais, promovidas através <strong>de</strong> zoneamentos ou estudos direcionados, tais como aregião do sudoeste goiano, cujo estudo integrado <strong>de</strong> bacia hidrográfica foi realizado no EIBH.Como base para o estudo <strong>de</strong>stes critérios foi elaborado o Mapa da Mesoregiões da bacia do rioParanaíba, apresentado no Desenho <strong>EPE</strong>-1-20-0004, no Anexo 5.A bacia hidrográfica do rio Paranaíba foi subdividida, inicialmente, em sete sub-bacias, ouUnida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Planejamento e Gestão <strong>de</strong> Recursos Hídricos, subdivisão que vem sendo adotadapelo CBH do rio Paranaíba:1. Sub-bacia do Alto Vale do Paraíba (região <strong>de</strong> alto grau <strong>de</strong> preservação ambiental), em SãoPaulo.2. Sub-bacia do Médio Vale Superior do Paraíba (região <strong>de</strong> alta industrialização e baixíssimopotencial hidrelétrico), praticamente toda incluída no Estado <strong>de</strong> São Paulo.3. Sub-bacia do Médio Vale do Paraíba (abrangendo a bacia do rio Piraí, on<strong>de</strong> se localiza atransposição <strong>de</strong> vazões para o rio Guandú, com baixo potencial hidrelétrico), praticamentetoda incluída no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro.4. Sub-bacia do Médio Vale Inferior do Paraíba (abrangendo as bacias do Preto, Piabanha ePaquequer, com altíssimo potencial hidrelétrico), abrangendo áreas dos Estados <strong>de</strong> MinasGerais e <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro.5. Sub-bacia do Pomba, em gran<strong>de</strong> parte no Estado do <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro.6. Sub-bacia do Muriaé (abrangendo a bacia do rio Carangola), com áreas nos Estados <strong>de</strong>Minas Gerais e <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro.7. Sub-bacia do Baixo Vale do Paraíba (inclusive a bacia do rio Dois <strong>Rio</strong>s), toda situada noEstado do <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro.2.2.3 Montagem do SIGO Sistema <strong>de</strong> Informações Geográficas será criado no sistema ArcInfo, po<strong>de</strong>ndo ser acessadoatravés do ArcView e consultado com ArcExplorer. Ele estará integrado a um banco <strong>de</strong> dados,criado no programa Access.Para sua operacionalização, será elaborada uma base cartográfica atual, na escala 1:250.000,para posterior integração dos diversos temas <strong>de</strong> estudo. A base cartográfica para elaboração dosmapas abrangerá rios, áreas alagáveis, estradas, linhas <strong>de</strong> transmissão, povoados e núcleosurbanos, e <strong>de</strong>verá ser a mais atualizada possível.O SIG integrará informações georreferenciadas, dados quantitativos diretamente associados aelementos <strong>de</strong> mapas e dados qualitativos associados através da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> atributos.No mínimo, os seguintes mapas serão produzidos:26


−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−Localização (Área da Bacia e Subáreas);Empreendimentos Hidrelétricos;Isoietas <strong>de</strong> Precipitações Médias Plurianuais;Temperaturas Médias Anuais;Recursos Hídricos;Áreas Urbanas e Hidrografia;Produção Específica <strong>de</strong> Sedimentos;Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Retenção nos Reservatórios;Aqüíferos e Domínios Hidrogeológicos;Geologia;Geomorfologia, Relevo e Declivida<strong>de</strong>;Potencial Erosivo;Solos e Aptidão Agrícola;Processos Minerários;Cobertura Vegetal;Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação, Áreas Protegidas e Áreas <strong>de</strong> Preservação Permanente;Uso e Ocupação do Solo;Potencial Arqueológico e Patrimônio Histórico;Fragilida<strong>de</strong> Ambiental;Áreas Potenciais <strong>de</strong> Conflito.A operação do SIG terá uma função <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> todas as informações geradas ao longo do<strong>de</strong>senvolvimento dos estudos, tanto no que se refere às informações dos temas ambientais, quepossuem uma representação direta na base cartográfica, quanto às informações espacializadas apartir <strong>de</strong> indicadores, que serão representadas em cartogramas. A espacialização <strong>de</strong> informaçõespermite a representação gráfica e melhor organização dos dados, facilitando a consulta e aanálise das informações.A partir dos elementos que serão integrados ao SIG na Caracterização, serão <strong>de</strong>finidos osIndicadores que comporão a base <strong>de</strong> dados para a análise multicritério. Esta terá metodologiaespecialmente adaptada ao ambiente <strong>de</strong> geoprocessamento, sendo conduzida <strong>de</strong> maneirametodologicamente clara e repetível. O processo <strong>de</strong> análise por geoprocessamento divi<strong>de</strong>-se emcinco etapas básicas:−−−−Definição dos objetivos das análises, efetuada pela equipe <strong>de</strong> consultores envolvidos nacaracterização ambiental dos temas sugeridos;Preparo dos dados armazenados na base cartográfica digital para o processo <strong>de</strong> análise,convertendo-os em escalas padronizadas e or<strong>de</strong>nadas <strong>de</strong> acordo com cada objetivo;I<strong>de</strong>ntificação dos objetos mapeados e atribuição dos níveis <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong>, diretamenteassociados aos temas mapeados;Processamento dos dados através <strong>de</strong> Combinação Linear Pon<strong>de</strong>rada 1 e geração <strong>de</strong> mapasindicativos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação, sensibilida<strong>de</strong> e vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aspectos ambientais da Bacia, <strong>de</strong>acordo com os diferentes objetivos propostos;1 Sistemática <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> fatores que permite atribuir diferentes pesos relativos para cada um dos fatores noprocesso <strong>de</strong> agregação27


−Integração dos mapas indicativos com restrições legais, geopolíticas ou econômicas, assimcomo com diretrizes político-administrativas para a ocupação e conservação da Bacia do <strong>Rio</strong>Paranaíba. Esta última etapa – mais carregada <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong> pela própria natureza dasrestrições e diretrizes – é, também, parcialmente realizada a partir <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>rivação daCombinação Linear Pon<strong>de</strong>rada e mo<strong>de</strong>lada em mapas temáticos digitais.A Figura 4 mostra o fluxograma <strong>de</strong> organização do SIG.SIGBase PlanimétricaImagensFase II – Caracterização AmbientalMo<strong>de</strong>los• Hidrografia• Linha <strong>de</strong>Transmissão• Sistema Viário• Perímetro Urbano• Cida<strong>de</strong>s• DivisãoGeopolítica• AHEs• Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Conservação;• Áreas Prioritárias• Estações• OutrosMapeamentosTemáticosCartogramasMunicipaisDados Estatísticos• Solos• Geomorfologia• Declivida<strong>de</strong>• Vegetação• Uso e Ocupação• Geologia• Hidrogeologia• Reservatórios• Outros• Modos <strong>de</strong> Vida• OrganizaçãoTerritorial• Base EconômicaFase II – Avaliação Ambiental DistribuídaCombinação LinearPon<strong>de</strong>radaMapeamento <strong>de</strong>Sensibilida<strong>de</strong>Condições Atuaisdos AmbientesMapeamento <strong>de</strong>Vulnerabilida<strong>de</strong>EmpreendimentosHidrelétricosMapeamentoIntegradoFigura 4Fluxograma <strong>de</strong> Organização do SIG28


2.3 FASE 3 – AVALIAÇÃO AMBIENTAL DISTRIBUÍDANa fase da Avaliação Ambiental Distribuída, os impactos ambientais resultantes dosempreendimentos hidrelétricos em operação na Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba serão analisados combase em informações concretas. Consi<strong>de</strong>rando os critérios <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>sta análise, seráavaliada a suscetibilida<strong>de</strong> das subáreas, confrontando suas áreas <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> ambiental com opotencial <strong>de</strong> impactos esperado pela implantação dos empreendimentos planejados.Ela incorporará os conceitos <strong>de</strong> impactos cumulativos e sinérgicos, verificando inclusive suaespacialização.Nesta fase também serão <strong>de</strong>finidos os principais parâmetros analíticos que comporão as análisesposteriores. As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas serão realizadas, tendo em vista a divisão proposta dassubáreas da bacia, a partir da integração das informações no GIS e da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong>hierarquização e <strong>de</strong> análise multicritério para a valoração <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> impacto ambiental e<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental.O período <strong>de</strong> realização das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta fase se dará entre os dias 05 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006 e28 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006. Esta fase será composta pelas ativida<strong>de</strong>s listadas a seguir.2.3.1 I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Áreas SensíveisA análise <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> tem o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir as áreas mais a<strong>de</strong>quadas ou favoráveis paraimplantação <strong>de</strong> empreendimentos, minimizando as interferências e impactos ao meio ambiente.Nesse âmbito, os Sistemas <strong>de</strong> Informações Geográficas (SIG) se mostram fundamentais paraviabilizar a construção <strong>de</strong> uma linguagem comum, e o intercâmbio e realimentação do processo<strong>de</strong> análise integrada para <strong>de</strong>finição das áreas frágeis e daquelas favoráveis para implantação doempreendimento. As avaliações <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> ou fragilida<strong>de</strong> feitas com esse instrumento <strong>de</strong>suporte (SIG) diminuem consi<strong>de</strong>ravelmente a subjetivida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Essessistemas também facilitam a análise integrada dos planos <strong>de</strong> informação (temas) selecionados, avisualização do quadro atual da região e a caracterização do cenário prospectivo com aimplantação dos empreendimentos.A análise é feita a partir dos planos <strong>de</strong> informação, o que permite abordar o estudo dos diversossubcomponentes do meio natural e social, analisando seus diferentes níveis <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência,e exigindo um permanente exercício da interdisciplinarida<strong>de</strong> para que se possam construir osdiversos cenários ambientais necessários.Como conceituação geral, po<strong>de</strong>m ser formalizados três tipos ou áreas para análise da região on<strong>de</strong>se insere o empreendimento:−−−Áreas com restrição;Áreas sensíveis; eÁreas favoráveis.Nas áreas com restrição po<strong>de</strong>m ser listadas zonas com restrição legal (terras indígenas, áreas <strong>de</strong>preservação, parques nacionais) e zonas <strong>de</strong> extrema fragilida<strong>de</strong> ambiental.As áreas consi<strong>de</strong>radas sensíveis são aquelas em que os aspectos do meio ambiente por suascaracterísticas particulares, apresentam baixa ou nenhuma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assimilação e29


adaptação dos sistemas e fatores ambientais frente a uma mudança ou mutação nas condiçõesambientais para a implantação <strong>de</strong> um empreendimento. Para isto se <strong>de</strong>vem i<strong>de</strong>ntificar ascondições <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> próprias a cada um dos meios estudados:−−−Nos atributos físicos, tais como solos, as zonas muito suscetíveis à erosão; nos recursoshídricos áreas suscetíveis a inundações; no caso dos solos, perda <strong>de</strong> solos agricultáveis oudificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> acesso, mesmo temporárias; e no caso <strong>de</strong> recursosminerais, áreas com potencial mineralógico, mas ainda em fase <strong>de</strong> estudos ou levantamentos;Nos ecossistemas, a presença <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mismos, reservas da biosfera, sítios <strong>de</strong> patrimônionatural, biomas especiais ou mesmo ecossistemas frágeis, mas não contemplados por lei, aproximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas protegidas ou vulneráveis ou <strong>de</strong> possíveis corredores ecológicos;No meio antrópico, a presença <strong>de</strong> recursos minerais ou existência <strong>de</strong> jazida muito relevante doponto <strong>de</strong> vista econômico ou estratégico e interferências com a infra-estrutura produtiva, aproximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> povoados ou <strong>de</strong> infra-estrutura e <strong>de</strong> áreas com ativida<strong>de</strong> agrícola, ou queafetem as condições e modos <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>stas populações i<strong>de</strong>ntificadas.As áreas consi<strong>de</strong>radas favoráveis são aquelas on<strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificam as menores restrições ou atéa inexistência <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> limitação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que acompanhadas por um plano <strong>de</strong> gestãoambiental.A partir da caracterização socioambiental da bacia é possível i<strong>de</strong>ntificar as áreas com graus <strong>de</strong>relevância <strong>de</strong> cada um dos planos <strong>de</strong> informação, tema ou disciplina (solos, vegetação,ecossistemas, etc.). Isto é, a elaboração do diagnóstico <strong>de</strong> cada tema possibilita o lançamento nabase cartográfica, na escala <strong>de</strong> trabalho, em cada um <strong>de</strong>les, das informações obtidas para cadaárea ou região.Os dados levantados <strong>de</strong> cada plano ou tema po<strong>de</strong>m ser lançados e classificados em suas escalas<strong>de</strong> trabalho, sendo posteriormente padronizadas para utilização no SIG. Os trabalhos envolverão,então, a geração <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> dados georreferenciados, a partir <strong>de</strong> fontes secundárias, dasdistintas disciplinas a serem utilizadas nas análises subseqüentes.A Figura 5 mostra a seqüência típica dos processos e produtos da análise multicritério propiciadapelo SIG.Com base neste procedimento serão i<strong>de</strong>ntificadas, não só as áreas sensíveis, mas também áreascom características homogêneas (on<strong>de</strong> impactos futuros ten<strong>de</strong>m a se manifestar com intensida<strong>de</strong>similar), assim como as áreas que não estão sujeitas ao uso pelo setor elétrico nem a impactos <strong>de</strong>seus empreendimentos.As informações geradas pelo SIG serão alvo <strong>de</strong> discussão, em reunião, com a participação doconjunto <strong>de</strong> técnicos envolvidos no estudo, visando analisar seus resultados, rediscutir critérios <strong>de</strong>pon<strong>de</strong>ração e estabelecer hierarquias <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> homogeneida<strong>de</strong> para as áreasi<strong>de</strong>ntificadas.Os resultados <strong>de</strong>sta reunião <strong>de</strong>verão permitir a correção <strong>de</strong> possíveis <strong>de</strong>svios na formulação dosindicadores e a confecção final do Mapa <strong>de</strong> Sensibilida<strong>de</strong> Ambiental da Bacia.30


Figura 5Ilustração da Seqüência Típica <strong>de</strong> Processos e Produtos da AnáliseMulticritério em Ambiente <strong>de</strong> Sistema <strong>de</strong> Informações Geográficas31


2.3.2 Elaboração Preliminar do Cenário AtualCom base nas informações oriundas da Fase <strong>de</strong> Caracterização Socioambiental será elaborado oCenário Atual, a ser posteriormente complementado na fase <strong>de</strong> Análise Ambiental Integrada.Esta ativida<strong>de</strong> tem por objetivos:−−−Estabelecer um primeiro procedimento para a avaliação <strong>de</strong> impactos ambientais, na medidaem que, para a simulação do Cenário Atual, será necessário formular indicadores que dêemefetivamente conta dos impactos já sofridos na região pelos empreendimentos hidrelétricosem operação, cujos efeitos já teriam sido apontados na Caracterização. Este procedimentovisa criticar ou confirmar as hipóteses relacionadas a impactos ambientais realizadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> afase inicial <strong>de</strong> planejamento do trabalho, e consolidar o método <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> impactoambiental a ser utilizado na AAD;Fortalecer a concepção dos indicadores <strong>de</strong> impacto ambiental e checar a viabilida<strong>de</strong> do uso <strong>de</strong>suas variáveis quantitativas e qualitativas, que se constitui em um dos objetivos centrais <strong>de</strong>stafase <strong>de</strong> AAD. Este exercício permitirá verificar quais variáveis não são utilizáveis, em função<strong>de</strong> não se dispor <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> informação confiável, <strong>de</strong>vendo-se buscar variáveis alternativaspara o indicador, ou um indicador alternativo que possa dar conta do impacto; quais variáveispo<strong>de</strong>riam ser utilizadas, já que a fonte <strong>de</strong> informação confiável existe, embora não tenha sidoa<strong>de</strong>quadamente obtida na Caracterização, <strong>de</strong>mandando novo levantamento <strong>de</strong> dados; e quaisvariáveis são utilizáveis, contando com informação confiável já disponível;Consolidar as bases <strong>de</strong> construção do Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Simulação (Programa Stella), permitindouma entrada <strong>de</strong> dados confiáveis, agilizando a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cenários a ser <strong>de</strong>senvolvida nafase final (AAI).Esta ativida<strong>de</strong> consistirá <strong>de</strong> sucessivas reuniões do responsável pelo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Simulação comdiversos participantes – individual, em grupos ou coletivamente – visando <strong>de</strong>finir a forma maisa<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> estabelecer indicadores, variáveis e relações entre indicadores; em seguida, darentrada nos dados; e, <strong>de</strong>pois, apresentar o comportamento do indicador no Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Simulação,até se chegar a um consenso <strong>de</strong> sua eficácia.2.3.3 Revisão da Divisão em SubáreasOs resultados dos estudos <strong>de</strong> Caracterização irão estabelecer diferentes hierarquias <strong>de</strong>fragilida<strong>de</strong>s ambientais na bacia, diferentes graus <strong>de</strong> semelhança entre áreas e as áreas <strong>de</strong> maiorou menor concentração <strong>de</strong> projetos hidrelétricos planejados. O fato <strong>de</strong> ter feito uso <strong>de</strong> uma divisãopreliminar <strong>de</strong> subáreas na Caracterização, cuja preocupação central foi a avaliaçãosocioambiental da bacia como um todo, torna ainda mais visível as distinções entre áreas internasa algumas <strong>de</strong>stas subáreas pré-selecionadas, ou a integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas que foram subdivididas.Consi<strong>de</strong>ra-se, portanto, que neste momento, se contará com critérios suficientemente sólidos parao estabelecimento <strong>de</strong> uma divisão eficaz da bacia em subáreas, consi<strong>de</strong>rando suas característicashidrológicas, hidroenergéticas e socioambientais.2.3.4 Análise <strong>de</strong> Impactos AmbientaisA análise <strong>de</strong> impactos ambientais <strong>de</strong>ve iniciar-se pela crítica da Matriz que foi produzida naativida<strong>de</strong> 2.2.1, que estabelecia os impactos potenciais <strong>de</strong> empreendimentos hidrelétricos e queterá sofrido diversas correções, complementações e supressões, com base nos estudos <strong>de</strong>Caracterização e no processo <strong>de</strong> construção do Cenário Atual.32


Ela <strong>de</strong>verá abordar as UHEs em operação: Nova Ponte, Miranda, Capim Branco I e II,Corumbá IV, Corumbá I, São Simão, Emborcação, Itumbiara, Cachoeira Dourada e na fase <strong>de</strong>viabilida<strong>de</strong>, Itumirim, Água Limpa, Alvorada Baixa, Caçu, Barra dos Coqueiros, Serra do Facão eBatalha. De forma complementar, <strong>de</strong>verão ser avaliados os principais impactos do conjunto dasPCHs em operação, assim como das Linhas <strong>de</strong> Transmissão existentes, na medida em que estesterão relações com efeitos cumulativos e sinérgicos dos impactos a serem consi<strong>de</strong>rados.Na avaliação <strong>de</strong> impactos ambientais <strong>de</strong>verão, também, ser estabelecidas relações entre osimpactos ambientais dos empreendimentos hidrelétricos com empreendimentos <strong>de</strong> outros setores,como a mineração, a silvicultura, a indústria, <strong>de</strong>ntre outros, que mantenham relações com aorigem causal do impacto ou que colaborem para sua potencialização.As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo realizadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong> Caracterização, foram programadas <strong>de</strong> modoa que se <strong>de</strong>sse particular atenção para as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta fase <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> ImpactosAmbientais. Prevê-se, <strong>de</strong> toda forma, uma nova ida ao campo, com objetivos específicos <strong>de</strong>dirimir dúvidas e complementar informações para esta ativida<strong>de</strong>. O dimensionamento da equipeque irá ao campo, integrada pelos técnicos sênior da equipe <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá dostemas sobre os quais ainda pairam dúvidas e do número <strong>de</strong> empreendimentos a ser visitado. Aviagem <strong>de</strong>verá ocorrer em meados <strong>de</strong> outubro, prevendo-se uma estadia <strong>de</strong> não mais que umasemana, tendo em vista que será uma viagem extremamente dirigida a objetivos pré-<strong>de</strong>finidos.Há também que se consi<strong>de</strong>rar que esta ativida<strong>de</strong>, assim como todas as que se seguem, <strong>de</strong>veráincorporar os resultados dos estudos <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conflitos, <strong>de</strong> forma que, embora estes estudosestejam previstos como etapa posterior, <strong>de</strong>verão ser realizados paralelamente.A metodologia <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> impactos ambientais a ser adotada associa as intervenções (INA)dos empreendimentos hidrelétricos com os processos indutores (PIN) que <strong>de</strong>terminammodificações sobre o ambiente, dando origem a impactos ambientais (IMP). Quando umaintervenção gera um conjunto <strong>de</strong> processos indutores que inci<strong>de</strong>m sobre outros processosindutores e impactos ambientais, dá-se origem a uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação que permite i<strong>de</strong>ntificar oseventos responsáveis pelas transformações ambientais mais importantes e <strong>de</strong>finir aspossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que venham a ser anuladas, mitigadas ou potencializadas em empreendimentosfuturos, através <strong>de</strong> alterações no projeto ou <strong>de</strong> ações preventivas ou corretivas sobre o meioambiente.Essas re<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>nominadas Fluxos Relacionais <strong>de</strong> Eventos Ambientais (FREA).A análise estará voltada para a avaliação da magnitu<strong>de</strong>, importância e intensida<strong>de</strong> dos impactos,<strong>de</strong>finindo-se, a partir <strong>de</strong>sses componentes, a significância dos impactos ambientais relacionados acada empreendimento existente, buscando-se avaliar a evolução <strong>de</strong>stes impactos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> omomento em que se manifestaram até a situação atual. Também <strong>de</strong>verá registrar anão-manifestação (ou o <strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> seus efeitos) <strong>de</strong> impactos geralmente atribuídos aempreendimentos hidrelétricos, ou daqueles que estavam previstos nas avaliações <strong>de</strong> impactorealizadas por ocasião do licenciamento ambiental dos empreendimentos, buscando explicar suacausa.2.3.5 I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Efeitos Sinérgicos e CumulativosEsta ativida<strong>de</strong> será <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> forma integrada à ativida<strong>de</strong> anterior (Análise <strong>de</strong> ImpactosAmbientais), buscando i<strong>de</strong>ntificar quais <strong>de</strong>ntre os impactos i<strong>de</strong>ntificados possuem carátercumulativo e sinérgico. Serão i<strong>de</strong>ntificados os impactos que são gerados, ou intensificados porprocessos indutores que se localizam em um outro espaço, ou em um outro empreendimento, ou,visto <strong>de</strong> outra forma, impactos que ultrapassam os limites <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong>terminado em funçãoda existência <strong>de</strong> outros processos indutores <strong>de</strong> impacto.33


O objetivo do estudo é permitir uma avaliação dos impactos gerados por empreendimento, quandoocorre uma sucessão <strong>de</strong>stes em um mesmo rio ou numa mesma bacia, visando projetar estainformação para a implantação <strong>de</strong> novos empreendimentos. É <strong>de</strong> imprescindível importância quea análise a ser <strong>de</strong>senvolvida seja capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar todo o Fluxo Relacional <strong>de</strong> EventosAmbientais (FREA), tendo em vista que outros Processos Indutores (PIN) po<strong>de</strong>m ser a causa dosefeitos cumulativos ou sinérgicos i<strong>de</strong>ntificados em um <strong>de</strong>terminado impacto ambiental ou po<strong>de</strong>msomar-se à sinergia ou cumulativida<strong>de</strong> dos empreendimentos hidrelétricos.Os impactos que apresentam efeitos cumulativos ou sinérgicos já <strong>de</strong>verão ter sido i<strong>de</strong>ntificados eclassificados na ativida<strong>de</strong> anterior <strong>de</strong> avaliação do mesmo; o importante neste momento será ai<strong>de</strong>ntificação do quanto eles são potencializados por outros processos indutores representadospor outros empreendimentos hidrelétricos ou <strong>de</strong> outra natureza, e que se busque <strong>de</strong>terminar umaproporcionalida<strong>de</strong> da participação <strong>de</strong> cada processo indutor na cumulativida<strong>de</strong> ou sinergiaapresentada no impacto.O estudo, tendo em vista sua escala <strong>de</strong> trabalho, po<strong>de</strong>rá levar a que, em alguns casos, só sejapossível uma abordagem qualitativa da participação dos diversos processos indutores nos efeitoscumulativos e sinérgicos do impacto, gerando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> cálculosestimativos ou mecanismos <strong>de</strong> valoração inferida, mas seus resultados serão <strong>de</strong> extremaimportância para a construção dos Indicadores <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> a serem <strong>de</strong>terminados emfase posterior.Esta avaliação <strong>de</strong>verá consi<strong>de</strong>rar situações do tipo:−−−−−O impacto do empreendimento estudado afeta diretamente um ou mais fatores ambientais, eseus efeitos se esgotam aí, ou possui efeitos indiretos, não po<strong>de</strong>ndo, no entanto, ser agravadopelo efeito <strong>de</strong> outros empreendimentos a montante, nem contribuir para o agravamento <strong>de</strong>impactos <strong>de</strong> empreendimentos a jusante. Não possui efeitos cumulativos ou sinérgicos e assoluções para a mitigação <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>vem ser encontradas exclusivamente em relação aoprocesso indutor (PIN).O impacto do empreendimento estudado afeta diretamente um ou mais fatores ambientais quepo<strong>de</strong>m ser agravados pelo efeito <strong>de</strong> outros empreendimentos a montante. Possui efeitoscumulativos e a avaliação <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar os efeitos a montante, inclusive <strong>de</strong>empreendimentos potenciais, na medida em que seus efeitos só po<strong>de</strong>rão ser dimensionadosconsi<strong>de</strong>rando as potenciais contribuições <strong>de</strong> montante.O impacto do empreendimento estudado afeta diretamente um ou mais fatores ambientais eseus efeitos po<strong>de</strong>m agravar o impacto <strong>de</strong> outros empreendimentos a jusante. Possui efeitoscumulativos que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados na avaliação <strong>de</strong>ste, na medida em que seudimensionamento <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar seus efeitos a jusante, inclusive em relação aempreendimentos potenciais.O impacto do empreendimento estudado afeta diretamente um ou mais fatores ambientais,sem possuir efeitos indiretos, ou seja, esses fatores afetados não afetam outros fatoresambientais, mas o empreendimento apresenta uma das situações <strong>de</strong> cumulativida<strong>de</strong> (ajusante ou a montante) e, nesta situação, seus efeitos diretos afetam outros fatoresambientais. O impacto possui efeitos sinérgicos e o fato <strong>de</strong> não se consi<strong>de</strong>rar este efeito,<strong>de</strong>turparia por completo seu dimensionamento.O impacto do empreendimento estudado inci<strong>de</strong> diretamente em um ou mais fatoresambientais, sem ser afetado pelos outros empreendimentos a montante, nem contribuir para oagravamento dos efeitos <strong>de</strong> empreendimentos a jusante. Os fatores ambientais afetadospo<strong>de</strong>m, no entanto, provocar novos impactos ambientais, agravando os efeitos <strong>de</strong> outrosempreendimentos, que não possuem nenhuma relação direta com o empreendimentoestudado, caracterizando uma outra forma <strong>de</strong> sinergia <strong>de</strong> impactos.34


Nesta ativida<strong>de</strong>, a avaliação <strong>de</strong> impactos ambientais – que em um primeiro momento se restringiuao universo dos empreendimentos em operação, sendo mais objetiva possível do queefetivamente ocorreu na região em <strong>de</strong>corrência da implantação <strong>de</strong> UHEs e empreendimentoscorrelacionados – <strong>de</strong>verá ampliar este universo, incorporando os empreendimentos planejados,para que se possa dimensionar o agravamento <strong>de</strong>stes impactos com a presença potencial <strong>de</strong>empreendimentos a montante e a jusante.Esta ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá, portanto, se constituir no estabelecimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> impactosenvolvendo diversas UHEs, inclusive com participação <strong>de</strong> outros empreendimentos ou fatores quecontribuem no mesmo sentido (mineração, agropecuária, irrigação, zonas urbanas, etc.) e dosefeitos dos impactos sobre um fator ambiental que atingem outros fatores ambientais.2.3.6 Avaliação da Eficácia das Medidas MitigadorasTrata-se <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> profundamente integrada à <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> impactos ambientais (2.3.3).Embora seja possível estabelecer correlações entre medidas mitigadoras implantadas e seusefeitos sobre o meio ambiente através <strong>de</strong> dados secundários, como por exemplo, informações <strong>de</strong>monitoramento da qualida<strong>de</strong> da água ou sedimentologia, antes e <strong>de</strong>pois da implantação <strong>de</strong>programas voltados para seu controle, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar que as informações que darãosustentação a esta ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão fundamentalmente <strong>de</strong> relatos obtidos em entrevistas <strong>de</strong>campo. Estas po<strong>de</strong>rão, portanto, se constituir em informações <strong>de</strong> baixa ou média confiabilida<strong>de</strong>,<strong>de</strong>mandando que se construam re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações em torno <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados eventos <strong>de</strong>forma a conferir-lhes confiabilida<strong>de</strong>.Esta ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá, portanto, envolver:−−−−A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> programas ambientais que possuam registro ou documentação disponívelque dêem conta dos efeitos <strong>de</strong> sua implantação nas UHEs em operação;A i<strong>de</strong>ntificação da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> monitoramentos ou <strong>de</strong>estudos ambientais realizados sobre os componentes ambientais impactados, que sejamconfiáveis para a avaliação da eficácia <strong>de</strong>stes programas;A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> outros fatores ou fontes <strong>de</strong> impactos que possam ter efeitos cumulativos ousinérgicos com os impactos (ou com as medidas mitigadoras adotadas) da UHE emconsi<strong>de</strong>ração, e que não tenham sido levados em conta nos monitoramentos ou estudosrealizados, prejudicando, <strong>de</strong>sta forma, seus resultados;O levantamento <strong>de</strong> informações a partir <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong> pessoas do local sobre a evolução doevento consi<strong>de</strong>rado, que muitas vezes retratam a realida<strong>de</strong> do fato.2.3.7 I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong> ImpactoNeste momento será possível afinar os indicadores socioambientais até então utilizados,chegando-se àqueles que efetivamente possam medir os impactos consi<strong>de</strong>rados relevantes parauma análise regional, inclusive com seus efeitos cumulativos e sinérgicos.Seu objetivo é permitir a avaliação <strong>de</strong> quais os impactos – que possam ser gerados pelas novasUHEs planejadas – têm efetiva relevância ou po<strong>de</strong>m ampliar situações pré-existentes, e <strong>de</strong>scartarda análise, <strong>de</strong> forma justificada, aqueles impactos que são irrelevantes, porque têm efeitos esoluções localizadas, sem maiores conseqüências. Estes indicadores serão a base para aelaboração dos cenários <strong>de</strong> médio e longo prazos.35


A análise <strong>de</strong>sses impactos, ao trabalhar com os impactos ambientais dos empreendimentos emoperação, terá gerado uma qualificação <strong>de</strong>stes, estabelecendo graus diferenciados <strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong>,importância e significância que permitirá que se <strong>de</strong>fina uma hierarquia e valorização dosindicadores correspon<strong>de</strong>ntes, que serão a base para a ativida<strong>de</strong> que segue. Cabe ressaltar queesta hierarquização e valorização será fruto <strong>de</strong> um esforço teórico dos especialistas envolvidos naequipe técnica, abrangendo uma dimensão subjetiva, a ser <strong>de</strong>vidamente justificada.2.3.8 I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> AmbientalSeu objetivo é sintetizar a situação das áreas on<strong>de</strong> se prevê a implantação <strong>de</strong> novosempreendimentos. É um refinamento da avaliação <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> ambiental produzida pelo GIS:na sobreposição <strong>de</strong> mapas (análise multicritério), através do qual <strong>de</strong>verão ser i<strong>de</strong>ntificados quaisos fatores que mais pesam na <strong>de</strong>terminação da fragilida<strong>de</strong> ambiental e que terão pontuaçõesdiferenciadas na composição do indicador, <strong>de</strong> forma a i<strong>de</strong>ntificar, por exemplo, áreas que sãomais sensíveis à erosão, ou à <strong>de</strong>terioração da qualida<strong>de</strong> das águas, ou a <strong>de</strong>smatamentos, ou aconflitos <strong>de</strong> terra, ou a conflitos <strong>de</strong> uso da água, ou à soma <strong>de</strong> alguns, ou ainda à soma <strong>de</strong> todos.Estes indicadores, junto com os <strong>de</strong> impacto ambiental, permitirão supor on<strong>de</strong> novas UHEs serãomais ou menos impactantes e porque.Através do cruzamento das áreas <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> ambiental i<strong>de</strong>ntificadas na fase <strong>de</strong>Caracterização, com a espacialização dos indicadores <strong>de</strong> impacto ambiental pon<strong>de</strong>rados, serãoi<strong>de</strong>ntificadas, também por um processo <strong>de</strong> sobreposição <strong>de</strong> mapas no SIG, áreas <strong>de</strong>suscetibilida<strong>de</strong> ambiental. O resultado da sobreposição <strong>de</strong> mapas (ou layers) fornecerá umahierarquização <strong>de</strong>stas áreas (na medida em que os indicadores foram pon<strong>de</strong>rados), permitindoque, em diferentes unida<strong>de</strong>s espaciais i<strong>de</strong>ntificadas, e nas subáreas como um todo, se possa,novamente através <strong>de</strong> um esforço teórico da equipe técnica, valorizar e hierarquizar osindicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a elas correspon<strong>de</strong>ntes.2.3.9 Sistematização dos Estudos <strong>de</strong> Avaliação Ambiental DistribuídaEsta ativida<strong>de</strong> será realizada pelo grupo <strong>de</strong> apoio à coor<strong>de</strong>nação técnica visando reunir, organizare sistematizar as informações geradas nesta fase, por subáreas selecionadas na bacia, dandoorigem a um texto <strong>de</strong> Avaliação Ambiental Distribuída, a ser integrado ao Produto 3 – Relatório <strong>de</strong>Avaliação Ambiental Distribuída e Análise <strong>de</strong> Conflitos, e a uma síntese, no formato Power Point.2.3.10 WokshopCom os resultados da sistematização dos estudos e sua síntese, será realizada reunião paradiscussão com toda a equipe técnica, visando possíveis ajustes e correções.Nesta reunião <strong>de</strong>verá, ainda, ser avaliada a contribuição dos estudos <strong>de</strong> Avaliação AmbientalDistribuída para a Avaliação Ambiental Integrada, <strong>de</strong> modo a dimensionar as necessida<strong>de</strong>s eestabelecer diretrizes para a continuida<strong>de</strong> do trabalho.A apresentação feita nesta reunião servirá <strong>de</strong> base e treinamento para a apresentação à <strong>EPE</strong> e aoGrupo <strong>de</strong> Acompanhamento.36


2.4 FASE 4 – ANÁLISE DE CONFLITOSEsta fase visa i<strong>de</strong>ntificar as principais situações <strong>de</strong> conflito existentes na Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba,e avaliar o potencial <strong>de</strong> conflito que po<strong>de</strong> ser gerado pela implantação <strong>de</strong> novos empreendimentoshidrelétricos na bacia. Ela irá mapear as áreas <strong>de</strong> ocorrência associadas ao recurso naturalenvolvido, e construir indicadores que permitam integrar esta dimensão dos estudos aos seus<strong>de</strong>mais componentes.É uma fase dos estudos on<strong>de</strong> a incorporação <strong>de</strong> informações provenientes dos contatos diretos,entrevistas e reuniões com os agentes sociais diretamente envolvidos com situações <strong>de</strong> conflitona bacia, ganha gran<strong>de</strong> expressão, <strong>de</strong>vendo portanto, ser marcada por trabalhos <strong>de</strong> campo, tantono que diz respeito ao levantamento <strong>de</strong> informações geradas pelas entida<strong>de</strong>s representativas dascomunida<strong>de</strong>s afetadas, quanto pelo resgate <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong> indivíduos que estiveram ou seencontram diretamente envolvidos em situações <strong>de</strong> conflitos, como os atingidos por barragens.A partir das informações preliminares sobre a situação <strong>de</strong> conflitos i<strong>de</strong>ntificada na Bacia, <strong>de</strong>veráser elaborado documento <strong>de</strong> bases conceituais sobre o tratamento a ser dado à Análise <strong>de</strong>Conflitos, que será integrado ao Produto 3.As ativida<strong>de</strong>s da Análise <strong>de</strong> Conflitos <strong>de</strong>verão ser realizadas no período <strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006a 28 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006. Ela será constituída pelas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas a seguir.2.4.1 Mapeamento dos Atores Sociais ExistentesNa fase <strong>de</strong> Caracterização terá sido realizado um levantamento das instituições, organizações dasocieda<strong>de</strong> civil e movimentos sociais atuantes na região, assim como o mapeamento dasentida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> representação política mais atuantes na Bacia Hidrográfica do <strong>Rio</strong> Paranaíba, noque diz respeito aos movimentos sociais <strong>de</strong> agricultores, pescadores, comunida<strong>de</strong>s indígenas,comunida<strong>de</strong>s quilombolas e populações atingidas por barragem. Para esta fase inicial terá sidorealizado levantamento <strong>de</strong> campo, on<strong>de</strong> terão sido contactadas as principais entida<strong>de</strong>si<strong>de</strong>ntificadas, estabelecidos os primeiros contatos e entrevistas com comunida<strong>de</strong>s diretamenteenvolvidas em conflitos na região (atingidos por barragens, pescadores, pequenos agricultoressem terra, comunida<strong>de</strong>s indígenas, etc.) e realizado o levantamento, o mais minucioso possível,<strong>de</strong> documentos e dados que auxiliem a análise dos conflitos.Esta ativida<strong>de</strong> se inicia, no retorno do levantamento preliminar <strong>de</strong> campo, pela análise dosdocumentos e dados obtidos e pela sistematização das entrevistas e observações realizadasdiretamente no campo.A análise que se preten<strong>de</strong> realizar estará centrada em três eixos:• Mapeamento dos atores sociais existentes (movimentos sociais e socieda<strong>de</strong> civil):−−−Abrangência <strong>de</strong> sua atuação;Escopo da ação;Demandas;• I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> “acordos” entre grupos:−−−Principais projetos e programas da região que os envolvem;Parcerias;Consórcios.• I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> algumas re<strong>de</strong>s sociais e políticas envolvidas na bacia:−Grupos <strong>de</strong> trabalho dos movimentos sociais do local;37


−−−−−Movimentos sociais e política local;Comitê da Bacia Hidrográfica do <strong>Rio</strong> Paranaíba;Comitês <strong>de</strong> Sub-bacias;Comissões Parlamentares (Assembléias Legislativas <strong>de</strong> Minas Gerais, <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro eSão Paulo);Re<strong>de</strong>s científico-tecnológicas (UFGO/UFMG/UnB/UFU).Alguns eventos recentes serão particularmente relevantes para o mapeamento do quadro <strong>de</strong>conflitos e <strong>de</strong>mandas políticas atuais, tais como os recentes licenciamentos ambientais das UHEs<strong>de</strong> Itaocara, Simplício e Cambuci, e <strong>de</strong> recentes passivos como os vazamentos <strong>de</strong> contaminantesno rio Pomba, cujos coor<strong>de</strong>nadores dos movimentos instalados <strong>de</strong>verão ser entrevistados.Dentre os documentos que se busca obter com os levantamentos, alguns adquirem particularrelevância, não só por seu conteúdo, em termos <strong>de</strong> caracterização da bacia e fonte <strong>de</strong> dados, mastambém pelo próprio processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> tais documentos, estimulados por movimentos epor grupos <strong>de</strong> trabalho tanto da socieda<strong>de</strong> civil, como do po<strong>de</strong>r publico, representado nos Comitês<strong>de</strong> Bacias Hidrográficas.O mapeamento dos atores sociais existentes na Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba <strong>de</strong>verá incluir, nomínimo:−−−−−−−−Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST;Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB;Assessoria às comunida<strong>de</strong>s atingidas por barragem – NACAB;Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA;Movimento estudantil – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais – UFMG;Movimento estudantil – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás – UFGO;Movimento estudantil – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília – UnB;Movimento estudantil – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia – UFU.O levantamento inicial dos principais sujeitos sociais atuantes na Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíbaencontra-se apresentado no Anexo 4.2.4.2 Histórico dos Conflitos na BaciaOs usos do solo e da água possuem elevado potencial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> conflitos. A região da baciado rio Paranaíba apresenta uma intensa utilização da terra para fins agropecuários, <strong>de</strong> modo quea inundação <strong>de</strong> terras agricultáveis para a formação <strong>de</strong> reservatórios possui um elevado potencial<strong>de</strong> acirramento dos conflitos em torno do uso da terra. É praticamente inexistente a presença <strong>de</strong>terras <strong>de</strong>volutas na região, <strong>de</strong> forma que a necessida<strong>de</strong>, tão comum no caso <strong>de</strong> empreendimentoshidrelétricos, <strong>de</strong> reassentamento <strong>de</strong> populações, <strong>de</strong>para-se com a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relocaçãodas famílias afetadas pelas barragens para áreas próximas. Este conflito é acirrado, na bacia dorio Paranaíba, pelo elevado número <strong>de</strong> assentamentos rurais do Incra, integrantes do Projeto <strong>de</strong>Reforma Agrária, que se encontram na região. O conflito pelo uso do solo, também, abrangeagricultores capitalizados, para quem a perda <strong>de</strong> suas áreas produtivas implica em mudança,muitas vezes, para outros estados. Outro uso do solo que vem apresentando forte crescimento naregião é o uso para lazer e turismo, que se concentra em geral em áreas próximas aos recursoshídricos, em terras ina<strong>de</strong>quadas à produção agrícola. São pequenos ranchos ou loteamentos38


<strong>de</strong>smembrados <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s agrícolas, cujos proprietários também terão que se retirar daregião quando afetados pela formação <strong>de</strong> reservatórios.O <strong>de</strong>senvolvimento agrícola na região, on<strong>de</strong> as condições climáticas <strong>de</strong>terminam uma acentuadasazonalida<strong>de</strong> da disponibilida<strong>de</strong> hídrica, cria uma forte tendência ao crescimento da agriculturairrigada. A mo<strong>de</strong>rnização da agricultura na bacia do Paranaíba teve por base o cultivo, em sistema<strong>de</strong> sequeiro, da soja. O crescimento do agronegócio imprimiu, no entanto, um novo caráter àprodução agrícola regional, com o crescimento acentuado da agricultura irrigada. No município <strong>de</strong>Cristalina (maior produtor do estado <strong>de</strong> Goiás <strong>de</strong> alho, batata, feijão, tomate e trigo), no Vale doPamplona, on<strong>de</strong> estão concentradas gran<strong>de</strong>s áreas irrigadas, altamente tecnificadas, forami<strong>de</strong>ntificados cerca <strong>de</strong> 450 pivôs centrais. Assim, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>duzir a importância que representa airrigação para o <strong>de</strong>senvolvimento agrícola da bacia em estudo, reduzindo as perdas <strong>de</strong>produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido aos veranicos, permitindo o cultivo durante a estiagem e a obtenção <strong>de</strong> duasou mais safras, possibilitando a utilização racional <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra e implementos agrícolas e,finalmente, propiciando a negociação <strong>de</strong> melhores preços na comercialização no período <strong>de</strong>entressafra. Portanto, avaliar o conflito que po<strong>de</strong>rá existir na bacia entre a agricultura irrigada e ageração hidroelétrica é muito importante no estudo da Análise Integrada, já que po<strong>de</strong>rá ocorrer umcrescimento <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong>.Admitido uma irrigação planejada com um consumo específico <strong>de</strong> 1l/s/ha, compatível com ossistemas <strong>de</strong> irrigação por aspersão, e consi<strong>de</strong>rando que ocorra uma inserção <strong>de</strong> 100.000ha <strong>de</strong>áreas irrigadas na bacia, algo bastante razoável <strong>de</strong> ocorrer, face ao crescimento das <strong>de</strong>mandas<strong>de</strong> alimentos, teríamos um consumo <strong>de</strong> água <strong>de</strong> aproximadamente 100m 3 /s, bastante conflitantecom a geração <strong>de</strong> energia. Destaca-se, por outro lado, que essa <strong>de</strong>manda ocorrerá no períodoseco.O ONS estimou, no âmbito do "Projeto <strong>de</strong> Consistência e Reconstituição <strong>de</strong> Séries <strong>de</strong> VazõesNaturais da Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba (PCE - 2003/2004)", as séries <strong>de</strong> vazões médias mensais <strong>de</strong>uso consuntivo, para o período <strong>de</strong> 1931 a 2001, em diversos aproveitamentos hidrelétricos, emoperação ou em implantação, do Sistema Interligado Nacional - SIN. Entre os aproveitamentosestudados, foi incluído o AHE Serra do Facão, localizado imediatamente a jusante do futuro AHEPaulistas. A série <strong>de</strong> vazões <strong>de</strong> uso consuntivo estimada por aquele estudo para o AHE Serra doFacão, com área <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> 10.639 km 2 , mostrou que:−−−−A evolução temporal das vazões consumidas na bacia teve um significativo aumento a partir<strong>de</strong> 1985. No período entre 1970 e 1985, o consumo <strong>de</strong> água na bacia foi pouco expressivo;O período <strong>de</strong> maior consumo (cerca <strong>de</strong> 86 % do total anual) compreen<strong>de</strong> o período <strong>de</strong>estiagem, meses <strong>de</strong> abril a setembro, <strong>de</strong>terminado pela maior <strong>de</strong>manda da irrigação;A vazão consumida máxima mensal ocorre predominantemente no mês <strong>de</strong> agosto, sendo <strong>de</strong>3,93m 3 /s o valor máximo mensal do ano <strong>de</strong> 2001, enquanto a média nesse mesmo ano foi <strong>de</strong>1,93m 3 /s;A maior parcela do uso consuntivo da bacia está relacionada com a irrigação; por isso osresultados <strong>de</strong> consumo são fortemente marcados pela sazonalida<strong>de</strong>.Cabe ainda ressaltar que os barramentos <strong>de</strong> rios realizados para a implantação <strong>de</strong> usinashidrelétricas regularizam vazões e provocam a elevação dos níveis d’água, que favorecem aativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação. Deste modo, o crescimento do número <strong>de</strong> empreendimentos hidrelétricosna região <strong>de</strong>verá gerar um aumento constante <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas por irrigação.O crescimento da agro-indústria na bacia do Paranaíba, até poucas décadas atrás praticamenterestrito a sua porção no Triângulo Mineiro e à região metropolitana <strong>de</strong> Goiânia, hoje se alastra portoda a bacia e mostra tendências <strong>de</strong> forte crescimento no futuro próximo. A indústria <strong>de</strong> alimentos39


apresenta elevados índices <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> água, representando outro uso a ser confrontado comas disponibilida<strong>de</strong>s hídricas da região.E, finalmente, é extremamente significativo o número <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s que se localizam nasproximida<strong>de</strong>s dos recursos hídricos da região, que vêm apresentando fortes incrementospopulacionais e que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m dos rios para seu abastecimento.O conflito <strong>de</strong> usos da terra e da água constitui-se, portanto, em um elemento chave nasperspectivas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da região, <strong>de</strong>vendo estar presente em todas as etapas dotrabalho.A análise <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong>verá, como um primeiro passo, recuperar a história dos conflitos na regiãodireta ou indiretamente associados aos empreendimentos hidrelétricos existentes.Os conflitos <strong>de</strong> usos do solo e da água têm se cristalizado em organizações da socieda<strong>de</strong> civilbastante consolidadas, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, que temuma presença marcante na bacia do Paranaíba, o Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA eo Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, que <strong>de</strong>verão ser consultados no<strong>de</strong>senvolvimento dos trabalhos.A análise <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong>verá, também, promover uma avaliação <strong>de</strong>talhada dos interessesregionais que se manifestam no planejamento fe<strong>de</strong>ral, estaduais e municipais para a região dabacia, assim como no comportamento dos investimentos privados.2.4.3 Levantamentos <strong>de</strong> CampoNesta fase, prevê-se uma nova ativida<strong>de</strong> em campo, a partir da sistematização das informaçõeslevantadas na fase inicial, visando, por um lado, cobrir lacunas, tanto <strong>de</strong> dados quanto <strong>de</strong> contatosque por alguma razão não pu<strong>de</strong>ram ser realizados e, por outro, aprofundar o universo <strong>de</strong>entrevistas com membros <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s que se encontram em situação <strong>de</strong> conflito direto comos empreendimentos do setor elétrico, como os atingidos por barragens, pescadores,comunida<strong>de</strong>s indígenas, etc.O levantamento <strong>de</strong> campo está previsto para meados <strong>de</strong> outubro, quando os diversos estudosenvolvidos na análise <strong>de</strong> conflitos já terão i<strong>de</strong>ntificado suas principais lacunas.2.4.4 I<strong>de</strong>ntificação dos Conflitos <strong>de</strong> Políticas Públicas e Planejamento Regionalcom o Planejamento do Setor ElétricoNa fase <strong>de</strong> caracterização terão sido i<strong>de</strong>ntificadas as políticas regionais e setoriais, <strong>de</strong> âmbitofe<strong>de</strong>ral e estadual e, em casos especiais, municipal, planejadas para a região, cujo escopo éapresentado no item 2.2.1.l. Sempre que possível, suas ações terão sua espacializaçãoi<strong>de</strong>ntificada em mapa.Esta ativida<strong>de</strong> visa promover uma avaliação <strong>de</strong>talhada dos interesses regionais que semanifestam no planejamento fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal para a região da bacia, assim como nocomportamento dos investimentos privados, i<strong>de</strong>ntificando aspectos ou áreas on<strong>de</strong> ten<strong>de</strong>m a seexpressar situações <strong>de</strong> conflito com o planejamento do setor elétrico.Parte substancial dos conflitos setoriais potenciais na bacia têm suas informações centralizadasnos Comitês da Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba e nos comitês <strong>de</strong> sub-bacia, <strong>de</strong> forma que estesconstituir-se-ão em interlocutores privilegiados para a realização <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>.40


−−−−−−−−Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terras com boa aptidão agrícola;Áreas <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> pequenos agricultores familiares;Áreas com a presença <strong>de</strong> acampamentos <strong>de</strong> trabalhadores rurais sem terra;Áreas com reassentamentos <strong>de</strong> populações rurais;Áreas <strong>de</strong> expansão urbana nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cursos d’água ou <strong>de</strong> moradia <strong>de</strong> populaçõesribeirinhas;Áreas <strong>de</strong> exploração minerária;Áreas legalmente protegidas, como terras indígenas e comunida<strong>de</strong>s quilombolas;Áreas legalmente estabelecidas para preservação ambiental, inclusive áreas <strong>de</strong> preservaçãopermanente, sobretudo no que diz respeito às matas ciliares.Esta ativida<strong>de</strong> também estará fazendo recurso ao histórico dos conflitos na bacia no que dizrespeito ao uso do solo, sobretudo em relação aos empreendimentos hidrelétricos em operação.Cabe ressaltar que diversos conflitos envolvendo pequenos agricultores foram observados nosúltimos empreendimentos estudados, como ocorreu nos aproveitamentos <strong>de</strong> Serra do Facão eBatalha, com a participação ativa do Movimento <strong>de</strong> Atingidos por Barragens. Além das gran<strong>de</strong>susinas, a bacia conta com um número <strong>de</strong> pequenas centrais que estão sendo aprovadas econstruídas sem o <strong>de</strong>vido planejamento integrado.2.4.7 I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong> Potencial <strong>de</strong> ConflitoA análise <strong>de</strong> conflitos irá gerar indicadores potenciais tendo por variáveis a concentração do usodo solo, às porções <strong>de</strong> vazões requeridas para diferentes usos da água, à transformação dosmodos <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> populações ribeirinhas, <strong>de</strong>ntre outros, a serem integrados aos diferentesinstrumentos analíticos utilizados no estudo: construção <strong>de</strong> cenários, SIG, análise <strong>de</strong> impactos,etc. Os indicadores e variáveis a serem selecionados <strong>de</strong>verão ser objeto <strong>de</strong> conceituação sobresua valida<strong>de</strong> e eficácia para a indicação <strong>de</strong> conflitos potenciais na Bacia.2.4.8 Sistematização da Análise <strong>de</strong> ConflitosEsta ativida<strong>de</strong> será realizada pelo grupo <strong>de</strong> apoio à coor<strong>de</strong>nação técnica visando reunir, organizare sistematizar as informações geradas nesta fase, dando origem a um texto <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong>Conflitos, a ser integrado ao Produto 3 – Relatório <strong>de</strong> Avaliação Ambiental Distribuída e Análise <strong>de</strong>Conflitos, e a uma síntese, no formato Power Point.2.4.9 WorkshopCom os resultados da sistematização dos estudos e sua síntese, será realizada reunião paradiscussão com toda a equipe técnica, visando possíveis ajustes e correções.Nesta reunião <strong>de</strong>verá, ainda, ser avaliada a contribuição da Análise <strong>de</strong> Conflitos para a AvaliaçãoAmbiental Integrada, <strong>de</strong> modo a dimensionar as necessida<strong>de</strong>s e estabelecer diretrizes para acontinuida<strong>de</strong> do trabalho.A apresentação feita nesta reunião servirá <strong>de</strong> base e treinamento para a apresentação à <strong>EPE</strong> e aoGrupo <strong>de</strong> Acompanhamento.42


♦ Produto 3 - Avaliação Ambiental Distribuída e Potenciais Conflitos e ImpactosNesta fase, a apresentação dos resultados engloba as ativida<strong>de</strong>s referentes às fases 3 e 4, ouseja, às fases <strong>de</strong> Avaliação Ambiental Distribuída e <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Conflitos. O relatório <strong>de</strong>verá serapresentado à <strong>EPE</strong> e, após revisão, submetido ao Grupo <strong>de</strong> Acompanhamento.2.4.10 Realização da Primeira Reunião Técnica e do Primeiro Seminário PúblicoAo final <strong>de</strong>sta fase, será realizado a Primeira Reunião Técnica e o Primeiro Seminário Público,que visam a apresentação dos resultados parciais do trabalho e o recebimento <strong>de</strong> informações esubsídios que permitam correções <strong>de</strong> rumo e a<strong>de</strong>quações dos estudos.Esta ativida<strong>de</strong>, conforme <strong>de</strong>scrito no item 2.6 – Participação Pública, envolve a convocação dosgrupos <strong>de</strong> interesse, preparação do evento, realização do evento e sistematização <strong>de</strong> seus resultados.2.5 FASE 5 – AVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADAA Avaliação Ambiental Integrada constituiu-se na sistematização e na integração dos estudos atéentão realizados nas subáreas. Nela, será realizada a análise conclusiva dos efeitos sinérgicos ecumulativos <strong>de</strong> impactos ambientais gerados por empreendimentos hidrelétricos em cadasubárea, e projetados para os empreendimentos planejados (em licenciamento e inventariados) epara o potencial remanescente da bacia.Nesta fase serão elaborados os cenários <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que, conforme estabelecido noTermo <strong>de</strong> Referência da <strong>EPE</strong>, <strong>de</strong>verão contemplar:“1. Cenário atual (A): configuração com aproveitamentos, contemplando osempreendimentos em operação, em instalação e com estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> aprovados elicenças prévias obtidas, consi<strong>de</strong>rando o estágio atual do <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico,incluído os usos e impactos existentes. As estimativas <strong>de</strong>ste cenário <strong>de</strong>vem ser realizadascom os dados mais atuais disponíveis e com os dados obtidos nas visitas técnicas <strong>de</strong>campo.”“2. Cenário <strong>de</strong> médio prazo (B): consi<strong>de</strong>rar o cenário A adicionando os empreendimentoshidrelétricos em processo <strong>de</strong> licenciamento prévio e com estudos <strong>de</strong> inventário hidrelétricoaprovados, consi<strong>de</strong>rando o estágio <strong>de</strong> conservação dos recursos naturais e o<strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico previsto para os próximos <strong>de</strong>z anos (2015).”“3. Cenário <strong>de</strong> longo prazo (C): consi<strong>de</strong>rar o cenário B com o eventual potencialhidrelétrico remanescente, o estágio <strong>de</strong> conservação dos recursos naturais e o<strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico para os próximos vinte anos (2025).”Como potencial remanescente <strong>de</strong>ve ser entendido as usinas hidrelétricas i<strong>de</strong>ntificadas eaprovadas em um inventário, mas que não tiveram nenhum seguimento em fase posterior ouforam <strong>de</strong>scartadas nesses inventários por problemas econômicos ou ambientais. Isto é, elas estãomaterializadas por um eixo e um reservatório.Finalmente, como resultado final dos estudos realizados, serão propostos Indicadores <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> a serem utilizados pelo Setor Elétrico para o enquadramento dosempreendimentos planejados para a Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba em categorias diferenciadas emtermos <strong>de</strong> estudos futuros <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> ambiental, e realizadas recomendações e diretrizes parao processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> novos empreendimentos.O período <strong>de</strong> realização da ativida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006 a 11 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2007,quando <strong>de</strong>verá ser entregue o Relatório Final do projeto, sendo constituído pelas seguintesativida<strong>de</strong>s:43


2.5.1 Elaboração <strong>de</strong> CenáriosOs estudos realizados até esta fase terão gerado indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental e <strong>de</strong>impacto ambiental, quantificados ou qualificados <strong>de</strong> forma pon<strong>de</strong>rada, que serão trabalhadas pelomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> simulação levando em conta: (i) a situação atual das áreas da bacia on<strong>de</strong> é prevista aimplantação <strong>de</strong> novos empreendimentos; (ii) as tendências a médio e longo prazo da evolução dasituação nestas áreas (projeções <strong>de</strong>mográficas, econômicas, <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação ambiental – evoluçãodo <strong>de</strong>smatamento, da <strong>de</strong>gradação da qualida<strong>de</strong> da água, das tendências <strong>de</strong> processos erosivos,etc.etc., levando inclusive em conta os freios a estas tendências colocados, por exemplo, pelalegislação ambiental); (iii) os processos que possam influenciar, reduzir ou redirecionar estastendências (comitês <strong>de</strong> bacia regulando conflitos, planos envolvendo a recuperação ambiental,crescimento da mobilização social em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> conflito, etc.) que serãotransformados em indicadores; e (iv) os impactos potenciais dos empreendimentos futuros,inclusive com seus efeitos sinérgicos e cumulativos.A simulação <strong>de</strong> cenários, com o uso do programa Stella, apresentará resultados alternativos que<strong>de</strong>verão ser objeto <strong>de</strong> discussão pela equipe técnica, <strong>de</strong> modo a assegurar-se da qualida<strong>de</strong> dosindicadores propostos, da confiabilida<strong>de</strong> das variáveis utilizadas e dos critérios <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração, apartir do conhecimento construído sobre a região e sobre os impactos dos empreendimentoshidrelétricos.Cabe ressaltar que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> simulação é um instrumento <strong>de</strong> extrema utilida<strong>de</strong> quando setrabalha com um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> variáveis que <strong>de</strong>vem ser projetadas para o futuro, mas cujopapel é fornecer subsídios para a análise técnica <strong>de</strong> especialistas envolvidos no estudo.2.5.2 Síntese Integrada da Análise AmbientalCom o resultado dos cenários em mãos, será realizada a análise ambiental das “regiões <strong>de</strong>interesse”, ou seja, das áreas <strong>de</strong> influência dos atuais e futuros empreendimentos, nos trêscenários pré-estabelecidos. Estas áreas serão classificadas ou hierarquizadas por graus <strong>de</strong>suscetibilida<strong>de</strong> ambiental (fragilida<strong>de</strong> ambiental + impactos potenciais), com a indicação dosprincipais fatores <strong>de</strong> suscetibilida<strong>de</strong>, por exemplo, área <strong>de</strong> alta suscetibilida<strong>de</strong> à formação <strong>de</strong>reservatório, área <strong>de</strong> média suscetibilida<strong>de</strong> à interrupção <strong>de</strong> rotas migratórias <strong>de</strong> peixe, área <strong>de</strong>baixa suscetibilida<strong>de</strong> à alteração do regime hídrico, ou a mais <strong>de</strong> um fator.A <strong>de</strong>terminação dos graus <strong>de</strong> suscetibilida<strong>de</strong> das áreas será elaborada a partir <strong>de</strong> uma análisemulticritério <strong>de</strong>corrente dos dados provenientes do GIS.2.5.3 Definição <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>Os Indicadores <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> são instrumentos operacionais para o planejador. Devemreunir os aspectos consi<strong>de</strong>rados mais relevantes <strong>de</strong>ntre os fatores ambientais que po<strong>de</strong>rão sofrerimpactos dos empreendimentos hidrelétricos. Ou seja, aqueles primeiros indicadores queorientaram o escopo dos estudos da caracterização e que <strong>de</strong>pois foram refinados em indicadores<strong>de</strong> impacto e indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental, agora que se dispõe <strong>de</strong> informações precisassobre o que fragiliza o ambiente e o torna suscetível a impactos <strong>de</strong> empreendimentoshidrelétricos, <strong>de</strong>verão ser pon<strong>de</strong>rados e agrupados na construção <strong>de</strong> um número reduzido <strong>de</strong>indicadores que permitirão ser utilizados frente a um empreendimento futuro para classificá-lo noque se refere a seu potencial impactante em relação a que fatores ambientais. Os indicadores <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem permitir indicar que um empreendimento a ser implantado em uma áreacom alta suscetibilida<strong>de</strong> a processos erosivos seja enquadrado em uma categoria que <strong>de</strong>verá dar44


especial atenção às alternativas construtivas e a soluções técnicas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> erosão paraque seja consi<strong>de</strong>rado viável, enquanto um empreendimento que não possui reservatório a serimplantado em uma área cuja única suscetibilida<strong>de</strong> seja relacionada à formação <strong>de</strong> reservatóriospossa ser alvo <strong>de</strong> um licenciamento simplificado.Para a construção <strong>de</strong>stes indicadores se partirá da análise <strong>de</strong> suscetibilida<strong>de</strong> feita anteriormente,que permitirá <strong>de</strong>finir quais as variáveis que <strong>de</strong>vem compô-los, levanto em conta a disponibilida<strong>de</strong>e confiabilida<strong>de</strong> das informações. Definidos os indicadores e estabelecidas as variáveis, <strong>de</strong>veráser estabelecida uma pon<strong>de</strong>ração e uma quantificação <strong>de</strong> cada variável.2.5.4 Diretrizes e RecomendaçõesO resultado dos estudos realizados indicará as condições necessárias para o gerenciamento dosempreendimentos existentes e a implantação <strong>de</strong> novos empreendimentos. Neste momento,contar-se-á com a representação espacializada das áreas on<strong>de</strong> a construção <strong>de</strong> novosempreendimentos não promoverá impactos significativos, das áreas on<strong>de</strong> é <strong>de</strong>saconselhável aimplantação <strong>de</strong> novos empreendimentos, indicando o conjunto <strong>de</strong> ações que <strong>de</strong>verão serassumidas caso se opte pela implantação; das áreas on<strong>de</strong> a implantação <strong>de</strong> empreendimentos<strong>de</strong>manda medidas mitigadoras ou compensatórias variadas e/ou <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> peso, indicando-as;das áreas on<strong>de</strong> a implantação <strong>de</strong> empreendimentos impacta um ou poucos fatores ambientais, etc.Para cada cenário prospectado serão formuladas as diretrizes gerais para a implantação <strong>de</strong>usinas hidrelétricas, consi<strong>de</strong>rando o resultado dos estudos realizados, as áreas <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong>s, ouso e ocupação do solo e o <strong>de</strong>senvolvimento regional.As diretrizes para a região serão formuladas a partir das consi<strong>de</strong>rações dos principais aspectosrelacionados aos efeitos esperados para a bacia em função dos diversos cenários <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento regional i<strong>de</strong>ntificados.Deverão ainda ser geradas recomendações sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos futuros sobre temaspara os quais não se dispõe <strong>de</strong> informações sistemáticas e que inviabilizam o uso <strong>de</strong><strong>de</strong>terminadas variáveis ou indicadores.2.5.5 Sistematização do Relatório <strong>de</strong> Avaliação Ambiental IntegradaEsta ativida<strong>de</strong> será realizada pelo grupo <strong>de</strong> apoio à coor<strong>de</strong>nação técnica visando reunir, organizare sistematizar as informações geradas nesta fase, envolvendo a Síntese Integrada da AnáliseAmbiental; Cenários <strong>de</strong> Desenvolvimento, Indicadores <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> e Recomendações eDiretrizes, dando origem a um texto <strong>de</strong> Avaliação Ambiental Integrada, e a uma síntese, noformato Power Point.2.5.6 WorkshopCom os resultados da sistematização dos estudos e sua síntese será realizada reunião paradiscussão com toda a equipe técnica, visando possíveis ajustes e correções.Nesta reunião final da equipe técnica <strong>de</strong>verão ser reavaliadas todas as fases <strong>de</strong> trabalhoconcluídas, com vistas à i<strong>de</strong>ntificação dos aspectos mais relevantes da Avaliação AmbientalIntegrada da bacia hidrográfica do rio Paranaíba, que <strong>de</strong>veriam compor o Sumário Executivo doRelatório Final e os temas centrais para o Seminário Público <strong>de</strong> encerramento do trabalho.45


A apresentação feita nesta reunião servirá <strong>de</strong> base e treinamento para a apresentação à <strong>EPE</strong> e aoGrupo <strong>de</strong> Acompanhamento.♦ Produto 4 - Relatório <strong>de</strong> Avaliação Ambiental IntegradaO Relatório <strong>de</strong> Avaliação Ambiental Integrada e Diretrizes conterá os principais aspectosambientais resultantes dos estudos, i<strong>de</strong>ntificando as variáveis, indicadores e mo<strong>de</strong>los utilizados, asimulação e avaliação dos cenários <strong>de</strong> curto, médio e longo prazos e as diretrizes erecomendações finais.2.5.7 Realização da Segunda Reunião Técnica e do Segundo Seminário PúblicoAo final <strong>de</strong>sta fase, será realizado a Segunda Reunião Técnica e o Segundo Seminário Público,que visam a apresentação dos resultados finais do trabalho e o recebimento <strong>de</strong> informações esubsídios que permitam correções e a<strong>de</strong>quações dos estudos.Esta ativida<strong>de</strong>, conforme <strong>de</strong>scrito no item 2.6.1 – Participação Pública, envolve a convocação dosgrupos <strong>de</strong> interesse, preparação do evento, realização do evento e sistematização <strong>de</strong> seusresultados.2.5.8 Elaboração do Relatório FinalEsta ativida<strong>de</strong> é constituída pela sistematização, consolidação e edição <strong>de</strong> todos os estudosrealizados e na produção <strong>de</strong> uma síntese <strong>de</strong> seus aspectos mais relevantes.♦ Produto 5 - Relatório Final e Sumário ExecutivoO Relatório Final reagrupará todos os produtos gerados durante os trabalhos e uma síntese, naforma <strong>de</strong> um Sumário Executivo, <strong>de</strong> seus aspectos mais relevantes.−−−−−−−−Avaliação espacial e temporal dos efeitos integrados dos aproveitamentos hidrelétricos nosdiferentes cenários;Diretrizes gerais para a implantação <strong>de</strong> usinas hidrelétricas, consi<strong>de</strong>rando o resultado dosestudos realizados, as áreas <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong>s, o uso e ocupação do solo e o <strong>de</strong>senvolvimentoregional;Diretrizes técnicas gerais a serem incorporadas nos futuros estudos ambientais <strong>de</strong>aproveitamentos hidrelétricos, para subsidiar o processo <strong>de</strong> licenciamento ambiental dosempreendimentos planejados;Base <strong>de</strong> dados gerada pelo projeto em SIG;Cenários <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento em Stella;Recomendações para as avaliações que apresentarem gran<strong>de</strong>s incertezas quanto aos dadosdisponíveis e à profundida<strong>de</strong> e dos estudos;Recomendações para as ativida<strong>de</strong>s integradoras na bacia para empreendimentos existentes eplanejados que visem à mitigação dos impactos;Recomendações <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> dos futuros empreendimentos.46


2.6 PARTICIPAÇÃO PÚBLICA E ACOMPANHAMENTO TÉCNICO2.6.1 Participação Pública – SemináriosA participação pública no processo <strong>de</strong> elaboração dos estudos visa à informação das entida<strong>de</strong>spúblicas e organizações da socieda<strong>de</strong> civil da região diretamente envolvidas com os temasabordados na Avaliação Ambiental Integrada da bacia hidrográfica do rio Paranaíba, sobre seusresultados parciais e finais, assim como o fornecimento <strong>de</strong> contribuições, críticas e informaçõespor parte daqueles que vivenciam em seu cotidiano os problemas da bacia, <strong>de</strong> modo a aprimorara qualida<strong>de</strong> dos estudos realizados.Serão realizados 2 Seminários Públicos, o primeiro ao final da Fase 4 – Análise <strong>de</strong> Conflitos e osegundo após a conclusão da Fase 5 – Avaliação Ambiental Integrada. Os seminários serãorealizados em cida<strong>de</strong>s da bacia hidrográfica do rio Paranaíba – a serem selecionadas tendo emvista sua importância estratégica na região, - com previsão <strong>de</strong> realização para as semanas <strong>de</strong> 29<strong>de</strong> outubro e 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006, respectivamente.Para sua realização <strong>de</strong>verão ser realizadas as seguintes ativida<strong>de</strong>s:−−−−−I<strong>de</strong>ntificação dos principais agentes sociais atuantes na Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba, a partir dasinformações obtidas nos levantamentos, secundários e <strong>de</strong> campo, para a Análise <strong>de</strong> Conflitos;Convocação dos participantes, envolvendo a <strong>de</strong>finição clara e transparente dos objetivos, dosprodutos que serão apresentados e dos mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos seminários, <strong>de</strong>forma a não gerar expectativas equivocadas no público convocado;Estabelecimento <strong>de</strong> uma Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Participação, através da criação <strong>de</strong> mecanismosinformatizados – acesso via internet – que possibilitem a todos os envolvidos no processoparticipativo acompanhar, discutir e comentar os estudos ainda durante sua elaboração. Seráacertado um cronograma <strong>de</strong> disponibilização <strong>de</strong> produtos que circularão na re<strong>de</strong>, estimulandoo <strong>de</strong>bate das principais questões referentes à bacia e também viabilizando as trocas <strong>de</strong>informação, esclarecimentos e contribuições;Realização dos seminários, que <strong>de</strong>verão contar com um tempo <strong>de</strong>dicado à apresentação dostrabalhos realizados, e um tempo <strong>de</strong>dicado a painéis e mesas redondas, com a participação<strong>de</strong> dirigentes e li<strong>de</strong>ranças locais para a discussão dos temas;Registro das falas e manifestações dos participantes.Os resultados dos Seminários serão sistematizados, postos à disposição dos participantes eincluídos no Produto Final.As inclusões <strong>de</strong> resultados dos Seminários Públicos nos relatórios parciais e final da AvaliaçãoAmbiental Integrada da Bacia do <strong>Rio</strong> Paranaíba, que resultarem em alterações <strong>de</strong> suasconclusões ou conceitos básicos, <strong>de</strong>verão ser objeto <strong>de</strong> concordância da coor<strong>de</strong>nação do projetoe da <strong>EPE</strong>. A síntese dos resultados sistematizados dos seminários Públicos constará como anexodo respectivo relatório.47


2.6.2 Reuniões TécnicasOs trabalhos serão acompanhados através <strong>de</strong> Reuniões Técnicas com equipes do MMA e doMME, po<strong>de</strong>ndo contar com a participação <strong>de</strong> outros órgãos da esfera fe<strong>de</strong>ral e estadual, como asOEMA’s <strong>de</strong> Minas Gerais, Goiás e Distrito Fe<strong>de</strong>ral e concessionárias <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia.Prevê-se a realização <strong>de</strong> reuniões técnicas na conclusão dos produtos 3 – Avaliação AmbientalDistribuída e Análise <strong>de</strong> Conflitos, e 4 – Avaliação Ambiental Integrada. Estas reuniões po<strong>de</strong>rãoser realizadas nas cida<strong>de</strong>s acordadas mutuamente como pólos regionais, ou que agreguemsituações <strong>de</strong> conflito importantes.2.7 PRODUTOS2.7.1 RelatóriosEstudos AmbientaisMêsData <strong>de</strong>EntregaConteúdoPrograma <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> 1 06-06-2006 Detalhamento <strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s aserem <strong>de</strong>senvolvidas ao longo do estudo.Caracterização da Bacia 2 05-08-2006 Apresentação dos dados levantados,revisados e consolidados sobre a baciahidrográfica e seus ecossistemas. Deveser como foi indicado no item 3.1.Avaliação Ambiental Distibuída ePotenciais Conflitos e Impactos5 28-10-2006 Deverá apresentar os resultados <strong>de</strong>stasduas etapas, i<strong>de</strong>ntificando os principaisimpactos locais e sinérgicos e seusprincipais conflitos.Avaliação Integrada e Diretrizes 7 12-12-2006 A análise integrada <strong>de</strong>verá apresentar osresultados das simulações e os mapastemáticos que retratem todos os impactosi<strong>de</strong>ntificados e revisados. Apresentar asdiretrizes.Sumário Executivo e Relatório Final 8 11-01-2007 Apresentação <strong>de</strong> todos os produtosesperados para o estudo e <strong>de</strong>talhadosneste TR.Entrega5 Cópias + 1CD5 Cópias+ 1CD5 Cópias+ 1CD5 Cópias+ 1CD5 Cópias+ 1CD2.7.2 ReuniõesReuniões Propostas Período Temas ParticipanteReunião <strong>de</strong> Apresentaçãodas EquipesReuniões <strong>de</strong> Entrega dosRelatórios à <strong>EPE</strong>Reuniões <strong>de</strong> Apresentaçãodos Relatórios ao Grupo <strong>de</strong>AcompanhamentoReuniões TécnicasSeminários Públicos24/05/2006Apresentação das Equipes da <strong>EPE</strong> e da EquipeTécnica12/06/2006 Apresentação do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong>11/08/2006 Apresentação da Caracterização Ambiental06/11/2006Apresentação da Avaliação Ambiental Distribuídae Situações <strong>de</strong> Conflito19/12/2006 Apresentação da Avaliação Ambiental Integrada16/06/2006 Apresentação do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong>17/08/2006 Apresentação da Caracterização Ambiental10/11/2006Apresentação da Avaliação Ambiental Distribuídae Situações <strong>de</strong> Conflito21/12/2006 Apresentação da Avaliação Ambiental Integrada13/11 à 15/11 <strong>de</strong> 2006Apresentação da Avaliação Ambiental Distribuídae Situações <strong>de</strong> Conflito26/12 à 28/12 <strong>de</strong> 2006 Apresentação da Avaliação Ambiental Integrada16/10 à 18/11 <strong>de</strong> 2006Apresentação da Avaliação Ambiental Distribuídae Situações <strong>de</strong> Conflito03/01 à 05/01 <strong>de</strong> 2007 Apresentação da Avaliação Ambiental Integrada<strong>EPE</strong> e Técnicos Responsáveis pelo Estudo<strong>EPE</strong> e Técnicos Responsáveis pelo Estudo<strong>EPE</strong>, MME, MMA e Técnicos Responsáveispelo Estudo<strong>EPE</strong>, 5 Técnicos Responsáveis pelo Estudoe Grupos <strong>de</strong> Interesse Local<strong>EPE</strong>, 5 Técnicos Responsáveis pelo Estudoe Grupos <strong>de</strong> Interesse Local48


As principais cida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> ocorrerão as Reuniões Técnicas e Seminários Públicos serãoselecionadas em função <strong>de</strong> sua mportância regional, sua localização, e a existência <strong>de</strong>empreendimentos hidrelétricos na sua região <strong>de</strong> inserção, <strong>de</strong>vendo compreen<strong>de</strong>r os Estados <strong>de</strong>Minas Gerais e Goiás, nas datas previstas conforme tabela acima.2.8 INFRA-ESTRUTURA DE APOIOOs trabalhos serão <strong>de</strong>senvolvidos na se<strong>de</strong> da Sondotécnica, situada na Rua Voluntários da Pátria45, 5º (salas 501 e 502) e 7 o ao 9 o andar, na cida<strong>de</strong> do <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> se encontra apresidência, a direção e os seus <strong>de</strong>partamentos técnicos.A Sondotécnica dispõe <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnas instalações na área <strong>de</strong> informática, com softwares ehardwares a<strong>de</strong>quados ao <strong>de</strong>senvolvimento dos estudos, que permitirão agilizar a execução dosserviços <strong>de</strong>ntro dos mais altos níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, praticida<strong>de</strong> e rapi<strong>de</strong>z, assegurando aqualida<strong>de</strong> técnica e permitindo a execução dos trabalhos da forma proposta.A se<strong>de</strong> conta com equipamentos <strong>de</strong> informática <strong>de</strong> última geração, instalados em re<strong>de</strong> local Novell3.12 para 100 usuários, dotada <strong>de</strong> toda segurança necessária ao <strong>de</strong>sempenho das diversasativida<strong>de</strong>s, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso remoto. Cabe <strong>de</strong>stacar que as áreas <strong>de</strong> computaçãográfica e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho assistido por computadores estarão dotadas <strong>de</strong> estações gráficascompletas, com mesas digitalizadoras, plotters, scanner e microcomputadores Pentium, operandoem re<strong>de</strong>, capacitados com AutoCAD, software <strong>de</strong> mapeamento digital Microstation 95 e aplicativose <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> softwares, adquiridos ou <strong>de</strong>senvolvidos na própria empresa, que permitem aexecução <strong>de</strong> projetos e estudos interligados à produção automática <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos.Para executar os trabalhos a<strong>de</strong>quadamente, a Sondotécnica contará com uma equipe <strong>de</strong> suportepermanente.2.8.1 Descrição das Ferramentas ComputacionaisNo <strong>de</strong>senvolvimento dos trabalhos serão utilizados os seguintes programas:ProgramaMicrosoft Word XPMicrosoft Excel XPMicrosoft PowerPoint XPMicrosoft Access XPMicrosoft Project 2003ArcInfo 8.1ArcView 9.1ArcExplorer 2.0Stella 8.0WASP 6MSU-HICAutoCad 2000 / 2004SPSS (Statistic Program for Social Sciences)Adobe Acrobat 7.0Adobe Photoshop 8.0Corel Draw 12Edge Diagrammer 4.16Editor <strong>de</strong> textoElaboração <strong>de</strong> PlanilhasApresentações públicasBanco <strong>de</strong> DadosUtilizaçãoPlanejamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>sSistema Geográfico <strong>de</strong> InformaçõesSistema Geográfico <strong>de</strong> InformaçõesConsulta ao SIGMo<strong>de</strong>lagem/simulação <strong>de</strong> cenáriosMo<strong>de</strong>lagem da Qualida<strong>de</strong> da ÁguaMo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Simulação Hidrenergética <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> UsinasHidrelétricas e Reservatórios.Elaboração <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhosComposição e análise <strong>de</strong> bases estatísticasEditor/Leitor PDFEditor <strong>de</strong> FotosEditor <strong>de</strong> ImagensDiagramas, fluxogramas, organogramas49


50ANEXOS


ANEXO 1IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO51


Referências Bibliográficas PreliminaresANAInstituição Principais Informações Disponibilida<strong>de</strong>Banco <strong>de</strong> Dados <strong>de</strong> Hidrologia, informações sobre gestão <strong>de</strong> recursoshídricos e outras informaçõesInternet/ConsultaANEEL Informações gerais Internet/ConsultaONSBanco <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> informações sobre Geração <strong>de</strong> Energia e Operação <strong>de</strong> ConsultaReservatóriosCNRH Informações sobre gestão <strong>de</strong> recursos hídricos. ConsultaCAPES Teses <strong>de</strong> Mestrado e Doutorado; ConsultaUniversida<strong>de</strong>sDeverão ser realizadas pesquisas na UFMG, UNB, UFGO; UFMS; UF <strong>de</strong> ConsultaUberlândia e etc.IBGE Censo 2000; Censo Agropecuário 1996; Pesquisa Agrícola Municipal (1998-2004); Cadastro Nacional <strong>de</strong> Empresas (1998-2004); Pesquisa Nacional <strong>de</strong>Amostra Domiciliar (PNAD);Internet/Acervo IBGEIPEA PIB Municipal; Indicadores <strong>de</strong> Violência InternetDATA-SUS Mortalida<strong>de</strong>; Morbida<strong>de</strong>; Epi<strong>de</strong>miologia; Controle Sanitário; InternetPNUD IDH; Vulnerabilida<strong>de</strong> Social; Renda; Desigualda<strong>de</strong>; Indicadores Sociais. Base <strong>de</strong> DadosIBAMAInformações sobre Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação e Áreas Prioritárias para a Internet/criação <strong>de</strong> novas UCs, Espécies Endêmicas e Ameaçadas <strong>de</strong> Extinção. Consulta ao órgãoOEMAs (SEMARH-GO,AGMA-GO, SEMA-MG,FEAM-MG)Secretarias <strong>de</strong> RecursosHídricos (IGAM/MG,SEMARH/GO,SEMARH/DF)Informações sobre Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação e áreas <strong>de</strong> interesse para aconservação,Informações Hidrológicas e sobre gestão <strong>de</strong> recursos hídricos.Internet/Consulta aos órgãosInternet/Consulta aos órgãosFUNAI Informações sobre Terras Indígenas. Consulta ao órgãoFundação Palmares Informações sobre Comunida<strong>de</strong>s Negras Remanescentes <strong>de</strong> Quilombos Consulta ao órgãoIPHAN Informações sobre áreas <strong>de</strong> interesse Histórico, Arqueológico e Consulta ao órgãoPaleontológicoDNPM / GEOMINE Informações sobre Processos Minerários InternetEmbrapaPesquisas sobre o <strong>de</strong>senvolvimento agrícola <strong>de</strong>senvolvidas especialmente Consultano Triângulo Mineiro, Su<strong>de</strong>ste Goiano e no Mato Grosso do SulCECAVInformações sobre áreas com ocorrência <strong>de</strong> cavernas <strong>de</strong> interesse para apreservaçãoConsulta ao órgãoINMET Informações Meteorológicas Internet/Consulta ao órgãoINPEInformações <strong>de</strong> sensoriamento remoto, imagens <strong>de</strong> monitoramentoclimatológico, controle <strong>de</strong> queimadas, etcInternet/Consulta ao órgãoCPRM Informações sobre Recursos Minerais Internet/Consulta ao órgãoEmpresas <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong>EnergiaInformações sobre os empreendimentos hidrelétricos operados pela CEMIG,FURNAS, Corumbá, Energética Corumbá III, CDSA e outras.Consulta às Empresas52


ANEXO 2ANALISE DA DISPONIBILIDADE DE INFORMAÇÕESCARTOGRÁFICAS E IMAGENS53


Fontes <strong>de</strong> Informações CartográficasFonteEscala <strong>de</strong>MapeamentoApresentaçãoMilionésimo digital 1:1000.000 Digital (shapefile)Censo 2000 – Cartogramas digitais 1:1000.000 Digital (shapefile)IBGE/DSG 1:50.000 Digital (dgn)/ impressoMapeamento Temático CPRM 1:250.000 Digital (shapefile)PROBIO/MMA (Áreas Prioritárias para Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação) 1:250.000 Digital (shapefile)EIBH 1:250.000 Digital (PDF)DNPM / GEOMINE 1:250.000 Digital (shapefile)ZEE-GO A Consultar A ConsultarMMA/SNRH– Servidor <strong>de</strong> Mapas Variada Digital (Mapserver)WWF (Áreas Prioritárias para Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação) 1:1000.000 Digital (shapefile)Mo<strong>de</strong>lo Digital <strong>de</strong> Terreno - SRTM (Suttle Radar TopograficMission)1:150.000 Digital (shapefile)Fontes <strong>de</strong> ImagensFonte Escala <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> Ano Regime <strong>de</strong> UsoLANDSAT 5 1:100.000 à 1:65.000 2006 Aquisição ComercialLANDSAT 7 1:100.000 à 1:65.000 2000 Disponibilizado pela NASA. Uso livreLANDSAT 5 1:100.000 à 1:65.000 1996 Disponibilizado pela NASA. Uso livreCBERS 1:75.000 2005/2006 Disponibilizado pelo INPE. Uso livre54


ANEXO 3LEVANTAMENTO DO CONJUNTO DE EMPREENDIMENTOSHIDRELÉTRICOS E LINHAS DE TRANSMISSÃO55


É parte integrante <strong>de</strong>ste <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> trabalho o levantamento do conjunto <strong>de</strong> obras – usinashidrelétricas e linhas <strong>de</strong> transmissão (eventualmente, também, alguma subestação <strong>de</strong> maior porte)– que potencialmente interfiram com a bacia em estudo.O Termo <strong>de</strong> Referência da <strong>EPE</strong> para o estudo enuncia que os cenários estabelecidos para esteestudo são os seguintes:“1. Cenário atual (A): configuração com aproveitamentos, contemplando osempreendimentos em operação, em instalação e com estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> aprovados elicenças prévias obtidas, consi<strong>de</strong>rando o estágio atual do <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico,incluído os usos e impactos existentes. As estimativas <strong>de</strong>ste cenário <strong>de</strong>vem ser realizadascom os dados mais atuais disponíveis.”“2. Cenário <strong>de</strong> médio prazo (B): consi<strong>de</strong>rar o cenário A adicionando os empreendimentoshidrelétricos em processo <strong>de</strong> licenciamento prévio e com estudos <strong>de</strong> inventário hidrelétricoaprovados, consi<strong>de</strong>rando o <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico previsto para os próximos <strong>de</strong>zanos (2015).”“3. Cenário <strong>de</strong> longo prazo (C): consi<strong>de</strong>rar o cenário B com o eventual potencialhidrelétrico remanescente e o <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico para os próximos vinte anos(2025).”Como no <strong>de</strong>correr do estudo serão estudados cenários <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico dabacia, é preciso esclarecer que há dois tipos <strong>de</strong> cenários: um relativo aos <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> ExpansãoSetoriais, e outro <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico propriamente dito; este último, sim, objeto<strong>de</strong>ste estudo.No Cenário atual (A) serão levantados os dados das usinas em operação, como as usinas <strong>de</strong>Furnas (Corumbá e Itumbiara) e CEMIG (Nova Ponte e Miranda), usinas em implantação ou comsua viabilida<strong>de</strong> aprovada, como as UHEs Capim Branco I e II no rio Araguari, a UHE Corumbá norio Corumbá e as UHEs Serra do Facão e Paulistas no rio São Marcos.No Cenário (B) <strong>de</strong>verão ser levantadas as usinas em processo <strong>de</strong> licenciamento prévio, comoalgumas da bacia do Sudoeste Goiano, as UHEs Barra do Caçu e Coqueiros, e aquelas jáinventariadas, isto é, i<strong>de</strong>ntificadas em estudos <strong>de</strong> inventário aprovados, como nos rios Claro eVer<strong>de</strong>.No Cenário (C) serão i<strong>de</strong>ntificados os potenciais remanescentes, isto é, inventários realizados eque precisam <strong>de</strong> atualização ou <strong>de</strong> bacias que não tiveram inventários aprovados.Nesse contexto, mesmo não fazendo parte do escopo dos serviços contratados, as pequenascentrais hidrelétricas i<strong>de</strong>ntificadas e aprovadas (com projeto básico ou inventário aprovado) serãolocalizadas na bacia, mas não avaliadas.Para executar essa tarefa serão consultados os bancos <strong>de</strong> dados da Aneel (SIPOT), que indica oestágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cada usina, e também serão levantadas informações junto àsconcessionárias, como: CEMIG, FURNAS, CELG, Corumbá (Corumbá IV), GEFAC (Serra doFacão)e Consórcio Capim Branco, entre outras.Nesses casos se procurará também i<strong>de</strong>ntificar problemas <strong>de</strong> operação e <strong>de</strong> licenciamento.Após a coleta <strong>de</strong>sses dados será feita uma análise das informações <strong>de</strong> tal forma que se possatrabalhar com uma base <strong>de</strong> dados consistente.56


Numa primeira abordagem, procuramos listar as informações já coletadas e que irão nortear abusca <strong>de</strong> dados. A seguir, elencou-se as obras <strong>de</strong> geração e transmissão existentes e projetadasque terão inter-relação com a bacia do rio Paranaíba.Dados do Banco <strong>de</strong> Informações da ANEELO banco <strong>de</strong> informações da ANEEL disponibiliza as informações do estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentodas usinas (Inventários, Viabilida<strong>de</strong>s, e Projetos Básicos) e estão apresentados nos Quadros aseguir. Um fato relevante que se po<strong>de</strong> notar <strong>de</strong>ssa listagem é que alguns inventários foramaprovados antes da utilização do novo Manual <strong>de</strong> Inventário (1997), o que certamente resultaránum certo <strong>de</strong>scompasso nas informações ambientais, e na escolha da divisão <strong>de</strong> quedas.a) Inventários aprovados pela ANEELUHEs com Potência Superior a 30 MW com Inventários AprovadosUF Região <strong>Rio</strong> Potência (MW) Agente InteressadoGO CO dos Bois 241.40 Larrosa & Santos Consultores Associados Ltda.MG SE Tijuco 61.00 Construtora Gomes Lourenço LtdaMG SE Tijuco 168.40 Construtora Metropolitana S/Ab) Inventários Aprovados pela ANEEL a partir <strong>de</strong> 1990UHEs com Potência Superior a 30 MW com Inventários Aprovados a partir <strong>de</strong>1990UFRegiãoSub-Bacia<strong>Rio</strong>AgenteResponsávelPelo InventárioAproveitamentosHidrelétricosDisponíveisNº <strong>de</strong>LocaisPotência(MW)GO CO 60 Claro CELG Ari Franco 1 62.00GO CO 60 Ver<strong>de</strong> CELG Guariroba 1 74.00GO CO 60 Ver<strong>de</strong> CELG Tucano 1 157.00GO CO 60 Corrente CELG Água Limpa 1 34.50GO CO 60 Corrente CELG Alvorada Baixo 1 44.80GO CO 60 Corrente CELG Foz do Corrente 1 49.50GO CO 60 Veríssimo Performance Foz do Laje II 1 36.00MG SE 60 Paranaíba - Aneel / Engecorps Davinópolis 1 107.00RevisãoMG SE 60 Paranaíba - Aneel / Engecorps Gamela 1 47.00RevisãoMG SE 60 Paranaíba - Aneel / Engecorps Escada Gran<strong>de</strong> 1 41.00RevisãoMG SE 60 São Marcos -RevisãoAneel / Engecorps Paraíso 1 51.00c) Viabilida<strong>de</strong>s aprovadasUHEs com potência superior a 30 MW com viabilida<strong>de</strong> aprovadaItem UF RegiãoSub-BaciaEmpreendimento <strong>Rio</strong> Municípios3 GO CO 60 Itaguaçú Claro Caçu, Paranaiguara, CachoeiraAlta e São SimãoPotência(MW)130.0057


d) Projetos básicos em fase <strong>de</strong> aprovaçãoUHEs com Projeto Básico em Fase <strong>de</strong> Aprovaçãoe) Projetos básicos em análiseUHEs com Projeto Básico em AnáliseItem UF RegiãoItem UF RegiãoSub-PotênciaEmpreendimento <strong>Rio</strong> MunicípiosBacia(MW)3 GO CO 60 Barra dos Coqueiros Claro Cachoeira Alta e Caçú 90.004 GO CO 60 Caçú Claro Cachoeira Alta e Caçú 65.005 GO CO 60 Itumirim Corrente Aporé 55.007 MS CO 60 São Domingos Ver<strong>de</strong> Ribas do <strong>Rio</strong> Pardo eÁgua Clara48.00Sub-BaciaEmpreendimento <strong>Rio</strong> MunicípiosPotência(MW)1 GO CO 60 Olho D'água Corrente Itajá e Itarumã 33.002 GO CO 60 Salto Ver<strong>de</strong> Caçu e Itarumã 108.003 GO CO 60 Salto do <strong>Rio</strong> Verdinho Ver<strong>de</strong> Caçu e Itarumã 93.00f) Projetos básicos aprovadosUHEs com Projeto Básico Aprovado pela ANEELItem UF RegiãoSub-BaciaEmpreendimento <strong>Rio</strong> MunicípiosPotência(MW)12 GO CO 60 Corumbá III Corumbá Luziânia 93.6013 GO CO 60 Corumbá IV Corumbá Abadiânia / Alexânia /Corumbá <strong>de</strong> Goiás /Luziânia / Novo Gama /Sto. A. Descoberto /Silvânia.127.0014 GO CO 60 Espora Corrente Aporé e Serranópolis 32.0015 GO CO 60 Serra do Facão São Marcos Catalão e Davinópolis 210.0016 GO/MGCO 60 Bocaina Paranaíba Davinópolis / Abadiados Dourados150.0025 MG SE 60 Capim Branco I Araguari Uberlândia e Araguari 240.0026 MG SE 60 Capim Branco II Araguari Uberlândia e Araguari 210.00Banco <strong>de</strong> Dados do SipotNuma primeira busca, também listamos, por bacia, os empreendimentos com potência superior a30 MW que constam do Sipot. Nessa pesquisa apresentamos as principais características <strong>de</strong>ssasusinas. É interessante notar que várias <strong>de</strong>las operam com regularização <strong>de</strong> vazões, alterando <strong>de</strong>alguma forma o regime das bacias. Além <strong>de</strong>ssas características ou fichas <strong>de</strong> dados das usinas,<strong>de</strong>verá ser feito o histórico <strong>de</strong> operações dos mesmos e eventuais problemas, inclusive <strong>de</strong>licenciamento (regularização junto aos órgãos ambientais).Essas informações estão apresentadas por sub-bacia nos quadros a seguir.58


UHEs da Bacia do <strong>Rio</strong> ParanaíbaUHEUFPotência(MW)LocalizaçãoNível <strong>de</strong>OperaçãoBocaina MG/GO 150 18:10 S 47:27W NA Máx-750NA Min-725Davinópolis MG 107 18:12 S 47:30 W NA Max-700NA Min-700Emborcação MG 1.192 18:27 S 47:59 W NA Max-661NA Min-615S. Simão MG/GO 1.710 19:01 S 50:30 W NA Max-401NA Min-390Itumbiara GO/MG 2.082 15:25 S 50:30 W NA Max-520NA Min-495CachoeiraDouradaGO 658 18:30 S 49:30 W NA Max-434NA Min-434Área(km²)VolumeRegularização(hm³)Fase439 6824 Proj. Básico44 0,0 Inventário13.056 Operação665 5.540 Operação798 12.454 Operação69 0,0 OperaçãoUHEs da Bacia do <strong>Rio</strong> AraguariUHEUFPotência(MW)LocalizaçãoNível <strong>de</strong>OperaçãoNova Ponte MG 510 19:08 S 47:42W NA Máx-815NA Min-775Miranda MG 390 18:55 S 48:02 W NA Max-696NA Min-693Capim Branco I MG 240 18:47 S 48:08 W NA Max-624NA Min-624Capim Branco II MG/GO 210 19:01 S 50:30 W NA Max-401NA Min-390Área(km²)VolumeRegularização(hm³)Fase443 10.380 Operação51 216 Operação18,66 0,0 Construção45 0,0 ConstruçãoUHEs da Bacia do <strong>Rio</strong> São MarcosUHEUFPotência(MW)LocalizaçãoMundo Novo MG/GO 67 16:51 S 47:12WPaulistas MG/GO 81 17:21 S 47:29 WSerra do Facão MG/GO 212 18:04 S 47:40 WNível <strong>de</strong>OperaçãoNA Máx-860NA Min-840NA Max-800NA Min-785NA Max-756NA Min-732,5Área(km²)VolumeRegularização(hm³)Fase199 2.344 Inventário138 1.336 Proj. Básico219 3.447 ConstruçãoUHEs da Bacia do <strong>Rio</strong> ClaroUHEUFPotência(MW)LocalizaçãoNível <strong>de</strong>OperaçãoRochedo II GO 70 17:54 S 51:45W NA Máx-645NA Min-636Ari Franco GO 62 18:18 S 51:19 W NA Max-556NA Min-548Pontal GO 99 18:24 S 51:13 W NA Max-520NA Min-520Caçu GO 65 18:31 S 51:09 W NA Max-477NA Min-475Barra dosGO 2.082 18:43 S 51:00 W NA Max-448CoqueirosNA Min-448Itaguaçu GO 130 19:00 S 50:41 W NA Max-411,5NA Min-411,5Foz do <strong>Rio</strong> Claro GO 72 18:21 S 51:15 W NA Max-354NA Min-354Área(km²)VolumeRegularização(hm³)Fase70,6 475,5 Inventário68,6 548,2 Inventário26 0,0 Inventário16,8 84,5 Proj. Básico25,6 0,0 Proj. Básico122 0,0 Viabilida<strong>de</strong>10,3 0,0 Inventário59


UHEs da Bacia do <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong>UHEUFPotência(MW)LocalizaçãoNível <strong>de</strong>OperaçãoTucano GO 157 18:37 S 51:24W NA Máx-508NA Min-487,6Salto GO 107 18:48 S 51:10 W NA Max-446,5NA Min-446,5Guariroba GO 74 18:57 S 50:57 W NA Max-400NA Min-400Salto do <strong>Rio</strong>VerdinhoGO 93 19:08 S 50:46 W NA Max-370,5NA Min-370,5Área(km²)VolumeRegularização(hm³)Fase201 2.960 Inventário79,4 0,0 Viabilida<strong>de</strong>66 0,0 Inventário36,55 0,0 Inventário <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> ExpansãoOs cenários <strong>de</strong> expansão do setor elétrico brasileiro estabelecidos no <strong>Plano</strong> Decenal são oprimeiro pano <strong>de</strong> fundo estabelecido nesse trabalho <strong>de</strong> avaliação integrada.No <strong>Plano</strong> Decenal da <strong>EPE</strong>, as seguintes obras constam como visualizadas para a expansão dosistema elétrico, <strong>de</strong> forma a suprir as necessida<strong>de</strong>s do mercado.O <strong>Plano</strong> Decenal estabelece um quadro geral <strong>de</strong> expansão hidrelétrica, no horizonte até 2015. OsQuadros a seguir apresentam o conjunto <strong>de</strong> obras na bacia do rio Paranaíba, com diferentesgraus <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento. O primeiro Quadro <strong>de</strong>screve a potência instalada, data estimada damotorização e estágio do projeto. No segundo Quadro 16 são <strong>de</strong>scritos também dados técnicossobre os projetos.Expansão Hidrelétrica – Configuração <strong>de</strong> ReferênciaAproveitamento <strong>Rio</strong> UF SubsistemaPotência(MW)DataClassificaçãoCapim Branco I Araguari MG SE/CO/RO 240,0 Fev-06 Em Construção/MotorizaçãoCorumbá IV Corumbá GO SE/CO/RO 127,0 Mar-06 Em Construção/MotorizaçãoEspora Correntes GO SE/CO/RO 32,0 Jun-06 Em Construção/MotorizaçãoCapim Branco II Araguari MG SE/CO/RO 210,0 Dez-06 Em Construção/MotorizaçãoSalto Ver<strong>de</strong> GO SE/CO/RO 108,0 Jan-09 Com ConcessãoSalto do <strong>Rio</strong> Verdinho Ver<strong>de</strong> GO SE/CO/RO 93,0 Jan-09 Com ConcessãoBarra dos Coqueiros Claro GO SE/CO/RO 90,0 Abr-09 Com ConcessãoRetiro Baixo Paraopeba MG SE/CO/RO 82,0 Abr-09 Leilão 2005Caçu Claro GO SE/CO/RO 65,0 Abr-09 Com ConcessãoPaulistas São Marcos GO/MG SE/CO/RO 53,6 Jun-09 Leilão 2005Olho D’Água Correntes GO SE/CO/RO 33,0 Jun-09 Com ConcessãoFoz do <strong>Rio</strong> Claro Claro GO SE/CO/RO 67,0 Jun-10 Leilão 2005Serra do Facão São Marcos GO/MG SE/CO/RO 212,6 Dez-10 Com ConcessãoCorumbá III Corumbá GO SE/CO/RO 93,6 Dez-10 Com ConcessãoItaguaçu Claro GO 130,0 Jul-11 Leilão 2006Buriti Queimado das Almas GO 142,0 Mar-12 IndicativaSão Domingos Ver<strong>de</strong> MS 48,0 Dez-12 Com ConcessãoTucano Ver<strong>de</strong> GO 157,0 Mai-13 Indicativa60


Usinas Hidrelétricas da Expansão – Dados TécnicosAproveitamento<strong>Rio</strong>Aproveitamento<strong>de</strong> JusantePotência(MW)CotaMínima(m)CotaMáxima(m)Canal <strong>de</strong>FugaMédio (m)VolumeMínimo(hm3)VolumeÚtil (hm3)Produtibilida<strong>de</strong>Associada a65% do V.U.Buriti /Queimado das Almas Serra da Mesa 142 499,6 516 460 498,35 1982,5 0,4807Caçu Claro Barrados.Coqueiros65 475 477 448,73 197,27 34,5 0,2433Capim Branco I Araguari Capim Branco II 240 623,99 624 565 239 1 0,5053Capim Branco II Araguari Itumbiara 210 564,99 565 518,4 878 1 0,4018Corumbá III Corumbá Corumbá I 93,6 768 772 729,7 709 263 0,3621Corumbá IV Corumbá Corumba III 127 837 842 771,2 2.936,6 687,8 0,619Espora Correntes Olho d'água 32 576,5 583,5 531,2 71 138 0,404Foz do <strong>Rio</strong> Claro Claro Ilha Solteira 67 354 354 325,71 95,33 0 0,2506Itaguaçu Claro Foz do <strong>Rio</strong> Claro 130 411,5 411,5 352,83 1.793,9 0 0,5206Olho D’Água Correntes Ilha Solteira 33 490 490 439,03 480 0 0,4354Paulistas São Marcos Serra Do Facão 53,6 785 800 755,84 430,05 1.351,56 0,3502Retiro Baixo Paraopeba Três Marias 82 614 616 577 200,72 40,87 0,3261Salto Ver<strong>de</strong> Salto Verdinho 108 446,5 446,5 400 1187,4 0 0,4113Salto do <strong>Rio</strong>VerdinhoVer<strong>de</strong> Ilha Solteira 93 370,5 370,5 328,73 264,48 0 0,3657São Domingos Ver<strong>de</strong> P.Primavera 48 344 345 310 116,45 14,85 0,3068Serra do Facão São Marcos Emborcação 212,6 732,5 756 675,81 1752 3447 0,6429Tucano Ver<strong>de</strong> SE/CO/RO 157 487,6 508 446,7 822,7 2960,5 Linhas <strong>de</strong> TransmissãoA região da bacia do rio Paranaíba é composta por importantes usinas do Sistema InterligadoBrasileiro, tais como Itumbiara, São Simão, Emborcação etc, e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transmissão que incluemsistemas <strong>de</strong> 230 kV, 345 kV e 500 kV. No âmbito <strong>de</strong>ste relatório, tais empreendimentos serãoapresentados apenas como infra-estrutura prevista ou já implantada; suas possíveis dificulda<strong>de</strong>sna bacia serão estudadas em função da análise <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> ambiental a ser elaborada.A Figura A3-1 <strong>de</strong>screve a re<strong>de</strong> elétrica <strong>de</strong> alta tensão (re<strong>de</strong> básica) da região que circunda a baciado <strong>Rio</strong> Paranaíba.Figura A3-1Diagrama da Re<strong>de</strong> Elétrica na região da bacia do rio Paranaíba61


Duas fontes <strong>de</strong> dados, fundamentais, sobre a expansão das re<strong>de</strong>s, são as do <strong>Plano</strong> Decenal2006-2015 proposto pela <strong>EPE</strong>, bem como o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Ampliações e Reforços proposto pelo ONS.As consultas efetuadas a essas referidas fontes indicam um conjunto <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> transmissão<strong>de</strong>scrito no Quadro a seguir Não foram levadas em conta, na análise do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> <strong>de</strong>steestudo, a expansão nas subestações, por serem consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> efeito muito localizado;portanto, <strong>de</strong>u-se ênfase às linhas e possíveis corredores <strong>de</strong> transmissão futuros. Deve-sesalientar que as obras <strong>de</strong> transmissão nomeadas (ou seja, com os seus terminais claramente<strong>de</strong>finidos) são <strong>de</strong>scritas somente para um horizonte <strong>de</strong> 3 anos à frente - 2008. Para a i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> expansões futuras, será utilizada a análise <strong>de</strong> corredores <strong>de</strong> transmissão vislumbrados para asusinas <strong>de</strong> médio e longo prazos (Cenários B e C).As usinas das bacias do Paranaíba e Gran<strong>de</strong> são consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> fundamental importância paraa alimentação <strong>de</strong> energia para os centros <strong>de</strong> carga São Paulo, <strong>Rio</strong> e Belo Horizonte, os maioresdo país. Estas usinas são por vezes <strong>de</strong>nominadas como <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> energia para estescentros. Particularmente, a hidrelétrica <strong>de</strong> Emborcação é consi<strong>de</strong>rada o “pulmão” <strong>de</strong> reserva <strong>de</strong>água da região Su<strong>de</strong>ste – Centro Oeste.<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong> Transmissão com Intersecção na Bacia do ParanaíbaDescrição da ObraData PrevistaLT 500 kV Emborcação – Nova Ponte – 90 km 2008LT 500 kV Itumbiara – Nova Ponte – 182 km 2008LT 500 kV Jaguara – Estreito – 50 km 2008LT 500 kV Nova Ponte – Estreito – 147 km 2008LT 500 kV Nova Ponte – São Gotardo 2 – 200 km 2008LT 500 kV Serra da Mesa 2 – Luziânia 2008LT 500 kV Luziânia – Samambaia 2008LT 500 kV Luziânia – Emborcação 2008A região da bacia do Paranaíba, sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> futuras expansões <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong>transmissão, vai manter seu caráter estratégico. Isto se <strong>de</strong>ve, em muito, ao fato do provável eixo<strong>de</strong> transmissão proveniente dos aproveitamentos do rio Ma<strong>de</strong>ira virem a escoar sua energia nestaregião. Além disso, qualquer novo projeto <strong>de</strong> hidrelétrica na Amazônia implicará em reforços <strong>de</strong>transmissão na região do Paranaíba, por ser uma região muito forte eletricamente.A Figura A3-2, <strong>de</strong>scrita no PDEE – <strong>EPE</strong> 2006 – 2015, dá uma boa idéia dos reforços <strong>de</strong>transmissão, listados acima, para a região sob estudo, até o ano <strong>de</strong> 2008, em função dasexpansões <strong>de</strong> geração.62


Figura A3-2Reforços <strong>de</strong> Transmissão na Região da Bacia do<strong>Rio</strong> Paranaíba – 2008 (em pontilhado)Nessa figura, a distribuição das usinas e linhas não correspon<strong>de</strong> à geográfica, sendo mais <strong>de</strong>caráter elétrico. Em termos <strong>de</strong> prazos mais longos, tal como já acima mencionado, po<strong>de</strong>-se<strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r corredores <strong>de</strong> expansão da transmissão, tal como exposto na Figura A3-3.Figura A3-3Expansão da Transmissão no Longo prazo – Corredores Prováveis doParanaíba, com Ênfase em Cachoeira Alta e Ribeirãozinho63


Particularmente, as futuras subestações <strong>de</strong> Cachoeira Alta e Ribeirãozinho, inseridos noscorredores <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong>verão constituir-se em importantes nós da re<strong>de</strong> elétrica localizados naregião e, portanto, <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados como os <strong>de</strong> impacto sobre a bacia em estudo.Por último, cabe também discorrer sobre novas linhas <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> conexão <strong>de</strong> possíveisnovas usinas à re<strong>de</strong>.O Quadro a seguir <strong>de</strong>screve uma relaçãoentre os afluentes principais do rio Paranaíbae as subestações <strong>de</strong> conexão mais próximas,para uma eventual construção <strong>de</strong> linha. Nãose esperam linhas <strong>de</strong> conexão das usinas àre<strong>de</strong>, com extensões superiores a 100 km,dado que a re<strong>de</strong> elétrica na região é bastantemalhada – vi<strong>de</strong> Figura A3-4, e diversificadaem termos <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> voltagem. Como asusinas inventariadas (em seus diversosestágios), nesta região, são <strong>de</strong> médio porte,po<strong>de</strong>-se prever linhas <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong>230 kV, ou mesmo em 138 kV (re<strong>de</strong> dasdistribuidoras locais, como CELG, CEMIGetc).Figura A3-4Re<strong>de</strong> Elétrica na Região da Baciado <strong>Rio</strong> ParanaíbaPrincipais Afluentes e Pontos <strong>de</strong> Conexão à Re<strong>de</strong> Elétrica<strong>Rio</strong> da Bacia do ParanaíbaSubestação Próxima para ConexãoClaro e Ver<strong>de</strong>R. Ver<strong>de</strong>Meia PonteItumbiaraAraguari e CorumbáItumbiara, Nova Ponte ou JaguaraTijucoItumbiara ou S. SimãoTurvoR. Ver<strong>de</strong> ou Anhanguera – Goiânia (CELG/Furnas)64


ANEXO 4MAPEAMENTO PRELIMINAR DOS ATORES SOCIAIS LOCAIS65


♦ Mapeamento Preliminar dos Atores Sociais LocaisNessa fase, os levantamentos prévios permitiram a elaboração <strong>de</strong> um quadro esquemático(Quadro a seguir) das instituições públicas e entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> civil com atuação na áreada bacia do rio Paranaíba. Deverão ser i<strong>de</strong>ntificados <strong>de</strong> acordo com a sua atuação, <strong>de</strong> modo aprever os grupos <strong>de</strong> interesse que <strong>de</strong>verão participar dos Fóruns <strong>de</strong> Debates e dos FórunsTécnicos a serem <strong>de</strong>senvolvidos nas etapas seguintes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos estudos.Quadro dos Grupos <strong>de</strong> Interesse e Atores Sociais com Atuação na Bacia do ParanaíbaGrupos <strong>de</strong> InteresseParticipaçãoInstituições PúblicasMME; MMAIBAMAs Regionais e administrações <strong>de</strong> UCsOEMAs (AGMA/GO, SEMA/MS e FEAM/MG)Secretarias <strong>de</strong> Recursos Hídricos (IGAM/MG,SEMARH/GO, SEMARH/DF, SEMA/MS)Governo Estadual, Secretarias Estaduais e Municipais,Prefeituras e CâmarasUniversida<strong>de</strong>s e Instituições <strong>de</strong> PesquisaOrganizações, Socieda<strong>de</strong> Civil e SindicatosONGs, OCIRPs e AssociaçõesSindicatos Rurais, Associações <strong>de</strong> Produtores eMovimentos Sociais <strong>de</strong> representação CamponesaSindicatos Rurais e Associações ligadas ao setorelétricoMAB e associações <strong>de</strong> atingidos porempreendimentos hidrelétricosConselhos e ComitêsCODEMAsComitês <strong>de</strong> Bacia e Sub Bacias.Conselhos Gestores <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ConservaçãoAcompanhamento direto através <strong>de</strong> reuniões específicasConsultas; Seminários PúblicosConsultas; Seminários PúblicosConsultas; Reuniões Técnicas e Seminários PúblicosSeminários PúblicosConsultas; Seminários Públicos e Reuniões TécnicasSeminários PúblicosSeminários PúblicosSeminários PúblicosSeminários Públicos e Reuniões TécnicasConsultas; Seminários Públicos e Reuniões TécnicasConsultas; Seminários Públicos e Reuniões TécnicasO mapeamentos das Instituições Públicas, Organizações da Socieda<strong>de</strong> Civil, conselhos e comitês<strong>de</strong>verá ser realizado ainda consi<strong>de</strong>rando as municipalida<strong>de</strong>s. O quadro a seguir mostra a listacompleta dos municípios que integram a bacia. Organizados por faixa <strong>de</strong> população total e por estado.DistritoFe<strong>de</strong>ralGoiásMinas GeraisMato Grosso doSulMunicípios com mais <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> habitantesBrasíliaMunicípios com mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> habitantesGoiâniaMunicípios com mais <strong>de</strong> 500 mil habitantesUberlândiaMunicípios com mais <strong>de</strong> 100 mil habitantesAparecida <strong>de</strong> Goiânia, Anápolis, Luziânia,<strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong>, Águas Lindas <strong>de</strong> GoiásUberaba, Patos <strong>de</strong> Minas, AraguariValparaíso <strong>de</strong> Goiás, Trinda<strong>de</strong>, Itumbiara,Jataí, Novo Gama, Catalão, SenadorCanedo, Santo Antônio do DescobertoMunicípios com mais <strong>de</strong> 50 mil habitantesItuiutaba, Araxá, Paracatu, Patrocínio, Unaí66


DistritoFe<strong>de</strong>ralGoiásMinas GeraisMato Grosso doSulMunicípios com mais <strong>de</strong> 20 mil habitantesCaldas Novas, Inhumas, Cida<strong>de</strong> Oci<strong>de</strong>ntal,Mineiros, Morrinhos, Quirinópolis, SantaHelena <strong>de</strong> Goiás, Cristalina, Goiatuba,Itaberaí, São Luís <strong>de</strong> Montes Belos, Piresdo <strong>Rio</strong>, Piracanjuba, Ipameri, PadreBernardo, Pirenópolis, Silvânia, AlexâniaMonte Carmelo, Carmo do Paranaíba,Iturama, Coroman<strong>de</strong>l, Prata, Tupaciguara,Sacramento, IbiáParanaíbaCassilândiaBela Vista <strong>de</strong> Goiás, Anicuns, Goianira,Nerópolis, Acreúna, Palmeiras <strong>de</strong> Goiás,Pontalina, Bom Jesus <strong>de</strong> Goiás,Caiapônia, Cocalzinho <strong>de</strong> Goiás, Guapo,São Simão, Hidrolândia, Orizona, Indiara,Abadiânia, Vianópolis, Paraúna,Goianápolis, Caçu, Edéia, Firminópolis,Corumbá <strong>de</strong> Goiás, Maurilândia, BuritiAlegre, Cachoeira Alta, CachoeiraDourada, Itauçu, Paranaiguara, Leopoldo<strong>de</strong> Bulhões, Montividiu, Sanclerlândia,Joviânia, Corumbaíba, Nazário, Itajá,Cezarina, Serranópolis, Aragoiânia, NovaVeneza, Jandaia, Vicentinópolis,Mossâme<strong>de</strong>s, Itarumã, Bonfinópolis,Inaciolândia, Turvânia, Terezópolis <strong>de</strong>Goiás, Abadia <strong>de</strong> Goiás, Goiandira, SantaBárbara <strong>de</strong> Goiás, Americano do Brasil,Campo Alegre <strong>de</strong> Goiás, Ouro Ver<strong>de</strong> <strong>de</strong>Goiás, Caturaí, Ouvidor, Araçu, SantoAntônio da Barra, Gouvelândia,Castelândia, E<strong>de</strong>alina, Chapadão do Céu,Portelândia, Cromínia, Palminópolis,Turvelândia, Varjão, São Miguel do PassaQuatro, Santa Cruz <strong>de</strong> Goiás, Aporé,Professor Jamil, Campestre <strong>de</strong> Goiás,Santo Antônio <strong>de</strong> Goiás, Cumari, Urutaí,Ivolândia, Cristianópolis, Caldazinha, TrêsRanchos, Porteirão, Perolândia, Panamá,Brazabrantes, Damolândia, Avelinópolis,A<strong>de</strong>lândia, Mairipotaba, Aparecida do <strong>Rio</strong>Doce, Palmelo, Água Limpa, Aloândia,Davinópolis, <strong>Rio</strong> Quente, São João daParaúna, Nova Aurora, Marzagão,AnhangueraMunicípios com menos <strong>de</strong> 20 mil habitantesCampina Ver<strong>de</strong>, Monte Alegre <strong>de</strong> Minas,Presi<strong>de</strong>nte Olegário, Lagoa Formosa, SantaVitória, Capinópolis, Campos Altos Perdizes,<strong>Rio</strong> Paranaíba, Canápolis, Centralina, NovaPonte, Serra do Salitre, Carneirinho, SantaJuliana, Lagamar, Estrela do Sul, Gurinhatã,Guarda, Abadia dos Dourados, Guimarânia,São Roque <strong>de</strong> Minas, Limeira do Oeste, Iraí<strong>de</strong> Minas, Campo Florido, Indianópolis,Araporã, União <strong>de</strong> Minas, Ipiaçu, Romaria,Cruzeiro da Fortaleza, Pedrinópolis, Tapira,Santa Rosa da Serra, Pratinha, Veríssimo,Cascalho Rico, Cachoeira Dourada,Douradoquara, GrupiaraAparecida doTaboado, Chapadãodo Sul67


68ANEXO 5DESENHOS


52°W50°W48°WSão PatrícioMatrinchãFainaItapurangaGuaraítaCarmo do <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong>RianápolisUruanaVila PropícioPlanaltinaFormosaLegendaCida<strong>de</strong>sLimite EstadualMalha Rodoviária<strong>Rio</strong>sBuritisCorpos d'água16°SAraguainhaGeneral CarneiroMATO GROSSOBarra do GarçasAragarçasPontal do AraguaiaTorixoréu BalizaBom Jardim <strong>de</strong> GoiásRibeirãozinhoDoverlândiaPonte BrancaAraguaianaPiranhasSanta Fé <strong>de</strong> GoiásItapirapuãJussaraGoiásMontes Claros <strong>de</strong> GoiásNovo BrasilMossâme<strong>de</strong>sJaupaci Fazenda Nova Buriti <strong>de</strong> GoiásSanclerlândiaDioramaCórrego do OuroIsraelândiaArenópolisA<strong>de</strong>lândiaIporáSão Luís <strong>de</strong> Montes BelosMoiporáFirminópolisIvolândiaAmorinópolisTurvâniaCachoeira <strong>de</strong> GoiásAurilândiaPalestina <strong>de</strong> GoiásPalminópolisSão João da ParaúnaHeitoraíItaguaruJaraguáCocalzinho <strong>de</strong> GoiásPirenópolisItaguariCorumbá <strong>de</strong> GoiásJesúpolisSão Francisco <strong>de</strong> GoiásItaberaíTaquaral <strong>de</strong> GoiásAlexâniaPetrolina <strong>de</strong> GoiásSanta Rosa <strong>de</strong> GoiásItauçuAbadiâniaOuro Ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> GoiásAmericano do BrasilDamolândiaANÁPOLISAraçu InhumasNerópolis Terezópolis <strong>de</strong> GoiásCaturaí Nova VenezaAnicuns AvelinópolisGoianiraGoianápolisSanto Antônio <strong>de</strong> GoiásNazário Santa Bárbara <strong>de</strong> GoiásBonfinópolis Leopoldo <strong>de</strong> BulhõesTrinda<strong>de</strong>SilvâniaGOIÂNIASen. Canedo CaldazinhaVianópolisCampestre <strong>de</strong> Goiás Abadia <strong>de</strong> GoiásPalmeiras <strong>de</strong> GoiásGuapóAparecida <strong>de</strong> GoiâniaÁguas Lindas <strong>de</strong> GoiásBRASÍLIADISTRITO FEDERALSanto Antônio do DescoberNovo GamaCida<strong>de</strong> Oci<strong>de</strong>ntalValparaíso <strong>de</strong> GoiásLUZIÂNIARIO CORUMBÁCristalinaCabeceira Gran<strong>de</strong>CabeceirasUnaíMapa <strong>de</strong> SituaçãoACAMROLimite da Bacia do <strong>Rio</strong> ParanaíbaOttobaciasEscala GráficaMGMSPARSPRGOSCNatalândia0 5 10 20 30 40 50Dom 60 Bosco 70PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATORDatum Horizontal: SAD/69Origem da quilometragem: Equador e Meridiano 45 o . <strong>de</strong> Gr.acrescidas as constantes 10.000km e 500km, respectivamente.TODFSPMAQuilômetrosPIBARJESCEArinosUruana <strong>de</strong> MinasRNPBPEALSE16°SCaiapôniaParaúnaJandaiaCezarinaVarjãoAragoiâniaHidrolândiaBela Vista <strong>de</strong> GoiásSão Miguel do Passa QuatrOrizonaReferência- Malha <strong>de</strong> Setores Censitários do IBGE, 2003;- Banco <strong>de</strong> Dados Cartográficos Ecology Brasil.- Cartografia Digital: Ecology Brasil.PortelândiaMontividiuRIO DOS BOISAcreúnaGOIÁSIndiaraEdéiaE<strong>de</strong>alinaProf. JamilMairipotaba CromíniaRIO MEIA PONTEPiracanjubaCristianópolisSanta Cruz <strong>de</strong> Goiás PalmeloPires do <strong>Rio</strong>UrutaíParacatuExecuçãoClienteMineirosPerolândiaJataí<strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong>Santo Antônio da BarraSanta Helena <strong>de</strong> GoiásPorteirãoTurvelândiaVicentinópolisJoviâniaPontalinaAloândiaMorrinhosCaldas Novas<strong>Rio</strong> QuenteIpameriCampo Alegre <strong>de</strong> GoiásGuarda-MorProjetoTítuloEscala 1:1.000.000AVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADADAS AHE´S DA BACIA DORIO PARANAÍBAMAPA DE LOCALIZAÇÃOLagoa Gran<strong>de</strong> Data: Junho/2006Mapa n o : <strong>EPE</strong>-1-20-0002 Revisão 00João Pinheiro18°SRIO CLAROMaurilândiaCastelândiaGoiatubaMarzagãoÁgua LimpaNova AuroraALTO PARANAIBAVazante18°SCosta RicaChapadão do CéuSerranópolisAparecida do <strong>Rio</strong> DoceCaçuQuirinópolisRIO PRETO E ALEGREGouvelândiaInaciolândiaBom Jesus <strong>de</strong> GoiásPanamáCachoeira DouradaCachoeira DouradaItumbiaraAraporãCentralinaBuriti AlegreREPRESA ITUMBIARACorumbaíbaTupaciguaraGoiandiraCumariAnhangueraDavinópolisCatalãoOuvidorTrês RanchosDouradoquaraCoroman<strong>de</strong>lGrupiaraAbadia dos DouradosCascalho RicoLagamarVarjão <strong>de</strong> MinasPresi<strong>de</strong>nte OlegárioPatos <strong>de</strong> MinasAraguariChapadão do SulRIO APORÉ, CORRENTE E VERDEItarumãCachoeira AltaIpiaçuCapinópolisRIO PIEDADE CanápolisEstrela do SulMonte CarmeloLagoa FormosaAporéCassilândiaItajáParanaiguaraSão SimãoSanta VitóriaGurinhatãItuiutabaRIO DA PRATAMonte Alegre <strong>de</strong> MinasMINAS GERAISUBERLÂNDIAIndianópolisNova PonteRomariaIraí <strong>de</strong> MinasPedrinópolisPatrocínioGuimarâniaCruzeiro da FortalezaSerra do SalitreCarmo do ParanaíbaArapuá<strong>Rio</strong> ParanaíbaPrataSta. JulianaPerdizesRIO ARAGUARIS. GotardoMATO GROSSO DO SULBAIXO PARANAIBAUnião <strong>de</strong> MinasLimeira do OesteCampina Ver<strong>de</strong>AraxáIbiáInocênciaParanaíbaCarneirinhoIturamaComendador GomesCampo FloridoVeríssimoUBERABAPratinhaCampos Altos20°SPopulinaMesópolisMira EstrelaOuroesteSanta AlbertinaTurmalina IndiaporãAparecida do TaboadoGuarani d'OesteSanta Clara d'OesteParanapuãDolcinópolis SÃO PAULOAspásiaRubinéiaMacedôniaSanta Rita d'Oeste Vitória BrasilTrês Fronteiras Santa Salete UrâniaPedranópolisSanta Fé do SulJalesFernandópolisEstrela d'OesteCardosoSão Francisco <strong>de</strong> Sales<strong>Rio</strong>lândiaPontes GestalItapagipePaulo <strong>de</strong> FariaOrindiúvaFronteiraFrutalPirajubaPlanuraColômbiaConceição das AlagoasÁgua CompridaMiguelópolisDeltaIgarapavaAraminaBuritizalSacramentoConquistaRifainaPedregulhoTapiraMe<strong>de</strong>irosSão Roque <strong>de</strong> MinasTapiraí20°S52°W50°W48°W


53°0'0"W52°0'0"W51°0'0"W50°0'0"W49°0'0"W48°0'0"W47°0'0"W46°0'0"WLegendaHidrografiaCorpos D'águaBAHIALimite <strong>de</strong> OttobaciasLimite Estadual15°0'0"S15°0'0"SMATO GROSSODISTRITO FEDERAL16°0'0"SGOIÁS16°0'0"SMapa <strong>de</strong> SituaçãoAMPAACROMGTOGO DFMAPIBACE RNPBPEALSE17°0'0"S17°0'0"SMSPRSPMGESRJ RJRJSC SCRSEscala Gráfica0 25 50 100 15018°0'0"S18°0'0"SQuilômetrosPROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATORDatum Horizontal: SAD/69Origem da quilometragem: Equador e Meridiano 45 o . <strong>de</strong> Gr.acrescidas as constantes 10.000km e 500km, respectivamente.Referência19°0'0"SMINAS GERAIS19°0'0"S- Malha <strong>de</strong> Setores Censitários do IBGE, 2003;- Banco <strong>de</strong> Dados Cartográficos Ecology Brasil.- Cartografia Digital: Ecology Brasil.Execução20°0'0"SMATO GROSSO DO SUL20°0'0"SClienteProjetoSÃO PAULOAVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADADAS AHE´S DA BACIA DORIO PARANAÍBA21°0'0"S21°0'0"STítuloMAPA DE OTTOBACIASEscala 1:3.000.000Data: Junho/200653°0'0"W52°0'0"W51°0'0"W50°0'0"W49°0'0"W48°0'0"W47°0'0"W46°0'0"WMapa n o : <strong>EPE</strong>-1-20-0003 Revisão 00


52°W50°W48°W46°WLegendaLimite da bacia do <strong>Rio</strong> <strong>Paranaiba</strong>Limite EstadualBAHIALimite MunicipalMATO GROSSOLESTE GOIANODISTRITO FEDERAL16°S16°SMapa <strong>de</strong> SituaçãoAMPAMAPICERNPBPEACROTOALSEGOIÁSCENTRO GOIANOMGBAGODFMSESSPRJPRSCNOROESTE DE MINASRSSUL GOIANOEscala Gráfica0 25 50 100 150 20018°S18°SQuilômetrosPROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATORDatum Horizontal: SAD/69Origem da quilometragem: Equador e Meridiano 45 o . <strong>de</strong> Gr.acrescidas as constantes 10.000km e 500km, respectivamente.Referência- Malha <strong>de</strong> Setores Censitários do IBGE, 2003;- Banco <strong>de</strong> Dados Cartográficos Ecology Brasil.MINAS GERAISTRIANGULO MINEIRO/ALTO PARANAIBA- Cartografia Digital: Ecology Brasil.LESTE DE MATO GROSSO DO SULExecução20°SMATO GROSSO DO SUL20°SClienteOESTE DE MINASProjetoSÃO PAULOAVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADADAS AHE´S DA BACIA DORIO PARANAÍBATítuloMAPA DE MESORREGIÕESEscala 1:3.000.000Data: Junho/200652°W50°W48°W46°WMapa n o : <strong>EPE</strong>-1-20-0004 Revisão 00

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