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Pesquisa em Ortodontia: Bases para a Produção e a ... - Dental Press

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graus ou 2 mm seja encontrada, realiza-seum terceiro traçado. Os valores,que mais se aproximar<strong>em</strong>, são mantidose o mais discrepante, desprezado. A seguir,obt<strong>em</strong>-se a média. O conhecimentodesses erros alerta o profissional <strong>para</strong>tentar minorá-los e <strong>para</strong> reconhecer aslimitações do método cefalométrico.Uma vez coletados, os dados pod<strong>em</strong>ser tabulados de forma absoluta ou relativa(quadro-2, etapa III).• Dados absolutos: são dados estatísticosresultantes da coleta direta nafonte, somente a contag<strong>em</strong>, ou a medição.Ex<strong>em</strong>plos de dados absolutos:- Dado de freqüência é simplesmentea contag<strong>em</strong> de alguma coisa, ouo número de vezes de ocorrência deuma determinada variável. Representadopor números inteiros 19 . Por prevalênciadefine-se o número de casos deuma doença existente, <strong>em</strong> uma determinadaépoca. Incidência é o númerode casos novos de uma doença, queocorr<strong>em</strong> durante um intervalo de t<strong>em</strong>po.- Dado de medida é a representaçãonumérica de algarismos e objetos,ou eventos de acordo com as regraspreestabelecidas 19 . A escala é um ex<strong>em</strong>plode medida <strong>para</strong> atribuir númerosa um conceito, como a beleza facial.• Dados relativos: são resultados decom<strong>para</strong>ções por quociente (razões),que se estabelec<strong>em</strong> entre dados absolutos13 . Têm a finalidade de realçar, oufacilitar a interpretação dos dados.Índice: são razões entre duas grandezasdiferentes. Ex<strong>em</strong>plo:Índice diâmetro transverso do crânioCefálico = diâmetro longitudinal do crâniox 100Coeficiente: é a razão entre o númerode ocorrências e o número total.Taxa: é o coeficiente multiplicadopor uma potência de 10.Percentag<strong>em</strong>: toma o intervalo dezero a c<strong>em</strong> como base de com<strong>para</strong>çãocom o valor absoluto dos dados.4-Exposição ou Apresentaçãodos DadosA exposição ou a apresentação dosdados coletados na pesquisa pode serrealizada por meio de ilustrações (tabela,quadro, figura e gráfico). Esse artifícioproporciona a visualização e aapresentação mais rápida dos dados, aoinvés de descrevê-los textualmente 5 .Pode ser também utilizado <strong>em</strong> outraspartes relevantes da pesquisa, <strong>para</strong> darsuporte direto às idéias contidas no texto,ou simplesmente <strong>para</strong> o esclarecer.A pesquisa com destino à publicaçãonão necessita descrever todos osdados individuais, mas o conjunto.Esta exigência é típica <strong>para</strong> a dissertaçãoe <strong>para</strong> a tese, pois apresentam oanexo ou apêndice, um capítulo queengloba esta descrição. Para publicação,os dados são apresentados por medidasde tendência central (média, medianaou moda) e medidas de dispersão(desvio padrão, coeficiente de variaçãoou amplitude).5-Análise dos DadosO ramo da estatística responsávelpela coleta, pela organização e descriçãodos dados é a estatística descritiva.Nesta parte do artigo, pretendesecomentar a análise e a interpretaçãodos dados, a cargo da estatísticaindutiva ou inferencial 13,32 . O propósitonão é esmiuçar esse tópico, domíniode estatísticos, mas apenas contribuircom uma abordag<strong>em</strong> el<strong>em</strong>entar.Para um maior aprofundamento do respectivoassunto, recomendam-se livrosou artigos de maior sofisticação mat<strong>em</strong>ática.Nesse momento, ergue-se aquestão primária: qual o papel da estatísticainferencial na pesquisa?Preliminarmente, observa-se que osdados coletados estão s<strong>em</strong>pre sujeitosa uma variação <strong>em</strong> torno de uma média.Em objetiva e sucinta resposta,afirma-se que a finalidade da análiseestatística está <strong>em</strong> verificar, <strong>em</strong> termosde probabilidade, se essa variação dosdados é obra do acaso, devido à presençade uma variável aleatória (nãocontrolada), ou é resultante de algumavariável, <strong>em</strong> análise, controlada 34 .A indicação de testes estatísticos, portanto,baseia-se na com<strong>para</strong>ção de resultadosobtidos com os esperados peloacaso 19,43 . Conclusões, que os estatísticoschamam de inferência, são obtidas<strong>para</strong> originar uma determinada teoria.Na inferência estatística, pretende-setirar conclusões sobre o todo, com observaçãoparcial (é tomada a parte pelotodo) 34,43 .Costuma-se colocar a hipótese detrabalho sob júdice estatístico, ou seja,sob um teste de hipótese ou um testede significância 30 . O entendimentoda lógica de sua construção é relevante<strong>para</strong> o pesquisador e <strong>para</strong> o clínico.Ao operacionalizá-lo t<strong>em</strong>-se algumasetapas a cumprir 30,34,43 . Três delas serãodescritas a seguir.1 - Formular as hipóteses estatísticas:Duas formas de hipóteses estatísticassão estabelecidas: a de nulidade(H O) e a alternativa (H 1). A testada é ahipótese de nulidade ou nula (H O), éa hipótese das igualdades. Caso ela sejarejeitada, a hipótese estatística que permanecedefensável é a sua negativa,chamada de hipótese alternativa (H 1).Ex<strong>em</strong>plo:(H O): Braquetes colados com cimentode ionômero de vidro t<strong>em</strong> umaresistênca à tração equiparável à resinacomposta.(H 1): Braquetes colados com cimentode ionômero de vidro não t<strong>em</strong> umaresistência à tração equiparável à resinacomposta;ou, baseada ainda no conhecimentoprévio, a hipótese alternativa poderáser:(H 1): Braquetes colados com cimentode ionômero de vidro têm uma resistênciasuperior (ou inferior) à traçãoequiparável à resina composta;2 - Especificar o nível de significância(α) a ser utilizado:Os testes estatísticos lidam comprobabilidades. O pesquisador baseiasenos resultados <strong>para</strong> compor umadeterminada teoria. O grau de certezadessa teoria depende do nível de probabilidadepré-estabelecido. Dessa forma,a probabilidade do erro é conhecida.Por nível de significância define-sea probabilidade de rejeição deuma hipótese de nulidade 5 . Os níveis,R <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 4, p. 89-105, jul./ago. 2000100

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