13.07.2015 Views

sexualidade e gênero na adolescência: uma perspectiva educacional

sexualidade e gênero na adolescência: uma perspectiva educacional

sexualidade e gênero na adolescência: uma perspectiva educacional

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Considerações Fi<strong>na</strong>ispuérperas, Fonseca el al,. (2002) apontam que a "brincadeira" e "o jogar" garantiram a liberdadeverbal, diminuindo o medo das mães se exporem.Uma vez que existe <strong>uma</strong> barreira cultural <strong>na</strong> sociedade brasileira em tratar sexo e<strong>sexualidade</strong> <strong>na</strong>s esferas da família e da escola (campos que deveriam proporcio<strong>na</strong>r a abertura aodiálogo sobre o tema), o jogo potencializa a conversa a respeito do assunto entre os própriosadolescentes, baseando-se em informações científicas de qualidade. Assim, o jogo se mostra como<strong>uma</strong> forma de adequar a conversa dentro dessas esferas, promovendo <strong>uma</strong> educação não formal arespeito da temática.O jogo possibilita a criação de contextos interacio<strong>na</strong>is, nos quais professores e alunos,participantes e profissio<strong>na</strong>is de saúde possam construir conjuntamente significado sobre o mundo noqual estão inseridos, possibilitando um processo pedagógico entre professores/profissio<strong>na</strong>is desaúde e alunos que se assemelha ao “círculo de cultura”. O jogo educativo poderá tambémpreencher a lacu<strong>na</strong> de troca de conhecimento entre meninos e meni<strong>na</strong>s.Fazer <strong>uma</strong> leitura da maternidade e paternidade <strong>na</strong> adolescência implica em contextualizar,e não simplesmente adjetivá-las como problemáticas e indesejadas. É necessário dar voz aossujeitos sociais para compreendermos as motivações, os valores e normas, ou seja, a racio<strong>na</strong>lidadeque guia a conduta dos indivíduos nos vários contextos.Deve-se considerar as experiências afetivo-amorosas dos sujeitos e o contexto sóciohistóricoem que se formatam o ficar, o <strong>na</strong>morar, a primeira relação sexual, a paternidade e amaternidade. Adolescentes, homens e mulheres, não podem ser tidos como categorias homogênease estanques. Tal fato contribui, por exemplo, para o que se denomi<strong>na</strong> criticamente de “discursoespecializado sobre a gravidez adolescente” que enfoca os aspectos negativos do fenômeno.Dessa forma, a importância da educação em saúde fica evidenciada no âmbito daconstrução de um conhecimento que favoreça o desenvolvimento de homens e mulheres, sem sepreocupar ape<strong>na</strong>s com questões ligadas aos aspectos médicos e biológicos. É importante tratar dosexo para além da sua função meramente reprodutiva. O direito ao exercício de <strong>uma</strong> <strong>sexualidade</strong>prazerosa e sadia só pode ser realidade se acompanhada de informações adequadas, bem como deespaços para reflexão e diálogo.É preciso pensar, refletir e produzir soluções de comunicação capazes de concorrer com odiscurso domi<strong>na</strong>nte, <strong>na</strong> qual os sujeitos sociais, neste caso os adolescentes, possam “ter acesso” a202

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!