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Pesquisa em Ortodontia: Bases para a Produção e a ... - Dental Press

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desse princípio metodológico sugerido,inicialmente, <strong>para</strong> os experimentosagrícolas na década de 1920 43 .O controle local vislumbra a homogeneidadedo ambiente, eliminandoa interferência de variáveis aleatórias,ou seja, não analisadas no estudo.O estabelecimento de uma determinadafaixa etária, de um gênero(masculino ou f<strong>em</strong>inino), ou de umpadrão racial serv<strong>em</strong> como ex<strong>em</strong>plode controle local, pois imped<strong>em</strong> a obtençãode dados generalizáveis inconsistentes.Vale a pena ressaltarque o controle local realizado, tornao dado obtido restrito às característicasda amostra utilizada.De acordo com a forma de com<strong>para</strong>çãodos dados e a forma de seleçãoda amostra, o experimento pode sersubdividido, conforme proposto noquadro 1 a seguir.Por definição, o grupo submetidoao tratamento especial é denominadogrupo experimental e ao grupo decom<strong>para</strong>ção interna, o mais s<strong>em</strong>elhanteao grupo anterior, denomina-se grupocontrole 19,27,30,34,43,44 . O estudo s<strong>em</strong>grupo controle, como diz o próprionome, é o estudo s<strong>em</strong> com<strong>para</strong>ção aum grupo controle, ou mesmo experimental,o qual certamente merece menoscredibilidade científica. O grupocontrole pode ser, ou não, tratado. Naúltima hipótese, não deverá infringiros preceitos bioéticos 27,44 . Quando tratado,mas submetido a um tratamentoinócuo e arbitrariamente criado, denomina-seplacebo 27 . O controle históricoé caracterizado pelo modelo tradicionalde tratamento já realizadoanteriormente, cujos dados disponíveissão com<strong>para</strong>dos com os de um tratamentodito “inovador” 27 . Quando ocontrole histórico advém de dados extraídosda literatura, uma menor credibilidadeé dada à pesquisa devido aoamplo leque de diferenças na seleçãoda amostra e no controle local 27 . As diversidadesdiminu<strong>em</strong> à medida que ocontrole histórico advém da mesma instituição.Nesse caso, <strong>para</strong> que aindaseja confirmada a superioridade dotratamento “inovador”, uma rigorosaseleção de amostra, aliada a um rígidocontrole local, é indispensável. Estudocom<strong>para</strong>tivo é o estudo das s<strong>em</strong>elhançase diferenças entre gruposexperimentais diferentes 27 . Não ocorreprobl<strong>em</strong>a ético nesta abordag<strong>em</strong>,desde que os tratamentos instituídossejam reconhecidamente eficientes,mas que haja dúvida suficiente quantoà superioridade de um tratamentosobre o outro 25,27,41,43,44 . Ex<strong>em</strong>plo:HENRIQUES, J.F.C. Estudo cefalométricocom<strong>para</strong>tivo, de três tipos de ancorag<strong>em</strong>extrabucal, sobre as estruturasdentoesqueléticas, <strong>em</strong> pacientes comclasse II, 1ª divisão. Bauru, 1993.166f. Tese (Livre-Docência) - Faculdadede Odontologia de Bauru, Universidadede São Paulo, 1993.A pesquisa experimental apresentaníveis que pod<strong>em</strong> ser discernidos <strong>em</strong>razão da forma de com<strong>para</strong>ção dos dadose da seleção da amostra 27,37,38,41 . Éb<strong>em</strong> acatado e universalmente aceitoque o instrumento mais poderoso decom<strong>para</strong>ção de novas formas de tratamentocom as convencionais, <strong>em</strong>humanos, é através do <strong>em</strong>prego domodelo experimental prospectivo comgrupo controle e a seleção casualizadada amostra 25,26,27,37,41,42,43,44 . O modelonão-casualizado distorce a distribuiçãoda amostra e, por transmissão, aeficácia da abordag<strong>em</strong> terapêutica.Na pesquisa não-experimental ouobservacional, não há um tratamentoespecífico a ser analisado. O pesquisadorassume uma postura passivamediante as variáveis, s<strong>em</strong> manipulálas19 . Para melhor compreendê-la, édividida <strong>em</strong>: pesquisa ex post facto, levantamentoe pesquisa descritiva.A pesquisa ex post facto compreendea investigação, na qual opesquisador não t<strong>em</strong> controle diretosobre as variáveis, porque sua manifestaçãojá ocorreu ou porque asvariáveis, por sua natureza, não sãomanipuláveis 5,19,20,30 . O diferenciadorprincipal <strong>em</strong> relação ao experimentorepousa na natureza retrospectivada pesquisa ex post facto.QUADRO 1<strong>Pesquisa</strong> experimental quanto à com<strong>para</strong>ção dos dados e seleção da amostras<strong>em</strong> grupocontroles<strong>em</strong> com<strong>para</strong>ção, apenas comdados extraídos da literaturaQuanto à com<strong>para</strong>çãodos dados<strong>Pesquisa</strong>Experimentalcom grupocontroles<strong>em</strong> tratamento placebocom tratamentohistóricoQuanto à seleçãoda amostranão casualizadacasualizadaestudo com<strong>para</strong>tivoR <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 4, p. 89-105, jul./ago. 200092

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